Shiryu, Hyoga e Shun não entendem Seiya retornar até a entrada da terceira casa. Seiya pensa o contrário:

— Como conseguiram chegar na saída da casa de Gêmeos antes de mim?

— Seiya nós estamos na entrada! – Responde Shun.

Seiya percebe que de fato está na entrada e fica com cara de desentendido.     

— Mas como estou novamente na entrada? Eu atravessei a casa inteira e não senti presença nenhuma!

— Você deve ter se perdido lá dentro. Vamos entrar os quatro, conseguiremos atravessar! – Diz Hyoga.

Os quatro entram novamente na casa de Gêmeos. Eles atravessam a casa sentindo algo estranho.

— Parece realmente que o cavaleiro de Gêmeos não está aqui! – Diz Hyoga.

— De quem é essa energia cósmica negativa que estou sentindo? – pergunta Seiya.

— Eu também senti... – Responde Shun.

Os cavaleiros atravessam e quando percebem estão novamente na entrada.

— Isso é impossível! – Grita Hyoga.

— Atravessamos toda a casa e estamos novamente na entrada. Igual aconteceu com o Seiya anteriormente. – Diz Shiryu.

Os cavaleiros tentam mais uma vez. Eles novamente vão parar na entrada.

— Isso é algum truque sem dúvidas. Temos que nos concentrar melhor para não cairmos em armadilhas! – Diz Shiryu.

— Olhem isso! – Grita Shun apontando para a entrada da casa.

Os cavaleiros avistam duas casas de Gêmeos na frente, uma do lado da outra. Eles ficam pasmos sem saber o que pensar.

Na casa de Touro Aldebaran está pensativo na saída de sua casa. Logo ele percebe alguém se aproximando.

— Há quanto tempo nós não nos vemos Aldebaran. Quer que eu conserte seu chifre? Hahaha. – Era Mu quem aparecia.

Aldebaran olha para Mu surpreso. Ele se aproxima do companheiro.

— Mu você realmente voltou ao Santuário!

Aldebaran senta no chão e começa a rir um pouco sem graça.

— Hahaha fiz um desafio e acabei perdendo. Que vergonha hahaha fui vencido pelo Seiya de Pégaso!

— Ora Aldebaran eu sei muito bem que se você quisesse mesmo o chão de sua casa tinha ficado coberto de sangue. Por que deixou eles passarem?

Aldebaran abaixa a cabeça e fecha os olhos.

— O Seiya me deixou em dúvidas. Eles vieram com aquela garota do Japão. Eu já não sei o que é verdade. O que o Grande Mestre diz ou pelo que o Seiya e os demais cavaleiros de Bronze lutam. Fiquei mais em dúvida ainda quando soube do soldado que foi morto na sala do Grande Mestre. Há murmurinhos que ele foi morto por ter visto o rosto do Grande Mestre embora ele diga que o soldado tentou o atacar, mas acho pouco provável que isso seja verdade. Esse soldado não é o primeiro que é morto misteriosamente na sala do mestre. O Grande Mestre é adorado pelos pobres aqui da vila de Rodório próxima ao Santuário, mas ao mesmo tempo há vários homens que o teme. Ele mandou soldados dar ordens a homens comuns, isso não sai da minha cabeça.

Mu passa por Aldebaran e olha para a saída da casa de Touro.

— A luta desses cavaleiros de Bronze se justifica por tentar esclarecer esses mistérios!

Aldebaran volta a se levantar e fica do lado de Mu.

— Mas eles não vão conseguir passar pela próxima casa.

— A casa de Gêmeos não tem guardião Aldebaran!

Aldebaran fecha os olhos e respira fundo.

— Eu também pensava que não. Mas sinto a energia cósmica dele bem dentro da terceira casa. Em algum momento que eu não estava presente ele deve ter regressado. Ninguém que eu saiba tinha notícias dele há mais de quinze anos!

Mu não consegue esconder sua imensa preocupação em seu semblante.

— Se ele estiver lá, será o combate mais difícil que os jovens cavaleiros terão. Já que eu tenho grandes desconfianças de quem é esse cavaleiro de Gêmeos. – Mu pensa consigo mesmo.

Na entrada da casa de Gêmeos os cavaleiros de Bronze seguem confusos ao se depararem com duas casas.

— Como essa outra casa apareceu aqui? – Pergunta Hyoga.

— Esse joguinho não vai acabar? – Grita Seiya.

— Alguém muito poderoso está querendo impedir nosso avanço! – Diz Shiryu.

Hyoga se aproxima da casa a sua frente.

