Meu Nerd Favorito escrita por PepitaPocket


Capítulo 13
O Problema da Popularidade




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A sorte (ou azar) de Ino é que ele era um cara comedido.

Mas, com os gritos que ele escutou lá fora, deu para entender que Ino pedira para Kiba, voltar a ser seu namorado.

Shino sentia muitos olhares sobre ele, e alguns eram bem maliciosos.

Quem diria que seu primeiro dia de namoro oficial, já teria uma prova de fogo? Sua parte racional mandava ele confiar em Ino, mas ele não conseguia controlar-se muito bem, e acabara pela primeira vez na vida.

Agindo por impulso.

Pegou sua mochila de qualquer jeito, colocou-a em seus ombros, e saíra pisando duro da sala.

Quando estivesse mais calmo, teria uma conversa com Ino.

Assim que o sinal tocou, ele saiu pisando duro, nem esperando Yamanaka que estava no corredor com as amigas.

— Foi uma DR e tanto... – Sakura foi a primeira a se manifestar e a julgar o modo como disse aquilo, era visível que não apoiava o que aconteceu ali.

Mas, Ino não teve nem tempo de dizer alguma coisa em sua defesa, pois ela não tinha como ter uma discussão de relacionamento, com quem ela não estava namorando mais.

No entanto, quando Shino saiu pisando duro ela soube que com relação ao Aburame, ela teria de ter uma conversa esclarecedora.

— Por falar, em DR! – Karin dissera apontando Sakura que foi enlaçada pela cintura por Neji, que parecia bem irritado. Entretanto, Ino nem notou a saia justa amorosa que a rosada estava com o seu adorável Hyuuga, pois estava com suas próprias complicações amorosas, com seu não tão adorável Aburame.

Isso, porque ele saia da sala, sem pegá-la pela mão e carregar sua mochila, como todo bom namorado de colegial tinha de fazer.

— Shino está zangado comigo? – Ino perguntou em tom dramático, estando realmente muito preocupada com esse detalhe sórdido, de sua vidinha amorosa — — Que você acha? – A Uzumaki retorquiu a pergunta em seu habitual tom de zombaria. Mas, sem tirar o olho do Trio Calafrio, modo que apelidara Matsuri e os dois zumbis que a seguiam, apenas porque ela era neta da ex-diretora da escola, que ainda era conselheira principal da escola.

Queria muito ter visto a cara de Chiyo-baa-san, ao ver a bela suspensão que sua netinha levou, junto com os merecidos puxões de cabelo.

— Belo espetáculo, Ino. – Matsuri dissera aquilo com uma satisfação irritante.

— Não sei do que está falando, meu bem... – Ino dissera controlando-se para não enfiar a mão na cara daquela xarope com quem não ia com a cara desde a quinta série, mas as coisas ficaram ainda mais ruins, depois que ela começou marca-la, por causa de um cara que ela nem conhecia direito.

— Eu sempre faço um espetáculo, e a maioria das pessoas gostam, e você morre de recalque, não é? – Ino dissera em meio a um sorriso zombeteiro, tentando ignorar o revirar de olhos de Karin. Pois, ela esteve tão concentrada em revidar a audácia de Kiba em pedir para voltar com ela, que nem parou para pensar no desdobramento de suas atitudes.

— Pena que tem certo esquisitão quatro olhos, não gostou... – Matsuri dissera em tom provocativo, e Ino sentiu seu coração dar um salto.

— Deixa de ser chata, Matsuri. – Ela disse mal-humorada – Não tenho culpa se nenhum garoto quer sair com você. – Ino disse querendo parecer triunfal perante o olhar dos outros alunos, eles assistiam ao embate das duas como se fosse algo muito interessante.

— Prefiro, ficar solteira, do que ficar com uma escória como aquela. – Matsuri revidou fazendo caras e bocas, como se namorar com Shino fosse algo muito ruim.

— Ele não é escória, é melhor do que você. – Ino disse com seriedade, contando até mil em trinta segundos, para não enfiar a mão naquela garota.

A mãe dela, havia conversado muito com ela na semana anterior, sobre resolver pacificamente os conflitos, sem o uso da violência. Mas, Matsuri parecia ter o dom de atiçar seus instintos mais violentos, vamos dizer assim.

