Starting a Family escrita por Nana Fantôme


Capítulo 18
Capítulo 18




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 O livro infantil foi fechado por Esme quando percebeu que Alice já estava dormindo em um sono profundo. O ressonar dela era um dos sons mais adoráveis que já tinha escutado antes. Alisou os fios que caiam na testa da filha, percebendo como estavam realmente grandes.

Os lábios dela tocaram a testa de Alice em um beijo carinhoso. Achou uma graça, quando a menina ronronou como um gatinho manhoso. Não pôde deixar de pensar que era exatamente isso que a caçula da família estava virando. Uma manhosa.

Antes de sair, pé ante pé, acendeu a luz do abajur infantil que fazia pequenas fadas voarem pelas paredes. Fechou a porta com cuidado para não fazer qualquer barulho. Suspirou aliviada ao executar a tarefa de sair do quarto com sucesso.

Caminhou para o próximo quarto. Abriu com cuidado a porta de Rosalie a encontrando lendo um livro deitada confortavelmente na cama. Levantou os olhos para quem abria a porta e logo em seguida sorriu como se tivesse sido pega em flagrante.

— Eu sei, eu sei. – Falou antes que a mãe dissesse algo enquanto fechava o livro com o dedo no meio das páginas – Prometo que vou ler só mais um capítulo e ir dormir.

— Só mais um. – Esme levantou o indicador, representando o número, enquanto adentrava o quarto.

Se inclinou depositando um beijo na testa da filha. Bateu um rápido olho na capa do livro reconhecendo o título. O diário de Anne Frank. Um clássico. Leu várias vezes enquanto crescia. Chorou em todas elas. Era também o livro favorito de Gianna, talvez por isso, tinha lido tantas vezes.

— Gianna indicou? – Questionou curiosa.

Os olhos de Rosalie foram para o livro antes de os levantar novamente para a mãe. Um rubor de culpa apareceu nas maçãs do rosto ao se sentir culpada.

— Sim, ela disse que eu poderia gostar. 

— É um dos meus livros favoritos.

— Ela comentou. – Rose sussurrou embaraçada – É o seu livro na verdade.

Esme enrugou a testa surpresa e confusa ao mesmo tempo.

— Se quiser posso te comprar um, esse tem uma série de anotações.

— O que é seu é meu também, não é?

Falou se referindo ao recente grau de parentesco das duas.

— Claro, meu bem.

— Se não se importa, gostaria de ler esse.

— Por que? – Esme questionou curiosa.

— Você fez várias anotações curiosas, dá uma forma diferente de ver o desenrolar da história.

— Eu tinha quase a sua idade quando comecei a ler a primeira vez. Acho que era um pouco mais nova.

— Gianna disse que você tinha quinze quando leu.

— E só comecei a fazer pequenas anotações aos dezenove.

— Ela comentou isso também.

A cabeça de Esme se inclinou para o lado.

— Está parecendo que eu fui tópico dessa conversa.

— Tia Gianna disse que este livro mudou a forma como ela pensava sobre a vida. E, eventualmente, como você pensava. A cada vez que lia, a sua percepção sobre as coisas mudava também.

— Acho que sim. Depois que Gianna leu, ela mudou da água para o vinho. Se tornou esse espírito livre que vocês conheceram hoje. Acho que queria ler mais para entender o que ela viu. É claro que a história me tocou também.

— Parece uma tradição de família ler o livro.

Os olhos de Esme se iluminaram ao ver que Rosalie se sentia parte da família dela, até mesmo Gianna virou Tia Gianna.

— Parece que sim. Vai me contando o que está achando do livro a medida que for lendo?

— Claro.

Rosalie abriu o livro novamente.

— Boa noite, meu bem.

— Boa noite.

As duas sorriram uma para a outra antes da filha inclinar a cabeça novamente para ler o livro e Esme tomar aquilo como uma deixa para sair do quarto. Quanto mais próxima das escadas ia, mais alto escutava os barulhos que Carlisle fazia na cozinha.

O terceiro quarto, e o mais perto das escadas, estava completamente apagado quando abriu. Caminhou até a cama se inclinando para beijar Edward e escutou a música baixa. Ela reconheceu os acordes de Led Zeppelin. Puxou o fone do ouvido do filho, fazendo Babe I’m Gonna Leave You tocar ainda mais alto.

