Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 45
Capítulo 45


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vez postando um capítulo antes do previsto, mas hoje é por um motivo especial. Amanhã (horário BR)/hoje (no horário Portugal) é aniversário de uma das minhas leitoras mais antigas, que não lê só pelo shipp, mas por que realmente gosta da minha escrita. CARA, fico lisonjeada. Sério!

Leitora mais assídua no shipp GSR (CSI), mas que já deu uma espiada nas fics AyA também. E o que eu posso dizer. Tem como HOJE não fazer uma homenagem com um capítulo. Perguntei em qual ela queria e ela disse: NAS DUAS. hahah. Desejo realizado.

Camila, também conhecida como 5g, presidenta, esposa do Billy, ... ... ... eu só tenho que agradecer o carinho, por todos os comentários (por que sim, ela comenta TODOS os capítulos). Também quero agradecer ao CSI que nos uniu e nos permite falar tanta besteira juntas hahah, e por fim te desejar não apenas nesse dia, mas em todos os outros, muito amor, muita saúde, muita felicidade, muitas realizações. E MUITO BILLY! hahaha. Espero que desfrute do capítulo, assim como para todas as leitoras:

Desfrutem ♥



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Grissom ficou chocado com tudo que havia acontecido. Ele estava triste por Roberto, eles haviam sido amigos de infância e melhores amigos por muito mais tempo que rivais. Era irmão de Laura, o grande amor da sua vida antes de Sara. Era o tio de suas filhas. No entanto, o que o assombrava nesse momento era Sara, como ela estava e como essa notícia iria recair sobre eles. Ele queria cuidar dela, mas por outro lado o incomodava o fato de ela ter ficado tão abalada. 

Não sabia o que fazer, e ninguém sabia do relacionamento deles ainda. Pensou que talvez fosse a hora de conversar com alguém, e pedir um conselho ainda antes de enfiar os pés pelas mãos. Ficou pouco tempo no telefone, mas o suficiente para colocar a cabeça no lugar.

Procurou Sara pela casa, e se surpreendeu quando a encontrou justamente no seu quarto. Ela havia buscado refúgio para sua tristeza onde havia um pouco do cheiro de Grissom. Ela estava sentada na cama, com as pernas dobradas e abraçadas nela. De cabeça baixa. Era possível ainda ouvir os gemidos do choro dela, baixo. 

Odiava vê-la sofrer desse jeito. 

— Hey, como você está?

— Eu não sei bem ainda. – Disse com o rosto vermelho e molhado pelas lágrimas. 

— Eu não sei bem o que te dizer ou o que fazer. – Ele fora sincero enquanto se aproximava da cama. – Mas eu conversei com uma pessoa que sabe, e eu queria que você soubesse que eu estou aqui para te apoiar. Se quiser posso ficar aqui com você, mas se precisar de espaço, eu posso ficar lá embaixo no escritório.

— Achei que teríamos uma discussão. – Falou sinceramente, mas agradecia por isso, não tinha ânimo para defender seus sentimentos agora e nem para explicações. 

— Você tem o direito de estar triste por ele. Ele era importante pra você. Não vou negar que isso me incomoda um pouco, mas eu demorei muito tempo para estar com você Sara, e eu não vou deixar que nada estrague isso. – Ele suspirou. – E eu tenho que admitir que também estou triste, independente de qualquer coisa, não queria que ele terminasse assim.

Ela tentou esboçar um sorriso, mas não demonstrava felicidade, era impossível estar feliz naquele momento, mas ficou aliviada de saber que ele estava ali ao seu lado. O apoio dele era importante para ela. Por um momento ela imaginou que tudo aconteceria ao contrário.

Gilbert fez a volta na cama, sentou-se, puxou Sara para si. Deixou que deitasse a cabeça em seu colo e ficou quieto enquanto a deixava chorar. Partia seu coração ver ela assim, tão triste. E ele não podia negar que também estava. Ele não estava mentindo quando disse que também estava triste. Não queria que ele tivesse morrido.

Eles ficaram um longo período assim, em silêncio. Demorou muito para que a morena se acalmasse.

— Gil, você precisa saber de uma coisa. – A voz dela cortou o silêncio.

— Fale…

— Roberto deixou tudo para as meninas e para mim. Bem, apenas o apartamento para mim, mas eu sou a administradora da herança delas até que elas tenham idade e maturidade para gestar o próprio patrimônio. Eu quis te falar para isso não te pegar de surpresa. 

— Ele fez uma boa escolha. Eu tenho certeza que você cuidará bem do que ele deixou para as meninas.  – Ele passou o dedo entre os cabelos castanhos, afagando-os.

— E o apartamento?

— Se ele deixou para você Sara, ele é seu. Você vai saber o que fazer. Mas não precisa pensar nisso agora. Nesse momento você pode apenas ficar triste.

