TÓQUIO – JAPÃO

FUNDAÇÃO GRAAD

Os cavaleiros de Bronze são levados com a ajuda de Mu até o Japão. Eles resolvem descansar um pouco e comem alguma coisa em uma lanchonete. Shun está bastante abatido.

— Chegou o momento. Vamos falar com a Saori!— Diz Hyoga.

Todos concordam em ir até a garota. Pouco tempo depois eles chegam à Fundação sendo recepcionados por Tatsumi, que os pede para esperar. Eles se encontram com Saori na sala. Eles ainda não estão com a armadura de Ouro completa e revelam que um cavaleiro de Prata os tentou matar, que Ikki morreu e que o Santuário agora está atrás deles.

— Nos diga Saori, como essa armadura está com você e porque o Santuário quer nos matar por conta dessa armadura? – Pergunta Hyoga.

— A única coisa que posso falar para vocês é que eu sabia que havia um mal oculto no Santuário. Esse foi um dos motivos para a criação do Torneio Intergaláctico, eu precisava que esse mal se manifestasse.

Todos os cavaleiros olham entre si. Seiya se aproxima de Saori e é direto com ela.

— De fato há algo errado vindo do Santuário. O Mestre do Santuário era um homem tão bondoso, eu senti quando recebi minha armadura. Alguma coisa estranha deve ter acontecido nesses últimos tempos e nós como cavaleiros de Athena, defensores da justiça, temos que recuperar as partes da armadura de Ouro que estão nas mãos daquele Pôncio e sei que ele vai vir atrás de nós tentar roubar novamente as partes que temos. Eu irei recuperar as partes que faltam da armadura de Sagitário e depois só vou querer saber de reencontrar minha irmã. E você Saori, em vez da minha vitória no torneio espero que use a Fundação GRAAD para encontrá-la em troca dessa recuperação da armadura.

Seiya se retira do local e todos o olham. Saori abaixa a cabeça. Shiryu deixa a fundação logo depois. Hyoga percebe a presença de Tatsumi e o derruba no chão.

— Ei, por que fez isso?

— Porque é o que você merece! – Diz Hyoga deixando o local.

Shun ignora a presença do mordomo e na porta de entrada diz para Saori.

— Eu vou ficar no Japão por enquanto. As partes da armadura de Ouro devem ficar na fundação e isso pode atrair os inimigos do Santuário e com isso poderei descobrir sobre aquele cavaleiro que causou a morte do meu irmão! – Shun se retira.

Saori olha Shun fechando a porta e respira fundo. Tatsumi assustado se levanta do chão.

Os cavaleiros de Bronze vão ao hospital, pois já estão sentindo o efeito de seus ferimentos. Seiya e Shiryu recebem bolsas de sangue e ficam em observação. Hyoga faz um curativo em seu peito e fica em tratamento. Shun cuida de suas feridas ainda abertas pelo corpo.

SANTUÁRIO – GRÉCIA

Se passa uma semana. Marin está andando pelos pátios quando percebe uma movimentação estranha. Ela percebe vários soldados deixando o Santuário.

— Mas o que está acontecendo aqui? – Pergunta ela a um deles.

— Ordens do Grande Mestre. Ele quer que vários de nós partam para diversos lugares do mundo. – O soldado segue seu caminho.

Marin está contrariada e se aproxima do caminho que da acesso a sala do mestre. Shaina surge diante de Marin.

— Shaina de Serpente!

— Marin de Águia, você está perdida? – Pergunta a mestra de Cássius, o antigo aspirante que agora é um dos soldados do Santuário, com ironia.

Marin mira seu olhar em direção a sala do mestre, que fica muito acima atrás de várias casas que estão espalhadas por uma escadaria.

— Vários soldados estão deixando o Santuário e um deles me disse que o Mestre do Santuário os mandou para vários lugares do mundo.

— Sim Marin. O Grande Mestre, nosso Patriarca, disse que é momento do Santuário controlar todo o planeta e para isso os soldados foram enviados para fazer pessoas cumprirem suas ordens.

Marin fica espantada com a revelação de Shaina.

— Mas como assim? O Grande Mestre quer que as pessoas o obedeçam em troca de que? Isso não é certo, mesmo sendo soldados esses homens são do exército de Athena e fazer isso não é uma atitude digna de defensores de Athena!

Shaina dá um soco na cara de Marin e a derruba no chão.

— Quem você pensa que é para contestar as ordens do Mestre do Santuário? Você não passa de uma amazona que treinou um traidor que luta por interesses pessoais.

Marin se levanta e fecha os olhos. Ela não revida.

— Sem briga amazonas de Prata!

As duas se viram e veem diante delas Pôncio de Compasso. O cavaleiro de Prata as cumprimenta cordialmente, mas com um sorriso sarcástico nos lábios.

— Acabei de falar com o Mestre do Santuário e ele me nomeou líder dos cavaleiros de Prata. Teremos muitas missões agora e eu passarei as coordenadas.

Marin olha desconfiada para Pôncio. Aquele cavaleiro sempre a causou calafrios. Shaina cumprimenta Pôncio.

