Casa Comigo? escrita por UnwantedColors


Capítulo 2
Conhecendo você


Notas iniciais do capítulo

Segundo cap. Eu sei que está mto atrasa... e que não tenho como me redimir a minha ausencia... mas tenham certeza de que não abandonei essa historia.

Para aqueles que desejam saber no fanfictionet está mais adiantado...



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Conhecendo você

Uma semana havia passado num piscar de olhos, para infelicidade de Rikku. A viagem em si, fora uma boa experiência. Visitar as varias cidades ao longo do caminho tinha sido fantástico. Porem nada conseguia tirar-lhe da cabeça o casamento.

Olhando para a paisagem que passava rapidamente por ela, Rikku respirou fundo. Logo ela chegaria a Bevelle, a cidade onde seu destino seria decido. Caso o seu plano tivesse êxito, ela voltaria para Bikanel num piscar de olhos, e caso não fosse aceita de volta... Quem sabe faria uma viagem por toda Spira. Mas se falhasse, todo a sua vida independente iria por água a baixo... Eles jamais a deixariam sair de Bevelle sem escolta, e pior ainda eles iriam querer uma criança nascida dessa união. Só de pensar nisso um arrepio correu todo o corpo da jovem.

Rikku balançou a cabeça numa tentativa inútil de afastar tais pensamentos. Tudo iria ocorrer bem. Ela ia conseguir triunfar no final.

“Hei princesa!!! Comece a se arrumar que daqui uma hora iremos chegar em Bevelle!” Gippal gritou, surpreendendo Rikku que acabou se assustando. Recuperando a postura, Rikku tomou coragem e fez a pergunta que a assombrava desde que soubera do casamento. “Gippal? Como é esse tal de Baralai? Tipo eu nem sei direito como ele se parece...” Um sorriso se estampou na cara de Gippal, um sorriso maldoso. “Já ta começando a gostar dessa idéia de casamento...?” “Não é nada disso” Rikku replicou. “Bem... Ele não é tão gostoso, mas acho que da pro gasto.” Rikku arqueou uma sobrancelha. “Da pro gasto não especifica nada.” “Ah... Você queria detalhes... Perdão... Vejamos, ele é o Preator da Nova Yevon, sabe lutar, tem 20 anos e...” Os olhos de Rikku se arregalaram assim como a boca. “20 anos!!! Mais um ano e seria considerado pedofilia!!! O que é que vocês tem na cabeça!?!” Se antes ela era contra o casamento, agora ela tinha mais um motivo para não se casar. “E ai que ele tem 20... isso não significa nada. É claro que no caso do cabelo dele já seria outra historia...” Rikku encarou Gippal. “O que é que o cabelo dele tem?” “Ele tem cabelo branco... ou prateado... depende do ponto do seu ponto de vista...” Rikku olhou incrédula para ele. “Cabelo branco... eu vou casar com um vovô...”

Gippal começou a rir. “Hahahahahaha! Ninguém nunca havia chamado o Baralai de velhinho. Hahahahahaha! Achei essa muito boa!” Ele levou as mãos para a barriga tentando o melhor que podia conter a risada. “Espera até eu contar essa pra ele...” Rikku bufou de raiva. Ela estava numa situação já ruim o bastante para aturar suas gracinhas. “Isso não tem graça!!! Não é você quem vai ter que se casar aqui!!!” Não adiantou nada as palavras da jovem, pois Gippal continuou a rir.


Baralai olhava para o espelho. Por ordem de Yuna, ele havia colocado a melhor roupa que tinha. Ele não via a necessidade de tal formalidade, uma vez que era apenas um encontro entre dois pretendentes, mas Yuna afirmou que tal evento não poderia passar de uma forma despercebida.

Yuna entrou na sala. “Baralai, você mandou me chamar?” O jovem Preator virou para encarar a amiga. “Sim Yuna, tem algo que eu gostaria de lhe perguntar...” Yuna sentou-se em uma cadeira. “Sobre a sua prima... você nunca chegou a conhecê-la, não é?” Ela juntou as mãos, enquanto olhava para Baralai. “Bem como você sabe, eu nasci aqui em Bevelle. Mas teve uma vez, que eu fui para Bikanel, visitar meu tio e me lembro de ter visto a minha prima. Agora ela já deve ser uma jovem muito encantadora” Yuna sorriu para Baralai. “Você ainda não respondeu a minha principal duvida... quantos anos ela tem?” Yuna se calou. “Eu estou esperando...” “17” O murmúrio de Yuna não foi ouvido pelo Preator.

