O Sexta Feira escrita por Miss Krux


Capítulo 5
Capítulo 05 - Suspeitas




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No dia seguinte, pela manhã Verônica e Marguerite partiram para aldeia Zanga por meio do Oroboros, levando consigo todos os pacotes, os rapazes foram caçar, enquanto Challenger para variar estava em seu laboratório.

Na aldeia, às mulheres passaram o dia realizando às trocas, que por sinal corriam melhor do que imaginavam, só voltariam para casa ao entardecer. Enquanto Malone e John tiveram sucesso na caçada durante o primeiro horário, antes do horário do almoço já haviam retornado a casa da árvore. Malone aproveitou o tempo livre para organizar suas anotações, colocar em dia, ainda tinha que escrever sobre sua viagem a Londres.

John estava na varanda, acompanhado de Challenger, o dia estava quente, mas nada que a brisa de vento não refrescasse o calor, os dois olhavam para o céu, para às árvores, apenas apreciando a paisagem, o silêncio, algo raro naquele lugar.

J – Parece que tudo está bom demais para ser verdade, não é meu amigo?

C – Sabe John devo concordar, tudo parece estar tomando seu rumo certo, ao menos uma vez, não existe nenhum impedimento pré-existente.

J – É parece, espero que estejamos certo.

Challenger por um breve momento notou as feições do amigo mudarem, todo o ar de tranquilidade parecia ter esvanecido, agora algo não parecei estar certo, algo que o preocupava.

C – John o que está lhe preocupando?

J – Eu não sei bem George, talvez tudo esteja acontecendo rápido demais, a ideia de voltarmos ainda me preocupa e muito, nós não somos mais os mesmos, aquele mundo que deixamos pra trás não é mais o mesmo. Tudo ainda é novo, há meses atrás estávamos buscando a saída do platô quando ela estava bem diante de nós. E isso dá Veronica ser a protetora desse lugar e Marguerite do Oroboros, não algo fácil de se acostumar.

O cientista ponderou um pouco, coçou a barba ruiva, respirou fundo, ele também compartilhava da mesma apreensão que o homem mais novo, contudo, com base em seus anos de vida e aprendizados, sabia que isso não era tudo, tinha algo mais que preocupava o caçador, como havia notado há instantes, existia algo que não estava no seu devido lugar. Mas ainda assim, depois de 04 anos dividindo inúmeras experiências e criando a intimidade que tinham naquele momento, sabia que existiam coisas que nada melhor que o próprio tempo, tudo têm o seu tempo de acontecer, assim como suas próprias invenções.

C – Eu acho que entendo perfeitamente o que está sentido meu amigo, se quer saber hoje mesmo enquanto estava em meu laboratório me vi pensando sobre este assunto. É tudo muito novo, muito cedo para ser assimilado de forma correta, principalmente quais serão as consequências do nosso retorno.

J – É sim, principalmente quanto as consequências.

C – Consequências... Se me permite perguntar, Marguerite você quer dizer?

J – Sim, Marguerite eu quero dizer, eu não sei explicar George, mas ela está mudada, tem algo diferente, eu não gosto muito de falar sobre ela ou nós dois. Sabe o quanto ela preza por sua privacidade e outra, é algo nosso, mas você também a conhece, deve ter notado algo diferente.

C – Marguerite mudada, em que sentido John? Eu tenho notado algumas mudanças sim, mas nada demais eu imagino

J – Eu não sei como explicar bem, ontem por exemplo, pela manhã ela parecia mais irritada que o habitual, talvez o calor, mas quando a olhei nos olhos parecia ter algo mais, como se os sentimentos dela estivessem mais intensos ou durante nossa visita em sua casa, não me lembro de Marguerite com um desejo tão aflorado para comida, ainda que fosse bolo de chocolate.

C – Claro, claro, eu havia notado algumas alterações no humor da Marguerite, mas nada dessa maneira como está relatando, imaginei que fosse resultado das dores de cabeça constante que ela vem sentindo. E é claro, que ainda estivesse se recuperando do susto e toda a experiência que vivenciamos com o William, o que naturalmente explicaria esses pequenos gestos ou mudanças que pude perceber.