— Ótimo Pôncio. E qual será nossa missão a partir de agora?

— Matar os cavaleiros de Bronze e aquela garota da Fundação GRAAD. Temos que recuperar partes da armadura de Ouro de Sagitário que ainda não conseguimos. Aqueles traidores devem morrer o mais rápido possível. O Grande Mestre tentou nos deixar fora disso, mas quem ele confiou para derrotá-los acabou falhando. Então a partir de agora é isso que devemos fazer. Shaina por enquanto você aguarde aqui no Santuário.

Pôncio se aproxima de Marin e a olha dos pés a cabeça.

— E você Marin, deve ir se encontrar com outro cavaleiro de Prata, Misty de Lagarto. Encontre com ele na Oceania que ele foi averiguar o que sobrou da Ilha da Rainha da Morte. Depois vocês partem juntos para o Oriente.

Marin fica séria e nada fala. Shaina volta a tomar a palavra.

— Se quiser eu mesmo vou ao Japão, mato os cavaleiros de Bronze e recupero as partes da armadura de Sagitário. Faço questão de matar aquele Seiya de Pégaso!

— Não precisa Shaina. Já tem alguém enviado ao Japão para recuperar as partes da armadura de Ouro e se alguém ficar no caminho será morto!

Marin demonstra preocupação. Ela acha melhor ir logo encontrar com o cavaleiro de Prata citado por Pôncio para ter o controle da situação.

TÓQUIO – JAPÃO

ORFANATO OS FILHOS DAS ESTRELAS

Se passa mais um dia e Seiya está com Mihu no pátio do orfanato.

— Fico triste com tudo que você tem passado Seiya. É triste seu destino como cavaleiro.

— Há muitas coisas ainda para descobrir Mihu. O que me deixa mais triste é que isso me atrapalha na busca pela minha irmã. O torneio foi cancelado e eu não sei como fazer para ir atrás dela com essa missão que tenho.

— E os seus companheiros, os outros cavaleiros? – Pergunta Mihu.

Seiya olha para o céu e fecha os olhos.

— Hyoga foi para a Sibéria e Shiryu para China, lugares onde eles treinaram para reverem seus mestres. Shun está por aqui no Japão. Estamos em contato um com o outro, ainda não sabemos como agir para recuperar as partes da armadura de Ouro. Talvez Shiryu e Hyoga conversando com seus mestres descubram alguma forma. Eu queria reencontrar a Marin, mas nesse momento nem posso voltar ao Santuário.

Os dois andavam lado a lado. A garota se coloca a frente de Seiya.

— Seiya sei o quanto você queria reencontrar sua irmã depois desses anos todos, mas em momento nenhum você... Sei lá... Sentiu saudades de mim?

Seiya sorri e pega nas mãos de Mihu. Os dois relembram a infância deles, quando Mihu foi atrás de Seiya na fundação quando soube que ele iria para a Grécia treinar para ser cavaleiro. Seiya tirou sarro de Mihu dizendo que ela era chata e que ele não iria sentir sua falta, apenas da sua irmã. Mihu foi embora irritada falando para ele ir embora que ninguém sentiria falta dele além de Seika. Os dois riem da situação que criaram quando crianças.

— Nós eramos muito pequenos Mihu, eu era encrenqueiro. Agora somos mais maduros. É claro que eu senti saudades de você.

— Eu também senti Seiya, muita saudade.

A árvore que eles estavam próximos começa a sacudir. Dois garotos do orfanato caem e começam a brigar. Um deles fala que eles estavam perto de ver o beijo de Seiya e Mihu e Mihu fica sem graça. Ela repreende os garotos.

— Vamos caminhar na praia Seiya. Os garotos são impossíveis.

Seiya sorri e aceita o convite. Os garotos seguem apostando que Seiya e Mihu vão namorar.

Próximo dali, Mu e Kiki estão em uma calçada perto de uma praia. Kiki olha para o mar e Mu se aproxima.

— Vamos regressar a Jamiel Kiki. Os cavaleiros já estão aqui no Japão e estão recuperados, não temos mais o que fazer aqui.

— Veja mestre, alguém com cosmo poderoso se aproxima.

Surge diante de Mu um cavaleiro de Prata. É um rapaz de traços delicados, cabelos loiros e olhos azuis, que parecem estar pintados com maquiagem.

— Então é você, o famoso Mu de Jamiel que está aqui. Você deveria ficar satisfeito em apenas consertar armaduras.

— Eu me lembro de ter ouvido falar sobre você. Misty, o cavaleiro de Prata da constelação de Lagarto.— Responde Mu.

— Bem informado. Saiba que eu sei que foi você quem teletransportou os cavaleiros de Bronze na Ilha da Rainha da Morte, eu estou vindo de lá e permaneci lá perto esses dias. E depois sei que os auxiliou para virem rápido aqui para o Japão e está alguns dias por aqui. Me diga o porque disso? E exijo que me entregue eles imediatamente.

Mu mostra uma feição totalmente tranquila e ele mesmo se aproxima de Misty.

— E se eu me recusar a entregá-los?

Misty lança seu ataque com um dedo contra Mu, que agarra Kiki e desvia com grande velocidade. Uma cratera é criada no local.

