Finding our sky escrita por Malika


Capítulo 5
.encontrando nosso céu


Notas iniciais do capítulo

Ai meu deus eu nem acredito que esse momento chegou!! Eu admito que esse foi o capítulo que mais demorei pra escrever. Um porque queria dar o meu melhor nele e dois que eu não queria me despedir nunca!! É melhor guardar o textão pro final kkkkkkk Boa leitura pessoal!!



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"O amor nem sempre vem em pacotes convenientes." – Stephenie Meyer

A noite não podia estar mais surpreendente. Quer dizer, Remus não esperava exatamente uma noite de descanso tendo que cuidar da sua afilhada. Mas agora, brigar com seu marido, perder uma criança e voltar com duas era algo que não estava nos seus planos.

Por enquanto ele estava fazendo leite com chocolate para o menino que se segurava para não cair no sono em seu sofá. Ele parecia tão assustado...

—Ei, pode ficar tranqüilo. Não vai acontecer nada com você prometo. Eu entendo ficar assustado, mas logo você vai encontrar seus pais tudo bem? Toma um pouco de chocolate, sempre me acalma. – Remus se aproximou tomando o máximo de cuidado possível no outro sofá a frente dele.

O menino sussurrou um obrigado, foi à primeira coisa que disse a noite toda, mas ainda se manteve com a cabeça baixa olhando para suas mãos que agora seguravam á xícara vermelha. Foi saboreando devagar o líquido e nesse meio tempo Sirius descia pela escada depois de colocar Elizabeth dormindo (novamente) no quarto de hóspedes e se colocou do lado do marido no sofá.

Inesperadamente, o primeiro a quebrar o silêncio novamente foi o próprio menino.

—E-Eu não tenho pais...

—Oh. – Como Sirius deveria reagir? Ele nunca soube o que falar em momentos de lutos, menos ainda com uma criança tão inocente e já machucada como o que estava a sua frente – Eu me chamo Sirius Black-Lupin, e esse é meu marido, Remus. Qual é seu nome?

—Theodoro, mas eu prefiro Teddy. – Falou ele de cabeça baixa.

—Teddy então. – Os dois adultos se encaram novamente. Conversaram tanta coisa somente pelos olhares. Aquilo era uma coisa tão deles, desde sempre um conseguia interpretar os olhos do outro perfeitamente.

Então não foi difícil para Sirius entender que Remus via naquela criança amedrontada ele mesmo, que criou um desejo de protegê-lo assustadoramente forte.

—Onde você mora então Teddy?

—No orfanato. – Os dois já imaginavam uma resposta parecida quando souberam que ele não tinha pais, então não demonstraram muita surpresa com isso.

—Você quer ir embora agora? Podemos te levar.

Teddy rapidamente levantou a cabeça com os olhos arregalados parecendo muito assustado, sua cabeça pensando rápido demais sobre como eles o dedurariam para a governanta e como ela ficaria muito, muito brava mesmo com ele. Ficaria o resto de sua vida de castigo! Pois já tinha desistido completamente com a ideia de sair do orfanato, era uma aberração afinal. Ninguém iria o querer.

Ficou tão preocupado que nem percebeu seus cabelos mudando de cor, de um castanho a laranja, de laranja para verde, de um verde para azul e de um azul para cinza.

Mas logo notou o que tinha feito, as faces surpresas dos homens o encaravam entregava a situação. Ele se levantou rápido na intenção de fugir.

Ninguém nunca o olhou diretamente mudar o cabelo, ele não sabia como o fazia, mas evitava ao máximo para situações assim não acontecessem. Ele pela primeira vez se sentiu acolhido e normal naqueles poucos minutos que passou com o casal e a menina ruiva. Ele viu a preocupação que eles tinham um com o outro, era fácil perceber que eram uma família. Sentiu inveja. Ele queria ser um deles.

Foi um choque quando finalmente percebeu que ele era um intruso no meio deles. Por isso o pulo. Como ousou se sentir confortável em um lugar que claramente não pertencia? Aqueles homens estavam sendo legais com ele por que eram educados demais para expulsá-lo, mas isso não significava que o queriam por perto.

—M-Me desculpe incomodar.

Quando ia saindo pela porta foi Remus que reagiu primeiro ao entender que o menino era um bruxo – um bruxo animago ainda por cima – e sua intenção de sair novamente.

—Teddy! Teddy espera.

—Eu agradeço pelo achocolatado, foi o melhor que já tomei. Eu consigo voltar sozinho e... – As palavras que saiam de sua boca não era mais alto que um sussurro, não queria incomodar mais ainda.

Sirius se mexeu inteiro só com a ideia dele sair naquela hora da noite sozinho e falou antes mesmo de perceber.

—Fique!

A exclamação ansiosa e quase temerosa do mais velho assustou a todos os três. Eles não passaram mais de 4 horas juntos, por que essa necessidade de permanecerem unidos?

—Fique pelo menos essa noite. Está tarde, e... Amanhã. Amanhã podemos conversar com mais calma.

—As governantas elas...