— E, diga-se de passagem, você está muito irritadinha com isso, Matsuri-san, vou começar a achar que você tem uma queda pela porquinha aqui... – Karin dissera aquilo fazendo as duas colegiais briguentas, avermelharem chocadas com aquela conclusão.

— A conversa não chegou na lavoura, rabanete podre! – Matsuri disse apontando para Karin, que não se abalou nem um pouco por suas palavras.

— Só para não dizer que sou uma concorrente desleal! – Matsuri dissera jogando os cabelos de um jeito estranho, para mostrar que estava irritada. E, quem fazia muito isso era Sakura, um gesto que todas as mulheres do Clã Senju, faziam quando contrariadas, e Karin teve vontade de rir ao ver aquela imitação barata.

— Você vai se afundar, com esse namoro, ninguém vai querer ser amiga da namorada, de uma escória como aquela. – Matsuri dissera dando um sorriso maldoso.

— Você? – Ino fechou a cara, e tentou se conter ao máximo porque um monitor estava vindo, na sua direção e a julgar pelo seu olhar, ele parecia desconfiado daquelas interações. Certamente, ela seria marcada nos próximos dias, e se não quisesse encarar uma outra suspensão teria de entrar na linha.

— Minha concorrente? Até parece... – Ino disse zombeteira.

Matsuri também não era boba, e sabia que ela estava sendo observada, tanto que não se deu o trabalho de continuar falando, apenas quis mandar um olhar de superioridade para Ino, que não se intimidou e saiu rebolando para longe, acompanhada de suas amigas.

Pois, seu recado já estava dado. As vezes a melhor tática para desmoralizar o inimigo, é plantar a discórdia e a insegurança. E, como por causa de Ino, ela não pode ser feliz com Gaara, sendo que na verdade Ino não quis nada com ele, e o ruivo seguiu em frente com outra garota que não a Matsuri.

Karin ajeitou seus óculos enquanto via aquelas três se afastarem, lamentando por não poder dar uns tapas nela de novo.

— Nem que renascessem de novo, iriam chegar a nossos pés! – Karin disse ajeitando seus óculos, dando um sorriso provocante.

— Adoraria ficar e conversar, adorável rabanete, mas tenho de fazer uma coisinha... – Karin chegou abrir a boca para protestar, ela estava morrendo de curiosidade para saber os por menores da relação da Ino com o Shino, mas pelo visto a Yamanaka não estava disponível naquele momento.

Sakura também não estava disponível, e pelo jeito ela era a única que estava sem nada para ocupar-se entre os intervalos das aulas.

Pensou com uma carranca, vendo Gaara e Tenten, passarem de mãos dadas conversando. Beijos e carícias eram proibidos, pelo regimento da escola. Mas, pegar na mão, não.

Vendo aquilo Karin sentia que estava na hora de correr atrás de seus objetivos.

Enquanto caminhava, ela ponderava sobre tentar mais uma vez com o Naruto e se não desse em nada, ela iria partir para outra.

Mas, quais seria suas outras opções?

...

Enquanto isto, Ino saíra atrás de Shino, já pensando no que iria dizer.

Na pressa, ela nem perguntou para Karin o que aconteceu para que toda sua conversa com Kiba e Shino causassem toda aquela comoção.

Mas, iria falar com o Aburame, e seria uma conversa séria, porque ele não podia ser tão abalável assim com relação as coisas que aconteciam, primeiro porque ela era a garota mais popular da escola, e era normal ela despertar o interesse das pessoas.

E, ele teria de lidar com isso.

Além do mais, logo ele deixaria de ser a escória social da escola. Ele andaria com ela, e seria mais bem notado por todos. Além do mais, Shino era um rapaz inteligente, bonito, só precisava de um pouco mais de disposição para socializar.

Ino pensara enquanto caminhava a procura de Shino. Ela teria de ir para o vestuário e por o uniforme de educação física, já que Anko-sensei, certamente mandou todo mundo para a quadra.

Mas, primeiro ela resolveria sua situação com Shino, ou não teria energia para sobreviver as aulas daquela sádica disfarçada de professora.

Ela só não esperava que iria encontrar um desprezível atalho no caminho, na forma de seu maldito professor de química, será que não contratavam gente normal para lecionar naquela escola?

— Kukuku. Enfim, encontrei você. – Orochimaru-sensei, aparecera ali, com aquele olhar de quem estava avaliando sua presa, antes de destroça-la.

