Minha Vida Começa Contigo escrita por Senhora Bracho


Capítulo 19
Namoro?


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores ,tudo bem com vocês , espero que sim , bom já quero começa agradecendo A Dream, e a Paulina e Carlos Daniel , por ter recomendado a história ,isso conta muito para mim e para minha parceira Luísa ,obg vcs são incrível, todas vocês são, e desculpe agente por não ter conseguido postar o capítulo antes como havíamos falado, é que as coisas esta um pouco corrido e não conseguimos, mas enfim desfrutem do capítulo



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Dia seguinte 

E como haviam combinado na noite anterior, assim que acordou Carlos Daniel ligou para Paulina para marcarem onde iriam se encontrar, eles optaram pela Fazenda Bracho, pois lá teriam bem mais privacidade, pois Carlos Daniel estava lá somente com Helena, já na casa de Paulina estava toda a sua família, sem contar que Carlos Daniel queria mostrar sua propriedade com mais detalhes, pois sabia que Paulina adorava o campo. 

Após ligar para a esposa, Carlos Daniel toma um banho, se arruma, e com calma vai caminhando até uma cachoeira que havia na Fazenda, ainda faltavam alguns minutos para ela chegar, mas ele ficou ali, estava ansioso, e não tirava os olhos do relógio. Ele chega ao local e se senta em uma das enormes pedras que haviam ao redor, e espera por Paulina, o tempo vai passando e nada dela aparecer, Carlos Daniel já começava a pensar que ela não viria.

— Acho que ela não vem! - deduz Carlos Daniel desanimado, jogando uma pedrinha na água.

Ele não havia percebido, mas Paulina vinha calmamente em sua direção, não a viu pois estava de costas, e ela sem ser notada se aproxima, e com as mãos tapa os olhos de Carlos Daniel, com o intuito de fazer uma brincadeira.

— Adivinha quem é? - pergunta ela rindo travessa.

Carlos Daniel sorri de canto, e toca suas mãos nas dela, fazendo uma leve carícia.

— Huum, não tenho nem idéia! - responde ele entrando na brincadeira.

— Se acertar que sou eu, ganha um beijo! - propõem ela sorrindo. 

— Ganho mesmo? - questiona ele se animando, com o coração acelerado.

— Sim, quantos você quiser! - concorda ela ainda com as mãos nos olhos dele.

— Aí sim em! Então neste caso, é a mulher mais linda desse mundo, vulgo Paulina Martins Bracho, minha esposa. - descreve ele ansioso para vê-la.

Paulina riu alto, e destapou os olhos dele, Carlos Daniel rapidamente se virou para encontrar o olhar da esposa.

— Agora eu quero meu beijo! - exige ele encarando os lábios dela.

Paulina se aproxima e lhe dá um selinho, sua intenção era provocá-lo, ela ia se afastar mas ele a puxou com força, a fazendo cair desajeitada em seu colo, e sem pensar duas vezes, ele enfiou as mãos em seus cabelos e a beijou de forma avassaladora, tirando todo o ar de seus pulmões.

— Huum que beijo gostoso! - comenta ele colando suas testas após o beijo.

— Tenho que concordar! - diz Paulina com os olhos fechados, ainda ofegante.

— Como passou a noite, dormiu bem? - pergunta ele acariciando as bochechas dela. 

— Sim muito bem, e você? - pergunta ela agora o olhando intensamente.

— Teria dormido melhor se estivesse com você! - dispara ele a encarando com desejo.

— Paciência, meu amor! - pede Paulina acariciando os cabelos dele.

— É o que mais tenho! - retruca ele se aproximando para beijá-la mais uma vez.

Paulina o corresponde de imediato, ambos esquecem completamente o motivo pelo qual estavam ali, aliás a conversa poderia esperar. Eles ficam alguns minutos apenas trocando beijos, e só se separam quando escutam uma voz conhecida, que estava bem próxima.