—Amanhã bem cedo eu ligo para elas e explico a situação. – Dessa vez foi Remus quem se pronunciou para que o garoto ficasse mais tempo lá.

—Não vou incomodar?

—Você nunca incomodaria Teddy, eu não sei se percebeu, mas é bem pequeno. Poderia dormir até no forno.

Sirius deu tapinhas em suas costas mentalmente por ter feito aquela criança que há minutos atrás estava pronta para fugir, dar uma gargalhada. E Remus só se encantou cada vez mais com tudo que acontecia ali.

☾☆☽

Na manhã seguinte os quatros comiam o café da manha com muita conversa e, bem, com pouco comiam. Estavam comendo muito lentamente tentando evitar o inevitável.

Teddy teria que voltar pro orfanato, onde era constantemente perturbado por seus colegas. Ele agradecia muito por ter um teto sobre sua cabeça, ter algo com o que se alimentar e com as governantas que cuidavam dele. Mas lá não era um lar, pelo menos não o seu.

Quando já não tinha mais escapatória e a manhã quase virava tarde, Sirius e Liz ficaram em casa, não sem antes muito choro da parte da ruiva que abraçou o menino prometendo serem melhores amigos para sempre.

Remus teria que ter uma conversa com as governantas do local e com o próprio Teddy sobre ele ser o bruxo, mas durante o caminho ficaram em um completo silencio causada pela timidez de ambos. Eram mais parecidos do que imaginavam.

—Senhor Lupin? – Teddy falou superando a timidez.

—Não precisa me chamar de senhor Teddy, só Remus.

—Remus, você poderia não contar sobre o meu cabelo que muda de cor? Já me acham uma aberração, se descobrirem isso eu serei expulso!

Remus se surpreendeu novamente com o pequeno, como um ser tão adorável poderia se chamar de aberração? Tão jovem e já passou por tanta coisa. Abaixou-se para conversar com ele olhando em seus olhos.

—Teddy, é um pouco complicado isso para eu te explicar agora. Mas você não é uma aberração! Não mesmo, você é só muito, muito especial.

Teddy olhava aqueles olhos marrom chocolate e só via carinho e sinceridade, pela primeira vez ele pensou na possibilidade de não ser uma aberração.

Especial... Não parecia tão ruim falando assim.

—Você me promete?

—Prometo, não precisa ter medo. Eu vou estar aqui pra você tudo bem?

Teddy então contornou o corpo do adulto com seus braços magrelos e o abraçou mais forte que podia, escondendo seu rosto no seu pescoço para que não o visse lagrimejando.

E ficaram lá por um bom tempo, e gostariam de ter ficado mais, mas precisavam mesmo ir até o orfanato onde uma das moças que trabalhava lá já estava na frente do portão os esperando. E com um ultimo abraço e promessas de visitas eles se separaram.

Remus não conseguia nem listar todos os acontecimentos daquele final de semana na cabeça. As surpresas que o acompanharam deixando um emaranhado de emoções para trás. Quando menos percebeu estava correndo e com lágrimas nos olhos como um adolescente perdido procurando um sentido.

E o encontrou onde sempre esteve e sempre estará. Nos braços de seu marido, que no momento o confortava como podia na cozinha da casa deles. Por Merlim! Remus estava chorando mais em dois dias que em dois anos! Deve ser a velhice.

Ele foi se acalmando aos poucos ainda abraçado a seu marido enquanto sua afilhada estava na sala assistindo televisão alheia com o que se passava com seus tios no cômodo ao lado. Finalmente quando os soluços de Remus paravam de vez e eles se encararam nos olhos novamente entenderam tudo que faltava.

—Você se lembra do nosso casamento? Quando eu disse que você é minha lua? E que eu sempre seria suas estrelas, que você nunca estaria sozinho? – Sirius sussurrou para seu marido ainda o olhando nos olhos e continuou falando, com um leve som anasalado causado pela emoção que a decisão ali tomada exigia. –Acabamos de encontrar nosso céu meu amor.

Eles finalmente seriam completos. Completos como a lua, as estrelas e o céu juntos. Uma família.


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Notas finais do capítulo

✎... E acabou kkkkkkkkk não sei se foi como vocês esperavam, mas isso era inicialmente uma one-short e esse sempre foi o final. Não ficou exatamente como eu queria, algumas coisas eu queria mostrar mais, mas eu fiz com muito carinho e agradeço de coração cada pessoa que votou, comentou ou só leu msm. Obrigada msm por chegar até aqui!! E talvez não tenha acabado totalmente. No futuro quando sentir muitas saudades dos meus pinpolhos quero escrever uns especiais da Liz e do Teddy.... Me aguardem kkkkkkk

off: inclusive, tem alguma cena que você quer ver deles? (ex: primeiro dia de hogwarts, James e Lily conhecendo o Teddy, primeiro dia do Teddy morando com eles, etc.)

Ai gente eu não sei me despedir kkkkkkkkk então vamos logo com o bordão que eu não quero chorar kkkkkkk

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Não tem nada para comentar? Agora tem! Tem algum filme pra me recomendar?? kkkkkkk

Obrigada por ler!

Malika



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