J – Espera, dores de cabeça constante? Marguerite não me falou nada sobre sentir dores, a não ser ontem, mas imaginei que era porque andamos muito e com o tempo que tem feito

C – Me desculpe meu amigo, mas sim Marguerite tem se queixado de dores de cabeça nas últimas duas semanas, inclusive uma parte das ervas que buscaram será para fazer um misturado que irá aliviar estas mesmas dores, já que ela tomou meus últimos dois misturados, pensei que seria bom ter mais alguns de reserva.

O caçador silenciou durante um tempo, como se tentasse conter a raiva que sentia naquele momento da herdeira, por não contado nada dessas dores, mas também parecia perdido em seus pensamentos, imaginando o que poderia estar lhe causando isso, era mais do que o susto que havia passado e o tempo, já haviam enfrentado secas piores, tinha que ser algo mais, de repente algo lhe atingiu, o qual poderia explicar tanto as dores como as emoções mais intensas que a herdeira vinha sentindo. John empalideceu e podia jurar que suas pernas não seriam capazes de segurar seu peso se não estivesse apoiado, os métodos que o casal usava para se prevenir não eram totalmente eficazes, ambos tinham conhecimento disso, mas até agora nunca havia falhado, no entanto houve uma vez que os dois ficaram a sós, mais precisamente no dia que William chegou. Eles haviam feito amor naquela manhã, e tamanho era o desejo de ambos que cometeram um erro naquele dia, esqueceram-se totalmente de se prevenirem e se John estava certo, aconteceu mais uma de vez naquela manhã.

C - John? O que foi? Vamos meu velho o que aconteceu? Você está pálido homem, por Deus.

J - Challenger eu... Eu acho que sei o que está acontecendo com Marguerite, mas é só uma suspeita, pode não ser isso, eu realmente não sei, na verdade acho que nem mesmo ela saiba. Talvez vou precisar da sua ajuda meu amigo.

C - Ora claro John, o que precisar.

J - Digamos que antes da chegada do William, eu e a Marguerite nos encontramos às escondidas, algumas vezes, quer dizer, nem tanto assim, já que todos suspeitavam. E eu acho que teve um dia que esquecemos de ...

Challenger por todas suas experiências passadas, principalmente quando jovem, não demorou para compreender o que o caçador queria dizer, não precisando sequer concluir suas palavras para que o cientista pudesse deduzir o que havia acontecido.

C – Ahhhh compreendo, compreendo o que quer dizer John, mas não acho que uma vez apenas possa bem... Resultar, no que está sugerindo e além disto, Marguerite também não cuidou da alimentação como deveria, digo, quando vocês romperam, eu a avisei sobre as consequências que isso poderia causar, mas você já deve saber o que ela me respondeu.

J – Esse é o problema George, temo que não tenha acontecido apenas uma vez.

Definitivamente não era a resposta que o cientista esperava escutar, agora o próprio sentia-se um pouco atordoado, senão, incrédulo que todas as suas explicações lógicas, capazes de contradizer qualquer suspeita levantada, tornaram-se infundadas, haviam fugido por assim dizer. Foi preciso coragem e mesmo tempo hábil para prosseguir aquela conversa. Challenger soube de imediato que dependo da resposta de John, poderia mudar todos os planos de voltar para casa em poucas semanas.

C - John pode ser que seja apenas coisas das nossas cabeças, afinal é só uma suspeita e eu acredito que é pouco provável e não seja exatamente isso. Mas tem um meio que você pode ter certeza do que está insinuando?

J - Certo, e qual seria este meio?

C – Você sabe que esse tipo de assunto não me agrada nem um pouco, que nesse quesito eu sequer sei como expressar da melhor maneira, mas tentarei ser o mais objetivo e direto possível, o que também não faz parte das minhas características. Mas sem rodeios, e apenas ressaltando que essa pergunta é muito pessoal e você sabe o quanto isso me incomoda, mas tenho que fazê-la, é sobre as regras de Marguerite, você deve saber se estão normais, da maneira que deve ser, corretamente?

J - Você acha George, que Marguerite me conta isso.

C - John meu velho você tem que saber, tem que ter notado. Vamos homem tente se lembrar.