— Hora de dormir, querido. – Sussurrou tentando não o assustar.

— Estou no processo. – Edward resmungou arrastado.

— Ótimo. – Ela terminou de se inclinar e beijar a testa dele - Boa noite, amor.

— Boa noite.

Esme voltou o fone para o ouvido do filho antes de se levantar e seguir em direção a porta. Voltou apenas para fechar a janela do quarto que fazia um vento, frio indicando o fim do verão, entrar. Suspirou parada no meio do corredor, pensando onde poderia fazer mais hora e evitar encontrar o marido ao voltar para casa.

Desceu as escadas, curiosamente, mais lento do que normalmente desceria. Entrou em todos os cômodos do primeiro andar para conferir se tudo estava no lugar. Apenas cruzou a porta da cozinha quando já não tinha mais nada que pudesse fazer nos outros ambientes. Encontrou Carlisle colocando os últimos pratos sujos na máquina de lavar.

— Eles dormiram? – Carlisle a questionou sem nem ao menos se virar.

De alguma forma, que Esme não sabia como, ele havia a notado ali parada. Colocou uma mecha atrás da orelha, desconfortável por ser pega observando. Deu um passo para dentro do cômodo parando de braços cruzados no meio dele.

— Alice sim. Rosalie está terminando de ler um livro e Edward está ouvindo música mas devem dormir daqui a pouco.

— Adolescentes conseguem ter uma energia e tanto. Eu estou esgotado, até mesmo Alice está cansada e os dois estão acordados ainda.

— Também estou bem cansada. – Deu um passo em direção as portas dos fundos – Bom. Boa noite.

Carlisle fechou a porta da lavadora de pratos e se virou para a esposa.

— Acho que devemos falar sobre Selena. Quero explicar do meu encontro com ela ontem e a visita dela hoje.

— Ela soube ontem do churrasco aqui, não estou surpresa de que ela apareceu. – Esme comentou sem se virar para ele.

— Eu quero me explicar, Esme.

Respirou fundo antes de se virar lentamente ficando cara a cara com ele.

— Honestamente, o dia foi muito cheio. Eu estou cansada e não tenho nada a ver com a sua história com ela.

— É claro que você tem a ver com essa história.

— Vocês não terminaram por minha causa, não nos casamos logo após vocês terminarem, até recentemente ela nem ao menos sabia do nosso casamento ou das crianças. Não vejo como essa história tem a ver comigo.

— Tem a ver sobre o porque dela querer falar comigo ...

— Carlisle ...

— Me deixe explicar. – Ele a interrompeu – Minha mãe sabe sobre nós, sobre a nossa família. Selena me encontrou ontem para falar sobre isso. Mamãe quer tentar anular nosso casamento e está, meio que, prometendo a ela a posição de nova senhora Cullen.

— Sua mãe tem te leiloado para a que pagar mais?

— É o que parece.

— E o que Selena veio fazer aqui hoje?

— Ela me disse que era porque estava curiosa sobre as crianças mas acredito que foi para te tirar do sério.

As sobrancelhas de Esme se arquearam.

— Selena veio ver como eles eram, tenho certeza de que está disposta de me substituir e estava curiosa em saber como seria os novos filhos.

— Não tem qualquer possibilidade de substituta.

— Conhecemos a sua mãe, Carlisle, ela tem contatos com pessoas importantes. Pode muito bem anular o nosso casamento sem pestanejar e fazer com que eu nunca tenha sido mais que do que uma amiga na sua vida.

— Ela só está brava porque adotamos as crianças e ainda não foram apresentados.

— Olha, o dia foi muito cheio para terminar falando sobre a sua mãe. Eu vou para casa.

— Pensei que tínhamos resolvido isso ... – Carlisle deu um passo em direção a ela – sua casa é aqui, Es.

— Você achou que eu ter dormido com você faz as coisas estarem resolvidas? O fato da sua ex ter aparecido no meio de um churrasco de família não ajudou muito.

— Você não pode vir aqui e dormir comigo quando não sente que resolvemos as coisas ...

