Harry Potter e a herança perdida escrita por Snowy Phoenix


Capítulo 7
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Ei! Não me xingue, por-favor. Sim, eu sei que atrasei, mas não foi minha culpa, fui diagnosticado com covid no dia 15, então estava sem forças para sequer fazer outra coisa além de reclamar de dor no corpo e ficar deitado. Ainda estou me recuperando. O capítulo não está completo, perdoem-me, mas tive que cortar uma parte, estou exausto de mais para editar e revisar os capítulos.



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Memórias da infância de Harry.

 

Olivia pegou Harry pelo braço e arrastou o menino para dentro do prédio, lá dentro parecia mais uma espécie de hospital, com várias pessoas de branco e jaleco, alguns funcionários carregando bandejas com seringas e capsulas de comprimidos.

 

“Aqui está, mais uma daquelas aberrações.” Olivia disse à balconista. “Esse parece ser dos poderosos, quero a imundice no nível de contenção 2 por enquanto. Celas disponíveis?”

 

Harry empalideceu momentaneamente com a menção de celas, aquilo era uma prisão? Ele estava preso? Por quê? Por causa de sua “aberração”? Ele sabia que celas era algo que havia num lugar chamado prisão, ele já havia visto isso em programas de TV.

 

“Um momento, senhora, vou verificar.” A balconista começou a abrir algumas gavetas e tirar alguns papéis, após verificar vários documentos, com um suspiro ela disse, “Todas ocupadas, exceto a cela n°33, ela foi desocupada hoje após o falecimento da cobaia n°1206. Mas podemos mandar limpar para ele, ele pode ficar na sala de espera enquanto isso.”

 

“Certo.” Olivia disse a contragosto. “Venha garoto.” Ela praticamente gritou enquanto empurrava e beliscava maldosamente o menino de 4 anos, que dava pulinhos de dor e acariciava os lugares em que era beliscado.

 

Chegando na “sala de espera”, Harry foi agarrado pelos cabelos e chutado lá dentro. Caindo de costas, Harry gemeu e mordeu os lábios para não chorar, morando com Lurdes ele sabia que não deveria chorar.

 

Aquele lugar tinha um cheiro estranho, o ambiente cheirava a dor e tristeza, Harry se arrepiou pensando naqueles que estiveram ali antes dele, aquele lugar tinha uma áurea de morte pairando pelo lugar.

 

Se sentando numa cadeira Harry esperou, e acabou cochilando para ser acordado com o rangido da porta de metal. Não era Olivia e sim um homem que estava ali, ele olhou Harry com um sorriso predatório, que fez o garoto estremecer, sem dar chances o homem tapeou o menino no rosto, o derrubando no chão, Harry ficou atordoado e começou a soluçar baixinho enquanto esfregava o lugar que foi batido, lágrimas furiosas caiam de seus olhinhos ainda inocentes.

 

“Vamos criatura, nós vamos nos divertir juntos!” O homem falou com um traço malicioso em sua voz. Ele agarrou Harry pelos cabelos e o arrastou para fora da sala, sem se preocupar com os gemidos de dor do menino que se debatia em sua mão, tentando se livrar, mas óbvio que não conseguiu, o homem era gigante. Enfurecido pela atitude do menino, ele largou o menino e golpeou sua barriga com tapas, deixando vergões horríveis em sua pele. Harry se encolheu em uma bola, enquanto chorava, agora, sem sequer se preocupar em manter o  choro baixo, a dor era muita.

 

“Agora escuta aqui seu merda, você não passa de uma aberração imunda, aqui  você vai aprender seu lugar.” O homem cuspiu as palavras para a criança.

 

Empurrando Harry pelo corredor, chegaram em uma salinha que continha alguns armários, o homem despiu Harry sem se preocupar se o estava machucando, o deixando nu, ele descartou suas roupas em uma cesta de lixo, e pegou um pijama listrado marcado com o número 1109 e deu ao menino, o pijama tinha vários rasgos e manchas de sangue, mal cabia em seu pequeno corpo.

 

“Escute aqui pirralho, a partir de hoje, seu nome é n°1109, entendido?” Gritou o homem puxando os cabelos de Harry e aproximando-os apenas alguns centímetros de seu rosto. Harry apenas acenou com a cabeça, tentando conter ao máximo suas lágrimas. O homem apenas zombou dele, o chamando de chorão, e que ali crianças choronas eram punidas.

