beyond death | the originals escrita por majestyas


Capítulo 9
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— Um baile é bem o estilo Mikaelson — Hayley comenta.

— Máscaras? — Gianna sugere.

— Estou abrigando dois homens odiados por praticamente todos. Eu mesma sou uma pária. Como um baile vai nos ajudar? — questiono.

— Você não está abrigando — Niklaus retruca com desprezo na última palavra — essa casa é nossa.

— Pode ser no Lado Original, mas aqui ela é minha. Em um estalar de dedos, você é transportado para fora da propriedade e só entrará novamente se eu permitir — o encaro, sustentando seu olhar. Orgulho ferido é uma merda.

— Demonstração de poder — Abaccus me responde, fazendo finalmente eu quebrar o contato com o loiro — é assim que um baile vai nos ajudar.

— Todo aquele negócio de manter os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda — Gianna acrescenta.

— Bom, não funciona comigo. Fui dormir com o inimigo e acabei morta! — retruco.

— A segunda tentativa é sempre melhor — Gianna da um sorriso amarelo — e olhe pelo lado bom: você já está morta!

Como eu já estar morta é algo bom?! Encaro ela incrédula. Eu entendo seu ponto, mas é tão sem noção que eu bebo mais vinho para me acalmar.

— Oh, Gia — Abac resmunga, fechando os olhos em negação por uns instantes.

— É primitivo, ok? Se mostre dominante e ganhe respeito. Ou medo, tanto faz. — Gianna continua, sem se abalar.

— Eu não quero medo. Um cachorro com medo não é leal — cito.

— Um cachorro faminto não é leal  — Hayley me corrige — mas um cachorro com medo é capaz de fazer coisas que um com faminto não é — pondera a morena.

— Não queremos cachorro nenhum! — tento dar alguma razão conversa — temos que ficar é bem quietinhos aqui. Esperar a poeira abaixar.

— Seja realista, essa poeira nunca vai abaixar — Gianna aponta para Niklaus e Elijah — a Hayley está no ar até hoje.

— Eu pensei que esses joguinhos iriam acabar após a morte — Elijah suspira, parecendo conformado — mas até mesmo depois da morte terei que lutar. Jogar o jogo.

— Você sempre será um Mikaelson — Hayley olha penalizada para ele — é para sempre.

— Sempre e para sempre — Niklaus troca um olhar com o irmão e eles assentem um para o outro — vamos fazer esse baile.

— O quê? Estão todos loucos? — reclamo.

— Seja razoável — Abac me pede — esse baile vai fazer todos verem que não devem se meter com vocês.

— Que você e os Mikaelson têm uma aliança, que eles estão sob sua proteção e vice e versa. É perfeito! Eles tem a fama, você o poder — Gianna parece realizada — ninguém vai se meter com vocês. Não agora que estão unidos. Dar o primeiro passo vai mostrar quem está no controle.

— Eu não quero pessoas que me odeiam de baixo do meu teto — detesto que minha voz falha — eu não vou cometer esse erro novamente.

Me levanto, pegando a garrafa de vinho pelo caminho e saindo da sala de jantar com pressa. Penso em ir até o ateliê, mas penso melhor e vou até os fundos, sentando-me em uma espreguiçadeira e bebendo. Encaro a lua e as estrelas enquanto divago.

Eles só podem estar insanos. Só porque estão mortos não quer dizer que podem ser inconsequentes. Ainda existem meios de serem torturados e presos. Por que se arriscar? Fortalecer esse terreno é nossa melhor opção. Construir mais barreiras mágicas, fazer saídas de emergência, criar planos de fuga... Não dar um maldito baile e convidar todos para dentro.

— Fui o escolhido para te checar — Niklaus se aproxima.

— Sorte a sua — dou mais um gole do vinho.

— Educado — diz irônico. Dou de ombros.

Ele se senta a minha frente, em outra espreguiçadeira.

— Diga seu ponto logo e acabe com isso — peço.

— O baile é uma estratégia para alcançarmos alguns pontos — sua voz é quase entediada, como um professor que ensina algo que já sabe há muito tempo — primeiro: estabelecer dominância. Gianna estava certa sobre isso. Precisamos mostrar que somos poderosos e ninguém pode mexer conosco. Dar um showzinho na frente de todos eles é essencial — diz como se tivesse PhD em dar showzinho.

— Que tipo de showzinho? — franzo as sobrancelhas, curiosa.

— Não se preocupe, eu cuido disso — ele sorri, mas não é nada bonito. É ameaçador e meio psicótico — segundo: conhecer nossos inimigos. Precisamos reconhecer quem é uma ameaça, quem só está pelo drama, quem é neutro...

Uau. E até agora eu só classifiquei todos como "ameaça até que se prove o contrário".

— Terceiro: fazer algo aqui, o mais cedo possível, irá mostrar que nós estamos no controle e sabemos o que estamos fazendo.

— Os contras parecem bem pesados — comento, mas no fundo já estou cedendo a ideia — se armarem algo para nós, poderemos ser capturados e presos. Estamos só facilitando trazendo eles para dentro de casa.

— Se não atacarmos primeiro nós viveremos presos aqui — Niklaus diz.

— Aqui temos conforto e segurança. Com eles, não teremos nada além de dor e miséria — retruco.

— Arriscar é a melhor maneira de conseguirmos algo. Sem isso, vamos acabar encurralados na casa.

— Você tem vários pontos, reconheço isso — admito, bebendo mais — só é difícil jogar esse jogo — imito Elijah, fazendo o loiro sorrir.

— Ser como nós não é fácil, querida. O poder vem com preço e temos que abrir mão de várias coisas para mantê-lo — diz.

Todo esse tempo eu quase me escondi. Fui discreta e cautelosa. Mas os Mikaelson estão apresentando uma nova perspectiva, uma mudança. Eles são intensos e estão abalando minha morte não fazendo nem dois dias que eu os conheço pessoalmente. Preciso descobrir qual o meu lugar no meio disso tudo, mas algo me diz que eu já tenho um lugar. Hayley está completamente envolvida e Gia e Abac parecem interessados nessa bagunça. Todos atraídos pelo drama Mikaelson. Quem sou eu para resistir? Por que resistir?

— Não acredito nisso — comento derrotada, me levantando e sendo seguida — preciso fazer algumas coisas. Muitas coisas. Feitiço para bloquear poderes dentro do território, saídas de emergência para escaparmos caso algo dê errado, reforçar o feitiço de segurança, achar um lugar seguro como abrigo secundário...

— Te garanto que pelo menos será divertido — Niklaus me interrompe, impaciente.

— Vai acabar em morte, isso sim — resmungo.

— Como eu disse, divertido — ele sorri mais uma vez e eu sinto uma arrepio cruzar minha coluna.

No que eu fui me meter?


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Notas finais do capítulo

e vocês? apoiam um baile? (eu com certeza, quero barraco e pancadariakkkkk)

qual tema de baile vocês gostariam?

quem vocês gostariam de ver nesse baile? (tem que ser alguém que morreu em New Orleans)

vai ter briga física no baile... podem adivinhar quem? e o motivo? dica: são personagens conhecidos rsrs

se esse capítulo tiver bastante comentários, eu posto amanhã a continuação! hihi (quero saber oq vocês estão achando da fic )



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