Será que era impressão dele ou tinha soado com 17... “Será que você poderia repetir, por favor?” Yuna respirou fundo, isso não ia ser nada fácil. “Minha prima tem 17 anos...” A reação de Baralai acabou por espantar a jovem. “17 ANOS!!! Yuna sua prima é 3 anos MAIS nova do que eu... Isso não vai dar certo...” Baralai colocou as mãos na cabeça abaixando-a.

Aquilo tinha que ser um pesadelo, mais um ano e seria pedofilia... Baralai sentiu a mão de Yuna em seu ombro. Olhando para ela, esta lhe sorriu afetuosamente. “Baralai, eu sei que jamais serei capaz de compreendê-lo, mas Rikku deve estar passando pela mesma situação... então, por favor, tenha paciência...”

Baralai estava prestes a falar algo, quando alguém bateu na porta. “Pode entrar” falou Baralai. Uma jovem aprendiz do templo entrou, fazendo reverencia ao jovem Preator. “Preator, sua noiva acabou de chegar.” “Baralai, é melhor eu ir ajudar nos preparativos. Com sua licença.” Yuna reverencio-o e saiu da sala, levando a aprendiz consigo.

Baralai se sentou na sua cadeira, vendo alguns outros documentos que necessitavam sua atenção, ou era o que ele queria pensar. Mesmo sendo arranjado, ele estava nervoso por encontrar sua pretendente.

O som das portas se abrindo, trouxe Baralai de volta a realidade. A sua frente não estava a jovem, mas sim seu amigo de longa data, Gippal. “Gippal? O que o trás aqui?” Baralai levantou-se de sua cadeira e foi em direção do amigo, apertando-lhe a mão. “Ora, vim trazer a sua noiva...” Gippal sorriu. “Mas e ai? Como você tem passado? Quero dizer sendo Preator e tudo mais.” Baralai olhou para o amigo e depois indicou a mesa a frente. “É só olhar para a minha mesa que sua pergunta será respondida...”

Ao olharem para a mesa com pilhas e mais pilhas de papeis, ambos começaram a rir. Baralai notou que seu nervosismo havia ido embora junto à risada. Gippal virou para o amigo e deu-lhe um tapinha leve nas costa. “Meu, eu não trocaria de lugar com você nunca... viro Preator e agora não tem mais sossego.” Baralai sorriu ao ouvir o comentário. “Como se na época em que andávamos juntos eu tinha algum sossego. Não pense que eu me esqueci daquela vez em que você consegui meter nos dois numa tremenda enrascada...” Gippal coçou a cabeça. “Eu realmente esperava que sim.”

“Gippal?” o jovem Preator perguntou. “Hum?” Baralai olhou para o relógio localizado acima da porta. “Você não estava escoltando a princesa? Porque ela ainda não chegou?” Gippal se sentou em cadeira indicada por Baralai. “Se alguém tem culpa aqui, esses seriam os seus monges...” Baralai estava confuso. “Eles a impediram de vir pra cá, enquanto não trajasse roupas mais “decentes”.”

Baralai estava a ponto de retrucar, mas logo foi interrompido pelo estrondo de algo caindo no chão que ecoou pelo templo. Olhando para a expressão espantada do jovem Preator, Gippal se acomodou ainda mais na cadeira.

“Boa sorte com a sua noiva...” Outro estrondo foi ouvido. “Acho que você vai precisar... velhinho” Gippal riu.


Yuna por pouco não fora atingida por uma almofada, quando abriu a porta onde se localizava Rikku. A cena que presenciou era de puro caos. Enquanto algumas noviças tentavam desesperadamente fugir da mira da jovem princesa. Outras, mais corajosas, se arriscavam a tentar acalma-la.

Ao notarem a presença de Yuna, todos se acercaram dela imediatamente. “Senhorita... por favor, ajude-nos a acalmá-la...” Todas apontaram para Rikku. “O que esta acontecendo aqui?” Perguntou Yuna, olhando diretamente para a princesa. “Eu me recuso a usar essa DROGA de vestido!!!” Ela respirou fundo. “Como vocês conseguem usar essas roupas tão quentes!?! Vocês são loucas!!!” A jovem gritou a plenos pulmões.

Yuna pegou o vestido jogado no chão, colocando-o logo em seguida em uma cadeira. Olhando para as noviças, ela pediu para que a deixassem a sós com a princesa. “Rikku, as pessoas que vivem aqui em Bevelle não entendem os costumes al bheds.” Rikku encarou a mulher a sua frente. “Você me conhece?” Yuna riu. “A ultima vez que eu te vi , você ainda era bem pequenininha.”