— Temos que sair logo dessa situação e chegar na casa de Câncer! O jeito é nos separarmos. Eu e Shun vamos para dentro dessa casa aqui, Seiya e Shiryu vão para dentro da casa ao lado. Devemos atravessar essa casa mesmo se não encontrar a outra dupla. Combinado?

Todos concordam. Eles se dividem nas duas casas. Hyoga e Shun adentram e comentam sobre estarem andando em círculos. Eles se perguntam se Seiya e Shiryu estão na mesma situação quando se surpreendem ao verem na sua frente o cavaleiro de Ouro de Gêmeos.

— Você não tem que se preocupar com eles, preocupe-se consigo mesmo. Vocês estão perdidos em um labirinto. Vocês nunca mais sairão do labirinto de Gêmeos. – Uma voz intimidadora fala com eles.

SALÃO DO GRANDE MESTRE

Alguns soldados tentam entrar na sala para avisar o Grande Mestre que os cavaleiros de Bronze passaram pela casa de Touro. Um dos soldados revela que o Grande Mestre está meditando e não quer ser incomodado, senão quem o incomodar será punido com a pena máxima. Os soldados estranham a ordem e resolvem se afastar na entrada da sala. O soldado que recebeu o recado também se afasta.

CASA DE GÊMEOS

Hyoga e Shun olham para o cavaleiro de Ouro e estranham o fato de não conseguirem avistar seu rosto além do elmo da armadura possuir dois rostos nas laterais.

— Eu não consigo sentir a presença dele. Parece que ele é um fantasma! – Comenta Shun.

— Sim com certeza. O labirinto é uma ilusão que esse cavaleiro criou! Acredito que se o derrotarmos esse labirinto desaparece!— Responde Hyoga.

Hyoga passa na frente de Shun e se aproxima do cavaleiro de Gêmeos.

— Precisamos agir rápido Shun. Cavaleiro de Gêmeos, eu, Hyoga de Cisne serei seu adversário: “Pó de diamante”.

O golpe adentra a armadura de Ouro e volta com mais intensidade. O golpe de Hyoga volta contra ele e Shun e os lança no chão.

— Aaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhh...

Os dois sentem seus corpos doídos no chão.

— Ele devolveu meu golpe sem se mexer. Parece até que meu golpe o atravessou antes de voltar contra a gente. – Diz Hyoga.

— E a minha corrente parece perdida. É como ela não sentisse a presença dele e não soubesse onde ele está. – Comenta Shun.

Hyoga fica assustado. Ele eleva seu cosmo.

— Não pode ser que sua corrente não o encontre, ele está bem na nossa frente. Mas agora eu me concentrarei mais ainda e dispararei meu golpe mais poderoso. Voe Cisne: “Trovão aurora, ataque”.

O golpe volta novamente contra os dois. Hyoga e Shun ficam estirados no chão.

No caminho da outra casa, Shiryu e Seiya avistam o cavaleiro de Gêmeos logo à frente.

— O cavaleiro de Gêmeos está bem na nossa frente! – Grita Seiya.

— Onde ele está Seiya? – Pergunta Shiryu.

— Você não consegue enxergar, mas está bem na nossa frente! Ele tem uma armadura que parece bastante poderosa, mas seu elmo possui rostos laterais.

Shiryu fecha os olhos e estranha não sentir presença nenhuma ali. Seiya se prepara para atirar seus meteoros, mas Shiryu segura seu braço.

— Por que você me impediu de atacar Shiryu?

— O cavaleiro de Gêmeos não está aqui!— Responde Shiryu.

Seiya não entende o comentário de Shiryu. Ele fica olhando para o cavaleiro de Gêmeos.

— Shiryu você não enxerga, mas ele está na nossa frente. Me solte, se a gente não agir logo ele irá nos matar!

Shiryu se aproxima do cavaleiro de Ouro sem soltar o braço do Seiya.

— Eu até sinto uma energia estranha, mas ela vem de bem longe dessa casa! E, além disso, eu consigo sentir logo aqui atrás a saída da casa de Gêmeos sem nenhum impedimento!

— Não Shiryu. Atrás do cavaleiro de Gêmeos existe um grande caminho a percorrer ainda! – Seiya não avista nada.

Shiryu agarra mais forte o braço de Seiya e começa a correr. Seiya se desespera.

— Nós vamos sair daqui Seiya se segure em mim. Não se preocupe com ele e nem o ataque!

Shiryu se atira com Seiya na frente do cavaleiro de Gêmeos. Seiya o vê bem na sua frente e teme o pior.

— Agora ele irá nos matar!

De repente Seiya percebe que eles estão na saída da casa de Gêmeos. Ele não acredita que eles sairam daquele labirinto.

