"Ás vezes, nossas melhores decisões são aquelas que não fazem o mínimo sentido." — How I Met Your Mother

—O que vamos fazer? Meu Merlin a Lily vai nos matar! O que vamos fazer? O que vamos fazer? Sirius você tem certeza que a Liz sumiu? Você sabe como ela é marota, ela pode estar brincando de esconde-esconde, não é? Liz a brincadeira acabou! Pode sair de onde estiver!

—Remus! Acalma-se!

A cena que os vizinhos da Rua Keston Parish teriam se bisbilhotasse a casa Black-Lupin naquele exato instante seria um homem extremamente nervoso andando pela casa inteira gritando aos quarto ventos pela menina e outro correndo atrás de seu marido tentando acalmá-lo com um "graveto" nas mãos. Nada de anormal, aquela casa sempre foi um pouco esquisita segundo eles.

Quando estavam vasculhando a cozinha pela sétima vez e a varinha confirmou de novo que Elizabeth não se encontrava naquela casa, Sirius recorreu a ultima tática que tinha desde a adolescência para acalmar o Aluado quando ele tinha um de seus surtos de desesperos. Claro naquela época normalmente era por causa de alguma prova e não sobre uma criança de 5 anos que estava perdida na rua no meio da noite, mas talvez funcionasse mesmo assim. Bateu em seu rosto e o segurou para encará-lo diretamente nos olhos.

—Lupin! Foco! Encontrar a Liz primeiro, surto depois. Se recomponha homem não temos tempo a perder!

O mais novo ficou encarando de volta os olhos pretos de seus maridos por volta de 10 segundos até ter a afirmação que toda aquela situação não era uma brincadeira de mau gosto. Por fim confirmou de leve com a cabeça, foi atrás de casacos extras para todos e de sua varinha. Liz era uma garota esperta, mas só tinha 5 anos, ela não pode ter ido para muito longe. E era melhor que torcesse para não ser encontrada, por que quando fosse iria escutar muita coisa de seu padrinho!

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Do outro lado do bairro, sentada em um bando na praça a ruiva desaparecida conversava calmamente com seu novo melhor amigo. O menino de cabelo azul que a encontrou se chamava Theodoro, mas odiava ser chamado assim então se apresentava como Teddy. E ela estava certa, ele não era muito mais velho que ela. Tinha somente 6 anos meio.

Ele morava no orfanato que tinha aberto recentemente, e já não bastasse ele ser o que estava mais tempo por lá, sempre acontecia coisas esquisitas quando ele estava por perto, como coisas flutuando para suas mãos quando não alcançava algum objeto ou a mais recorrente e a mais evitada: o seu cabelo que mudava sempre pra cores vibrantes quando tinha sentimentos muito fortes mesmo que ele tentasse evitar a todo custo. Era lógico para ele que iria ser constantemente zoado pelos outros meninos. Normalmente não se importava muito com aquilo, já estava acostumado. Mas hoje realmente se magoou de como eles o convenceram que nunca seria adotado e que sua mãe o abandonou por ser esquisito e anormal.

Por isso ele se encontrava na rua durante aquele horário, não conseguia dormir com as frases voltadas para ele por aqueles meninos e não conseguiu evitar mais, seu cabelo ficou mudando de cor descontroladamente. Ele teve que fugir antes que alguém o visse daquele modo e chamasse a polícia para prendê-lo por ser esquisito, como alguns garotos já tinham ameaçado.

Já mais calmo, estava voltando para o orfanato, morrendo e frio e sono. Já tinha passado muito da hora de dormir e se uma das governantas o encontrasse fora da cama ficaria de castigo! Foi quando viu aqueles moleques machucando uma menininha pequena, puxando seus cabelos ruivos. Quando percebeu já estava tacando pedras e gritando com eles, que se assustaram com as mudanças de cores de seu cabelo entre vermelho e azul achando que era a policia. Fugiram sem nem conferir que na verdade era somente um pirralho.

Ficou naquela estrada somente as duas crianças, uma encolhida e chorando parecendo um filhotinho de cachorro e o outro receoso demais para se aproximar, mas não podendo deixar ela sozinha.

Foi chegando mais perto com calma e tocando sua cabeça suavemente tentando fazer carinho igual fazia em um gato que ás vezes aparecia na cozinha do orfanato atrás de algum alimento, e quando ela finalmente pareceu se acalmar levantou aqueles olhos verdes até o dele e entendeu que tudo ficaria bem.

Ainda mais com o grito da pessoa que chegava cada vez mais perto correndo.

—Liz?! Liz! Ai Meus Merlin, por tudo que é mais sagrado, você está bem?

Sirius não deu tempo de ela responder, já estava a levantando e a abraçando forte, quando finalmente notou o menino assustado o olhando com aqueles olhos castanhos chocolate arregalado. Ele não soube o porquê mais jurava que o reconhecia de algum lugar.

☾☆☽

Remus estava ficando impaciente, o que pala ele não era pouca coisa. Já estava em casa depois de receber o patrono de seu marido anunciando que encontrou a pequena e se encontrava mais calmo. Mas precisava ter a ruiva nos seus braços para realmente acalmar o seu coração.

Era muito tarde quando finalmente Sirius apareceu carregando a Liz nos braços parecendo dormir tranquilamente e... Com outro menino ao lado?

O Black só foi chegando mais perto e vendo seu marido ficando cada vez mais confuso sobre tudo. O moreno parou em sua frente, virou o menino pela cabeça com um movimento sutil e deu um beijo em seu marido, um pouco atrapalha por ainda segurar a dorminhoca que causou tanto desespero.

Depois de separados sussurrou em seu ouvido as únicas palavras que pareceu o tranquilizar.

—Está tudo bem, vai ficar tudo bem. Estamos enfim juntos.

E tudo finalmente pareceu certo, como há muito tempo não acontecia.