Uma Rainha Para Robb Stark escrita por Cloto


Capítulo 17
Eddard




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O tempo passava e os meses de seguiam com a reconstrução de Winterfell.

Depois de muito deliberar, Jeyne Poole decidiu entregar Ramsay como comida para os seus cachorros, vingando as mulheres que ele caçou com os animais horríveis, que foram sacrificados depois.

Theon foi mantido como prisioneiro, mas estava tão quebrado que ninguém o pôs nas celas. Ele e Jeyne se tornaram inseparáveis e estavam aos poucos lidando juntos com o pesadelo que viveram nas mãos de um sádico.

O bebê de Walda Bolton nasceu prematuro, mas logo se recuperou e recebeu o nome de Domeric, e Maryssa escreveu para a tia, que aceitou a proposta do menino ser criado em Winterfell quando tivesse uma idade apropriada.

Um Bolton que seria ligado ao sangue aos Starks, alguém que eles criariam para ser leal aos lobos.

Tudo estava saindo de acordo com os planos.

O bebê iria nascer a qualquer momento, e ela não podia evitar sentir medo do parto.

Quantas mulheres saudáveis morrem ao dar a luz? Ela temia.

Era nisso o que pensava antes que visse a mãe de Robb jogando outra carta no fogo.

Olhou para ela interrogativamente.

—Era mais uma carta de Petyr e Lysa.

—Eles são insistentes.

—Lysa tentou inventar desculpas, que não foi bem assim, que ela só temia pelo filho dela. Bem, eu disse o que achava de suas desculpas. Avisei que não precisava mais temer por seu "doce Robin" mas que quando os ventos do inverno soprarem em direção ao Vale ela contaria com a minha ajuda e a de Edmure tanto quanto pudemos contar com a dela. E ela ainda insiste, fala que somos irmãs, como se ela mesma não tivesse cuspido nos laços de sangue que unissem a mim e meus filhos a ela.

—Catelyn... Será que a sua irmã não tem algum problema na cabeça? Pelo o que todos me descrevem ela não está muito certa das ideias. Fazer o filho chupar seus seios depois de grande é doentio, pra dizer o mínimo.

—Eu desconfio sim que Lysa está louca. Mas agora não é problema meu, é um problema do Vale. Não seremos aliados de Lysa, ela não conta com nossa proteção.

—Pior que eu ouvi rumores de que o rei Renly não está contente por ela não ter ido dobrar os joelhos. Portanto se prepare para uma enxurrada de pedidos de ajuda, por que com certeza os homens do Vale de Arryn não estão contentes com a decisão de sua senhora e tanto ela quando Mindinho devem estar bem isolados pela insatisfação da péssima gestão de Lysa.

—Nem ele nem ela terão respostas. Esse homem eu não considero mais meu amigo e essa mulher não considero mais minha família. Fiz tanto por Lysa para ela deixar nossa família morrer e apodrecer sem mover um dedo? Onde está o "Família, Dever, Honra"? Só quando ela precisa somos sua amada família, mas quando nós precisamos temos que nos virar sozinhos. Se ela não preza pela família, pelo dever e pela honra ela não é mais uma Tully para mim.

—Eu sei como é ter parentes que te decepcionam. - ela fala, pensando na convivência com o avô, alguns tios e alguns primos.

—Mas chega de falar de notícias tristes. Soube da boa nova. Mande meus parabéns para a sua irmã.

—Eu mandarei. Hildegard está muito animada com esse primeiro filho.

Depois de conversar várias amenidades, Catelyn saiu da sala.

Maryssa pôs a mão na barriga, pensando em como o bebê deve ser quando finalmente poder ver o rostinho do filho.

Quando será que seu filho finalmente virá ao mundo?

Parece que os deuses a ouviram, pois neste momento sentiu um aguaceiro irromper entre suas pernas.

Gritou, chamando os criados, que a levaram até o quarto.

Maryssa quase se arrependeu de ter pensado em como queria que o bebê nascesse logo.

A dor gigantesca que parecia a rasgar de dentro para fora era ainda mais forte do que a avisaram que seria.

As dores do parto começaram de manhã.

Desesperada ela gritava.

—Eu juro que esse é o primeiro e o último!

—Minha rainha, guarde as suas forças.

Outra contração forte e outro grito bastante alto.

—Ou eu corto o instrumento do Robb fora ou eu vou obrigar ele a parir no meu lugar!

As servas seguraram a risada e continuaram seu trabalho.

—Pelos deuses, ela me odeia. -disse Robb assustado com as ameaças que a esposa gritava para ele.

—Meu filho, nessa hora é impossível não querer matar o homem que nos jogou nessa situação. Imagine expelir uma melancia por um buraco que só passa uma agulha e vai ter ideia do porquê as mulheres terem vontade de castrar seus maridos nesse instante.

—Jura que ela realmente não vai tentar me tornar eunuco depois? Essas ameaças que ela faz são bem reais para mim.

—Quando o bebê nascer ela vai estar tão exausta que nem vai lembrar disso, Robb.

—Espero mãe. Não quero fazer companhia para Varys, estou feliz com a minha anatomia do jeito que está.

Depois de umas sete horas com Maryssa gritando de dor ou berrando ameaças ao marido, finalmente um menino veio ao mundo.

Com um choro forte, as parteiras vibraram de alegria.

—É um príncipe, Vossa Graça. Um príncipe grande e forte para o Norte.

A criança foi rapidamente limpa e o resto da família foi chamado.

Com lágrimas nos olhos, Maryssa segurou seu bebê.

Robb tomado pela emoção, mal acreditava que era real. Ele tinha um bebê, ele era pai, ele era responsável por essa criaturinha tão pequena.

—Eddard. Meu primeiro filho não pode ter outro nome. Eddard. Nosso pequeno Ned Stark.

Catelyn, Sansa e Rickon se abraçavam e choravam, com alegria, tristeza e uma grande saudade se misturando em seus sentimentos.

—Toquem os sinos, vamos anunciar para todos.

Ao ouvir o barulho dos sinos e os gritos de "Viva a Eddard Stark, o príncipe do Norte" todos começaram a comemorar, a dançar e a dar banquetes.

Era uma promessa de esperança e renovação, depois de tanto sofrimento e perdas numa guerra terrível.

—Ao príncipe do Norte!


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