— Obrigada. – Ela suspirou. – Obrigada por estar ao meu lado nesse momento.

— Eu vou estar ao seu lado Sar. Eu sempre vou estar.

Sara olhou então para os pés da cama, ela havia deixado a bandeira ali. Era a única coisa que comprovava a morte de Roberto. Seu coração estava sangrando. 

— E as meninas? Você acha que devemos falar para elas sobre o tio?

— Não precisa ser hoje. Você pode ficar aqui comigo, e eu cuido de você. Quando se sentir pronta para tocar no assunto, contamos a ela. Tenho certeza que Roberto entenderia isso, elas vão ficar triste. Amavam o tio, principalmente a Jujuba.

— Você está certo. – Ela assentiu. – Mas eu realmente tenho que ir para casa. Eu tenho que trabalhar.

— Você não parece estar em condições.

— Eu preciso Griss. É meu jeito de não pensar nisso. É meu jeito de lidar com a morte dele…

— Tudo bem. Mas eu te levo em casa, e você vai atender todos os meus telefonemas. Certo? Responder todas as minhas mensagens.

— Combinado.

Como combinado Gilbert levou Sara para casa, ainda antes das meninas chegarem. Sara não queria que elas a vissem naquele estado. Durante o final de semana ela praticamente não dormira, passara trabalhando. Sempre que fechava os olhos ela se lembrava do oficial dando a notícia que Roberto havia falecido. A bandeira que deixara sob a mesa de centro era um lembrete constante da dura realidade. Aquilo era tão dolorido. E aquela notícia havia aberto uma ferida antiga. A morte de Noah, havia ficado evidente também.

A sensação de luto era sufocante. E então preferia não pensar em nada e focar somente em seu trabalho.

Como se Grissom soubesse o que estava acontecendo, ele ligava sempre na hora certa. E isso a acalmava. Ele não ligava o tempo todo, mas sempre que estava perto de se sentir perdida, ele ligava e isso fazia com que seus pés se fixassem ao chão. Era reconfortante. 

Ainda sim, não era totalmente sincera com ele. Dizia que tudo estava bem. Disse que havia se alimentado. E também que estava dormindo. Não era verdade, as únicas coisas que tomava era café e energético, e suas únicas paradas eram para ir ao banheiro e conversar com ele. Porém de alguma forma, ela conseguia trabalhar e produzir. Talvez não tanto quanto gostaria, mas não podia dizer que tinha sido um final de semana totalmente inútil. Havia atingido a meta que havia traçado.

Já era segunda-feira perto do meio dia, e logo ela teria que buscar as meninas na escola. Ela deixou o telefone de lado e fora tomar um banho. Quando terminou o banho e se vestira, viu que havia três ligações de Gilbert. Ela retornou.

— Sar? Está tudo bem? Fiquei preocupado. – Ele perguntou afoito. – Estava pegando as chaves para ir aí.

— Eu estava no banho. Acabei demorando um pouco. Meus músculos estão tensos, precisava relaxar um pouco.

— Eu vou passar aí para pegar você no seu apartamento e as meninas na escola. Ruth está fazendo uma comida gostosa e eu tenho certeza que você deve estar sem comer alguma coisa decente desde sexta feira. Também não deve ter dormido nada.

“Como ele sabia?”. Sara apenas pensou, mas não externou.

— Eu não sei… Eu ainda não terminei aqui e…

— Sar, querida… – Ele suspirou. – Você não deve estar produzindo mais nada, um dia de descanso e você vai conseguir voltar ao trabalho.

— Tudo bem. – Rendeu-se.

...

A comida do almoço estava deliciosa, porém Sara tinha dificuldade de comer. Seus olhos fundos por não dormir direito a noite, entregavam que algo não estava bem. Mas o que doía agora era seu estômago, provavelmente por estar vivendo dois dias e meio inteiros somente de café preto e energético. Grissom estava certo, ela estava cansada e precisava comer algo decente, por isso vagarosamente foi tentando comer um pouco melhor.

— Alguma coisa errada com a comida senhorita Sidle? –  Ruth perguntou preocupada ao vê-la empurrar o que estava comendo.

— Está maravilhosa Ruth. Eu que não estou muito bem do estômago.

— Tem uma pouco da sopa que preparamos ontem. É bem suave. Se quiser eu posso esquentar, com certeza irá lhe apetecer mais.

— Eu aceito sim, muito obrigada Ruth. – Ela sorriu para a governanta.

Alheias a isso, as duas filhas ao invés de comer estava se cutucando por baixo da mesa e sussurrando.

— Pergunta você..

— Não...Não… Pergunta você.