— Mas vejam só, se não é o casalzinho do ano! - ironiza Miguel olhando para Paulina fixamente. 

Paulina fica pálida, que diabos ele estaria fazendo ali? Ela sem se dar conta sussurra o nome dele baixinho, Carlos Daniel fecha a cara e segura ao máximo para não partir pra cima de Miguel.

— O que está fazendo aqui? - indaga Carlos Daniel sério.

— Não te interessa! - retruca Miguel com ódio.

— É claro que me interessa, caso não saiba você está invadindo uma propriedade privada pertencente a família Bracho, que por acaso é minha família, e até onde eu sei você não tem permissão para entrar aqui! - esbraveja Carlos Daniel com os dentes cerrados.

— Tem certeza? Por que eu sempre frequentei este lugar e nunca fui barrado por ninguém, e vinha sempre muito bem acompanhado de que saber! - debocha Miguel olhando para Paulina.

— Você vinha, por que a partir de hoje não te quero mais em minhas terras, darei ordens restritas para que te joguem pra fora se for necessário! - ordena Carlos Daniel tirando Paulina de seu colo e se levantando, ficando de frente para Miguel. _ E pelo que vejo não vinha tão bem acompanhado, até por que está sozinho. - debocha ele.

— É por que minha companhia se adiantou, não é mesmo Paulina? - rebate Miguel com o mesmo tom.

Carlos Daniel perdeu o pouco de paciência que ainda o restava e grudou Miguel pela camisa, Paulina tentou impedí-lo mas ele foi mais ágil.

— O que você disse seu imbecil? - questiona Carlos Daniel furioso.

— Isso mesmo o que você ouviu seu babaca! - responde Miguel sem medo.

— Solta ele Carlos Daniel! - suplica Paulina observando a cena angustiada.

— Isso, escute ela, Paulina sempre sabe o que diz, não é mesmo coração? - provoca Miguel sorrindo.

Carlos Daniel sem mais delongas acerta a cara de Miguel com um soco, o mesmo revidou, e assim começaram uma longa e violenta briga, Carlos Daniel era forte, e Miguel não ficava por baixo, pois sabia muito bem como se defender. Paulina gritava a todo momento para que eles parassem, mas era inútil, ambos estavam cegos pela raiva.

Paulina não sabia mais o que fazer, e vendo que a briga estava longe de acabar, em um ato involuntário ela se coloca entre eles, fazendo com que eles parem imediatamente, aliás eles jamais a machucariam.

— Pelo amor de Deus, não briguem! - diz ela com as mãos no peito de Carlos Daniel tentando acalmá-lo.

Os dois se encaravam com ódio, Paulina estava nervosa, se sentia dividida, sabia que era a culpada e não sabia como reagir. Miguel vendo que Paulina havia ficado ao lado de Carlos Daniel ficou ainda mais irritado, e não deixaria passar batido.

— Escute aqui seu animal, você mexeu com a pessoa errada, e te garanto que isso não irá ficar assim! - ameaça Miguel passando a mão em sua boca que estava sangrando.

— Mas não ficará mesmo, e você está avisado, se ousar por os pés em minha fazenda outra vez, sairá morto. - rebate Carlos Daniel sério.

— Eu vou onde eu quiser, e não será você que me impedirá de vir aqui novamente. - continua Miguel.

— Pague pra ver então, você não me conhece e não sabe do que sou capaz! - desafia Carlos Daniel com um tom ameaçador.

— Eu não tenho medo de você! - dispara Miguel tentando provocá-lo. 

Carlos Daniel faz menção de ir pra cima dele novamente, mas Paulina o contém o segurando mais firme.

— Vá embora Miguel! - ordena ela nervosa. 

— Eu quero falar com você! - pede ele sem se importar com a presença de Carlos Daniel.

— Minha mulher não tem nada para tratar com você! - intervém Carlos Daniel alterado.

— Ela não é sua mulher seu imbecil! - grita Miguel furioso.