 

Harry foi arrastado para seu “quarto”, já lá dentro, foi lhe dado algumas instruções e regras estabelecidas pelos “doutores” e “tias” do lugar.

“Você vai ser acordado amanhã as 5:30 junto com os novos delinquentes. Você vai ter alguns privilégios caso se comporte e faça todas as tarefas que lhe forem atribuídas. Se falhar, será castigado, açoites, sem comida, quarto da disciplina. Caso se comporte e faça tudo certo, seus privilégios incluem dois banhos semanais, sua comida vai ser servida fresca e não os restos que os funcionários comem. Se alguma tia ou doutor pedir algo simplesmente faça sem questionar, questionar o sistema induz a rebeldia, e a rebeldia induz o caos, estamos entendido?” O homem terminou o discurso decorado, que falava sempre que uma criança chegava ao lugar.

 

Harry estava confuso, eram muitas coisas para ele fazer, ele tinha apenas quatro anos, e muitas palavras ditas para ele que ele nem sabia o significado, o que significava rebeldia? Harry queria saber para não ter problemas, então ali Harry cometeu o primeiro erro.

 

“O-Oque significa rebeldia?” Harry perguntou genuinamente curioso, olhando com seus olhinhos esmeraldas brilhando com a possibilidade de aprender algo novo.

 

O homem sorriu maliciosamente e chutou o estômago de Harry, o jogando na parede, fazendo com que a criança caísse ofegante no concreto, ouviu-se um estalo e um gemido de dor, seguido por um choro. Harry havia fraturado uma costela.

 

Harry estava tossindo em posição fetal, enquanto tentava ao máximo respirar, com dor e ofegante, ele por um momento se sentiu tonto quando percebeu que alguns de seus ferimentos foram curados, uma luz brilhante o envolveu, e ele sentiu paz.

 

Mas o sentimento não durou muito, pois serviu apenas para irritar o homem. Que agora gritava e o xingava de aberração imunda, Harry estremeceu quando viu o homem desfivelando o cinto. O homem cruel não bateu de primeira em Harry, ele fez um jogo psicológico doentio com a criança, Harry segurou o ar, e fechou os olhos esperando pelo impacto. Mas nada veio, quando ele resolveu relaxar, o sinto cortou sua carne, o som de sua própria carne rasgando, o deu náusea, ele não conseguiu conter o grito. Após muitos golpes ele começou a perder a consciência.

 

A sala em que ele estava, estava regada com seu sangue, suas vestes já imundas estavam encharcadas e ele estava imundo.

 

Harry sentiu ser jogado em sua cela, em um colchão que fedia a podridão, ele sentiu náuseas em estar ali jogado. Tentando ao máximo dormir, ele ficou deitado em posição fetal, chorando, até que o cansaço o consumiu, e ele adormeceu.

 

OoOoOoO

 

“Vamos acorde porra, não tenho o dia inteiro.” Uma voz chamou ao fundo. Harry tentou ao máximo ignorar, seu corpo ainda doía da surra de ontem e tentava inutilmente se fixar e não sair do colchão. Mas suas esperanças acabaram quando ele brutamente chacoalhado.

 

Harry fez uma careta e bocejou fracamente, ele sentiu uma mão envolver sua orelha e puxa-lo para fora. Agora acordado pela dor e soluçando baixinho ele foi guiado pelo homem até o banheiro para tomar banho.

 

Chegando na porta, Harry notou que havia dois seguranças cuidando os garotos dentro do banheiro. Quando alguma criança demorava segundos a mais, era castigada com ponta pés ou xingamentos.

 

Ainda com a cabeça balançando de sono, ele se recostou na parede e fechou os olhos, qualquer descanso, por mais escasso que fosse seria muito bem vindo, pensou ele.

 

“N°1109.” Harry escutou, se lembrando de seu novo “nome”, ele foi incerto para o banheiro, seguindo o exemplo de alguns meninos, ele foi até o canto e se despiu rapidamente, e correu com passinhos rápidos e descontentes para um box que estava desocupado.