Essa pequena discussão de empurra empurra, de quem iria perguntar se estendeu até que Grissom percebesse que havia algo com as meninas, embora não conseguisse ouvir o sussurro.

— O que houve, meninas?

As duas ficaram estáticas na hora.

— Gil, é que a gente queria perguntar se… –  Jujuba então olhou para a irmã, para que ela continuasse.

— Se vocês dois brigaram? – Ju disparou por fim.

— A mãe parece tão triste, e ela não estava assim desde que vocês começaram a namorar…

— Vocês terminaram? 

Dois pares de pequenos olhos fitaram eles com atenção. Grissom se engasgou com a comida na hora e Sara apenas olhou para ele sem entender o que estava acontecendo.

— Namorando? –  Sara disse prontamente. –  Por que vocês acham que a gente tá namorando?

— Ai mamãe a gente já tem oito anos né? – Ela rolou os olhos. – A gente sabe quando as pessoas tão namorando.

— Mesmo que vocês tenham tentado esconder da gente. – Jujuba deu um sorriso de canto.

— Desde quando vocês sabem disso? – Gilbert franziu o cenho.

— Desde que a gente pegou gripe. Dã. – Jujuba rolou os olhos.

Sara e Gilbert então se olharam e tiveram uma crise de riso. Fora a primeira vez em dias que Sara ria de verdade, e eles só pararam quando recuperaram o fôlego. Se sentiram dois idiotas quando fizeram de tudo para esconder o relacionamento deles, e não conseguiram fazer aquilo nem por um dia inteiro. Ao contrário, duas garotas de apenas oito anos de idade já haviam o desmascarado há muito tempo.

— Ok. Certo. – Sara retomou o fôlego. E colocou sua mão sobre a mão de Gilbert. – Está tudo bem com a gente, de verdade. – Ela sorriu para ele. –  A mamãe está triste… Nós estamos tristes… – Ela olhou para Gilbert. – Por que recebemos uma notícia ruim. A gente só não queria falar para vocês por que não queríamos que vocês ficassem tristes também.

— Mas eu acho que a gente não tem que esconder mais as coisas de vocês. Pelo visto vocês descobrem de qualquer jeito. –  Gilbert deu os ombros.

Aquele breve momento de gargalhada fora tão maravilhoso. Somente suas duas pequenas filhas para conseguiram fazê-la esquecer por alguns segundos ao menos do quão triste ela estava.

— É o tio Roberto meninas. – Sara sentiu um nós se formar na garganta, não sabia se conseguiria falar isso em voz alta.

Ainda sim não precisou. Elas souberam na hora o que havia acontecido. Ju pareceu triste, mas não disse nada, apenas ficou calada enquanto sua expressão mudara para algo diferente da felicidade que havia antes. Jujuba por outro lado desceu da cadeira fez a volta e foi de pressa até sua mãe e a abraçou forte. Grissom notou que ela havia ficado realmente triste por ele.

— O tio tá com o Noah, mãe? – Ela falou baixo.

— Está meu amor. O tio ta com Noah e com Laura.

— E com o pai?

— Sim meu amor, e com o pai.

Nesse momento Sara olhou para Gilbert com certo pesar, ela sabia que ele havia escutado. Jujuba nunca havia chamado aquele que, na realidade era pai de Ju, assim na frente de Gilbert. Raramente ela o mencionava, mas sempre o havia chamado de pai. Ela cresceu acreditando nisso, e mesmo após saber da troca, Ju ainda chamava Laura de mamãe, assim como Jujuba o chamava de pai. A diferença era que Ju também chamava Sara de mamãe e Jujuba nunca havia chamado Gilbert de pai. 

Ela sabia que isso provavelmente o havia machucado. Ainda que não falasse.


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Notas finais do capítulo

Gente, quem aí chutou C, ele não apenas acolheu e apoiou, como também CUIDOU DELA COMO DEVERIA. Sério. As vezes até o Gil surpreende a gente.

Estamos na RETA FINAL de Coincidence Of Love 1. Isso mesmo, e por isso, os proximos dois posts (esse e o próximo) não terão quiz! Voltaremos ao quiz no último capítulo de COL 1 ou no primeiro capítulo de COL 2. (ainda a decidir)

A princípio, teremos COL 1 até o capítulo 47 (o 47 ainda está sendo escrito e revisado no momento) e COL 2 terá toda essa pega de "novela mexicana", "drama", "romance", etc. Com um foco bem especial nas nossas meninas que vão estar ADOLESCENTES (aliás elas são as rainhas da história, desculpa aí haha). Isso mesmo.

Já estou com 11 capítulos da parte 2 escritas! Muito empolgada com essa nova fase pra falar bem a verdade.

Então espero que esteja curtindo esse finalzinho de COL 1 e que estejam comigo para as aventuras de COL2.



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