— Ah, pelo amor de Deus! Não venha com esse papo como se eu estivesse se aproveitando da sua virtude. O sexo é tão bom para mim quanto é para você.

Aquela resposta apenas ofendeu Carlisle.

— Você está se aproveitando dos meus sentimentos. Quando vem atrás de mim e age como se nada tivesse acontecido, eu acredito mesmo de que está tudo resolvido. Você sempre foge quando quero sentar e conversar sobre o assunto e depois vem calma agindo como se tudo estivesse bem. Você não pode fazer isso.

Esme revirou os olhos.

— Não se preocupe, não vou te procurar. Como disse antes, isso – Ela apontou para os dois - não está dando certo. Vamos apenas ser amigos que não transam.

— Eu não quero ser seu amigo. – Carlisle falou exasperado – Vou falar quantas vezes forem necessárias, eu quero que esse casamento dê certo.

— Bom, então temos um impasse porque ele não está dando certo para mim.

Após dizer isso, Esme abriu a porta e saiu para a escuridão da noite. Carlisle suspirou cansado enquanto coçava atrás da orelha de forma impaciente. Assim que viu a esposa sumir atrás do cercado, saiu da cozinha parando ao pé da escada.

Sentado no meio das escadas, estava Edward de cabeça baixa e os braços apoiados nos joelhos.  O garoto não precisou levantar a cabeça para saber que sua presença havia sido notada. Carlisle colocou as mãos no bolso, desconfortável de que o filho havia escutado a pequena discussão entre o casal.

— O quanto você ouviu? – Questionou curioso.

Edward apenas deu de ombros sem vontade de dar uma resposta.

— Vocês vão mesmo se separar. – O garoto afirmou.

— Não. – Carlisle foi enfático.

— Esme não parece que pensa da mesma forma.

— Casais brigam, Edward, mas isso não quer dizer que vão se separar.

— É por conta da sua ex, não é?

— Não vamos nos separar. – Carlisle repetiu.

— É por conta da sua ex. – Edward resolveu afirmar.

— Esme e eu temos problemas bem antes de Selena aparecer.

— É por nossa causa? Rosalie, Alice e eu.

— É claro que não. – Carlisle respondeu rápido – Vocês têm sido a solução das nossas vidas, não os problemas. Os únicos motivos das brigas entre Esme e eu são Esme e eu.

Edward acenou com a cabeça.

— Nós gostamos de você, Carlisle, gostamos muito. Somos muito gratos por tudo o que você fez e tem feito por nós. Você é o mais bem sucedido de vocês dois, é claro que o governo vai dar a guarda de Alice para você em um processo de divórcio. Ela é menor e pequena demais para decidir sobre a própria vida. Mas Rose e eu vamos com Esme, ela, provavelmente, brigaria muito por Alice, é a favorita ...

— Eu não tenho favoritos. – A voz de Esme apareceu antes dela.

A voz assustou o garoto que arregalou os olhos quando ela surgiu no vão da porta da cozinha, parando apenas alguns passos atrás de Carlisle. Esme cruzou os braços e inclinou a cabeça para o lado enquanto mantinha um sorriso gentil no rosto.

— Nós sabemos que é Alice. – Ele deu de ombros – Não é um problema para a gente, ela é minha irmã favorita também e tenho certeza de que Rose responderia a mesma coisa.

— Eu não abriria mão de nenhum de vocês. E Carl e eu não vamos nos separar, vocês não têm que ficar se preocupando com isso.

— Você está brava por conta da ex. – Rosalie surgiu no topo da escada.

— Eu vou ficar brava com qualquer um que tentar me substituir ou quem tentar ofender algum de vocês. Não gostei da forma como ela falou com Alice, ou das coisas que disse na frente dela. Mas isso não quer dizer que vamos nos divorciar.

— Você disse que da forma que estão não está funcionando. – Edward citou o que Esme disse durante a discussão na cozinha.

Esme trocou olhares com Carlisle antes de responder.

— Isso é um assunto muito privado para um casal ...

Edward levantou a cabeça para tentar olhar Rosalie que se mantinha muito acima do campo de visão dele.

— Eles brigam e depois transam como se nada tivesse acontecido e Esme quer se separar por conta disso. – Explicou rapidamente para a irmã.