 

Harry era muito baixinho, então para ligar o chuveiro, ele tinha que ficar com a ponta dos pés e dando pulinhos. Logo descobriu que a água só tinha uma temperatura. Harry deu um grito de surpresa quando a água gelada encostou em sua pele. Ele mal teve tempo de se lavar quando o chuveiro desligou. Tremendo de frio e resmungando ele se secou ainda no box, e vestiu um conjunto de vestes limpas, dessa vez. Terminando seu trabalho no banheiro, ele foi guiado para o café da manhã, entrando no refeitório, ele percebeu que havia crianças de todas as idades, alguns adolescentes e umas crianças aparentemente mais novas que ele.

 

Por uma mulher, Harry foi empurrado para uma fila para pegar o café da manhã.

 

Chegando na sua vez Harry olhou para a refeição que era despejada em seu prato e não conseguiu evitar uma careta de nojo. Era uma espécie de polenta gosmenta, e para bebida, chá. A merendeira pegou uma caneca que uma das pessoas despejaram ali e encheu com o chá, Harry quase recusou, havia uma  mosca morta dentro do chá.

 

Tomando o chá, Harry foi mandado para um escritório, aonde um homem chamado, “Doutor Rutherford”, iria fazer exames de sangue, para testar sua “aberração”, Harry não gostou, mas não teve opção, o homem amarrou Harry na cama enquanto tirava seu sangue, e o armazenava em uma geladeira.

 

Dr. Rutherford ligou uma câmera, e começou a falar, “Cobaia n°1109. Tirei seu sangue, para testar suas propriedades, e tentar identificar o código genético que lhe atribui seus poderes.” O homem arrumou a câmera para que filmasse Harry e se dirigiu até o lado do menino.

 

Com um pano, e sem dizer nada, ele tampou a boca de Harry.

 

Pegou um estilete, e continuou dizendo: “Vou fazer um teste e ver se quando cortado, seu corpo se cura automaticamente. O fenômeno já conhecido por nossos pesquisadores como ‘magia acidental’. Pretendo testar seus níveis e capacidades de resistência física e emocional.”

 

O grito de Harry foi abafado pelo pano em sua boca, enquanto o homem mutilava seu corpo, e continuava a gravar tudo, Harry desejou apenas que a dor sumisse, que todos aqueles cortes se fechassem. Ele fechou os olhos em estremecimento.

 

Após o homem terminar com ele, Harry estava tremendo e com febre. O doutor Rutherford ‘elogiou’ Harry por sua resistência, após falar por algum tempo em um telefone, ele levou Harry até um novo nível, o 3, lá tinha apenas as crianças que demonstravam maior aptidão mágica e resistência.

 

Abrindo a porta da cela, ele simplesmente jogou o menino lá.

 

Harry estava muito fraco para tentar fazer outra coisa além de gemer de dor.

 

Mas Harry não percebeu que na cama ao lado, era ocupado por uma garota que observava tudo nas sombras.

 

OoOoOoO

 

A menina observava o doutor jogar o pequeno garoto na cama ao lado da sua, fazia tempo que ela não tinha companhia, o garoto parecia ter cinco ou seis anos. Ela percebeu que ele estava ainda muito machucado e gemia de dor. Saindo de sua cama, ela tirou uma pomada que estava escondida dentro das espumas do colchão.

 

A menina começou a cantarolar uma melodia em italiano, que sua falecida mãe costumava cantar para ela, todas as noites. Antes dela ser roubada de seus pais mágicos, por aqueles trouxas nojentos.

 

Pegando um pouco da pomada em seus dedos, ela gentilmente começou a passar pelo corpo do menino desconhecido, até que ele parou de estremecer, ela passou a mão pelos cabelos pretos e rebeldes do menino, e disse em voz baixa:

 

“Nós temos que cuidar um do outro quando não estamos com nosso povo, não é? Me chamo Fernanda Selwyn, bem, descanse. Amanhã será um dia cheio!”

 

Fernanda acariciou as bochechas do menino, e arrastou sua cama para que ficasse ao lado da dele, e então depois de muitos, e muitos anos Harry dormiu se sentindo seguro.


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Notas finais do capítulo

Sim, é mais curto do que o que escrevi originalmente, mas não estou em condições de estar revisando e editando o capítulo todo, portanto cortei ele em duas partes, assim fica mais confortável para mim. Desculpe, volto com os capítulos longos assim que me recuperar totalmente. Boa semana a todos.



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