John andou pra lá, pra cá, tomou um gole da dose de whisky, suspirou, por algumas vezes olhou para o nada, as mãos entre o cabelo, andou mais um pouco de modo agitado, até que conseguiu se lembrar.

J - Então sim George, às regras de Marguerite estão corretas, isso quer dizer que estamos errados? Que não passou de uma suspeita sem fundamento?

C – Sem fundamento eu não diria, uma vez que não houve a prevenção de maneira “adequada”, certamente existe a possibilidade, mas em contrapartida como as regras da Marguerite parecem estar chegando de maneira regular, de acordo com o que acaba de me falar, não vejo razões para tanto, a não ser claro as dores de cabeça, o que também podem estar resultando na alteração de humor dela, quanto a isso sugiro que acompanhe mais de perto, para que não aconteça nenhuma piora e se quiser claro, assim como você posso observar mais atentamente, e qualquer alteração significante eu o comunicarei, até porque duvido que ela irá querer dois de nós a vigiando.

J – Pudera, ela nunca quis nenhum de nós, dois então piorou, aí sim acredito que ela não irá mais falar nada, mas eu agradeço pela ajuda Challenger, aceito-a de bom grado, as vezes acho até impossível cuidar dela.

C – Ora meu amigo, nem pense nisso, pois esse é um trabalho que você vem fazendo muito bem, há pelo menos quatro anos cuidando dela e pelo que vejo será assim para o resto de suas vidas, ela permitindo ou não.

J – Não tenha, não preciso da autorização dela para fazer, vou cuidar e protege-la até meu último ar.

As mulheres retornaram antes do escurecer, bem como traziam um baú de tamanho médio, cheio de joias preciosas, de todos os tipos e qualidades, o suficiente para Marguerite se livrar de quase todas as dívidas, ainda que fosse precisar da ajuda de John, em termos financeiros, seria mínima, era óbvio que os tecidos haviam rendido muito bem. Estavam alegres, sorridentes, falando sobre como às trocas, como tudo ocorreu melhor que o planejado e mais felizes ainda porque em questão de uma ou no máximo duas semanas tudo estaria devidamente quitado.

M - Verônica esse mês vamos voltar para Londres, vamos para casa.

V - Eu sei Marguerite, a minha amiga estou tão feliz por você.

M - E melhor não vou precisar me esconder de ninguém.

V - Isso é verdade Marguerite. Aposto que John fará questão de fazer uma festa de casamento, que convidará toda a Inglaterra.

M - Hahaha, não tenho dúvidas, mas isso eu não vou comentar com ele agora, senão, vai querer preparar tudo para amanhã, sabe como John é.

V - Eu sei Marguerite, ele a ama Marguerite, faria de tudo por você.

M - É acho que faria mesmo, e entre nós eu também faria por ele.

J - Ora, ora, o que às mulheres mais belas do platô tanto conversam em segredo?

M - Hahaha John não estamos conversando em segredo e mesmo que estivéssemos, bem são assuntos de mulheres e você não saberia.

J - Assuntos de mulheres? Sei, claro. Vejo que os negócios foram bem.

M - Sim, não podia ter sido melhor. Olha o quanto conseguimos, isso dará para pagar quase tudo e logo estaremos em casa John, já pensou nisso?

J - Casa Marguerite, e melhor nossa casa, eu só tenho pensado nisso nos últimos dias.

M – Hahaha o que eu te disse Veronica.

A garota da selva ainda nas proximidades, acompanhando a alegria do casal, e a recente descoberta de que logo tudo estaria como sempre desejaram, não pode deixar de rir com o comentário da herdeira e claro da careta que o próprio John fez, já que ele não pode presenciar a conversa entre elas desde o começo, o que acabava sendo divertido, já que não era um segredo de fato, mas também não deixava de ser coisas de mulheres.

Os próximos dias passaram rápidos, com as viagens de Malone para Londres, aliás não só para Londres, mas Cairo, Viena, Veneza, Mont’Carlo, sempre partia no período da manhã e voltava ao entardecer.