O rosto de Rikku se iluminou. “Yuna? Você é a Yuna?” Yuna balançou a cabeça. “Yunie!!!” A jovem se lançou nos braços da prima, abraçando-a afetuosamente. “Eu sabia que você morava em Bevelle, mas não tinha a menor idéia que você trabalhava aqui!” Yuna retribuiu o abraço amavelmente.

Depois de algum tempo ambas se separaram. Yuna acariciou a cabeça de Rikku. “Também é bom vê-la outra vez... Você cresceu tanto, já é uma mocinha... e logo será uma mulher casada...” Rikku se distanciou de Yuna muito surpresa. "Por favor, me diga que você não tem nada a ver com essa historia de casamento arranjado...?" Yuna olhou séria para Rikku. “Perdão Rikku, mas é pelo bem de toda Spira... Não havia outro jeito...”

Por que todas as pessoas que ela conhecia queriam tão desesperadamente essa maldita união entre ela e o Preator de Nova Yevon? Será que ninguém conseguia compreender que um casamento forçado só levaria a desgraças...

“Rikku, por favor... até o casamento, tente se comportar, está bem?” Yuna suplicou. Essa cena chocou tanto a jovem que, ela não teve capacidade de retrucar.

“Me dá logo esse bendito vestido...” Yuna sorriu, entregando-lhe o vestido. “Obrigada Rikku... digo isso em nome de toda Spira.”


Baralai e Gippal estavam a tomar chá e conversar, quando Yuna entrou na sala. Logo em seguida ela fechou-a, fazendo uma reverencia ao jovem Preator. “Desculpe-me por interrompê-los. A princesa já está a caminho.” Baralai acenou com a cabeça. “Obrigado Yuna.”

Gippal se postou em frente à Yuna. “É um prazer conhece-la, senhorita...?” “Yuna.”Gippal apertou-lhe a mão. “Bem... É um grande prazer conhece-la, senhorita Yuna. Eu me chamo Gippal.” Yuna soltou a mão e sorriu. “Baralai me contou varias coisas sobre você...” O sorriso enigmático de Yuna, deixou Gippal curiosíssimo quanto ao o que fora contado sobre ele.

Ele estava a ponto de perguntar para Yuna, mas alguém bateu na porta. “Pode entrar.” Falou Yuna.

Ao abrir a porta um grupo de noviças entrou. Entre elas estava a figura da jovem princesa. Baralai não sabia ao certo se seu nervosismo havia contribuído na criação da imagem da jovem, mas ela não se parecia em nada.

Aqueles intensos olhos esmeraldas e os cabelos loiros atípicos para qualquer yevonete, poderiam fascinar qualquer um. O vestido que Rikku trajava era de cores claras, muito comum em Bevelle. Seu cabelo estava preso em um coque com alguns enfeites dourados.

Aqueles mesmos olhos verdes estavam a avaliar-lo.

Rikku ficara surpresa ao descobrir que o tal Preator não aparentava ser tão velho quanto imaginara. Seus cabelos brancos foram à primeira coisa a lhe chamar a atenção. Nunca, em toda a sua vida, ela havia visto alguém com cabelos naturalmente brancos de nascença. Eles aparentavam ser inexplicavelmente macios. Contendo a vontade de passar as mãos pelos cabelos do homem a sua frente, Rikku se voltou para Gippal.

“Então esse ai é o tal Biralai...” Rikku apontara o dedo indicador em direção de Baralai. “É Ba-ra-lai...” Corrigiu o jovem Preator, encarando a jovem.

Yuna ao notar a situação, se interpôs entre os dois. “Baralai, Rikku... Rikku, Balarai” Ela apresentou ambos. “Acho que devemos deixá-los a sós.” Gippal sugeriu, já indo em direção da porta.

Antes que qualquer um dos dois tivesse alguma chance de fazer algum comentário à porta fora trancada, deixando ambos, a princesa e o Preator, a sós na sala.

“Yunie! Abra essa maldita porta!” Rikku chutou a porta. “Hei! Não danifique o templo!” Baralai segurou o braço dela com força, a tirando de perto da porta. “Tenha mais respeito pelo que é dos outros...”

Rikku mostrou-lhe a língua, fazendo pouco descaso do jovem. “Eu não to nem ai pra porta, ou pra você... e muito menos essa droga de casamento arranjado.” Rikku bufava de raiva.