— Bem ágil. Mas da próxima vez acertarei vocês dois.

— Espere Misty, nossa missão não é matar o Mu! — Marin surge no local.

Misty se vira em direção a Marin.

— Já está aqui Marin? Ordenou Asterion e Babel a procurarem os cavaleiros de Bronze?

Marin confirma com a cabeça. Misty e Mu ficam se encarando e o restaurador de armaduras, com Kiki nas costas, deixa o local calmamente sem nenhuma preocupação com o cavaleiro de Prata. Misty volta se virar para Marin.

— Marin para você será mais fácil ter acesso ao cavaleiro de Pégaso. Mate seu discípulo traidor com as próprias mãos!

Marin deixa Misty para trás e pisa das areias da praia.

Naquela mesma praia, mas um pouco distante, Seiya e Mihu conversam andando próximo ao mar. Seiya fica tenso de repente.

— O que foi Seiya?

— Estranho! Parece que eu senti o cosmo da minha mestra Marin...

Seiya fica pensativo, mas segue caminhando com Mihu.

LESTE DA SIBÉRIA

Hyoga chega a casa onde ficava abrigado enquanto treinava e reencontra o garoto Jacob. O menino animadamente vai cumprimentar Hyoga.

— Que bom que retornou Hyoga. Fiquei de olho no lago onde está o corpo de sua mãe.

— Jacob meu mestre esteve por aqui?

Jacob muda sua feição e fica sério. Ele abaixa a cabeça.

— Responde Jacob, por favor.

— Sim Hyoga ele esteve. E disse que não quer saber de você, já que você é um traidor.

Hyoga fica chateado. Ele da um soco no chão de gelo.

— Não é possível! Mestre, o senhor não consegue perceber o mal que se abateu no Santuário? Até com cavaleiros renegados eles se aliaram para roubar a armadura de Ouro, para promover o mal no mundo. O Ikki mesmo me revelou. Aquele Pôncio se mostrou muito maligno.

Jacob volta a se aproximar de Hyoga.

— Eu não sei de nada Hyoga. Só sei que ele não quer mais saber de você e disse que você não merece ser um cavaleiro.

Hyoga pede para Jacob o deixar sozinho. Ele anda sob a neve forte que cai no local.

— Eu tenho que arrumar um jeito de mostrar a verdade para meu mestre! Eu tenho que fazer algo!

Hyoga senta no chão gelado e segue pensativo.

5 PICOS DE ROZAN – CHINA

 Shiryu está abraçado a Shunrei diante do Mestre Ancião, que segue sentado no pico de frente a cachoeira. Shiryu conta sobre Ikki e os cavaleiros negros.

— Shiryu a derrota dos cavaleiros negros parece ter feito o Mestre do Santuário ter enlouquecido de vez por não ter recuperado toda a armadura de Ouro de Sagitário. O Santuário agora está totalmente dominado pelas forças do mal. Se havia algo que ainda impedia desse mal imperar, parece ter se desfeito totalmente. Ele quer o domínio do mundo, está com sede de poder e isso vai acabar atingindo as pessoas comuns nesse momento.

— Não podemos permitir mestre! Temos que proteger a justiça desse mundo! Ele sem dúvida vai mandar alguém ao Japão recuperar as partes da armadura de Ouro.

O velho mestre fecha os olhos e respira fundo.

— Todo cuidado é pouco agora Shiryu. Temos que ficar em alerta.

Shiryu olha para a cachoeira preocupado. Shunrei tenta tranquilizá-lo.

TÓQUIO – JAPÃO

Seiya e Mihu seguem conversando animadamente. Seiya estranha ao ver Kiki correndo afobado em sua direção.

— Kiki? O que está fazendo aqui?

— Seiya o Mu alertou que está vindo alguém ao Japão para matá-los!

Seiya volta a ficar preocupado. Ele pega nas mãos de Mihu.

— Mihu, por favor, volte ao orfanato. Eu tenho que ficar em alerta e não posso te colocar em risco.

— Seiya, por favor, se cuide.

Seiya balança a cabeça positivamente. Ele beija a testa da garota e segue com Kiki.

— Kiki, onde o Mu está?

— Ele está voltando para Jamiel e...

Seiya se vira e avista Marin de longe. Ele a vê pela primeira vez trajada de sua armadura de Prata de Águia. Ele corre atrás dela.

— Eu havia sentido seu cosmo Marin. Sua armadura de Águia é muito bonita e brilhante. O que você está fazendo aqui? Quando chegou ao Japão?

Seiya avista Misty do lado da Marin e questiona quem era ele.

— Rapaz você só tem duas opções. Ou se mate ou não tenha resistência e aceite a punição aos traidores com sua morte. – Diz Misty.

— O que? Quem é esse cara Marin? – Pergunta Seiya olhando o cavaleiro de Prata.

Marin se coloca entre Seiya e Misty.

— Ele é Misty de Lagarto, um cavaleiro de Prata com força muito superior a sua.

Seiya encara Misty e percebe que ele realmente tem uma força superior a sua. O cavaleiro de Pégaso fica tenso.