Faltavam quatro dias para o natal. Emily estava olhando para Penelope enquanto ela colocava algumas decorações no prédio da BAU.

Ela havia feito um bom trabalho com a arvore deles. Mas parecia haver algo que a incomodava.

— Você está bem, Penelope? – Emily a fez descer da escada. – Você parece um pouco incomodada.

— Eu fui visitar a minha casa, tentar limpar as balas e encontrei uma caixa. – Penelope a pegou. – Não contei para Derek ainda.

— Eu posso ver? – Emily perguntou e viu Pen acenar positivamente. – Pen, isso é...

— Todas as balas que foram atiradas contra a casa. – Penelope mostrou o bilhete. – Em, eles sabem que a gente era do FBI.

— PsychoVille?  - Emily viu Penelope acenar de novo. – Acho que deveríamos tentar achar uma solução.

— Eu entendi. – Penelope sorriu. – Agora, eu vou colocar essa estrela na arvore.

— Nada disso, Baby Girl. – Derek tirou a estrela de Pen e subiu na escada, pronto para colocar a estrela. – Prontinho.

— Meu herói. – Penelope sorriu. – Agora que tal terminarmos a sala de Hotch?

— Na verdade, você e Derek deveriam conversar. – Emily sorriu, levando a caixa de decorações para o escritório de Hotch. – Aaron, eu tenho que te contar uma coisa.

— Emily, você viu isso? – Hotch colocou uma foto na mesa. – Estava em um envelope que estava na minha mesa?

— Esse é o nosso primeiro beijo. – Emily corou um pouco. – Achei que estava tudo bem.

— Sim, e tem outras fotos, hum, nossas. – Hotch as colocou na mesa. – Desde o dia em que a gente fez amor pela primeira vez.

— Merda. – Emily fechou as persianas. – Penelope recebeu uma carta. Ela foi pegar as balas da casa e encontrou um bilhete dizendo: Eu sei quem você é. E eu vou fazer você pagar.

— Maravilha. – Hotch apenas disse ironicamente. – Eu não poderia prever que isso aconteceria de novo.

— Ed tinha irmãos? – Emily pegou o arquivo da mesa de Hotch. – E o que o arquivo dele está fazendo aqui?

— Eu estava desconfiando da facilidade de encontrarmos nosso assassino. – Hotch confessou. – Então olhei de novo para o arquivo. A equipe falou com Ed duas vezes no passado. Ele recentemente foi preso por dirigir bêbado. Nada ligado a um assassinato.

— Isso não faz sentido. – Emily se sentou. – Ele tentou nos matar. Você quase morreu.

— E se alguém que ele conhece o manipulou? – Hotch mostrou a arvore genealógica e a lista de pacientes. – Lembra que ele disse que já havia sido terapeuta? Antes da obsessão dele por vampiros e sagas, ele realmente era um psicoterapeuta. Ele tinha pacientes regulares, um consultório e um filho.

— Michael. – Emily leu. – Esse paciente aqui. Michael Mauher.

— Condenado por Stalking contra uma agente federal. – Hotch respondeu. – Liberado em condicional depois de aceitar ter sessões com um terapeuta.

— Ele parece medonho. – Emily olhou para outros pacientes. – Terry Spooner, Mike Battle...

— Mike Battle... – Hotch parou ao perceber quem se tratava. – Isso não pode ser coincidência.

— E não é. – Emily mostrou a foto dos três homens. – Uma coisa liga os três. Agencias federais e estão envolvidos direta ou indiretamente em ataques a funcionários do governo.

— Terry Spooner foi preso com acusações de lavagem de dinheiro e tentativa de assassinato em terceiro grau. – Hotch puxou as fichas. – Michael Mauer foi preso por Stalking e tentativa de sequestro e premeditação de um assassinato. Mike Battle nunca esteve ligado diretamente ao crime de Battle contra... Penelope.

— Hotch, isso ainda me assusta também. – Emily sabia o que o namorado estava sentindo. – E se o que eu pensar estiver certo, precisamos proteger Pen a todo custo.

— Reúna o time. – Hotch literalmente beijou Emily e foi para a sala de Dave. – Temos um problema. E Penelope pode estar em perigo.

— Estou dentro. – Rossi se levantou e foi para a sala de reuniões.

Derek deu um olhar torto para Rossi. Ele esperava passar o primeiro natal com sua equipe, esposa, futuro bebê e sua própria mãe e irmãs.

— Temos um novo desdobramento do nosso último caso. – Hotch colocou as pastas. – Eu sei que você e Dave estão brigados, mas leve em consideração que Penelope está grávida e pode estar em perigo.

— Trégua por enquanto. – Derek apenas disse e voltou a cuidar de sua esposa.

— Achamos que Edward Swan não é o psicopata primário. – Emily foi direta ao ponto. – Achamos que esses três homens estão envolvidos também.

— Esse é o irmão de Battle. – Penelope estava com uma vontade repentina de vomitar. – Desculpe.

Hotch apenas olhou para Derek, que foi em busca da esposa.

— Sim, achamos que ele está atrás de vingança. – Hotch falou. – Contra todos nós.

Rossi se levantou e voltou para a sala dele. Ele precisava de segurança extra e convenceria Penelope e Derek a ficarem com ele.

— Vamos ter segurança em dobro para todos os nossos parentes e amigos. – Hotch olhou para Emily. – Dave, onde estava?

— Fazendo ligações. – Ele casualmente se sentou. – Tenho uma casa grande então, que tal todos os nossos parentes ficarem lá? Estamos perto do natal de qualquer forma.

— Eu aceito. – Derek olhou para o profiler mais velho. – Penelope precisa de segurança agora.

— Sim e depois que pegarmos esse bastardo, vamos conversar. – Rossi sorriu.

— Certo, os seguranças vão acompanhar todos vocês para casa e peguem o essencial. – Hotch abraçou o amigo. – Você é perfeito, Dave.

— Que isso, Aaron. – David olhou para Penelope no fim do corredor. – Assim, todo mundo pode finalmente descobrir que você e Emily finalmente estão juntos.

— Nada passa despercebido por você, não é? – Hotch sorriu.

— Eu sou treinado nisso. – Rossi foi até a casa dele e começou a preparar os quartos e a casa.

Mike Battle observou Derek e Penelope chegarem em casa. Seu ódio pela mulher que fez seu irmão ser morto aumentava cada vez, mas não eram apenas os dois quem ele queria eliminar. Hotch e Emily suspeitavam dele e ele sabia que seria pego.

Quando Mike viu Derek e Pen saindo com os seguranças e malas, ele bateu no volante, fazendo o carro buzinar. Ele se abaixou e respirou fundo quando o carro deles parou perto do dele.

Ele realmente dava muita bandeira.

Derek ouviu a buzina e logo mandou uma mensagem para Hotch. Ele parou a centímetros do carro e percebeu um homem se escondendo, mas ele daria corda para o homem se enforcar.

Hotch mostrou a mensagem para Emily, que riu. Ele não era muito bom em disfarçar.

— Bem, acho que o nosso presente vai ser o sangue desse cara. – Emily disse casualmente enquanto dobrava as roupas. – Talvez a gente pudesse usar o jogo dele contra ele.

— Como assim? – Hotch parou, vendo o leve sorriso diabólico de sua namorada. – Dar corda para o homem se enforcar?

— Simples. – Emily o olhou. – Se ele quer matar Penelope e Derek ou até a nós, a gente deixa ele tentar e o mandamos para a cadeia ou para o caixão.

Hotch foi até a namorada e sorriu. sim, ele adorava esse plano e ele se divertiria jogando.