Na primeira viagem levou todas a joias, pedras, ouro, toda a fortuna que Marguerite havia conseguido juntar durante estes anos no platô, James conseguiu avaliar o total das dívidas e balancear com o que haviam obtido em dinheiro, incluindo os valores recebidos pelos quadros originais levados a leilão e pela venda de um dos automóveis, o qual tinha sido o próprio Roxton o comprador.

Ainda assim, mesmo que os valores eram altíssimos, não eram o suficiente para quitar com todas às dívidas, como a própria herdeira imaginava, lhe restaria ainda os alemães e Xan como credores, porém assim que perceberam tal desfalque, às viagens e os encontros com os credores passaram a ocorrer no período noturno, durante as festas ou eventos da alta sociedade, quando não era o próprio James quem os encontrava, era Malone acompanhado de Verônica quase que sempre, e às escondidas, infiltrado estava John.

O que também possibilitava maior segurança e comodidade para que o caçador pudesse realizar retiradas de seu cofre pessoal na mansão Roxton em Londres ou pedia para Leopold realizar o procedimento, mas sempre às escondidas, durante a madrugada, para que os demais funcionários não suspeitassem de absolutamente nada que vinha acontecendo.

Enquanto isso, quando todos os exploradores se encontravam no platô, os Zangas elaboravam e providenciavam a réplica perfeita do Oroboros a partir do verdadeiro, feito isto, a replica foi quebrada pela metade, o que correspondia exatamente a aquela metade que Marguerite roubará tempos atrás de Xan e que agora supostamente fazia parte do plano de entrega-la.

Duas semanas se passaram, era o último pagamento referente às dívidas dos alemães, era um baile em Berlim, muitos convidados e de várias nações, uma festa luxuosa, o salão em si, a decoração, os garçons, era tudo impecável, contudo corria-se o risco de encontrar conhecidos, Malone estava acompanhado de James e Roxton, pois além deste risco, Roxton melhor do que ninguém sabia que ali era território inimigo, a guerra podia ter acabado há anos, mas o orgulho ferido de terem sido derrotados, os alemães ainda mantinham vivo em muitos de seus civis ou mesmo oficiais, por conta desde fator, optou por acompanhar o jornalista, poderia ser necessário sua presença e saberia lidar com a situação se algo por ventura viesse acontecer. Antes mesmo da festa dar-se por acabada o pagamento havia sido feito, a dívida estava liquidada, os três amigos saíam, de certa forma animados, nada havia fugido do controle, nenhum imprevisto, entretanto ao se direcionarem para a saída do local, aguardavam o carro a ser trazido por um dos motoristas da festa, John não pode deixar de sentir que algo estava errado, ou melhor alguém.

N - John o que foi?

J - Eu não sei Ned, mas acho que estão nos seguindo. Não digo de vir atrás, mas ao sairmos, tinha um homem fumando conversando com um dos motoristas, responsável por estacionar os carros, ficou nos olhando, estava próximo de nós, não sei, mas tenho quase certeza que o vi em uma outra festa que tivemos. Olhe, está bem ali.

O caçador discretamente de dentro do automóvel, conseguiu mostrar o indivíduo para o jornalista e também para James.

N - Não me lembro dele John, desculpe, não seria um dos credores?

J - Não, não é um dos credores, James saberia ou mesmo você reconheceria, mas me lembro de tê-lo visto, acredito que na última ou penúltima festa que fomos em Londres, ele estava conversando com um outro alguém, mais jovem, mas não pude vê-lo de frente e bom não o vi por aqui hoje.

N - Bem, seja quem for John, não iremos mais vê-lo, agora só falta o Xan e, ainda assim, logo mais poderemos aparecer em público, vocês, eu quero dizer, não haverá mais motivos para se esconderem.

J - Pode ser Malone, mas prefiro me prevenir por hora, algo me diz para agir mais discretamente, mais do que já somos.

James - Eu concordo Lord Roxton, quanto mais nos prevenirmos melhor, embora creio que agora, os próximos negócios só a própria Sra. Marguerite possa resolver, serão diretamente com Xan, e até lá nem ela, nem nenhum de nós seremos vistos em público.

