A Jornada escrita por SrtaAthena


Capítulo 17
Capítulo 16




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Sakura On

Me jogo na minha cama, sentindo meus músculos doloridos, mesmo depois de um banho quente e demorado. Ainda era noite, mas não conseguia pegar no sono, ainda sentia a adrenalina correndo pelo meu sangue, principalmente com as lembranças de luta de hoje.

Os treinos de taijutsu estavam mais intensos, mas estava pegando o jeito, adicionando chakra em meus golpes, sem muito desperdício. Ayame me mostrou um ataque com ajuda de Kazumi, que resumia no ataque de pistola de água, mas quando tentei reproduzir com meu Umibôzu, nossa, não consegui acertar nada além de um centímetro a minha frente, ainda era fraco demais.

Suspiro, me aconchegando nos lençóis macios, respirando bem devagar.

O que Sasuke-kun estaria fazendo agora?...estaria treinando? Provavelmente, aquela cobra, não esperaria nada dela além de forçar a perfeição absoluta dele, mesmo que tivesse que levá-lo ao limite, meu peito doía só de imagina-lo ferido, machucado, estando sozinho naquela escuridão, procurando nada além de vingança....

Era tão errado, tão injusto, mas era o caminho que tinha escolhido, e, mesmo que tivesse sido rejeitada pelo moreno, ainda sentia amor por ele, afeto, um laço que apenas se fortalecia, nunca parecia frágil ou desgastado. Será que isso mudaria depois dos anos?

Solto um suspiro, me encolhendo devagar. Que melancólico, Sakura, que melancólico...

Fecho os olhos, tentando evitar as lágrimas, sentindo algo molhado roçar minha bochecha, bem devagar. Abro um pouco as pálpebras, vendo uma ondulação, mínima, me fazendo carinho?
Abro mais meus olhos, dando de cara com Umibôzu, ele estava em sua forma de sempre, indefinida, mas ainda achava um biscoito mal feito. Seus "olhos" me analisavam, bem próximo do meu rosto, parecia preocupado comigo de certa forma.

— Você também acha que é errado?_ sussurro, dando um sorriso de leve, vendo o se mexer de forma estranha.

A massa de água com chakra começou a se mexer, se transformando num gato, bom, o que deveria ser um gato, pequeno, com uma orelha torta e um fucinho um pouco largo demais, mas era um gato. Sorrio, lembrando do gato que eu e meu time tínhamos pegado na nossa primeira missão, mesmo que tivesse sido aos tapas, foi bem sucedida.

— Que fofo, Umib-...._ paro, mordendo meus lábios de leve_ Tora....Aoi? Uhm...._ encarei os fundos do que seriam seus olhos, me perdendo naquele imensidão amarelada, como se fosse a mais brilhante estrela_ Hoshi...isso, Hoshi!

Tentei pega-lo, mas acabou que meus dedos atravessaram a água de seu corpo, me fazendo rir.

— Seu nome vai ser Hoshi! Só tenho que aprender a solidificar você pra comemorar melhor_ sorrio empolgada, fazendo alguns teste usando o chakra em Hoshi, fazendo o mudar de forma várias vezes consecutivas.

Quando dei por mim, já tinha amanhecido.

— Sakura? _ pisco algumas vezes, com Hoshi no meu colo, ainda em seu formato de gato, só que mais apresentável que antes. Levanto meu corpo o suficiente para ver Nina entrando com uma bandeja de café.

— Ohayo, Nina-chan..._ sussurro, me sentando na cama, bocejando.

— Ficou acordada o resto da noite com o seu Umibôzu? _ balanço com a cabeça, afirmando, enquanto tentava ficar minimamente acordada. A alma ainda estava voltando ao corpo.

— Hoshi_ sussurro, pegando meu corpo de chá preto da bandeja, vendo a cara de interrogaçãoda azulada_ e o nome do meu Umibôzu.

— Ah, então você deu um nome a ele? Que bom, e a forma, um gato? Por que?_ tomo um gole do chá, tentando lembrar do motivo, mas minja memória ainda se negava a funcionar.

