Assistindo o Futuro escrita por Sukays


Capítulo 35
Pausa IV




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A primeira coisa que os homens notaram ao entrar na área masculina da casa de banho improvisada foi a grande imagem de uma raposa vermelha com 9 caldas sobre um penhasco olhando para a bela lua que estava entalhada sobre o azulejo branco.

Gracioso. Foi a primeira palavra que se passou na cabeça deles, mas então se deram conta de que aquela era a terrível Kyuubi no Yoko, não havia nada de gracioso em sua imagem. Naruto foi o único que se aproximou da pintura e passou seus dedos sobre o entalho de um modo maravilhado. Ele não se importava que fosse a Kyuubi ali, a última coisa que o loirinho poderia pensar ao olhar pra aquela pintura seriam as vidas que a raposa tirou com aquelas garras. Ele só conseguia suspirar maravilhado, aquilo era...

— Lindo não é? — o último remanescente dos Uchihas sorriu, completando o pensamento que se passava na cabeça do Uzumaki.

— Quem foi que fez? É quase como se estivesse aqui de tanto detalhes... — Naruto perguntou sem tirar seus olhos da raposa. Ela parecia quase viva ali e sentia que se continuasse a encarar poderia sentir ela se movendo sobre seus dedos.

— Foi Sai. — o Nara mais velho respondeu, ao se aproximar. Tanto ele quanto Sasuke não se davam tão bem com o pintor quanto gostariam, mas não poderiam negar que as pinturas que ele fazia eram de tirar o fôlego de qualquer um.

— Aquele Gasparzinho ali fez isso!?— Naruto falou tão alto que isso chamou a atenção de Sai.

O moreno de pele pálida já tinha começado a prestar atenção naquela troca de diálogos dos dois ao ouvir o Uchiha mais velho tocar na menção de seu "nome". Ele ainda não estava acostumado em ter um nome, todos na NE o chamavam de Kanji, era a sua identificação dada por Danzou, mas Sai? Sai parecia tão natural e adequado para a sua pessoa que já se via virando o rosto quando falavam aquela palavra, ele já sabia que se referiam a si.

Assim que Sai olhou para a pintura na parede que os três olhavam com atenção algo em si pareceu acender. Fora ele que havia desenhado aquilo? Ele não conseguia acreditar. Se aproximando de modo devagar, com os dois adultos e Naruto abrindo espaço, tocou seu dedo na tinta seca e por algum motivo algo pareceu se destrancar dentro do seu coração. Era uma memória que a muito tinha perdido.

— Um dia suas pinturas vão ser vivas. — aquele mesmo garoto apareceu, Sai queria saber quem era aquele.

— Porque diz isso Shin-nii? — um Sai de 6 anos perguntou, parando de desenhar em seu pequeno caderno.

Então seu nome era Shin? Seu peito parecia aliviado em lembrar desse nome.

— Porque você transforma a arte. — Shin deixou de lado o livro que estava em seu colo e pegou o caderno de desenhos de Sai — Suas pinturas são a representação do que você vê. E vai ter um dia que seus sentimentos vão ser tão intensos que elas serão vivas para quem olhá—las.

— Mas elas já são vivas Shin.

— Não estou falando do seu jutso, Kanji — negou com a cabeça.

Então ele também o chamava de Kanji é? Sai queria poder ver o rosto daquele Shin com clareza, será que seria capaz de o reconhecer se o visse agora? Ele queria perguntar tantas coisas, relembrar momentos que sua mente apagou de seu cerebro.

— Você vai entender sobre o que estou falando quando ver essa pintura viva. — ele devolveu o caderno com um sorriso — Até lá, nunca pare de colocar na tela o que você vê, ok?

— Sim!

Um sorriso involuntário nasceu em seus lábios e Sai se perguntou o que era aquele sentimento que bateu em seu peito e porque seu olho começou a lacrimejar. O jovem pintor olhou para os dois adultos com o mesmo rosto inexpressivo, mas agora com um brilho que o diferenciava do vazio de antes.

— Porque uma raposa?

— Porque representa a solução de problemas. — foi Shikamaru quem respondeu — E você disse á uma amiga nossa que a Raposa de Nove caudas não representava perigo para você. Ela representava segurança.

— Porque segurança? — Kakashi se aproximou com um gosto amargo na boca — Tudo o que ela faz é destruir tudo e deixar trilhas de sangue para traz.

