Páginas Curtas: Oneshots Seddie escrita por meianoitee


Capítulo 8
1+1


Notas iniciais do capítulo

e a fênix ressurge de suas próprias cinzas :)

eu estava escrevendo outra coisa, mas do nada me bateu uma bad quando pensei nesse ep e em toda season 6 que ela sempre fica meio assim pelo fato do Freddie ter se tornado um mané jhdjfhdj resolvi escrever algo relacionado a esse episódio
minha escrita ultimamente tá uma merda então segue o fio hehehe



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— Não está apaixonado por ela de novo, está? - Sam tratou de disfarçar a dor que sentiu ao vê-lo colocar Carly em um altar mais uma vez. A voz saiu limpa, e ela se alegrou pelo autocontrole.

— É claro que não. - o sorrisinho estava em seu lindo rosto. Freddie era transparente para ela, assim como, infelizmente, ela era para ele. Sam mordeu o lábio inferior, incerta sobre continuar com aquela conversa e, no fim, acabar se machucando novamente. Ela entendia que não poderia competir - nem mesmo queria tentar - o relacionamento deles não tinha durado o quanto desejava. Sam não entendia o porquê de ter deixado aquele discurso de Carly afetar o que sentia, talvez sua insegurança sobre os sentimentos do garoto para com ela, fossem o principal motivo, ou talvez estivesse cansada de escutar todos ao seu redor dizer que Freddie e ela era um casal estranho, que não daria certo. Primeiro, por suas personalidades tão distintas, e depois por todo o seu passado.

Bom, ela não negava que por trás de toda aquela pompa de fodona, havia uma garotinha confusa emocionalmente, medrosa e insegura. No final de tudo, ela não era Carly: a morena atraente, doce e inteligente.

— Tá, tudo bem. Pode ir. - ela disse, o coração pesado por sentimentos complicados. Não demonstraria para ele o quanto ainda podia afetá-la. Desde que terminaram, Sam pôde notar como Freddie aproximou-se cada vez mais de Carly.

Eram ambos dois estúpidos, confusos, que não sabiam resolver seus problemas como pessoas normais. A última conversa que tiveram sobre o que sentiam foi em seu término, naquele elevador. Será que o "eu te amo" também foi apenas algo do momento para ele? Sua mãe sempre dizia que elas não foram feitas para amar e ser amadas, ou até mesmo ter um futuro brilhante. Sam discordava, pois ela não era sua mãe, ela faria o próprio caminho, assim como a irmã fez o dela.

O garoto à sua frente balançou a cabeça concordando, e saiu em disparada escada acima. Os olhos azuis expulsaram algumas lágrimas fazendo-as cair por seu rosto. Sam levou uma mão até elas, encarando-as com raiva. Por que permitia que ele a deixasse daquela maneira? Ah, infelizmente não mandava nas coisas do coração.

— Sam, está tudo bem? - a voz de gibby a trouxe novamente para a realidade.

— Estou. - foi tudo o que disse antes de arrumar a mochila em seu ombro e limpar o rosto o mais rápido possível.

— Você sabe que mentir não ajudará em nada, não é mesmo? As pessoas podem me considerar um idiota, mas eu posso ser maduro quando o momento exige. - ele disse, chateado.

A menina levou os olhos até o amigo/sócio e sorriu. Gibby era uma boa pessoa, ela gostava dele, mas morreria antes de dizer isso em voz alta.

— Bom, sócio, não se preocupe, eu estou bem, acredite. - ela deu algumas palmadinhas amiga no braço do maior. Gibby sorriu, respeitando o momento da outra.

— Muito bem. Vamos, quer algo para tomar? Vamos ter de fechar isso aqui mesmo, uma última olhada para nossa criação. - disse levantando um copo de limonada com pimenta.

Sam gargalhou.

— claro, deveríamos investir em um restaurante no futuro. Daria bons lucros. - falou sorridente, aceitando o copo que o amigo estendia.

— Não duvido.

Ao chegar no apartamento dos Shay, Sam pôde escutar a voz de Freddie - parecia preocupado com Carly.

" Está se sentindo melhor? "
" Sim, apenas foi algo do momento, não se preocupe."
" Spencer uma hora consegue matar alguém com uma dessas invenções dele."
" Pior que não posso discordar. Vai ficar aqui?"
"Não, vou para a casa... buscar a encomenda para o programa."

Sam suspirou. Empurrou a porta entrando na sala. Freddie afastou uma mecha de cabelo do rosto de carly. Sam não queria olhar para ele por muito tempo para não ser obrigada a ver o semblante de adoração estampando em seu rosto como quando eram mais novos.

