Coincidence Of Love ✖ GSR escrita por Fénix Fanfics


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Aiii gente, por favor, preparem os lencinhos. Eu simplesmente. AMO esse capítulo. AMO!

Desfrutem ♥



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Roberto não mentiu quando disse que resolveria o problema, no inicio da tarde ele chegava com uma mulher, na faixa dos trinta e cinco, mulata, olhos escuros, e muito bonita. Quase simultâneamente com eles, chegou Grissom, que prometeu estar lá naquele momento, e não mentiu. 

— Essa é Samantha. – Ele apresentou. – Samantha, essa é Sara, mãe de uma das meninas Julia.

— É um prazer. – Samantha esticou a mão.

— O prazer é todo meu. – Sara sorriu. – Muito obrigada por vir hoje nos atender.

— Vai ser um prazer.

Enquanto Samantha cumprimentava Grissom, Roberto se despedia de Sara.

— Sara, me desculpe, mas agora eu tenho que ir mesmo. 

— Muito obrigada, não existe palavras para agradecer o que você fez por mim hoje. – Ela sorriu pegando a mão dele com carinho.

— Você sabe que tem como me agradecer. – Ele sussurrou bem perto do ouvido de Sara, soltando um riso baixo em seguida.

Grissom não pode deixar de olhar fixo os dois, vê-la pegar a mão dele, e o modo que ele se aproximava dela. Seu sangue fervia, cada vez que eles se aproximavam. No entanto, Roberto foi embora em seguida. E juntamente com Samantha e Sara, eles foram até o quarto de hóspedes. Grissom fez questão de ajudar pessoalmente com a maleta de Samantha.

Chegando lá, as Julias brincavam juntas. Mas logo Jujuba foi acomodada em uma cadeira de modo confortável. Julia Sidle tremia, não dava para saber se ela estava respirando ou segurando a respiração, e a Samantha não havia feito nenhum corte ainda. Sara segurava a mão da pequena, que suava muito.

— Meu amor, se você não quiser, quiser ir deixando seu cabelo cair naturalmente, a mamãe não vai te obrigar.

— Eu quero. Mas eu tô com medo mamãe. – Ela tinha os olhos cheios de lágrima, mas ela lutava para não chorar.

— Então eu vou primeiro. – Julia Grissom disparou deixando todos surpresos.

— Como? – Gilbert a olhou.

— Nós somos irmãzinhas, não somos? Gêmeas! Se a Julia Dois vai ficar careca, eu também vou. – Ela deu os ombros e se sentou na cama de jeito autoritário. – Pode começar comigo.

— Ju, você tem certeza? – Sara perguntou.

— Não precisa fazer isso. – Gilbert também interveio.

— É, não precisa. – Foi a vez de Jujuba.

— Eu quero. – Afirmou. 

Segurando a mão de Jujuba e de Grissom, Ju ficou quietinha enquanto Samantha – que também estava emocionada com a atitude de uma criança tão pequena –  começa a preparar o cabelo dela. E logo começou a realizar os cortes do cabelo, o mais rente possível de modo a aproveitar o máximo para a peruca. A menina não parecia se importar com o cabelo e conversava animadamente enquanto seu cabelo era cortado. 

— Disso eu tenho um pouco de medo. – Ela admitiu ao ver a moça chegar com a máquina de cabelo.

— Não se preocupe, é só uma cosquinha. Prometo que não machuca.

— Tá bom.

Sara teve que conter as lágrimas, era muita emoção. Ver Julia Grissom tão animada, cortando o cabelo e encorajando, aquela que tinha por irmã, a fazer o mesmo. Ela não queria chorar, e levantou o olhar quando sentiu a mão de Grissom sobre a sua. Ele também tinha lágrimas nos olhos. Ambos estavam orgulhosos das filhas que tinham. Ele havia feito um bom trabalho com sua filha biológica, ela era uma menina determinada e com um coração enorme.

Ao terminar, Ju levantou e deu uma volta.

— Então, como eu estou? – Ela sorriu.

— Linda! – Sara foi a primeira a dizer.

— Lindíssima. – Grissom falou.

Ela então foi até o espelho, e começou a rir.

— Eu tô muito engraçada. – E virou para Samantha. – A peruca fica pronta rápido né?

Samantha riu.

— O mais rápido que eu conseguir fazer.

— Bom Jujuba, agora é você. – Sara desvencilhou as mãos de Grissom e levou as duas para a pequena.

