Ainda era difícil acreditar que tinham chegado até aquele ponto.

Que a Guerra Dos Cinco Reis havia terminado com a vitória de dois deles.

Maryssa estaca aliviada com o perigo em parte estar acabado.

Embora soubesse que mais cedo ou mais tarde viria outra luta, pois a guerra dos tronos nunca acaba, ao menos teriam um pouco de paz e tranquilidade.

—É a hora de julgar todos os prisioneiros.

Renly se sentou no trono, satisfeito. Robb, ao lado dele, se manteve de pé com uma expressão firme.

Margaery e Maryssa estavam sentadas perto de seus maridos.

—Tragam Tywin Lannister, Gregor Clegane e Amory Lorch.

Os prisioneiros foram arrastados e jogados de joelhos na frente dos dois reis.

—Pelos seus crimes de guerra, por armar o assassinato de vários parentes da minha esposa e alguns nortenhos, pelos seus estrupos e assassinatos eu poderia condenar todos a morte ou a Muralha, mas não vou fazer isso.

O burburinho começou.

—Como eu conversei com meu aliado, o seu destino está nas mãos da Casa Martell agora. Eles têm permissão para fazer o que quiserem.

Os três homens começaram a se debater, com o medo vencendo sua racionalidade.

—Dêem um sonífero bem forte para esses homens e os coloquem sob a guarda dos soldados de Dorne. Príncipe Oberyn, espero que a partir de agora as nossas casas possam ter um bom relacionamento.

Oberyn sorriu, aprovando.

—Acredite, nos entregando esses três você pode até pedir que eu beije sua bunda.

Todos começaram a rir com a fala do dornês.

Maryssa quase soltou uma gargalhada ao ver a sobrancelha erguida de Renly, que parecia estar considerando a proposta no íntimo.

"Que isso rapaz, assim Loras fica cheio de ciúmes."

Deu uma rápida olhada para trás, onde Loras estava. O cavaleiro das rosas estava bufando, com os braços cruzados.

Ficou emburrado até Renly sorrir para ele e o declarar guarda real.

—Cersei Lannister, a ex-rainha!

Furiosa, a loira esbravejava, ameaçava e tentava arranhar os homens que a levavam até o seu julgamento.

—Vocês mataram os meus bebês!

‐Não. Eu matei apenas Joffrey. -retrucou Sansa, do meio da platéia para espanto de todos.

—Por que ela não está sendo julgada pela morte do meu filho?

—Por que seu filho não era rei por direito, era um bastardo fruto de incesto, não tinha direito nem ao trono e nem a Sansa. Minha irmã é nobre bem nascida, da Casa mais antiga de Westeros. Está muito, mas muito acima de Joffrey Waters.

Cersei queria partir para cima de Robb, mas foi contida pelo guarda.

—Cersei Lannister, você é acusada de cometer adultério contra seu marido e rei Robert Baratheon, com o agravante de cometer incesto com seu irmão gêmeo, acrescentando o agravante de Jaime Lannister ser membro da Guarda Real. Também a acuso de ser uma das conspiradoras da morte do meu pai e uma das causadoras da guerra que assolou Westeros. E por fim a acuso de assassinar seu próprio filho. Tem algo a dizer em sua defesa?

Cersei cuspiu aos pés de Renly.

—Vão a merda!

—Eu a condeno a morte. Que peguem sua cabeça e a deixem no mesmo lugar onde estava a cabeça de Eddard.

Então a tiraram de sua presença.

O ódio corria por suas veias, ela queria matar a todos, mas não havia nada que pudesse fazer.

—Tyrion Lannister.

O anão foi calmamente receber a sua sentença.

—Depois de muito conversar com Robb Stark foi decidido que você não cometeu traição. Apenas ficou do lado de sua família. Por isso será libertado e como é seu direito, você agora é o Lord de Rochedo Casterly e Protetor das Terras  Ocidentais. Mas terá que se ajoelhar e jurar fidelidade.

Tyrion ficou surpreso, mas eufórico enquanto as algemas eram retiradas.

Se ajoelhou em frente aos dois reis e jurou ser um vassalo leal.

‐Seja leal, Lord Lannister. Sei que será um bom senhor, talvez até o melhor que o Ocidente já teve.

Por fim, Varys manteve sua posição.

Ao fim de tudo, Renly fez uma declaração.

—Como sabem meu amado irmão declarou que sou seu herdeiro. Mas não esqueci de minha sobrinha e não serei injusto com ela. Até eu ter um filho homem Shireen Baratheon será minha herdeira. E mesmo assim declaro que Shireen está na frente de qualquer filha mulher que eu tenha na fila do trono.

Aplausos foram ouvidos.

—Com o carisma de Renly e a mente prática de Margaery eles podem ir muito longe. -Maryssa falou baixinho para Robb.

—Também acredito. Ele será bom rei com uma boa rainha ao lado. Como eu. -disse pondo a mão sobre a dela.

Maryssa ficou muito feliz, vendo que ele a valorizava.

—Agora caros westerosi, é a hora de curar as feridas e cuidar de nossas famílias. Obrigado w todos por virem. -dispensou Renly.

Margaery estava satisfeita. Havia orientado Renly e saiu tudo como queria. Em breve eles seriam muito amados pelo povo, ela sentia isso.

Enquanto isso, reunido com a mãe, a irmã e a esposa, Robb só tinha um desejo: voltar para casa.