Saint Seiya: O Rugido do Camaleão escrita por Anderson Luiz


Capítulo 65
Pilar Divino




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[Fonte de Atena, Arredores do Santuário]

Nos arredores do Santuário, dentro de um dos bosques que o cortavam, existia um pequeno e antigo templo, na sua entrada havia apenas um pequeno arco feito de pedras com o nome Fonte de Atena talhado em grego antigo. Ali existia uma nascente de águas claras e estranhamente refrescantes, e ao redor dessa nascente foi construído o templo. A estrutura dele pode ser facilmente descrita como uma grande enfermaria com uma piscina no meio.

A Fonte de Atena servia como uma extensão da enfermaria do Santuário, neste templo os cavaleiros repousavam para se recuperar dos seus ferimentos depois de serem tratados, ao entrarem dentro da "piscina" a água parecia anestesiar a pele, gelando-a e os fazia entrar em um estado de sono profundo. A Fonte de Atena funcionava de forma parecida com a Ilha Kanon, só que de forma menos rústica.

Contudo, ferimentos letais e estados críticos tendiam a não evoluir como esperado e os cavaleiros acabavam falecendo, por isso os Seiya, Shiryu, Shun, Hyoga e June foram levados para o Japão pois o estado que eles estavam não conseguiria ser revertido facilmente.

— Todos os curativos foram feitos. Os ferimentos mais críticos já foram tratados e a maioria já não são letais, o cavaleiro de Touro deve se recuperar em breve. - Disse uma das enfermeiras que ajudaram a cuidar do dourado.

— Parece que Aldebaran não corre mais risco… não sei porque o mestre Mu estava tão preocupado. - Falou Kiki olhando para o dourado que estava dormindo dentro da piscina, e por causa do seu tamanho as enfermeiras tiveram bastante trabalho para acomodá-lo na piscina pois mesmo sentado na parte mais funda a água mal chegava em seu tórax.

— Não se engane Kiki, foi tudo graças à intervenção de Atena. Os ferimentos que ele sofreu eram extremamente graves. - Alertou Mii.

— Isso é verdade, infelizmente o senhor Aldebaran ficará com algumas sequelas. E provavelmente não voltará a ouvir, o dano que ele sofreu no nervo auditivo parece ser irreversível. - Explicou a enfermeira.

— Tsc… desculpa… - Falou o garoto sem jeito.

— Bem, agora vou checar os meus outros pacientes. Qualquer alteração eu irei avisar. - Disse a enfermeira indo embora.

— Obrigado. - Disseram os dois em coro.

— Kiki, eu também estou indo, vou direto para o acervo do Grande Mestre procurar mais sobre as Guerras Santas contra Poseidon. Qualquer alteração na situação do Aldebaran…

— Certo, poder deixar que eu irei avisar ao mestre Mu. - Interrompeu o garoto sorrindo.

— Acho difícil que você consiga falar com o Mu, depois que a reunião dourada começar ninguém poderá adentrar ou sair do Grande Salão. A reunião só será interrompida mediante a algum acontecimento extraordinário.

Kiki abriu um largo sorriso e apontou o polegar para si mesmo. - Não se preocupe! Pode deixar comigo!

— Bem, pelo que soube você tem excelentes habilidades psíquicas e se tratando de um pupilo de Mu, imagino que se comunicar com ele a essa distância seja possível, contudo, não deixe de me avisar.

Kiki acenou com a cabeça confirmando e Mii partiu rumo ao acervo do Grande Mestre.

 

[Salão do Grande Mestre]

—  Mu, por quanto mais tempo teremos que esperar!?

— Calma Aiolia, essas foram as ordens de Atena e do Grande Mestre.

— Nós não podemos ficar aqui parados por mais tempo, precisamos começar a agir! - Rosnou o Leonino.

— E nós vamos. Porém, nenhuma guerra será vencida só mostrando as presas. Já estamos com muitas baixas, não devemos agir imprudentemente, além do mais estamos reunidos aqui para montarmos uma estratégia eficiente e eficaz contra Poseidon. - Respondeu Shaka que estava meditando no centro do salão.

Aiolia fuzilou Shaka com seu olhar, mas antes que ele pudesse falar ou fazer qualquer coisa, Mu interveio colocando a mão sobre o ombro do Leão.