Ela não suportaria.

— o que aconteceu? - perguntou preocupada com a amiga. Carly levantou o rosto para olhá-la.

— Apenas Spencer tentando me cegar com seu show de luzes.

Sam não perguntaria o que foi que ele inventou dessa vez, na verdade, não queria saber. Freddie levantou-se do sofá recolhendo a mochila do chão.

— Eu vou indo. Tenho que fazer algumas coisas. - disse, passando por Sam na entrada. Ela não soube decifrar o olhar que ele jogou nela.

— Até. - Carly disse. Freddie sorriu para a amiga, e Sam tentou não revirar os olhos.

Idiota.

Carly ainda estava com os olhos cravados neles. Samantha estava começando a ficar incomodada com isso.

— O que aconteceu entre vocês? - perguntou com curiosidade.

— Não sei do que está falando.

— Achei que o trato que fizemos sobre contar tudo um para o outro ainda estivesse de pé. - lembrou.

Ela estava trazendo mesmo esse trato de anos atrás à tona? Esse era o problema de Carly: não respeitar o espaço dos amigos.

Sam respirou fundo.

— Sim, mas não rolou nada. Estamos como sempre. - arriscou sorrir.

— Eu conheço você como a palma da minha mão.

Esse era o problema, ela conhecia apenas o que Sam deixava passar. Carly continuou:

— Freddie me contou que tomaram uma decisão repentina, que era como se tivessem deixado outra pessoa pincelar sua tela, estragando a arte que estava apenas pelo começo. Eu não entendi muito bem o que ele quis dizer com isso, mas senti que tinha algo estranho por trás do término de vocês.

Sam levantou-se do sofá como se tivesse sentado em pregos. Que diabos Freddie tinha na cabeça? Eles juraram não falar nada para ninguém, agora Carly iria pressioná-la até não poder mais.

E foi isso que aconteceu.

— Por que não pode me dizer? Sam, eu sempre ajudei você, não é mesmo? Eu acho que mereço saber por que uma hora estavam namorando, e outra separados. Você ainda o ama?

Sam explodiu.

— Quer mesmo saber? Sim, eu amo aquele idiota com todas as minhas forças! Eu não sei porque aceitei terminar o relacionamento aquela noite. Mas depois de ouvir seu discurso para o Spencer sobre forçar um relacionamento que não existe, eu pensei que era exatamente isso que estávamos fazendo. Fiquei confusa. Lembrei de tudo o que tinha acontecido durante as semanas que estávamos juntos, todo mundo parecia repudiar nosso relacionamento, éramos julgados por estar juntos, isso me deixava tão desconfortável e apavorada, que comecei a pensar que estava fazendo algo de errado ficando com Freddie. Eu ainda tinha receio do que ele podia sentir ou não por você, eu sei é ridículo. Tudo virou uma bola de neve das grandes. Quando pensei em como quase terminamos daquela vez que ele descobriu que eu havia sabotado a inscrição dele para o acampamento - coisa que não faço ideia como a Sra. Benson descobriu, mas não vem ao caso. - Carly pareceu mover-se desconfortável no lugar. - Nós nunca poderíamos combinar, somos tão diferentes um do outro. Talvez você tivesse razão, e abraçamos suas palavras como se fossem direcionadas a nós. É tão confuso pra mim, porque eu nunca amei ninguém e quando aconteceu, pareceu tão errado.

Carly estava muda. Sam notou o modo estranho como a amiga reagiu às palavras, culpa estampou seu rosto. Ela não queria que a amiga se sentisse assim.

— Não estou dizendo que a culpa é sua, Carly. Me desculpe se pareceu que sim, eu apenas... bem, esquece isso. Já passou, está no passado. Freddie e eu somos como água e óleo, já era de se esperar.

— Não. - Carly disse, a consciência pesou mais do que ela esperava. Não pelo discurso para Spencer, mas sim ao notar o quanto errou julgando, repreendendo e tentando fazer com que o relacionamento dos amigos acabasse só porque ela estava se sentindo excluída, deixada de lado por eles. Era por puro egoísmo. Carly nunca pensou no que Sam ou Freddie poderiam sentir. Era de mais para ela. - lamento por cada palavra de repreensão que eu disse, por fazer você duvidar do que sentia por ele, por tudo. - disse cabisbaixa.

— Obrigada. Mas nos dois também temos culpa por deixar opiniões alheias interferir em nossos sentimentos, e por desistir facilmente. Está tudo bem, de verdade. Eu preciso ir, toda essa conversa, o fechamento do restaurante, me deu dor de cabeça. Nos vemos depois.