Ela ainda estava tensa, ansiosa. Ela não levava a vida como a Ju, não mais. Ela já havia sido uma menina, alegre, forte e determinada, porém desde que foi acometida pela doença, ela estava mais medrosa e sensível. Ela olhou para Ju e depois olhou para Sara, e sorriu, mas sem muita convicção.

— Pode cortar. – E fechou os olhos, segurando firme as mãos de Sara.

Ela manteve os olhos fechados quase o tempo todo, enquanto delicadamente Samantha cortava as mechas e guardava apara poder fazer a peruca depois. Em alguns momentos algumas lágrimas escorriam do pelo rosto de Jujuba. E quando Samantha começou a passar a máquina na cabela dela, deixando-a careca, Sara não conseguiu se conter e lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto também.

Sara também não era a mesma, ela sempre havia sido forte e guerreira, e mesmo quando descobriu a doença da filha, ela se mantinha de pé, se virando em mil para poder conseguir vencer a cada dia e estar firme ao lado da filha. No entanto, desde que não estava mais sozinha, e havia Grissom para dividir esse peso, ela se permitia, ainda que por poucos minutos, um momento de fragilidade, em que se permitia sofrer e chorar. E ao ver os cabelos de sua filha caindo no chão, a doença se tornava real, se tornava visível, e ela tinha muito medo.

Quando terminaram, a pequena fez a mesma coisa que a Ju, dando uma volta e perguntando como estava. Apesar de Sara e Grissom dizer que ela estava muito bonita, ela também se achou muito engraçada quando finalmente se olhou no espelho. 

— Bom, agora é minha vez. – Disse Grissom.

— E depois a minha.

— Não! – Julia Grissom falou decidida. – Vocês vão ficar com os cabelos de vocês! – Ordenou.

— Ué, por que? – Sara fingiu seriedade, colocando as mãos na cintura.

— Isso é coisa de irmã. –  Ela também colocou as mãos na cintura. – É uma coisa nossa. Certo Julia Dois.

— Isso mesmo, Julia Um.

— Ok bananas de pijama. – Grissom se deu por vencido. – Agora vão tomar um banho para não ficar coçando as cabecinhas.

Assim que as meninas foram, Grissom e Sara agradeceram Samantha e acompanharam ela até a porta. Samantha prometeu que voltaria o mais breve possível com as perucas prontas. Sozinhos na sala, esperando as meninas se banharem, Grissom fez uma confissão.

— Tenho que admitir que desde que desde que vocês chegaram nessa casa  os dias são intensos. – Ele riu sem graça.

— A gente chora quase todo dia. E ainda temos mais uma tarefa para hoje.

— Temos? – Ele disse surpreso.

— Eu acho que devemos falar para elas sobre o bebê.

— Eu achei que a gente iria esperar até ter certeza que ia dar certo.

— Eu pensei nisso também. – Admitiu. – Mas parece errado. Elas são espertas, principalmente a Ju. E acho que elas deveriam saber, de uma forma lúdica, o que vai acontecer. Eu morro de medo de dar falsas esperanças para a Jujuba, mas...

— Você está certa. Vamos falar com elas, mas mais tarde. Pode ser?

— Pode sim.

A realidade é que ambos estavam emocionalmente exaustos. Somente gostariam de se jogar um pouco em algum canto da casa e descansar as mentes antes de partir para mais uma tarefa cansativa. Gilbert elegeu o seu escritório, sentou-se em sua cadeira confortável e sentiu um cheiro feminino no ar, provavelmente de Sara, ela havia passado a manhã inteira ali em sua cadeira tentando resolver o problema que ele havia arranjado.

Sua mente vagava pelas lembranças de sábado a noite. O beijo que havia roubado, e as palavras dela rondavam a sua cabeça.

— Eu acabo de dizer que gosto do seu cunhado e você me beija? Isso não faz o menor sentido.

— Bom, ele roubou muitas garotas minhas na adolescência. Acredito que eu possa tentar roubar a garota dele agora. – Ele ergueu a sobrancelha e sorriu de canto fazendo um bico sutil.

Ele riu sozinho com a lembrança. 

Já Sara escolheu o quarto de hóspedes, seu atual quarto, como refúgio. Ruth havia levado as duas meninas “carequinhas” – nas palavras da própria governanta – para brincarem um pouco no jardim. Ela deitada na cama, também refletia sobre os beijos que haviam ocorrido no dia anterior. Primeiro com Roberto e depois com Grissom.


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Notas finais do capítulo

E aí? Vocês ainda ficam com a mesma resposta anterior do quiz??? Ou querem mudar a opção?



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