— Temos que ter paciência. Devemos seguir as ordens.

— Tsc… está bem. - Resmungou Aiolia desvencilhando-se da mão de Mu.

 

[Acervo do Grande Mestre]

Mii já estava há algum tempo vasculhando os arquivos e ainda não tinha encontrado nada sobre a guerra anterior contra Poseidon. Ela também estava preocupada porque ainda não havia notado a presença de Atena. O Acervo fica ao lado do Grande Salão, ela podia sentir uma grande tensão emanando de lá, mas nada que remetesse à presença de Atena.

Quando a bronzeada saiu do Japão, ela sabia que esta batalha contra Poseidon iria forçá-la a manter a consciência de Atena como a dominante. Mii sabia que aos poucos Saori e Atena se tornarão uma só e provavelmente aquela Saori Kido que ela conhecia desde a infância um dia iria desaparecer completamente. E quantos mais conflitos surgissem mais rápido isso iria ocorrer.

Contudo, Mii sabia que não tinha tempo para ficar lamentando, e voltou a se concentrar em sua missão. Depois de um tempo vasculhando os arquivos, ela achou um pergaminho, selado com o que parecia ser sangue, e o selo tinha a forma do símbolo de Gêmeos.

A Saintia rompeu o selo e começou a ler o pergaminho, nele Saga de Gêmeos contava os seus crimes. Como ele matou o antigo Grande Mestre, a tentativa de assassinar Atena, como ele enganou Máscara da Morte, Shura e Afrodite e como ele matou o próprio pupilo, Timothy de Altar.

“Esta noite mais uma vida inocente pereceu por minhas mãos. O sangue daquele jovem parece corroer a minha alma… temo que o dia em que não poderei mais manter o controle se aproxima, por isso deixarei este testamento contando todos os meus pecados na esperança que alguém o encontre e um dia finalmente eu possa ser julgado…”

 

{Flashback, Alguns Anos Atrás}

— Eu vim ver o Grande Mestre. - Disse o cavaleiro de Altar aos guardas que protegiam a entrada do Grande Salão.

— Sinto muito senhor Timothy, mas o Grande Mestre deu ordens para que ninguém lhe incomodasse. Isso serve até mesmo para o senhor. - Respondeu um dos guardas.

— Estranho… foi ele mesmo que solicitou a minha presença…

— Sim, nós sabemos, mas o Grande Mestre não quer ser incomodado, então, por favor volte amanhã. – Falou o outro soldado.

O prateado então percebe que estava ocorrendo uma discussão dentro do Grande Salão.

— O que está havendo lá dentro?

— Nós não sabemos. É melhor o senhor deixá-lo só por enquanto. – O soldado parecia bastante preocupado com a insistência do cavaleiro de Altar.

— Eu posso ouvir o Grande Mestre discutindo com alguém... quem está com ele? – Insistiu Timothy.

— Até onde sabemos, ninguém. Mas existem boatos que o Grande Mestre às vezes age estranho e discute sozinho... – Falou o soldado.

— E quando ele está assim sempre castiga quem o incomoda, e talvez nem mesmo o senhor escaparia dessa punição. – Completou o outro soldado, a sua fala era em tom de alerta.

— Sim, eu conheço esses boatos, mas nunca presenciei nada parecido. O Grande Mestre é respeitado por todos no Santuário, até mesmo os vilarejos próximos do Santuário nutrem um grande respeito e carinho por ele, então não espalhem boatos, isso é muito irresponsável. – Advertiu Timothy.

— Sim senhor… nos perdoe. - Falaram os guardas em coro.

De repente as portas do salão são abertas, e todos se assustam.

— O que está acontecendo aqui!? – Perguntou o Grande Mestre irritado.

— Grande Mestre, o senhor tinha me convocado...

— Sim eu sei, mas os soldados não lhe deram o recado? - Falou o Grande Mestre olhando para os soldados. Não era possível ver o rosto dele, aquele elmo o escondia muito bem. Mas ainda assim um calafrio percorreu a espinha daqueles dois.

— Sim senhor, eles me falaram.

— Então porque está insistindo!? - Bravejou o Grande Mestre.

— Err… eu estou preocupado com o senhor, está tudo bem?

O Grande Mestre suspirou, tentando se acalmar, e um silêncio mortal tomou conta do local.