— Ah não? Mas olhe só, até onde eu sei somos casados! - debocha Carlos Daniel pegando na mão de Paulina e mostrando a aliança de casamento para Miguel.

— E até onde eu sei você a comprou! - acusa Miguel sério.

 Carlos Daniel tenta mais uma vez acertá- lo, mas Paulina o segura.

— Por favor Miguel, saia daqui! - implora ela evitando mais discussões.

— Eu vou por que você está pedindo, e que fique bem claro que eu não vou desistir de você! - afirma ele a olhando nos olhos e saindo em seguida.

Com a saída de Miguel, Paulina finalmente respira aliviada e volta sua atenção para Carlos Daniel.

— Agora se acalme Carlos Daniel. - pede Paulina mirando o marido que mantinha uma expressão séria.

Ele a olha por um segundo, vai até a árvore mais próxima e dá um soco na mesma, para descontar toda sua raiva, deixando Paulina assustada.

— Por favor Carlos Daniel, você vai se machucar. - diz ela preocupada indo até ele apreensiva.

Ele a detalha por alguns segundos com uma expressão que Paulina nunca havia visto, a ira estava estampada em seu olhar, e isso fez com que Paulina desse um passo para trás instintivamente.

— É desse babaca que você gosta? É por causa dele, que você nunca quis ter nada comigo? - pergunta Carlos Daniel alterado.

— Eu.. Me desculpe Carlos Daniel, eu não sabia que ele viria aqui, estou tão surpresa quanto você... - se defende ela trêmula.

— Ah, não sabia? Pois deveria imaginar já que vinha sempre aqui com ele! - acusa ele com ciúmes.

— Não é verdade, eu não vinha sempre, viemos no máximo umas 3 vezes. Acredite em mim, isso nem tem mais importância! - se explica ela nervosa.

— Pra mim tem muita! - rebate ele sisudo. 

— Não vamos falar disso Carlos Daniel, viemos aqui para tentar conversar, e já estamos discutindo outra vez! - pede ela o olhando.

— Não tente mudar o foco da conversa, e não precisa dizer mais nada, eu já entendi tudo... Sabe o que você deveria fazer? - pergunta ele possesso. _ Você deveria ir atrás dele, você não o ama? Pois bem, vá, e quanto a nós dois, seguimos com os trâmites do divórcio. - propõem ele sem pensar.

— Não diga isso Carlos Daniel... - diz ela baixinho. 

— Estou te dando outra chance de ser feliz com quem desejar. - diz ele respirando fundo._ Se você o ama de verdade fique com ele, mesmo que me doa, que me mate por dentro... Eu não serei mais um estorvo em sua vida. - continua ele impulsivo.

— E se eu te disser que meus sentimentos agora são outros?- questiona ela o olhando profundamente.

— Então seja sincera, o que sente por ele? - pergunta ele com medo da resposta.

— Antes eu o amava, amava muito, ficamos juntos por anos... Mas hoje, vendo o homem que ele está se tornando, vendo suas atitudes repugnantes, eu posso afirmar com certeza que esse sentimento já não é o mesmo. - revela ela transparecendo verdade.

— E por mim? - pergunta ele com o coração acelerado.

— Eu não sei ao certo, não queria te dar falsas esperanças, gosto muito de você e já não me vejo sem sua companhia, a seu lado me sinto protegida, amada... - declara ela se aproximando e o beijando com carinho. _ Talvez eu esteja apaixonada! - finaliza Paulina corada, o fazendo sorrir.

— Eu te amo! - diz ele acariciando seu rosto e a olhando ternamente.

— Eu acho melhor eu ir pra casa, quem sabe a noite podemos conversar com mais calma, agora não é o melhor momento, você está com a cabeça quente e pode acabar tomando atitudes erradas mais uma vez. - impõe ela o olhando séria.

— Você tem razão meu amor, eu sou um tanto impulsivo, e realmente precisamos conversar... Mas fique aqui comigo, eu queria tanto passar um tempo a mais com você. - insiste ele carente.