— A raposa o faz se lembrar de um amigo e ela não é de todo mal. — o Nara apontou voltando a olhar para a pintura.

— Como não? Olhe tudo oque ela fez. As pessoas que ela matou.

— Eu sei que seu julgamento está sendo baseado com os eventos de 13 anos atrás, Kakashi. — Sasuke colocou a mão no ombro do grisalho — Mas olhe as coisas pelo ponto de vista da Raposa, depois que você vê por outro ponto tudo muda. Naruto nos ensinou isso.

— Eu ensinei oque? — o loirinho perguntou e Gaara bagunçou o cabelo dele de novo, fazendo o Uzumaki reclamar.

— Nada de que você já não saiba.


//.          //.          //.

No banheiro feminino a situação não foi muito diferente. A primeira coisa que notaram foi a bela figura de uma mulher com cabelos prateados e longos sentada na lua, na companhia de um belo coelho branco que segurava a tampa de uma caixa de doces.

Uma mulher na lua. Konan tinha a impressão que já tinha ouvido alguma lenda relacionada a isso, mas não conseguia lembrar de detalhes sobre a história.

Ao contrário de Konan, Tsunade se lembrou que sua avó, Mito, costumava cantar uma canção relacionada a uma Princesa que chegou aqui na Terra através das estrelas e que fora encontrada perto de brotos de bambus. Essa princesa morava na Lua, então cedo ou tarde precisaria retornar a seu reino ou morreria, mas tudo o que a princesa desejava era continuar com sua família em sua casa no alto da floresta de bambus.

A Senju se perguntava se ainda se lembrava da canção.

— Maware megure megure yo. Harukana toki yo (Vá girando, venha girando, girandoÓ tempo distante) — Tsunade cantarolou e todas olharam para ela maravilhadas com a voz. A loira sorriu. É, ela ainda se lembrava desse trecho da canção — megutte kokoro o yobikaeseMegutte kokoro o yobikaese (Venha girando, chame meu coração
Venha girando, chame meu coração).

Konan se lembrou de já ter ouvido Nagato cantarolar essa canção. Quando o perguntou sobre o Uzumaki respondeu que era uma canção que sua mãe cantava para ele quando ia dormir, mas não se lembrava da letra, apenas da canção. A Kunoichi passou a cantarolar junto de Tsunade que não havia notado isso

— tori, mushikemonokusa, ki, hana. (Pássaros, insetos, bestas. Gramaàrvores, flores)

Imagens dela mais nova e um Nawaki de 6 anos cantando junto da sua vó a fizeram sorrir. Ela sentia falta de Mito... Lembranças dela com seu irmão e outras crianças da vila brincando na floresta enquanto cantavam essa musica a fizeram sorrir de novo. Sentia falta de se aventurar pela floresta com Nawaki e seu tio Tobirama.

— Que canção bonita. — Kurenai comentou, apreciando a voz de Tsunade. Essa em questão que nem notou que estava sendo encarada por todas presentes na sala.

— Eu nunca tinha ouvido ela até agora. — Sakura disse, fechando os olhos para sentir a letra melhor.

— É a canção Warabe Uta. — a Mizukage se aproximou.

— Warabe Uta? Eu nunca ouvi falar dela. — Ino questionou confusa.

— Não é de se admirar. — Mei sorriu, aquela canção havia sido esquecida na ultima Guerra junto com muitas outras tradições, costumes e vilas. Era uma verdadeira surpresa que Tsunade ainda se lembrasse dela — Essa canção já foi esquecida a muitas gerações atrás.

— Então como é que você se lembra dela? — Temari questionou com desconfiança.

— Yagura, meu antecessor. — explicou — Ele gostava de pesquisar, eu era sua aprendiz. Então aprendi certas coisas vendo ele conversar sozinho enquanto ficava escrevendo naquelas anotações velhas.

— Yagura..? — Kurenai tentou se lembrar a onde ouviu aquele nome — Você quer dizer Yagura da Nevoa Sangrenta!?

— Quem mais seria meu antecessor? — Mei deu de ombros, começando a retirar seu vestido azul para se banhar — Ele não era um dos melhores, mas quem poderia o culpar? Cresceu na era sangrenta de nossa história. Se não fosse assim teria sido morto logo no exame de graduação.

