Pelos Olhos Teus escrita por Victoria Aloia
Notas iniciais do capítulo
Olá, você!
Seja muito bem vinde à minha história. Se você caiu de paraquedas aqui, aperte o cinto pois você vai embarcar numa viagem muito doida.
Espero que você goste e acompanhe.
Até as notas finais.
Quando se é criança tem-se uma impressão ingênua do mundo. Todo dia é bom, tudo é simples e qualquer machucado pode ser curado com um beijo na testa. Ainda lembro de deitar as costas no piso frio da varanda do quarto da minha mãe e ficar olhando as nuvens, pular amarelinha no quintal de minha avó, brincar com minha prima até o sol se pôr. Vivia um dia de cada vez, mas com uma sensação estranha dentro de mim, como se eu vivesse em uma bolha.
Um dia, após chegar da escola, falei para minha mãe que adoraria ter uma irmã para brincar o tempo que eu quisesse, sem me preocupar em ter que voltar para casa ou com dias de chuva sem poder sair. Ela estava grávida de uma menina e deixou que eu escolhesse o nome. Passamos a chamá-la de Catarina. Hoje ela prefere ser chamada de Cat.
Realmente tinha uma vida muito boa, sem dificuldades ou privações, pais que me davam atenção e carinho, uma irmã que não era diferente em nada de uma irmã comum. Não tinha do quê reclamar. Até que a bomba explodiu.
Lembrando de tudo o que vivi, sabendo de toda a história, vejo que isso mais me acresceu do que traumatizou. Dentre tantas memórias boas com minha família, essa noite já não tem mais o impacto que tinha quando eu era mais nova. As coisas têm o poder que damos à elas, então só escolhi não me lembrar dessa forma deste episódio.
Mas parece que não tenho tanto controle assim sobre minha mente. Recentemente descobri tanto sobre mim, sobre minha história, sobre minha alma que é difícil acreditar que um dia pude fazer as coisas que eu descobri ter feito e há tanto tempo.
Isso por um simples e macabro fato: minha alma estava amaldiçoada. Eu sei o que parece, mas não estou louca, sob efeito de entorpecentes ou mentindo. Estou apenas acreditando. E é isso que as pessoas precisam para serem libertas da venda que encobre nossas vidas medíocres e muitas vezes infelizes.
Para que possamos nos realizar, nos reaprender e nos reencontrar precisamos acreditar. Principalmente em nós mesmos, e vou lhes contar o porquê.
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Então, o que você achou?
Comenta aí pra eu saber e até a próxima!