— Eu prefiro ir pra casa, mas tarde e com calma nós decidimos o que vamos fazer, tudo bem? - pergunta ela decidida.

— Com quiser minha vida, o que acha de sairmos para jantar? - propõe Carlos Daniel animado. 

— Perfeito! - concorda Paulina imediatamente.

— Está marcado então, passo te buscar na Fazenda às 20:00. - comunica ele se aproximando e lhe dando um beijo rápido.

— Estarei te esperando! - diz ela o olhando pela última vez, e logo em seguida se vira e retorna para Fazenda Martins.

 

... 

 

   Fazenda Martins - Quarto Paulina 

 

Paulina estava deitada em sua cama, havia acabado de chegar em casa e estava muito pensativa.

— Pode entrar mamãe! - diz Paulina após ouvir a mãe a chamando.

— Até que enfim apareceu filha! Onde você estava? - pergunta Paula se aproximando com uma feição preocupada.

— Eu estava na Fazenda Bracho. - responde ela se sentando para poder mirar a mãe.

— É que você saiu cedo, não avisou ninguém... - continua Paula se sentando também.

— Me desculpa mãe, eu esqueci de te avisar, eu fui lá para tentar conversar com o Carlos Daniel - explica ela um tanto desapontada.

— Como assim tentar, vocês não conversaram? - questiona Paula curiosa.

— Não conseguimos mãe, saiu tudo errado, na verdade só piorou de vez! - conta Paulina dando um longo suspiro.

— O que houve? - pergunta Paula sem entender. 

— O Miguel apareceu por lá, aí o resto a senhora já deve imaginar... - responde Paulina olhando para mãe.

— Na Fazenda do Carlos Daniel? Como ele se atreveu a ir até lá? - questiona Paula incrédula.

— Pra senhora ver mãe, eu não sei o que está acontecendo, mas parece que ele sabia que me encontraria lá, aliás ele sempre sabe onde me encontrar, as vezes sinto que ele está me seguindo. - conclui ela aterrorizada.

— Falando assim você me deixa preocupada filha, por favor tome cuidado por que ele pode ser perigoso! - adverte Paula temendo pela filha.

— Não acredito que ele me faça algum mal, ele está tão diferente, é como se não fosse o mesmo Miguel que eu conheci. - observa ela pensativa.

— Por que diz isso querida? - indaga Paula séria.

— Ele está muito ciumento, possessivo, com mania de perseguição, ele diz coisas que me preocupam, mente na cara dura, como se eu não soubesse da verdade. - detalha Paulina com exatidão.

— Ele só está magoado filha, por isso age assim, mas logo logo tudo isso passará... E fique atenta, não ande por aí sozinha. - pede Paula querendo protegê-la. _ Mas e o Carlos Daniel, como reagiu a tudo isso?

— Bom, de início ele e Miguel discutiram e quando menos esperei os dois começaram a brigar, passei um sufoco para tentar impedí-los de continuar... Mas após isso eu pedi para Miguel ir embora e logo tratei de acalmar Carlos Daniel. - diz ela relembrando o episódio.

— Imaginei que brigariam mesmo... E foi por isso que não conversaram? - indaga ela querendo saber mais.

— Sim mãe, Carlos Daniel ficou uma fera, e por um minuto quis seguir com o divórcio, mas eu não o dei ouvidos, eu já aprendi a como lidar com ele, há meses eu notei que quando está com a cabeça quente ele age sem pensar, sendo assim eu optei por vir embora e deixarmos a conversa para mais tarde, ele me entendeu e ficamos de jantar hoje a noite. - conta Paulina.

— Você agiu bem filha, mas é isso mesmo que você quer? Ou ainda ama o Miguel? - questiona Paula com cautela.

— Como eu disse para o Carlos Daniel, amor pelo Miguel eu já não sinto mais, porém eu não consigo esquecê-lo, e apesar de tudo ele foi o meu primeiro amor e eu não sei ao certo se ainda gosto dele, me sinto tão confusa. - revela Paulina com sinceridade.

