Não Se Apaixone Pelos Rosemberg escrita por Melrianne soares andrade


Capítulo 2
Capítulo 2: Não Se Apaixonar pelos Rosemberg?




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Em casa, papai parecia estar chateado comigo, mas ele só estava com medo do Sr. Rosemberg não ser mais seu parceiro em assuntos que envolvem o colégio Nort Hart. O certo é eu aceitar essa proposta de ensina-los. Afinal, eles precisam de mim, e eu devo isso ao papai.

 

— Papai? — o mesmo está em seu escritório pegando alguns papéis antes de irmos ao colégio.

 

— Sim, Mel — o seu tom de voz é desanimador.

 

— Eu... — respiro fundo — aceito a proposta do Senhor Rosemberg.

 

O mesmo me olha imediatamente. Seu semblante expressa felicidade, adoro causar essa sensação nele. Depois que mamãe foi embora, toda a alegria a acompanhou para fora de casa.

 

Ainda bem que ele ainda tem à mim. Não sei o que vou fazer quando for para Stanford, o que será do papai? Às vezes me pergunto: Quem vai cuidar dele quando estiver doente? Quem vai anima-lo?...

 

— Sempre foi o meu orgulho, Mel — pega seus papéis enquanto abraça meu ombro. Caminhamos abraçados até a saída de casa. De acordo com os rótulos, o diretor do colégio e sua filha exemplar não podem se atrasar. — Quero comunicar Henk Rosemberg hoje sobre sua decisão — me avisa. Entra em seu carro e colocando o cinto de segurança logo em seguida.

 

Enquanto dirige, papai começa a falar que o Henk Rosemberg iria doar para o Colégio dinheiro o suficiente para a festa de caridade que papai está planejando fazer. Ainda não sei nada muito detalhado sobre isso, mas também não fico eufórica em desvendar mais.

 

Enquanto o carro ainda está parado em frente ao semáforo vermelho, olho de longe as vitrines das lojas de roupas que estão localizadas do outro lado da rua. Por obra do destino, minha vista é interrompida por uma BMW, que por coincidência carregava três irmãos Rosemberg consigo.

 

Liam me encarava com seus óculos escuros que estavam um pouco frouxo em seu rosto; acompanhado do seu sorriso de canto. Henrik se encontrava na parte de trás do carro, usando seus fones pretos, e focado em outra coisa. E por último o Maison, que estava com um caderno em mãos escrevendo algo. O moreno de cachos deixou seu caderno de lado, indo falar algo para Liam. Mas ao perceber que não prestara atenção no que dizia, olha para o mesmo ponto fixo que deixava seu irmão tão distraído. No caso, para mim. Sim, eu era a culpada.

 

— Quem são eles, Mel? — papai chama minha atenção.

 

— Os Rosemberg — falo com desânimo.

 

— Filhos do Henk Rosemberg — papai fala consigo mesmo. Havia finalmente juntado os prontos — Melinda — quando o sinal já está verde, o mesmo dá a partida no carro. Tanto papai quanto eu, queria sair de perto dos Rosemberg o mais rápido possível — Querida, mesmo dando aula para eles, sabe que nada vai mudar, não é? Temos um acordo e você sabe!

 

— Estou consciente disso papai — sorrio de boca fechada.

 

O que não parecia era papai confiar muito no que lhe declarei. Tenho certeza de que vai fazer de tudo para eu não ter nenhum tipo de relação que não envolva o trabalho que estava combinado. Sorte a minha, não desejo nenhum tipo de distração ultimamente.

 

 

Chegamos um pouco antes de começarem as aulas. Acompanho meu pai até sua sala; onde já se encontrava o Sr. Rosemberg. Me assusto um pouco ao vê-lo tão cedo. Ao que parece, papai não hesitou em nenhum momento ao lhe contar o que já havia decidido.

 

— O diretor Berkeley me avisou que você aceitou a proposta. — se levanta e nos comprimenta — Boa escolha, Melinda — me sento na cadeira ao seu lado.

 

— Mas antes... — papai chama atenção para si — terá que assinar um contrato.

 

— Um contrato? Não estou ciente disso. Deveriam ter mencionado que teria isso. Mas também não vejo necessidade disso.— fico confusa. — Sr. Rosemberg, que tipo de contrato seria este?

 

— Um contrato onde você concordará que não se apaixonará por um dos meus filhos. Ou quem garante, pelos três.

 

Arregalo os olhos ao ouvir que o Henk Rosemberg insinuou que eu poderia me apaixonar pelos seus três filhos, o que é desrespeitoso só de pensar.