Baralai mesmo surpreendido pelo palavreado da princesa, manteve a calma e a postura. “Não adianta continuar chutando a porta. Com certeza eles devem estar do outro lado escutando tudo, e só vão abrir a porta quando tiverem certeza de que já nos socializamos.” Rikku o encarou. “E antes que você possa dizer alguma palavra eu também sou contra essa loucura de casamento arranjado.”

Os olhos da princesa se arregalaram. Isso significava somente uma coisa. Ele. Tambem. Não. Queria. Se. Casar.

“Então... você tambem é contra essa loucura...” A jovem balbuciou. “Não é tão fácil assim a situação...” O jovem Preator sentou-se na cadeira atrás da mesa. “Do jeito que eu conheço a Yuna, toda Spira já deve saber da nossa união...” “Você ta brincando, né?” A jovem perguntou. “Infelizmente não. Pra com que não haja nenhuma chance desse casamento ser cancelado, todos estão utilizando qualquer meio possível para que não haja escapatória...”

Rikku bateu o pé no chão. “Eu vou cancelar essa loucura, e ninguém vai me impedir. Eles querendo ou não.” Aquelas palavras fortes e decididas conseguiram arrancar uma gargalhada de Baralai.

Realmente ela ainda era uma garotinha. Uma garotinha mimada, mas obstinada. Talvez, talvez mesmo ela pudesse mudar a situação atual. Esses pensamentos encheram o jovem de esperança.

“Pega.” A jovem falou. A próxima coisa que Baralai sabia eram que algo havia sido jogado em sua cara. Ao analisar melhor o objeto, ele percebeu que era o vestido que a jovem agora a pouco estava usando. “O-o q-que você t-ta fazendo?” O jovem gaguejou com o simples pensamento da jovem despida ao seu lado. “Ora, tirando esse maldito vestido quente...” O jovem se virou para a princesa.

Rikku estava com um vestido de alças branco que chegava aos joelhos, e que com certeza era muito mais leve do que o outro que segurava nas mãos. “Olha eu realmente não sei como você conseguem sobreviver com esses roupões e sobretudos... em Bikanel vocês não teriam a menor chance...” Ela tirou os enfeites do cabelo, soltando as longas madeixas loiras que quase chegavam até a cintura.

“Eu vou dar o fora daqui!” A jovem exclamou se posicionando frente a uma das varias janelas existentes na sala. “Isso é perigoso!” Baralai agarrou lhe o braço a tirando de perto da janela. “Alem do mais, eles vão sair por ai procurando você.”

“E como você sugere que eu saia... Pela porta? Você sabe melhor do que eu, que eles estão lá do outro lado!” Rikku cruzou os braços, encarando Baralai.

Eu sei! Mas isso vai contra qualquer etiqueta que uma princesa aprende.” Rikku arqueou a sobrancelha. “Não sei se você reparou, mas eu não sou nenhuma princesinha dondoca que não faz nada de útil na vida...” “Mas mesmo assim é errado...”

“Não me diga que o Preator da Nova Yevon, nunca, nunquinha burlou uma regra... coitadinho.” A jovem debochava de Baralai, lançando-lhe um sorriso zombeiro. “Isso não tem nada ver!” “Ah! Deixa de ser careta!” Rikku agarrou-lhe o braço, e logo em seguida lançou-se janela a fora junto com o jovem. “AH!” Acabei esquencendo de mencionar que eles se localizavam no segundo andar.


“Ai... Como é bom poder caminhar um pouco!” Rikku corria de um lado para o outro, respirando o ar puro do bosque privado do templo. “Vocês tem sorte por ter algo assim. Em Bikanel só tem areia.” Baralai seguia a jovem, observando a calma paisagem. “Desde que eu me tornei Preator, nunca mais tive tempo para poder vir aqui.” Rikku parou no meio do caminho, olhando diretamente para ele com um olhar confuso. “Como assim? Você mora aqui!” Baralai respirou fundo, deixando a passarela principal e se aventurando entre as árvores do bosque.

Rikku mesmo receosa seguiu o jovem através das arvores. Após algum tempo caminhando, ambos chegaram até um riacho. Este com certeza seguia em direção a cidade. Naquele ambiente calmo e sereno, Baralai sentou-se junto a uma arvore. Rikku molhou os pés nas águas frias e depois se sentou na margem.

“Todos os dias, chegam mais e mais papeis para serem assinados, isso quando não sou chamado para reuniões.” O jovem respirou fundo. “Acho que é por isso que eu venho aqui raramente...” Baralai descansou a cabeça no tronco da arvore, fechando os olhos.