Hinata se afastou do grupo e das duas mulheres que ainda falavam sobre o antigo Mizukage, e observou com cuidado a pintura. Assim como Naruto, a Princesa do Byakugan se sentia atraída e encantada pelos detalhes. A perolada se questionou quem seria o criador daquela obra e quando passou os olhos com mais atenção na pintura, notou uma assinatura cursiva perto do longo cabelo daquela Deusa.

— Foi o Sai-san que fez...

Hinata comentou em voz alta e Ino se aproximou interessada ao ouvir o nome daquele garoto estranho e quieto.

— Foi aquele branquelo que fez? — Ino sorriu com segundas intenções — Huh. Será que ele me pinta se eu posar pra ele? — a Yamanaka fez uma pose desengonçada.

— Iiiih, Vai deixar ele passar o pincel é Ino? — Tenten brincou e Hinata, ao entender o possível duplo sentido que aquela frase trazia, corou.

— Se a pincelada for boa.

— Ino-chan, Tenten-san. Parem com isso. — Hinata pediu sem jeito.

As duas Kunoichis se entreolharam divertidas e riram alto.

— Você duas, parem com isso! — Sakura puxou Hinata para perto e apontou o dedo fervorosamente — A Hinata é um anjinho. Nem tente corromper ela Porca! Você também Tenten!

— Essa daí não é tão santa não, cabelo de Chiclete. — Temari se aproximou das quatro já com a toalha enrolada no corpo — Se conseguiu entender o duplo sentido que a Pucca aí deu, já foi poluída a tempos.

Dizendo isso, Temari nem imaginava que a Hyuuga era na verdade a que mais provocava os amigos com insinuações bem especificas. Daqui a alguns anos a pose de anjinha de Hinata se daria apenas pelo rostinho angelical, porque de resto, ela era a mais sem jeito de todos. Andar com Ino, Sakura e Temari a mudou de um modo drástico, e a própria morena afirmou que gostava da mudança.

Hinata deixou uma parte daquele lado tímido de lado e quando bebia se soltava por inteiro. Em festas os amigos evitavam dar bebida para ela, já que em uma das saideiras que fizeram a Hyuuga se juntou com Ino e dançou em uma das barras de pole dance que havia na "balada" que estavam.

A perolada assou um pouco a parte interna das coxas por não saber como dançar naquela barra, mas foi só Ino dar umas dicas rápidas que nada mais a impediu. Bom, além de Sakura, é claro. A rosada puxou Hinata pela gola da camisa depois que alguns caras começaram a olhar para as duas garotas, acabando com a diversão das amigas.

— V-vamos mudar de assunto. — Hinata pediu sem graça, colocando suas roupas no cesto que tinha perto da porta — Deixa eu lavar os seus cabelos Sakura-chan?

— Claro Hina. — Sakura sorriu, se sentando no banquinho de frente ao chuveirinho — Eu também não tenho muita paciência de cuidar deles. Depois que fiz aquela idiotice de cortar eles com a Kunai até que estão dando menos trabalho.

— Mas seu cabelo é tão bonito Sakura-chan — Hinata penteou os cabelos róseos com os dedos e num ato inocente e com curiosidade colocou o nariz contra os fios macios, aspirando o cheiro doce que tinha com um sorrisinho fofo que fez com que Sakura corasse. Fofa, foi o que a Haruno pensou — Além de serem cheirosos. Tem um perfume gostoso de cereja.

— É-é o meu shampoo. — Sakura disse já se recompondo um pouco da surpresa por aquele ato. Suas bochechas ficaram um pouco menos rosadas e controlou o gaguejo repentino — Desde pequena minha mãe compra um que tem cheiro de cereja pra mim.

— Minha mãe lavava os meus com um de canela caseiro que ela fazia. — a Hyuuga comentou. Até hoje ela usava esse Shampoo. Natsu, a empregada que cuidava de sua irmã Hanabi, era quem sabia areceita, já que ajudava sua mãe a preparar as etapas do Shampoo quando a mesmaainda estava viva

Tenten olhou para as duas com diversão. Era serio que elas realmente estavam correndo atrás daqueles dois? Tipo, era beem obvio que havia algo que ia muito além de uma rivalidade infantil. A Kunoichi de pompons tinha certeza que o Emo e a Cachinhos dourados junior eram gays, bom, tinha certeza apenas com o Sasuke. O Uchiha nunca se interessou em nenhuma garota que gostou dele, e foram muitas, se fosse fazer uma lista perderia as contas de quantos nomes escreveria, além de torcer sua mão. Naruto seria mais como Ino, quem quisesse ele pegava. Não achava que o Uzumaki ligava para esse tipo de coisas, ele parecia amigável de mais com Gaara e sabia que a atração que tinha por Sakura não era apenas para ganhar de algo relacionado a Sasuke, o Uzumaki realmente se atrai pela rosada, todos sabiam disso.