Carly assentiu. Era o melhor para as duas.

Sam abriu a porta sem notar a sombra por baixo dela. Distraída, ela bateu de frente com Freddie perdendo o equilíbrio. Sam esperou o tombo, mas braços fortes rodearam sua cintura impedindo a queda. Azul com castanho, eles se encararam durantes segundos que mais pareciam horas.

O corpo de Sam formigou com o contato, e Freddie não parecia tão indiferente, também. A ponta da língua dela molhou um pouco os lábios secos. Ele bagunçava seus sentidos.

— Desculpe. — ela disse, baixo. Não era costume dela pedir desculpas a cada minuto, porém esse era o efeito Freddie. Ela odiava e amava ao mesmo tempo. Sam sentiu os olhos de Carly queimar em suas costas, já bastava de baixar a guarda na frente dos outros. — pode me soltar? — indagou, perturbada. Freddie sorriu, admirando cada detalhe do rosto pálido.

— Claro. Depois que você fizer isso, Sammy.

Ela franziu o cenho, afastou as mãos do peitoral de Freddie quando notou que segurava sua camisa com força.

Ela queimava.

— Obrigada por... você sabe...

— Pegar você? Hmm, claro.

— Tenha uma boa noite. — falou afastando-se dele. Antes virar o corredor, Sam sentiu a presença de Freddie andado lado a lado com ela. — o que diabos está fazendo? — perguntou, muito irritada.

— Vou levá-la em casa (?) — disse, calmo.

— Está testando minha paciência?

— Por que eu faria tal loucura? Não sou suicida. — brincou.

— Não é o que está parecendo. — ela bufou. Apertou o botão do elevador várias vezes seguidas. As portas abriram, e lá estavam eles mais uma vez, parados, frente a frente sem desviar o olhar. Um filme passou por sua cabeça.

— Engraçado, essa cena me lembra alguma coisa. — Freddie foi o primeiro a quebrar o silêncio, apontando para os dois.

— Eu realmente te odeio. — disse ferozmente. Freddie deu de ombros entrando na caixa de metal, e Sam o acompanhou. Ela encostou o corpo na parede fria do elevador, olhando de relance para o garoto que tanto mexia com ela, parado ao seu lado. Observou ele apertar a trava do elevador, a ação gatilhou sua mente.

— Freddie o que...

— Eu escutei sua conversa com a Carly. — desabafou. — Eu me sinto um idiota todos os dias por não ter lutado por você, Sammy. Fui burro! Quando senti que você estava começando se afastar de mim, eu tentei chamar sua atenção, tentei provocar ciúmes. Eu percebo que só fui um imbecil com você. — ele fez uma pausa para olhá-la nos olhos. Sam estava parada em completo silêncio, em choque. — Eu sei que não tenho direito de pedir nada, mas ficar sem você faz com que um pedaço de mim morra todos os dias. Eu amo você mais do que a mim mesmo. Me desculpe...

— Freddie...

— Deixe eu terminar, ok? Você disse para Carly que nós somos tão diferentes um do outro, opostos. Eu posso discordar em certo ponto, porque acho que somos complementares. Eu posso ver isso agora. Um não existe sem o outro, somos o tipo que não funcionam separados. — ele sorriu, aproximando -se dela, Freddie levou uma mão para o bonito rosto, as formosas pedras azuis estavam mergulhadas em um rio de lágrimas. A outra mão foi para a cintura curvilínea. — Eu gostaria de tentar novamente, mas só se você estiver disposta a tentar também. Nós podemos aprender um com o outro, apenas eu e você contra todos.

Sam não sabia como responder, apenas reagiu demonstrando a ele da única forma que conseguia naquele momento, ela tomou os lábios finos em um beijo profundo e cheio de amor. Ela sabia que com ele, estava em casa. Ela o amava, e isso não mudaria. Sam não permitiria que as pessoas destruísse mais uma vez o que eles construíram com tanta dificuldade, assim como sabia que ele também não permitiria, o amor deles não era frágil. Apenas eram jovens confusos em seu primeiro relacionamento.

Encerraram o beijo em busca de ar. O sorriso bobo no rosto de ambos era capaz de dizer tudo o que não podiam em palavras.

— Eu te amo. — ele repetiu as palavras. Ela explodia fogos de artifício.

— Eu também te amo, idiota. — respondeu sorrindo grande. Freddie rolou os olhos, voltando a tomar seus lábios em mais um beijo.

É, eles ficariam bem.

 


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