— Já que insiste tanto, entre, vamos conversar... – Timothy entra no salão e o Grande Mestre começa a fechar as portas, mas antes de fechá-las por completo, diz para os soldados. – Vocês dois estão dispensados por hoje, podem ir.

Os soldados trocam olhares, eles estavam preocupados pelo que poderia acontecer com o cavaleiro de Altar, mas também não queria enfurecer ainda mais o Grande Mestre, eles então fazem reverência e vão embora.

Timothy para no meio do grande salão. – Grande Mestre, o que está havendo? Eu tenho certeza que escutei o senhor discutindo com alguém...

O Grande Mestre caminha até o seu trono parando ao lado dele – Isso não importa… eu tenho que lhe contar algo... uma missão que apenas um cavaleiro honrado e leal como você pode realizar.

— U-uma missão? Então foi por isso que o senhor me convocou?

O Grande Mestre virou as costas e começou a caminhar – Me siga até o templo de Atena...

— A-atena? Vamos até o Templo da deusa Atena? Porque de repente o senhor quer que eu vá ao encontro de Atena? Essa missão é tão importante assim? – Perguntou o Timothy desnorteado.

Mas o Grande Mestre não respondeu, apenas continuou caminhando. O prateado estava confuso, finalmente ele iria conhecer Atena, mas toda aquela situação lhe parecia estranha, contudo quando o Grande Mestre sumiu do seu campo de visão, ele se moveu instintivamente e o seguiu.

Minutos depois, os dois chegaram ao templo de Atena e o Grande Mestre se ajoelha perante a Estátua da deusa, ele tira o seu elmo e põe do seu lado.

— O que significa tudo isso Grande Mestre? – Timothy vai em direção do Grande Mestre e fica a poucos metros dele...

— Anos atrás, eu tentei matar Atena, mas Aiolos de Sagitário me impediu e tentou fugir com Atena, contudo ele foi morto e Atena provavelmente morreu junto com ele. Mas não foi só isso, eu matei o verdadeiro Grande Mestre e assumi o controle do Santuário...

— Hã-ã!? Isso não é possível... não faz sentido... – Falou o cavaleiro de Altar atordoado com toda aquela informação.

O Grande Mestre se levanta e vira para o jovem cavaleiro, ele estava chorando... – Entendeu porque você nunca viu a deusa Atena? Seu templo está vazio e eu sou uma farsa, um demônio!!!

— Gran-grande Mestre… esse rosto jovem… como pode!? O senhor não deveria ter uma idade avançada?

— A única forma de pagar pelos meus pecados é com a morte... mas eu não consigo me matar... ele não deixa... eu já tentei antes… Vamos, me mate! Alguém digno de verdade precisa assumir o posto de Grande Mestre....  Vamos, me mate!

O cavaleiro de Prata dá alguns passos para trás, ele não conseguia encaixar a imagem que ele tinha do Grande Mestre, aquele que era venerado por todo Santuário com um traidor que tentou matar Atena... – Nã-não, e-eu não posso fazer isso!

— Vamos, me mate! – Falou o Grande Mestre colocando a mão no rosto.

Pela primeira vez Timothy sente uma presença extremamente maligna vindo do Grande Mestre. Ele tem um mal pressentimento que o fazia sentir vontade de fugir dali, porém ele sabia das suas responsabilidades como cavaleiro de Altar.

— Se isso for mesmo verdade, por favor, Grande Mestre... e-eu peço que o senhor se entregue!

— Não! Sou perigoso demais para ficar vivo! Vamos, me mate! Não temos muito tempo! Ele deve aparecer em breve!

Então o prateado respirou fundo e deu alguns passos para frente. - E-eu não posso executar o Grande Mestre dessa forma… O senhor precisa ser julgado…

— Hehaehae! Tarde demais seu idiota... Morra! – Gritou o Grande Mestre que avançou contra Timothy, o prateado não teve tempo para reagir, quando deu por si, o Grande Mestre o estava estrangulando com uma das mãos...

— Gra-rande Me-est... – Timothy não conseguia falar, a pressão que a mão do Grande Mestre exercia em seu pescoço não o deixava respirar ou falar, ele podia ouvir os ossos do seu pescoço trincando. O cavaleiro de Altar tentou aplicar um golpe no braço do seu algoz na tentativa de se desvencilhar, mas o Grande Mestre foi mais rápido e o jogou contra o chão.