— Venha comigo. – Ele disse com frieza, e Ino bem que queria dizer não, mas com ele olhando-a daquele jeito, ela não tinha nem energia de protestar.

“Com um pai assim, não sei como aquela testuda não ficou traumatizada’. – Ino pensara com seus botão, com certa dramaticidade, enquanto o seguia contra vontade.

Ao chegar em um dos laboratório de química, Shino estava lá, com uma expressão ilegível. Mesmo assim, pela sua fleuma ela sabia que ele estava chateado.

— Muito bem, quero que me expliquem isto. – Orochimaru disse apontando para um retângulo de isopor, que tinha sessenta centímetros de largura, por trinta e cinco de altura.

Ali haviam doze cadáveres de insetos, perfeitamente etiquetados, e apenas a visão daqueles horripilantes seres, Ino se sentiu tremendo na base.

Shino por sua vez, arregalou os olhos por trás de seus óculos de sol, perplexo pela disposição dos mesmos, que estavam formando um coração.

— O trabalho que você pediu. – Indiferente a reação dos dois amantes de insetos, Ino respondera com sinceridade.

— Kukuku. Eu pedi uma caixa entomológica, e não uma peça de arte contemporânea de gosto duvidoso. – Orochimaru disse com severidade.

— Não seja dramático, os bichinhos estão ai, classificados como deveriam ser. E, a organização é muito mais bonitinha do que aquela fila sem graça, de antes. – Ino insistiu em seu ponto de vista, querendo ficar a sós de uma vez com o Shino para conversar com ele.

— Kukuku. Acho que você não entendeu que isso é um trabalho científico, e não uma oficina de gracinhas, senhorita Yamanaka. – Orochimaru dissera dirigindo um olhar ainda mais feio para Ino, que espichou os lábios em contrariedade, por estar recebendo um sermão, depois de quase ter morrido de nojo, quando resolvera mexer naquelas coisas, só para deixar o trabalho mais bonitinho.

Pois, por fim, ela terminou a parte escrita do trabalho, e a montagem ficou com Shino.

 — A sorte de vocês é que o relatório ficou muito bem redigido. – Orochimaru dissera causando alívio ao jovem casal, mas este durou pouco tempo.

— No entanto, como a parte prática do trabalho valia a maior nota, pode considerar-se oficialmente em recuperação Yamanaka-san... E, a julgar por suas notas anteriores, terá de estudar muito para recuperar nota.

Orochimaru disse fazendo um sinal para que ela se retirasse, como se ele tivesse feito apenas um comentário aleatório sobre o tempo.

Ino ia dizer alguma coisa, mas Shino prevendo sua intenção a segurou com rapidez. Para ele era fácil manter a calma, Orochimaru não mencionou nada sobre ele, então significava que ele não estava em recuperação.

— Arigatou, Orochimaru-sensei. – Ele dissera com um sorriso falso, que faria o esquisito do Sai se sentir orgulhosos.

E, foi a puxando para fora do laboratório, quando tudo que ela queria era dar um bom chute na canela daquele maldito professor.

Só para ele deixar de ser tão chato e esquisito.

— Me solta, Shino-kun. – Ela pediu em tom choroso.

— Não enquanto você estiver zangada. – Ele disse com calma.

— Droga! ME SOLTA. – Ela disse fazendo-o estremecer com aquele grito.

— Pronto, soltei. – Ele disse levantando as mãos, e pegando sua mochila que estava mal pendurada em seu ombro.

Sem dizer mais nada, ele girou nos calcanhares, preparando-se para afastar-se.

Mas, a garota sabia que eles tinham assuntos pendentes e iriam resolver naquele momento.

— Precisamos conversar. – Ela disse em tom autoritário.

— Precisamos nada. – Entretanto, ele não estava convencido disso.

— Precisamos sim. – Ela disse querendo se aproximar, mas ele deu um passo para trás e se afastou.

— Procure, o Inuzuka Kiba. Ele é seu namorado dos sonhos. – Ele disse e se afastou sem dar tempo para que Ino desse uma resposta.

Isso porque ela estava chocada demais com aquelas palavras. Pois, ela realmente não entendia o que tinha dado de errado.

Pois, quem deu o fora no Inuzuka, certo? Sendo que para todos na escola, acabou parecendo justamente o contrário. Mas, Ino logo saberia disso, pois a popularidade também trás seus problemas. E, namorar alguém como Shino, mostraria exatamente isto.


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