— Você me faz perguntas difíceis tão cedo, Nnina-chan, que maldade...

— Não seja chata, vamos, tome seu café, que uma pilha de livros te espera lá em baixo.

— Que animador..._ faço um biquinho, olhando Hoshi alinhado nos lençóis, que, por surpresa, estavam secos.

Quando terminei meu café e fiz minha higiene, estava pronta para começar  meu dia, chegando na sala de pergaminhos, como um bebum se arrastando.

— Bom dia, Saky-onee _ sorrio, abraçando Tatsumi bem apertado.

— Bom dia pequeno, já tomou café? _ Acaricio seu cabelo liso, vendo o sorrir, afirmando com a cabeça.

— Tia Ayame ta esperando_ faço um bico, sendo deixava pelo loiro, que correu porta a fora, e quanto a mim, ia para mais uma sessão de estudos e treinos.

 

/_

 

Sasuke On

Mal tinha acordado e já estávamos de saída, Kabuto foi cedo a minha porta, mas já estava acordado bem antes disso, não tinha conseguido dormir direito, como em todas as noites. Tinha sonhado com o massacre do meu clã, lembrando da silhueta de Itachi em cima dos meus pais, com sua espada suja com o sangue de ambos.

Era sempre o mesmo pesadelo. Entretanto, a segunda parte foi mais sufocante, me fazendo acordar aos pulos, com o corpo suado. A vaga lembrança das esmeraldas de Sakura, opacas e sem vida, faziam meu corpo ter estalos de pânico, sua figura mole aos pés do meu irmão psicopata era demais pra minha sanidade.

Quanto a mim, amarrado, apenas assistindo a vida deixar seu corpo. Eram coisas que tinha deixado no fundo do meu peito, quando decidi deixa lá naquele banco, não queria que fosse comigo, trilhar algo que não lhe pertencia, ser absorvida pela escuridão era minha escolha e eu jamais a traria pra aquele lado, então, abandona-la foi a coisa mais correta a se fazer, ao menos tinha que ser justo nessa questão.

Aquela irritante.

— Sasuke-san?_ saio de meus pensamentos esmeraldinos, encarando o rosto de Kabuto_ se esperte, daqui pra frente e território do fogo, até a floresta e a balsa e um caminho difícil.

Reviro os olhos, apenas acatando suas ordens, ocultando meu chakra assim que começamos a passar por território de Konoha, que, apesar de estar longe, ainda ficava em sua jurisdição e seus ninjas poderiam topar com agente a qualquer momento.

Continuamos até anoitecer, parando apenas para comer, quando me dei conta estava caminhando pela encosta, ainda longe do local indicado por Kabuto, mal tinha passado um dia, mas com o caminho tranquilo e sem atrasos estaria no meu quarto sombrio em poucos dias.

— Quem e nosso contato? _ perguntei, tentando obter mais informação daquele lugar, na qual não tinha estado em missões do time 7.

— Estamos no território neutro, por enquanto, aqui e terra de ninguém, além do mar, bom,pelo menos até o meio do mar, nessa direção poderá chegar ao país da neve em um mês ou menos se estiver favorável_ continuo, depois de uma pausa curta_ nosso destino e a Ilha Kazan, do outro lado dessa região, poderíamos ir até a Vila dos barcos, mas e muito longe.

— Vamos apanhar um barco num píer abandonado, um pouco mais de 1 ou 2km daqui, depois e apenas oceano e maresia.

Solto um suspiro, imaginando as últimas horas num barco pequeno com aquele ser inconveniente, com meu sharingan pulsando para arrancar sua cabeça enquanto gorfa suas barbaridades sobre suas experiências abomináveis.

Eram coisas que eu teria que aguentar até ver Itachi morto, ou depois que aquela cobra velha não me servir mais pra nada, assim como o platinado. Juro que nesse dia, vou sorrir de satisfação pela primeira vez.


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