— Você tem que se decidir querida, ou acabará sem nenhum! - diz Paula com sabedoria.

— Sim eu sei, hoje a noite se tudo der certo serei o mais clara possível, Carlos Daniel não merece viver iludido. - decide Paulina com convicção.

— Não mesmo, por quê se você não quer, deixe-o livre para que ele possa encontrar uma mulher e ser feliz. - diz Paula observando a reação da filha.

— Que outra mulher o quê mãe, a esposa dele sou eu! - rebate Paulina indignada.

— Ué querida, mais é o que vai acontecer, ou você acha que ele vai ficar solteiro para o resto da vida? Lindo daquele jeito, até parece! - justifica Paula rindo da reação da filha.

— Ai mãe a senhora nem comece! - retruca Paulina morta de ciúmes.

— Acho que alguém aqui já sabe o que quer! - conclui Paula com certeza.

 

...

 

Sala de jantar 

 

Já era noite, estavam todos na mesa esperando o jantar ser servido, exceto Paulina, que já havia saído com Carlos Daniel.

— Paulina não irá descer? - pergunta Renato notando a ausência da filha.

— Paulina não está em casa. - responde Paola com sarcasmo.

— E onde ela está? Se aquela garota pensa que só por que está separada, ela pode sair por aí a hora que quiser como uma vadia, ela está muito enganada! - pragueja Renato em tom acusador.

— Por que você sempre pensa o pior da sua filha? Procure saber onde e com quem ela está antes de dizer asneiras! - adverte Paula séria.

— Por quê eu duvido muito que tenha uma justificativa para sua saída, eu tenho quase certeza que aquela irresponsável está em algum canto se atracando com aquele morto de fome, e se estiver ela se verá comigo! - ameaça Renato ficando furioso .

— O que Paulina te fez para a julgar tanto? Que tipo de pai é você que só sabe fazer mal juízo a própria filha? - questiona Paula se segurando para não explodir. 

— Vocês vão brigar outra vez pela Paulina? Isso já está repetitivo! - intervém Paola revirando os olhos.

— É seu pai que sempre dá um jeito de interpretar mal as coisas! - acusa Paula séria.

— E você sempre passa a mão na cabeça dela, escute o que estou te dizendo, qualquer dia aquela menina vai aparecer por aquela porta grávida de um bastardo! - deduz ele alterado. 

Paula treme só de ouvir o que o marido dissera, seus olhos queimam feito brasa sua vontade era de voar no pescoço de Renato.

— Já chega! Eu não aguento mais ouvir você falando assim da Paulina, eu confio na minha filha e sei que ela não é assim. - grita Paula com ódio.

— Não grite comigo! - ordena ele autoritário.

— Se for para defender minha filha eu grito quantas vezes forem necessárias! - enfrenta Paula no mesmo tom.

— Se forem continuar assim eu irei me retirar, não estou nenhum pouco afim de presenciar mais uma discussão. Depois vocês ainda me questionam o por quê de eu viajar tanto. - reclama Paola fazendo menção de sair da mesa.

— Não filha, não precisa sair, e me desculpe, mas seu pai adora me tirar do sério. - se desculpa Paula tentando se acalmar. _ E pra acabar de vez com esse assunto, fique sabendo você Renato que Paulina saiu para jantar com o Carlos Daniel. - finaliza ela o olhando.

Renato fica totalmente sem graça, e passa a mão por seus cabelos em sinal de nervosismo. 

— Eu não sabia... - murmura ele envergonhado.

— É claro que você não sabia, você nunca procura se informar de nada, só sabe sair por aí destilando ódio e amargura. - diz Paula com olhar de reprovação.

— Ontem ela também estava com ele, eu os vi pela janela, acho que voltaram pois estavam no carro se beijando. - relembra Paola com desdém.