Tenten chegou perto das duas garotas e tocou no ombro delas, as chamando para entrar na banheira. Olhando Sakura e Hinata sorrirem uma para outra apenas uma coisa se passava na sua mente: agora...SE BEIJEM!

É, ela definitivamente precisava se recompor. Querer Hinata e Sakura juntas a essa hora do campeonato não daria certo. Ela teria que bolar um plano...

A Mitashi sorriu esoltou uma risadinha de um modo meio estranho, quase medonho.

— A Tenten-san está estranha Sakura-chan... — Hinata comentou um tanto incomodada com aquele sorriso.

— Estranha? Parece é que vai afogar a gente com essa risadinha. — um calafrio percorreu o corpo de Sakura.

— Ei! — Tenten riu e Hinata riu.

Quando a Hyuuga levantou sua cabeça ela viu que havia mais uma pintura na ultima parede. Era a mesma mulher na lua, com olhos tão brancos e perolados como os seus. Cabelos brancos que pareciam algodão ou mesmo neve. Aquela mulher era linda, digna de se chamada de deusa. Mas oque mais chamou a atenção da perolada foi que em meio aos galhos de Sakura e as pétalas que caiam d modo delicado e suave notou dois pares de chifres na cabeça daquela mulher tão bela. Mas nada daquilo diminuía aquela beleza angelical, apenas a deixava mais exótica.

— Tem mais uma pintura.. — apontou para a ultima parede.

— Eu oficialmente detesto o Sai. — Sakura declarou indignada ao olhar para a magnifica pintura.

— Iiih, qual foi o motiva agora Testuda? — Ino olhou para Sakura com ironia, entrando devagar na banheira de agua quente. A loira soltou um suspiro aliviado quando a agua atingiu seus ombros, retirando qualquer tensão que tinha adquirido até agora.

— Olha aquela porra, Porca! — balançou a mão exageradamente na direção da pintura — Pessoas talentosas assim dão ódio sabia?

— Tenho que concordar com a Amoladora de Facão. — Temari provocou com um sorriso e a rosada lentamente virou o rosto na direção da loira.

— Me chamou de quê?

— Amoladora de facão — repetiu e Ino segurou a risada que queria escapar da sua boca.

— Ora sua.. Eu vou te mostrar a Amoladora de Facão!

Sakura começou a correr até Temari e a Sabaku dava passos para trás, se afastando da Haruno que se aproximava.

— Deixa eu dar uma afiada no meu leque inclusive.

Ino não se segurou com esse ultimo comentário de Temari e começou a rir. Sakura pulou em cima de Temari, a derrubando na água e molhando as meninas que estavam perto. Sakura olhou para a figura ensopada de Temari e riu. Temari piscou duas vezes e se juntou a Sakura na risada. Ela tinha feito uma nova e esquentada amiga.

Talvez passar todo esse tempo nessa sala não fosse tão ruim como imaginou de inicio.

//. //. //.

— Isso é... Temari!? — Kankurou exclamou em choque ao ouvir a risada da irmã vindo do outro banheiro. Temari nunca riu perto dele daquele jeito que estava rindo, e isso eradesde que Gaara matou Yashamaru e começou a treinar com seu pai, se tornando aquele assassino cruel e sanguinário que tanto tinham medo.

— Porque parece tão surpreso? — Kiba chegou por trás de Kankuro passando os braços por entre os ombros dele.

— Temari não ri assim à anos. — respondeu tirando o braço do Inuzuka de seu pescoço.

— Caralho. Ela é oque pra não rir? Uma boneca? — o Inuzuka riu e Kankuro olhou para ele com raivao que fez o castanho se calar.

— Uma ninja melhor do que você, com certeza. — respondeu duro.

— Tá porra, precisava disso?

— Você zombou da irmã dele. Agradeça por não ter ganhado um soco. — Shino chegou ajeitando os óculos que ainda usava, as lentes estavam completamente embaçados pelo vapor da água quente das banheiras. Kiba fez careta ao olhar pra isso. Sério que nem mesmo no banho ele tirava aquela porcaria?

— Mas sério. Quem é que não solta uma risadinha sequer? — Kiba cruzou os braços indignado — É Psicopata, certeza.