— EDWARD!! – Esme e Carlisle gritaram em uníssono repreensivo.

— O que? – O garoto encolheu os ombros – É a verdade.

— Não é como se a gente não soubéssemos o que é sexo. – Rosalie defendeu o irmão.

— A nossa vida ... intima, – Carlisle escolheu com cuidado as palavras – não é tópico de conversa entre vocês.

— E não é. – Edward esclareceu – O divórcio que é.

— Ninguém está se divorciando. – Esme foi enfático olhando de um filho para outro – Quero que esqueçam isso, Carl e eu vamos fazer as coisas darem certo e isso é um assunto que é só entre mim e ele. Vocês dois tem que ser apenas dois adolescentes normais.

— Adolescentes normais tem pais separados. – Rosalie deu de ombros.

— Dois em cada três. – Edward foi mais exato.

— E vocês vão ser o um terço que sobra. – Carlisle mantinha um sorriso presunçoso nos lábios.

— Isso, - Esme concordou com o marido - então agora vão chorar sobre isso na cama. Já passou da hora de vocês irem dormir.

Edward se levantou ao ver que os pais não se mostraram relutantes. Rosalie esperou ser alcançada por ele antes de sumir no topo da escada indo de volta para o quarto. Esme e Carlisle ficaram em silêncio até que tivessem certeza de que não seriam ouvidos.

— Esqueci meu telefone. – Esme foi a primeira a falar lançando a ele um sorriso amarelo.

Carlisle se virou para ela perplexo.

— Você nem ao menos vai tocar no assunto? – Ele apontou para o topo da escada – É exatamente por isso que gosto de resolver as coisas. Não quero que os nossos assuntos cheguem a esse tipo de situação. 

— Edward e Rosalie estão confusos desde ontem é claro que eles perguntariam algo assim ... eventualmente.

Carlisle bufou irritado antes de se virar e começar a subir as escadas.

— Você está irritado por Edward dizer que eles vão me escolher durante o divórcio? Eu vou conversar com eles sobre isso.

— Não, Esme, não estou irritado por te escolherem. – Carlisle parou no meio da escada onde Edward estava sentado minutos antes – Estou irritado porque quero poder escolher você mas você não deixa.

— Carl ...

— Se vir com o papo de que nossa amizade é mais importante, pode esquecer. No minuto em que te vi nua, vai por mim, nossa amizade já tinha acabado.

Esme ofegou.

— Você não pode dizer isso.  

— É claro que posso. Posso dizer o que sinto. Sinto muito, Esme, mas eu não consigo ser seu amigo te desejando da forma que desejo. Não quero escutar você me dizendo sobre os seus encontros amorosos, vivendo uma vida em que eu não participo, tendo filhos com outra pessoa além de mim. Não pense por um segundo que vamos fazer viagens de férias com nossas respectivas famílias como amigos fazem. Odeio pensar em você com outra pessoa.

Os braços femininos foram cruzados em uma tentativa de defesa.

— Era exatamente por isso que não queria me envolver. No fim você vai ficar com as crianças, uma nova esposa e no fim vou ficar sozinha.

— Edward acabou de falar que se tiver que escolher entre nós, eles vão escolher você. E você quer vir aqui me dizer que é você quem vai ficar sozinha sendo que sou eu quem está pedindo uma chance.

— Eu tenho mil motivos para provar de que esse relacionamento daria errado.

— Adoraria me sentar com você e refutar cada um deles. Mas prefere passar o tempo livre correndo de mim.

— Eu não estou correndo de você.

— Só do que eu possa dizer.

Esme bufou alto antes de girar nos próprios pés antes de sumir para fora da casa novamente.

— Olha, eu preciso ir ver a minha mãe. – Carlisle desceu um degrau enquanto falava – Vai ser bom nos afastarmos por um tempo. Estava pensando de levar as crianças comigo ...

— Você não vai fugir com os meus filhos. – Esme arregalou os olhos assustada.

Carlisle revirou os olhos pelo absurdo que escutava.

— Primeiro, que eles são nossos e não só seus. – Falava enquanto enumerava com os dedos – Segundo, eles precisam conhecer a minha mãe de todo jeito, esse é um encontro inevitável. Terceiro, que esse tempo separado vai nos fazer bem.