O pouco ar que ainda restava nos pulmões de Timothy foi expelido pelo impacto do golpe que o afundou um pouco no chão, formando uma pequena cratera. A última coisa que o prateado viu foi a expressão demoníaca do Grande Mestre que sorria enquanto perdia a consciência.

O Grande Mestre que agora estava com os cabelos completamente negros, se levanta enquanto segura o prateado pelo pescoço, ele caminha até o final do templo e lança o corpo do jovem cavaleiro montanha a baixo…

— Seu imbécil… eu nunca vou deixar que você atrapalhe meus planos… enquanto eu estiver aqui, você nunca morrerá! Além do mais, uma hora iríamos ter que acabar com ele… você fala que eu sou um monstro, mas quem causou a morte precoce dele foi você, seu covarde! Este é mais um pecado para a sua lista, aheahehaehae.

[Fim do Flashback]

 

— Então foi assim que as coisas aconteceram… Dizem que ele sofria de dupla personalidade… ele cometeu vários crimes, mas deixou vestígios para que a verdade fosse revelada… Marin achou o corpo do verdadeiro Grande Mestre e a armadura de Altar em Star Hill… e agora esse pergaminho… Essa dualidade devia ser a sua cruz… deve ter sofrido… Mas me parece errado eu ter pena dele, ele cometeu crimes bárbaros… mas a Saori me contou que quando ele morreu em seus braços, naquele momento não existia qualquer maldade em seu coração…

— Mii suspirou pesadamente, ela não conseguia achar uma resposta para o que sentia sobre tudo aquilo. - Bem, é melhor deixar isso de lado por enquanto e voltar a focar na minha missão…

 

[De Volta ao Templo Submarino de Poseidon]

— Muito bem. Já que você está tão determinada, vou lhe dar uma chance.

— Do que você está falando?

— Sacrifique-se no lugar deles! Vou permitir que você se afogue no lugar deles. Vou desviar parte da chuva que agora cai sobre o mundo e ao fazer isso a inundação do planeta será retardada por algumas horas e quem sabe você consiga salvar algumas vidas. O que me diz Atena?

— Então que a chuva caia sobre mim. Mesmo que isso atrase a destruição do mundo por poucas horas, eu aceito me sacrificar de bom grado!

— Atena, você é mesmo uma tola… Mas já que decidiu se sacrificar, venha comigo.

Julian e Atena saem do salão e começam a andar pelo templo, depois de alguns minutos eles chegam na sala do trono, Julian aponta seu tridente para a parede que fica por trás do seu trono e ela começa a subir, revelando uma nova área, os dois continuam caminhando.

— E para onde você está me levando?

— Veja Atena, aquele é o Grande Suporte Principal. - Disse Julian apontando com seu tridente.

— Grande Suporte Principal? O que ele é?

— Ele é a pedra angular do meu reino. Certamente você deve ter visto os outros pilares, não é? Esses pilares são os alicerces que sustentam os “céus” do templo submarino, eles auxiliam o Grande Suporte Principal a manter toda a estrutura do meu reino. Existem ao todo sete pilares ao redor do meu templo, assim como existem sete mares desde a era mitológica, cada pilar representa um dos sete mares, são eles: Pacífico Sul, Pacífico Norte, Atlântico Norte, Atlântico Sul, Índico, Ártico e Antártico.

— Entendo. Então é assim que seu templo funciona.

— No entanto, os pilares são extremamente resistentes, além disso, cada pilar é protegido por um dos meus Generais Marinas, que já provaram estar em um nível muito mais alto que os seus cavaleiros de ouro.

Eles continuam andando mais um pouco até que chegam no Grande Suporte Principal, Atena se surpreende com o tamanho daquela construção, era gigantesca, parecia ter quase o mesmo tamanho do templo principal. Aparentemente existiam duas entradas, Julian levou Atena para a que ficava na base da construção. Ao entrar, Atena viu que existiam inúmeras salas e corredores, parecia ser um tipo de prisão subterrânea. Depois de alguns minutos andando, eles finalmente chegam em uma câmara, e Julian pede que Atena entre.

— Que lugar é esse?