— Eu não rio. — Shino respondeu para o colega de equipe um tanto ofendido — Eu sou Psicopata?

— Você é estranho Shino. — Kiba bateu no ombro de Shino, que formou uma linha grossa com os lábios para aquela fala. — Mas relaxa que a gente te ama mesmo assim.

— Uii, você ama o Shino é cachorro? — Naruto provocou chegando por trás — Sabia que essa pose toda era fachada, você joga no outro time que eu sei.

— Olha quem fala. Nem percebe que a Hi...

Shino calou a boca de Kiba ao notar que ele iria falar sobre a Hinta. O Inuzuka suou frio e agradeceu mentalmente ao amigo.

— Eu o que? — Naruto ergueu uma sobrancelha.

— Nem percebe que a Sakura tá é de olho no Emo.

— Mal gosto isso sim. Quem é que escolheria o Sasuke Teme? — cruzou os braços e Shikamaru e Sasuke mais velhos riram.

Você escolheria. Sasuke respondeu mentalmente com diversão e se sentiu satisfeito ao ver Gaara fechar a cara para aquilo, dando as costas para finalmente tirar a roupa e entrar na banheira. Sasuke vendo isso se virou e começou a se despir também.

Lee e Shikamaru que observavam os viajantes notaram uma cicatriz no corpo de Sasuke que estava escondida por detrás daquele terno escuro que usava. A cicatriz descia da base do ombro até um pouco mais em baixo do braço, como se tivesse sido cortado por algo afiado e essa coisa fosse se arrastando e puxando a carne até aquele ponto.

— Sasuke-san. — Lee chamou e o Uchiha fez um movimento para mostrar que estava escutando — Sei que é inconveniente. Mas como foi que ganhou essa cicatriz? — apontou para a marca que agora estava visível para todos, que também notaram a cicatriz.

— Ah. Isso? Foi em uma missão que tive que fazer com Juugo. — explicou e o citado em questão se virou quando ouviu seu nome ser citado — Tínhamos que matar uns mercenários que estavam fazendo tráfico de crianças para lordes e vilas mais voltadas a mão de obra. Orochimaru nos mandou lá para mata-los e conseguir algumas dessas crianças espécificas. Algumas delas tinham Kinjutsus e habilidades de clãns mortos que ele pretendia estudar.

Orochimaru sorriu e começou a prestar atenção, aquilo com certeza seria algo que ele mandaria seu subordinados fazerem.

— Então um dos mercenários te fez essa cicatriz? — Assuma presumiu com a mão em sua barba.

— Não. Juugo fez. — respondeu balançando a cabeça e Juugo deu dois passos para trás, apertando os punhos. Ele com certeza havia se descontrolado e matado todos.

Sasuke viu aquela ação do de cabelos laranjas e suspirou. Ele sabia que Juugo estaria se culpando.

— Mas não foi culpa dele. Injetaram um protótipo de droga que entrava na circulação do Chakra e nos faz perder a noção da realidade.

— Parece ser uma droga perigosa. — A se preocupou.

— E é. Mas usei meu Sharingan para trazer Juugo de volta e destruí tudo em uma explosão quando atingimos o objetivo.

Juugo se acalmou um pouco com aquilo. Então não havia sido culpa sua... Naruto, que estava perto dos viajantes, ficou na ponta dos pés e tocou na cicatriz com os olhos brilhando.

— Esse negócio é todo maluco. Mas não pode negar que a cicatriz ficou iradaaaa.

— Ficou foda mesmo. — Kiba concordou animado — Tá com menos cara de Emo azedo e mais Emo fodão.

Itachi ao longe encarava a cicatriz de seu irmão com preocupação, ele não gostava da ideia de seu Otouto se machucando. Mas não podia deixar de se sentir orgulhoso, aquilo era uma marca de batalha e provava que ele tinha sobrevivido.

— Esta encarando demais, Hm.

Deidara disse, entrando na banheira com o cabelo loiro e brilhante preso em um coque alto e desarrumado. Itachi olhou para o Homem-bomba com surpresa. A pele branca brilhando pelo vapor e molhada pela agua do chuveirinho, o suspiro que o loiro soltou ao mergulhar seus ombros e relaxar, o vermelho discreto causado pela temperatura da agua. Seus olhos o traíram e encararam os lábios dele. A boca de Deidara sempre foi beijável assim? Parecia que estava o chamando...