— Os seus olhos te enganaram Seiya. Você estava sendo prisioneiro das ilusões! Nunca houve nenhum labirinto e nenhum cavaleiro de Gêmeos dentro da casa. Nós estávamos sendo vítimas de ilusões!— Explica Shiryu.

— Mas havia uma energia muito estranha lá dentro. Será que era o cavaleiro de Gêmeos quem estava fazendo isso? – Comenta Seiya olhando para trás.

Shiryu segue com os olhos fechados pensando.

— É possível. Uma única pessoa deve ter projetado tudo isso, e para ter essa imensa capacidade sem dúvidas se trata de um cavaleiro de Ouro.

Shiryu começa a subir as escadarias para a próxima casa. Seiya o chama a atenção.

— Se realmente isso tudo for verdade o Shun e o Hyoga deve estar passando por dificuldades dentro dessa casa.

— Pode ser, mas como o Hyoga disse quem passasse pela casa deveria seguir para a próxima casa sem olhar para trás. É a vida da Saori que está em jogo! Tenho certeza que eles conseguirão sair de lá!

Seiya concorda e os dois partem para a casa de Câncer.

SALÃO DO GRANDE MESTRE

O Grande Mestre está sentado no trono rindo. Percebe-se que sua voz foi a mesma que o cavaleiro de Gêmeos emitiu na casa de Gêmeos para Hyoga e Shun.

— Hahahaha o Pégaso e o Dragão conseguiram atravessar a casa de Gêmeos. Não previ que o fato do Dragão não enxergar o defenderia das minhas ilusões. Mas não tem problemas, são simples cavaleiros de Bronze, jamais chegarão até aqui. Mas não vou perder tempo, vou eliminar os outros dois.

CASA DE GÊMEOS

Shun se levanta e olha para Hyoga caído. O cavaleiro de Cisne perdeu a consciência.

— Fale comigo Hyoga, acorde! A potência do golpe devolvido foi muito mais intensa nele já que o pegou de frente.

— Nenhum dos seus ataques jamais chegará até mim! – Diz o cavaleiro de Gêmeos.

Shun confiante em suas correntes as lança contra o inimigo tendo a certeza que elas jamais voltarão contra ele. A corrente trava e não detecta a presença do inimigo.

— Sem dúvidas o inimigo não está ali. Mas eu vou formar a nebulosa de Andrômeda, assim se o inimigo existir jamais conseguirá passar pela corrente. Se ele entrar receberá uma intensa carga elétrica. Vai se arriscar cavaleiro de Gêmeos?

O cavaleiro de Gêmeos anda pelas correntes sem problemas. Shun não acredita e agora tem certeza de que o homem não está ali. Ele já percebeu que está preso em uma ilusão.

— Eu vou matá-lo como um cavaleiro de Ouro deve fazer com seres insignificantes como você! – O cavaleiro de Ouro levanta os braços e nesse momento mostra o Grande Mestre o controlando da sala do Grande Mestre.

— Mas o que é isso? – Shun avista uma galaxia sendo criada atrás do cavaleiro de Ouro.

— “Outra dimensão”.

A galaxia parece engolir Shun e Hyoga. Eles estão sendo tragados para outra dimensão, mas Shun se prende em um pilar com sua corrente. Hyoga é sugado e Shun grita para Hyoga segurar sua mão. Sem consciência, Hyoga é tragado e desaparece.

— Hyogaaaaaaaaaa!

Shun cai de cara no chão. O cavaleiro de Gêmeos está bem de frente dele.

— Você tem sorte por possuir essas correntes, uma das armas de defesa mais poderosas entre as armaduras dos cavaleiros. Se não fossem elas, você teria o mesmo destino do Cisne.

Shun abre os olhos e olha para o cavaleiro de Gêmeos, bastante cansado.

— Cadê o Hyoga?

— Eu o enviei para outra dimensão. Ele vai vagar por um lugar onde não há saída por toda a eternidade. Agora é sua vez, junte-se a ele: “Outra dimensão”.

Shun recebe o potente golpe e se segura com as correntes mais uma vez. O cavaleiro de Gêmeos diz que agora irá quebrar suas correntes. Mostra-se o Grande Mestre elevando seu cosmo em sua sala. As correntes de Andrômeda são destruídas! Shun está sendo tragado, quando de repente ele cai no chão. O cavaleiro de Gêmeos desaparece e ele avista a saída da casa de Gêmeos.

— O que aconteceu? O cavaleiro de Gêmeos desapareceu junto com o labirinto. A ilusão foi desfeita. Consigo ver a saída da casa de Gêmeos! – Diz Shun.

Shun não entende o que ocorreu. Ele olha pela casa preocupado com Hyoga.