 

— Não que eu esteja insinuando que... — percebe o que falou e tenta reverter a situação.

 

— Onde está esse contrato — engrosso a voz ao forçar um sorriso.

 

Vou mostrar ao meu pai, ao Henk Rosemberg e à todo mundo que eu não vou me apaixonar por essas cópias de irmãos.

 

C O N T R A T O

 

Os Rosembergs podem não parecer tão irresistíveis agora, mas conhecendo-os bem, vai concordar com o que digo.

Pode não se apaixonar pelo Liam e suas cantadas sem sentido, mas pode se  interessar pelas músicas românticas do Maison, ou do mistério e o jeito de ser rude e seco do Henrik.

Esse contrato pode até ser uma baboseira no início, mas não quero que eles estraguem seu maravilhoso e garantido futuro que tem pela frente. Sei que você também não quer isso.

 

Assinando esse contrato você concordará em 

 

ᴺᵃ̃ᵒ ˢᵉ ᵃᵖᵃᶦˣᵒⁿᵃʳ ᵖᵉˡᵒˢ ᴿᵒˢᵉᵐᵇᵉʳᵍ

 

*______________________

 

— Não se apaixonar pelos Rosemberg? — rio debochada — Isso nunca vai acontecer — assino o contrato ciente do que estava fazendo e onde estava me metendo.

 

— Você não poderá falar sobre esse contrato com mais ninguém— concordo com a cabeça, sendo dispensada para minhas aulas.

 

Enquanto andava pelo corredor, sinto um par de olhos azuis estar me encarando. Estranho o fato de Aimee Jones estar tendo contato visual comigo. Afinal, nunca nem trocamos nenhum tipo contato físico ou verbal durante os 17 anos que estudamos juntas. E não vai ser agora que vai ser diferente. A Jones só pode estar querendo alguma coisa me encarando desse modo.

 

— Um contrato! — Aiysha me olha indignada — o que diz esse contrato? 

 

Quando o Sr. Rosemberg disse para não contar à ninguém sobre esse contrato, Aiysha e Evan são exceção. São meus melhores amigos e conto tudo para eles. Estaria enganando eu mesma se escondesse algo deles.

 

— Não se apaixonar por um deles — coloco atrás da orelha uma mecha do cabelo que estava solta.

 

— Pelo menos eles tem bom senso — Evan estava deitado no gramado com seus cabelos loiros reluzentes ao sol. Ele podia fazer fotossíntese se fosse uma planta.

 

— Porquê Aimee Jones está olhando para você? — Aiysha percebe de longe a mesma nos encarando. Me encarando pra ser sincera.

 

— Sei lá — dou de ombros — Ela está me encarando desde que entrei no colégio — não me dou o trabalho de olhá-la de volta.

 

— Cuidado, ela é louca — Evan me avisa, não hesitando em dar uma risada.

 

A Jones sempre foi bonita e popular. O pacote perfeito para os caras de Nort Hart, mas o seu jeito dramática, sentimental e pegajosa, era o que os afastava dela.

 

O último garoto que deu um fora nela não se saiu muito bem na história. Aimee jogou uma bombinha acesa em sua casa, que por azar começou a pegar fogo. Por sorte ele e nem sua família não estava em casa. Eu sei disso porquê sou vizinha do ex paquera da Aimee. Depois disso teve até que entrar em um reformatório pelo seu mal comportamento. 

 

Então Evan está certo quando disse que ela era louca.

 

Não sei de quem está afim dessa vez, mas algumas semanas atrás, presenciei a cena em que olhava apaixonada para Maison, enquanto ele cantava uma de suas músicas românticas.

Não quero estar em seu caminho quando se trata de garotos, principalmente dele.

 

Faltava alguns minutos para as aulas começarem. Aproveitei para pegar alguns livros em meu armário. Encaro o minúsculo cubículo de metal lotado de livros de estudos. Mas não só de estudos, e sim alguns livros do gênero romance que se encontravam perdidos no fundo do armário.

 

Pego meu caderno de exatas, junto com o de língua inglesa. Fecho o armário com os olhos já focados em meus pés. No segundo que levanto o olhar, dou de cara com uma garota loira que vem me perseguindo desde cedo.

 

— Você!... — Aimee dá seu grito fino. Isso faz  meus ouvidos querer sangragem — Você é a culpada pelo Maison não compor mais músicas para mim.

 

 

Hoje vai ser um dia longo!


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