Itachi virou o resmungou, algo que fez Deidara levantar a sobrancelha. E porque ele tinha ido se sentar ao lado daquele Uchiha metido afinal? Uchiha gostos... ele quis dizer, cebosoAquele ceboso, com certeza aquele cabelo lindo e fino era ceboso. Deidara se agoniou. Mas que merda ele tava pensando!?

— Sou só eu que acho que essa briga dos dois é pura tensão sexual? — Kisame falou, olhando com atenção para Itachi e Deidara.

—Tensão? Isso daí é tesão caralho, vontade de meter isso sim. — Hidan falou passando os cabelos molhados para trás — Os dois só não vão se comer porque são duas bichinhas. Se ficarem presos num quarto aposto que em dois minutos vamo ouvir só o renk, renk.

— Nee. O barulhinho do amor.

//. //. //.

— Bom, acho que todos já estão mais relaxados e limpos então podemos começar com o próximo vídeo

Shikamaru se pronunciou quando todos estavam de volta na sala, cheirando a sabonete e a ervas do banho. Olhou ao redor da sala e esperou todos confirmarem. Quando viu que não tinha nenhuma objeção fez um aceno para Sasuke que estralou os dedos e novamente o telão começou a descer lentamente.


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Notas finais do capítulo

Eu não me aprofundei muito na lenda, ou conto, tanto faz, da Princesa Kaguya como realmente queria. Ficaria desnecessário e longo. Só pesquisei para não dar alguma informação errada ao fazer Tsunade cantar ela e se lembrar de detalhes relacionados a canção. Mas não pense que foi só saber da música e pronto. Aaah não, para isso eu precisei ler mais sobre a lenda do "Cortador de Bambu", que é a história original desse conto; ouvir melhor a música "Warabe Uta", ver sua letra e a melodia para ver quais os sentimentos transmitidos; e até assisti ao filme "O Conto da Princesa Kaguya" (かぐや姫の物語 Kaguya-hime no Monogatari) do Estúdio Ghibli. Sim o mesmo estúdio dos filmes " A viagem de Chihiro", "Castelo no Céu", Majo no Takkyūbin ( Seu titulo em Português é: O Serviço de Entregas da Kiki), "Princesa Mononoke" e "Castelo no Céu".

O filme é muito bom inclusive, recomendo que vejam. Valeu a pena ter demorado oito anos para ser terminado. As cenas e os desenhos foram todos feitos á mão e todas as expressões humanas foram desenhadas da forma mais delicada e retratada possível.

Eu me emocionei pra caralho nele. Ao passar dos minutos o filme vai mostrando as mudanças que ocorrem com a Takenoko (o apelido que ganha dos meninos de sua vila deram a Kaguya-hime por crescer muito rápido, do mesmo jeito que um broto de bambo), e é muito triste. Ela não foi feita para ser uma nobre princesa como o pai pensa, a Kaguya-hime estava infeliz e só queria sair correndo pela floresta, caçar pássaros e colher frutos direto das árvores como antes. Isso é tão notável nas cenas que me impactaram de uma forma bem significativa. Cara, tem uma frase naquele filme, que é muito intensa e te faz parar para pensar no que significava aquela intensidade.

E se tem uma coisa que é difícil de ser retratado em artes e ilustrações, são nossos sentimentos e coisas mais "humanas" por assim dizer, se algum de vocês que estão lendo forem desenhistas com certeza vão saber do que estou me referindo.

Vida de escritor não é fácil não minha gente. Tem povo que fala que é só escrever e pronto. Na na ni na não. Tudo envolve pesquisas e mais pesquisas, releituras, anotações, além de muitas e muitas bases. Acha que deixar os sentimentos tão reais e humanos como faço é fácil?

Lembro de ter pesquisado horas e mais horas sobre os transtornos e os traumas que o Gaara tinha, e tem, antes de realmente começar a escrever o Capitulo a "Dor de Gaara". Pior vai ser quando chegar no Massacre do Clã Uchiha, no Itachi, Sasuke, Obito. E no Arco Jinchuuriki. Vai ser um trabalhinho que vai valer a pena depois de ver o gostinho de como ficou o resultado. Um texto bom, bem escrito e envolvente. E antes de tudo né, inesquecível.

Quero ouvir geral aqui falando oque achou hein! Isso motivo pra caralho uma escritora. Se quiserem dizer que preciso melhorar em algo eu aceito conselhos hein.



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