J - Sim James, até o nosso retorno oficial, nenhum de nós deve ser visto em público. Amanhã acredito que será Marguerite que virá, portanto estejam preparados ela terá que ir até o cofre em minha mansão, para retirar o equivalente da dívida do Xan, depois se encontrará com você, para arquitetarem os próximos passos do plano final, também não se esqueça de avisar Leopold durante o dia, de que ela virá pela madrugada e não deve se alarmar. Como a conhecemos e quando se trata de Xan, ela vai optar por vir sozinha, não permitindo que nenhum de nós a acompanhe.

James - Claro, amanhã mesmo durante o dia informarei Leopold, eu mesmo ou Anne fará.

J - Obrigado.

A noite seguinte chegou e como previsto Marguerite optou por ir sozinha, John informou a senha do cofre e instruiu o local onde estava, bem como a instrui que Leopold estaria ciente da sua breve visita e poderia estar lhe esperando (se possível), e que após retirar a quantia necessária, deveria se encontrar com James, para poderem seguir com o plano, voltaria para o platô, assim os dois juntos tratariam com o Xan. Ainda que o caçador havia concordado que a herdeira fosse sozinha, até porque não adiantava muito contrariá-la, sentiu que seu coração apertou, temia que algo de errado acontecesse, que pudesse perdê-la entre uma viagem e outra, e caso isso torna-se realidade ele mesmo não se perdoaria e iria até o fim para encontrá-la, mas Marguerite para acalmá-lo prometeu que se cuidaria em dobro, que antes do amanhecer estaria de volta e que nada iria acontecer, que ela ficaria bem.

J - Marguerite tem certeza que não quer que eu vá ou mesmo o Malone? É mais seguro.

M - John, está tudo bem, eu não serei vista por ninguém, não irei correr risco algum.

J - Então me prometa que irá voltar, que estará aqui conosco ao amanhecer, prometa?

M - Eu prometo, eu irei voltar, não irei enfrentar o Xan, não agora, não entendo o porquê dessa sua preocupação, já lhe disse, quando for, você estará comigo, mas hoje é algo simples, eu vou voltar, mas se for para lhe tranquilizar, antes do amanhecer tem minha palavra, estarei bem aqui, na sala com todos vocês. Eu vou voltar. Prometo.

O caçador abraçou a herdeira forte, depositou um beijo suave na têmpora, que refletia além de seu amor, seu medo e sua insegurança também, até então Marguerite não havia viajado para a sociedade sozinha, era a primeira vez que isso ocorreria.

J - Eu te amo Marguerite, nunca me perdoaria se algo acontecesse com você, sabe disso, por isso me preocupo tanto.

Marguerite olhou profundamente em seus olhos, um sorriso no canto da boca, acariciou seu rosto e após também lhe deu um beijo afetuoso.

M - Eu também te amo Lord Roxton, agora fique bem, não vai acontecer nada. Prometo que nada de ruim vai me acontecer, já conversamos sobre isso. Quanto mais me segurar aqui, mais demoro pra voltar.

Soltaram-se um do outro, e não demorou para a herdeira constatasse que estava em um dos enormes corredores da mansão Roxton, John havia rascunhado em uma folha de papel a direção exata que ela deveria seguir, de onde estava o cofre e era exatamente naquele corredor, atrás de um quadro, uma das obras primas que por si só valia uma fortuna.

Cautelosamente Marguerite abriu o cofre, tudo corria bem, guardava o dinheiro dentro de sua mochila, assim como alguns relógios e joias legítimas, peças únicas, contudo o improvável lhe ocorreu, para o seu azar quando girou a última combinação do cofre, pode ouvir nitidamente o som de uma arma engatilhar, muito provavelmente por de trás de suas costas, aparentemente sua nuca era o alvo, seja lá quem fosse sabia o que estava fazendo e, para sua surpresa uma voz de mulher ecoou, ordenando que se rendesse.

— Vamos largue está mochila imediatamente, a coloque no chão. E devagar, não pense em fazer qualquer movimento brusco ou que eu julgue suspeito. Não permitirei mais que nenhuma ladrazinha amadora roube dinheiro deste cofre ou desta casa e saia ilesa, como se nada acontecesse. Sei muito bem que isso não é a primeira vez que acontecesse, mas finalmente eu te peguei, sua ratinha de quinta. Achou mesmo que ninguém notaria?!


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