— Esta é uma câmara de tortura. É aqui onde você receberá parte da água das chuvas que deveria cair sobre a humanidade. E quando a câmara ficar completamente cheia você morrerá e a chuva voltará a cair com força total sobre a humanidade.

Atena não diz nada, ela caminha para dentro da câmara e se posiciona no centro dela. Atena olha ao redor e vê algumas correntes que provavelmente eram usadas para prender os prisioneiros e ao olhar para cima ela vê quatro cabeças de leão de pedra.

— Acredito que não vai ser necessário acorrentá-la, não é? Contudo, espero que saiba que se você tentar escapar na mesma hora a água voltará a cair sobre a humanidade.

— Eu não irei fugir, permanecerei aqui por quanto for necessário, até que a humanidade seja salva.

Nesse momento Julian bate seu tridente no chão e água começa a cair da boca dos leões de pedra.

— Diga-me Atena, você conhece a expressão “Pilar Humano”? A muito tempo atrás, para tentar assegurar proteção divina em construções importantes, como muralhas, cidadelas e fortalezas, uma ou mais pessoas, normalmente donzelas, eram enterradas vivas nas fundações das construções. E quem melhor que você para se tornar um Pilar Humano, ou melhor, um Pilar Divino? Com você o meu templo será indestrutível, mesmo  que a galáxia acabe, meu templo durará para sempre.

—  Eu confio em meus cavaleiros, eles irão ressurgir para combater a sua perversidade.

— Você diz que seus cavaleiros irão esmagar meus planos… mas será que eles vão conseguir resgatá-la a tempo… ou você irá se tornar parte do Grande Suporte Principal por toda a eternidade?

Poseidon virou as costas e as portas da câmara se fecharam. Atena juntou as mãos, como se estivesse orando, e seu cosmo começou a se elevar.

 

[De Volta ao Santuário de Atena]

Um soldado raso estava rondando a Casa de Áries, fazia alguns minutos. Isso chamou a atenção de outros soldados que decidiram chamar algum cavaleiro de bronze para verificar a situação.

— Hey, o que pensa que estava fazendo?

— Han? Aah, você é o cavaleiro de Hidra não, é? - Perguntou o soldado reconhecendo o bronzeado.

— Senhor cavaleiro pra você! Mas se você for um fã, eu dou um desconto e até um autógrafo. Haha.

— Er… não é nada disso. Eu vim entregar um relatório sobre a situação da Ilha da Rainha da Morte.

Um calafrio percorreu a coluna de Ichi fazendo-o trocar o seu sorriso por uma cara de preocupação. - Não me diga que a ilha está sob ataque novamente?

— Não senhor. Depois que você e os outros cavaleiro de bronze lidaram com cavaleiros negros remanescentes tudo está bem calmo. Só vim entregar um relatório de rotina.

— Aaah claro, faz sentido. - Falu Ichi com um sorriso amarelo, aliviado por não precisar voltar naquele inferno.

— Porém, eu deveria entregar para o cavaleiro de Áries, mas sua casa está vazia, então até pensei em ir até o salão do Grande Mestre.

— Nem perca seu tempo. Todos os cavaleiros de ouro estão reunidos lá, pelo que eu soube ninguém vai conseguir falar com eles agora.

— Tsc… e o que eu devo fazer agora?

— Já que está tudo bem, aproveite para tirar uma folga daquela ilha infernal. Depois volte aqui e veja se o cavaleiro de Áries já retornou.

— Tem razão. Vou descansar, até mais senhor Hidra e obrigado. - Disse o soldado se despedindo.

— Se eu fosse ele, nunca mais poria os pés naquela ilha maldita! Ainda tenho pesadelos! - Pensou Ichi tendo outro calafrio ao se lembrar do que aconteceu.

 


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo pronto, espero que gostem. Finalmente resolvi mostrar o que foi que aconteceu com Nachi, Ichi e Ban na Ilha da Rainha da Morte, talvez até eu revele um pouco do passado do Guilty. As ideias estão prontas e já comecei a escrevê-lo, então deve demorar menos.

Timothy - Não sei se eu já tinha dito antes, mas ele é um personagem que existiu no clássico, o nome dele e a patente estavam escritas em uma das lápides do cemitério do santuário.

Agradeço aos leitores que aqui chegaram e até o próximo capítulo ^^



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