— Você está fugindo de mim? – Ela tentou não se ofender com aquilo.

— Não posso ficar insistindo sempre no mesmo assunto, Esme. Esse tempo vai ser bom para eu entender de que você realmente não me quer. Eu devo estar vendo coisa onde não tem ... ora vejo em você um interesse e invisto para logo em seguida suas palavras me dizerem o contrário. Quero que a gente fique juntos mas não quero que se sinta pressionada.    

Angustiada, Esme deu um passo em direção a escada voltando dois logo em seguida.

— Vai ser melhor assim ...

Uma risada sem humor saiu dos lábios de Carlisle. Ele se sentia muito infeliz com aquilo, sabia que aquele era um ponto de ruptura entre os dois.

— Vou agendar o voo para amanhã. – Falou firme.

— Amanhã? – Os olhos da esposa se arregalaram.

— Rosalie e Edward estão em férias de verão, Alice não vai a escola já a muito tempo e eu tenho alguns dias de folga que posso tirar. – Não era daquela forma que planejava gastar os dias de folga mas não via outra alternativa – Vai ser perfeito.

— As crianças não estão prontas.

— Elas vão ficar bem. Edward e Rosalie podem preferir você ... e talvez Alice também mas eu também sou o pai delas. Faço parte dessa família.

— Eu sei disso.

Carlisle levantou as sobrancelhas em uma careta que deixava claro que pensava outra coisa mas, ainda assim, não disse nada.

— Eles estão seguros comigo do mesmo jeito que estão com você.

— Eu sei disso. – Esme repetiu se sentindo um pouco ofendida.

— Então o problema é a minha mãe? Você não quer que as crianças convivam com ela?

— Não é nada disso. – Carlisle ficou em silêncio a incentivando a se explicar melhor – Não quero ficar longe deles.

Suspirando cansado, Carlisle voltou a falar:

— Tudo bem. Eu posso ir sozinho ...

— Não, - Esme o cortou – esse é um momento importante para você e eles. Não é justo que conheceram alguém da minha família e não conheceram da sua. Além do mais, posso querer leva-los para ver meus pais sozinha também. Acho que seria melhor se você também não fosse.

Esme sabia como o pai tinha um certo favoritismo por Carlisle e de como sempre rasgou elogios ao médico. Joseph Platt, claramente, seria um empecilho para uma distância entre o casal. A expressão de dor de Carlisle a fez ver que ele havia entendido as coisas de outra forma.

— Ótimo. – Carlisle falou após fingir uma tosse.

— Não ... não é isso. Você sabe como meu pai sempre te teve como um favorito. Não quero dar a ele alguma esperança de que algo vá acontecer entre você e eu.

— Acho que isso não vai ser um problema.

— Carl ...

— Olha, Esme, está tudo bem. Como eu disse, vai ser bom este tempo separados. – Ele se virou e voltou a subir as escadas – Boa noite.

— Me avise o horário que fechar o voo. As crianças vão precisar de ajuda com as malas.

Ele nem ao menos se virou ao responder:

— Vou tentar o primeiro voo da manhã.

— Tudo bem ... você se importa se eu voltar amanhã bem cedo para ajudá-los a fazer a mala?

— Claro que não me importo, Esme. Você é a mãe deles e eu nunca te impedi de fazer nada nesta casa.

Se sentiu aliviada com aquilo mas não conseguiu tirar a estranha sensação de que um muro já estava se formando entre ela e Carlisle. Percebeu que ao ir embora após a discussão na cozinha, algo tinha mudado.

— Obrigada. – Sussurrou – Boa noite, Carl.

Apenas acenando a mão no ar, Carlisle sumiu no topo das escadas. Temia implorar para que ela fosse com eles caso a olhasse novamente. A conversa com os filhos só o fez ver que precisaria de uma nova tática para ter a esposa de volta e seria a dando espaço.  


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Notas finais do capítulo

Eu refiz a ultima parte do capítulo na hora que vim postar então se tiver algum errozinho, desculpa. Normalmente gosto de ler o capítulo de novo depois de um ou dois dias para identificar os possíveis erros mas queria postar logo. Beijos!



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