— Isso sim é uma boa notícia! - diz Renato sorrindo.

— Eu não teria tanta certeza, ele vai acabar fazendo minha irmã sofrer. - resmunga Paola sem realmente se importar.

— Bom eu não concordo com a forma em que esse casamento aconteceu, mas eu sinto que ele a ama de verdade, e se for da vontade de Deus, eu sei que serão muito felizes! - comenta Paula com serenidade. _ Bom, me dêem licença mas eu vou subir, estou sem fome. - pede Paula cabisbaixa se retirando logo em seguida.

...

Restaurante 

 

Paulina e Carlos Daniel já estavam em suas mesas, e esperavam seus pedidos serem servidos, naquele momento ninguém os atrapalhavam e podiam finalmente dialogar em harmonia.

— E então meu amor, como será daqui pra frente? - pergunta Carlos Daniel dando início ao assunto.

— Bem, confesso que também tenho essa dúvida. - responde Paulina o mirando.

— Por mim nós iríamos agora até a sua casa e pegamos todas as suas coisas, para levarmos novamente a mansão, de onde nunca deveriam ter saído. - diz ele com tranquilidade.

— Não se esqueça que foi você quem quis assim... - comenta Paulina séria.

— Me desculpe meu amor, por isso e por tudo o que eu te disse. - pede ele arrependido.

— Sabe que as coisas não são tão fáceis assim não é? Apesar de tudo eu ainda estou magoada com você. Se tem uma coisa que eu não admito é que joguem coisas na minha cara, mesmo que sejam verdades! - reprova Paulina chateada.

— Não leve nada daquilo em consideração minha vida, eu estava com raiva e queria te ferir, você me conhece e sabe que não sou assim. - justifica ele se sentindo culpado.

— Eu não tiro sua razão Carlos Daniel, você estava certo, eu não cumpria com meu papel de esposa... Sou eu que tenho que me desculpar, sei que também não sou fácil de lidar, e que poderia ter facilitado um pouco as coisas. - admite ela o olhando.

— Não pense assim meu amor, eu é que não honrei com minhas palavras, eu prometi uma coisa e depois exigi outra, você não tem e nem nunca teve obrigação de fazer nada que não quisesse.- tranquiliza ele. _ Pelo pouco que te conhecia eu já imaginava que seria assim, e eu estava preparado, sei que você é uma mulher íntegra e eu te respeito demais, só que também não sou de ferro, nunca escondi meu desejo e agora menos ainda. - admite ele a olhando intensamente com os olhos escuros.

— Eu sei que é frustrante e eu sei que te dói, por que eu também passei por tudo isso, por diversas vezes eu desejei estar com você mas não consegui. - confessa ela corada.

— Por que não? O que te impede? Sou eu o problema? - indaga ele curioso.

— Não! Não é você, sou eu... - diz ela tímida desviando o olhar do dele.

Carlos Daniel vendo o desconforto da esposa segura a sua mão chamando-lhe a atenção.

— Paulina, converse comigo, sabe que se quisermos ter uma boa relação temos que confiar um no outro não sabe? - pergunta ele a fazendo concordar com a cabeça. _ Pode me dizer amor, eu só quero te entender, e se tem algo errado podemos corrigir. - pede ele compreensivo.

— Eu tenho medo, insegurança... Eu não sei como agir, você já esteve com tantas mulheres, eu vou acabar te frustrando ainda mais... - confessa ela envergonhada o olhando com inocência.

— Não digo isso meu amor, frustrante é querer te tocar e não poder. - diz ele acariciando suas mãos. _É normal que se sinta assim Paulina, eu sei que você é pura e te admiro tanto por isso... - continua a olhando. _ E como assim insegurança? Com um corpão desse? - questiona ele com malícia tentando quebrar a tensão.

— Carlos Daniel! - repreende ela vermelha, retirando suas mãos das dele.

— Mas é verdade meu amor! - diz ele rindo.