Rikku encarou o jovem por um tempo sem dizer uma palavra, mas logo depois voltou seus olhos para o belo céu. “Você é idiota, Baralai!” Rikku sorriu para Baralai, e este a olhava com uma cara chocada. “Quem é que você esta chamando de idiota!?!” O jovem falou serrando os dentes. Rikku achando a expressão de Baralai interessante lhe mostrou a língua.

“Ora sua...” Baralai se levantou num impulso, correndo em direção da jovem. Ele estava a poucos metros de conseguir pega-la, porem esta se esquivou rapidamente. Como conseqüência Baralai caiu no riacho, ficando simplesmente encharcado.

Rikku começou a gargalhar, ao olhar para o Preator totalmente molhado. Ela estendeu-lhe a mão, a fim de ajudá-lo a se levantar. “Desculpa.” Disse a jovem entre risos. Baralai sorriu para ela e segurou-lhe a mão. “Sou eu quem deveria se desculpar... Afinal você vai se molhar...”

Antes que Rikku pudesse pensar, Baralai puxou-lhe o braço, fazendo-a perder o equilíbrio e cair no riacho.

Baralai riu ao ver a cara pasma da jovem e esta depois de um tempo acabou por se juntar a ele.

Rikku tomou fôlego, rir daquela maneira era considerado um privilégio na atual situação em que se encontrava. “Sabe?” A jovem falou, recebendo a atenção de Baralai. “Se você se fosse amanha, a papelada continuaria na sua mesa. Então pra que ficar se privando de tanta coisa boa.” Rikku deu um largo sorriso. “Você deveria mais é aproveitar a vida! Afinal você só tem uma!”

Não sabia o porque, mas Baralai olhou para Rikku com outros olhos. Mesmo sendo uma jovem de somente 17 anos, seus cabelos loiros ganhavam uma coloração dourada naquele final de tarde. Sua pele bronzeada e olhos verdes fascinaram o jovem Preator mais uma vez. Toda aquela vivacidade juvenil ganhou a admiração dele.

“Tudo bem?” O olhar preocupado da jovem despertou-o. Baralai apagou seus pensamentos prévios, lembrando-se da atual situação em que se encontrava. Uma noiva e um casamento arranjado.

Vendo que a temperatura abaixava com o pôr-do-sol, Baralai precisava tirá-los dali. “Logo vai escurecer! É melhor nos voltarmos.” Baralai ajudou ambos a saírem do riacho, e logo depois seguiram em direção do templo.

“Tenho a impressão de que a Yuna vai dar uma bronca na gente...” Baralai falou desanimado. “Não se preocupe, agente da um jeito...” Rikku sorriu para ele, e este lhe retribui o gesto. “Espero que sim... Ah... meu nome é Baralai...” Estas foram as ultimas palavras do jovem.


Tanto Rikku quanto Baralai olhavam para Yuna que andava de um lado para o outro com uma cara séria. “Vocês não fazem idéia do pânico que nos sentimos ao ver que não havia NINGUEM na sala...” Rikku tentou explicar a situação, mas foi logo cortada. “Nós procuramos em todos os lugares possíveis...”Yuna colocou a mão na cabeça, tentando se acalmar.

Os dois jovens se entreolharam e Baralai sussurrou. “Deixa ela falar...” Rikku assentiu.

Yuna estava a ponto de lançar outra onda de broncas, mas foi interrompida pela escancarada da porta. “Yuna. Eu realmente acho que os dois já estão suficientemente arrependidos pelo que fizeram. Alem do mais, esta frio aqui fora, e afinal nos não queríamos que eles se conhecessem melhor?” Gippal sorriu de lado, com toda sua forma pomposa. Yuna encarou-o severamente, analisando o sorriso enigmático. “Esta bem... Por sorte ninguém se machucou, e nada de mais aconteceu...” Yuna deu-se por vencida, respirando fundo.

Baralai e Rikku estavam quase entrando no templo, mas foram parados. “Espero que essa seja a ultima vez que eu tenha que me preocupar com vocês..." Ambos reponderam juntos. "Esta bem..."


 

Rikku olhava a cidade abaixo, lembrando sua casa em Bikanel. Tudo era tão diferente, havia meio que um misticismo entre a população, algo impensável para um al bhed. Não havia maquinas, nem luz que não tivesse uma fonte natural.

Sentando-se na cama, a jovem refletiu sobre os recentes acontecimentos. Seu noivo não era uma má pessoal. Talvez se o tempo permitisse, uma grande amizade formaria entre os dois. Rikku se acomodou na cama.

“O que importa é eu resolver essa questão de casamento o quanto antes...” O sono logo tomou conta da jovem princesa.

Continua.


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