— Você é um pervertido! - afirma ela com um sorrisinho nos lábios. 

— E você é uma gostosa! - rebate ele encarando o corpo dela.

— Fale baixo Carlos Daniel. - pede ela olhando para os lados.

— Relaxa amor, com essa música ninguém consegue nos escutar.

Carlos Daniel estava se referindo a música que tocava no ambiente, o restaurante estava bem movimentado e era quase impossível alguém escutar a conversa de Paulina e Carlos Daniel, até por que as mesas eram bem afastadas umas das outras.

— Mas agora falando sério, tem mais alguma coisa que te incomoda? A hora de falar é agora! - questiona ele voltando ao assunto anterior.

— Eu não consigo falar abertamente sobre esse assunto! - confessa ela constrangida. 

— Entendo... Mas ainda assim eu insisto em te dizer que se você sentir que está pronta, pode me dizer, farei o possível para que se sinta bem, você é minha maior prioridade e sempre será. - conclui ele com carinho.

— Muito obrigada Carlos Daniel! - agradece ela com admiração. _ Porém, não se trata somente disso... Não consigo ver nosso casamento com bons olhos, ele não começou da maneira correta e isso não me trás boas recordações. - conta ela mudando seu semblante. 

Querendo ou não Paulina estava certa e Carlos Daniel sabia disso, devido as circunstâncias ele já imaginava que ela não confiaria nele inteiramente, e pensando assim ele tinha uma proposta em mente, e ansiava pela resposta dela.

— Nosso casamento foi precipitado e quanto a isso nós já conversamos, e sendo assim eu te proponho uma coisa. - diz ele com ar de mistério.

— Pois então me diga! - pede ela curiosa.

— Que tentemos um recomeço! - sugere ele a deixando confusa.

— Seja mais claro... - pede ela sem entender. 

— Tivemos uma relação muito conturbada, e eu admito que fui o único culpado, não nos conhecíamos direito, eu acabei te fazendo sofrer sem perceber. - conta ele repudiando suas próprias atitudes. _ E isso entre outras coisas acabaram ocasionando o nosso término, sendo assim, eu te peço que tentemos mais uma vez, como de fato era pra ter acontecido, podemos voltar ao início, podemos nos descobrir, quero te conquistar aos poucos e te mostrar uma versão de mim que você não conhece, quero que me ame verdadeiramente... - explica ele com toda a sinceridade do mundo.

Paulina ouvia tudo atentamente e mantinha uma expressão indecifrável.

— Antes de te dar alguma resposta eu preciso te dizer mais uma coisa, algo que está me corroendo e que eu prometi a mim mesma contaria. - revela ela aflita. 

— Pode falar Paulina. - diz ele um tanto preocupado.

— Se trata do Miguel, por mais que eu tente fugir desse assunto eu não consigo, eu ainda sinto algo por ele, e eu já te disse isso, mas ainda assim eu precisava esclarecer tudo antes de definirmos o que será do nosso futuro. - conta ela com cautela e sinceridade, o olhando nos olhos.

— Eu já imaginava... - murmura ele com raiva. _ Eu sei tudo o que vocês passaram, e não te julgo por ainda sentir algo, aliás eu fui o intruso e tenho ciência disso. Eu te agradeço por estar sendo verdadeira, isso já um avanço, e eu sigo com minha proposta, me deixe te mostrar que posso te fazer esquecer aquele babaca? Me dê mais uma oportunidade que eu prometo não desperdiçá-la. - pede ele com expectativa. _ Porém se você não quiser eu te livro desse compromisso, livre para poder seguir sua vida conforme desejar. - diz ele tristonho.

Paulina não conseguia esconder a cara de boba, ela achou aquilo tão lindo e sabia perfeitamente o que queria, e agora com a atitude Carlos Daniel ela tinha certeza.

— Deixa eu ver se eu entendi, você está me pedindo em namoro? - pergunta ela sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Faremos o possível para postar o próximo o quanto antes, comentem muitoooo



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