Páginas Curtas: Oneshots Seddie escrita por meianoitee


Capítulo 1
Capítulo 1 - Strawberry




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Sam travava uma luta interna sobre acordar ou não o marido que parecia estar em sono profundo. Bom, ninguém podia culpá-la, pois estava com 6 meses de gestação, e complemente hormonal. Sam inspirou profunda e lentamente, ela tinha um problema e não sabia como resolvê-lo.

— Freddie! - disse cutucando o braço do marido. - Freddie acorda! - disse em voz alta. - BENSON! - gritou.

Freddie levantou em um pulo, sentou-se na cama com o coração correndo como louco em seu peito. Atordoado pelo sono, Freddie buscou sua mulher com os olhos semiaberto, os olhos azuis dela estavam repletos de lágrimas.

— Sammy, o que aconteceu? - disse Freddie, enquanto esfregava os olhos tentando dissipar o sono. - Por...

— Aconteceu uma coisa muito grave! Eu...eu... - o lábio inferior da mulher tremeu enquanto algumas lágrimas escorriam por suas bochechas rosadas. Freddie se aproximou rapidamente dela, a mão protetora sobre a enorme barriga.

— Aconteceu alguma coisa com o bebê? Quer ir ao médico? Meu Deus, Sammy, eu vou chamar o dout...

— Acabou os meus morangos...eu não tenho mais nenhum. - disse Sam, chorosa. Freddie estava boquiaberto, olhou para o relógio e viu que marcava duas da manhã.

— Puta merda, Samantha! Eu achei que estivesse morrendo, ou que algo tivesse acontecido ao bebê. Eu quase infarto! - disse Freddie, tapando o rosto com as mãos.

Freddie sabia o quanto aquela gravidez estava sendo exaustiva para os dois, e ele sabia que Sam estava super hormonal, sem controle de suas emoções, mas só lembrou desse detalhe ao vê-la soluçar pelo choro.

Merda, pensou Freddie.

Sam desde que ficou grávida, adquiriu um certa obsessão por morangos, ela amava cortá-los em pequenos pedaços e misturá-los com recheio para bolos.

— Você me odeia agora! - ela disse limpando as lágrimas que insistiam em cair. Freddie queria chutar a própria bunda pelas palavras.

— Me desculpe, baby, eu não devia ter falado assim. Mas eu comprei várias caixinhas de morangos para você.

— Todas se foram...- ela suspirou dramaticamente. - eu fiquei com fome.

— O quê? Você está comendo por cinquenta ou dois? - ele disse surpreso. Sam encolheu os ombros evitando chorar novamente.

— EU TE ODEIO! - gritou Sam, secando as lágrimas.

— Amor, eu sinto muito! Me perdoa... - ele disse suavemente. Ela se aproximou dele balançando a cabeça em confirmação.

— E os meus morangos? Eu desejo tanto que posso imaginar o sabor. Na verdade, nós queremos. Não tem mais nada.

Freddie tentava de todas as formas deixá-la satisfeita, sempre fazia o que ela queria, pois uma Sam feliz, significava um Freddie vivo. Ele tinha aprendido que Sam grávida sem problemas, era melhor para a segurança de todos. E arrancaria o próprio dente sem anestesia se fosse preciso para evitar a tristeza estampada naqueles olhos azuis que ele tanto amava se perder.

— Onde eu conseguiria morangos às duas da manhã, Sammy?

Ela suspirou mordendo o lábio inferior.

— Tudo bem, eu posso tentar dormir sem.

Uma ideia brotou na mente de Freddie, ele iria ao inferno por ela.

— Carly deve ter morangos. - disse pensando alto.

— Amor...está chovendo. - disse Sam, balançando os pés ansiosa.

— Não se preocupe, tente relaxar até eu voltar, entendeu? - disse Freddie, deixando um beijo delicado na testa dela.

— Tá bem... - ela sorriu grande.

Freddie queria rir da atual situação, ele até tentou se proteger da chuva com seu inútil guarda-chuva, porém havia subestimado de mais a tempestade, e o forte vento acabou por levar a única proteção embora...estrada a baixo. Agora, ele estava parado em frente à casa de Carly e Brad, no forte temporal, suas roupas pesavam extremamente molhadas. Carly morava seis casas depois da dele, foi praticamente um milagre ela ter os malditos morangos que Sam tanto ansiava. Ele bateu à porta repetidas vezes, e uma Carly bastante desperta o atendeu.

— Caramba, você está um desastre! Entra! - disse Carly, dando passagem para Freddie.

— Obrigado. Desculpa vi...

— Está tudo bem, eu sei como é, até porque já passei por isso. - ela riu.

— Você ainda tem um longo caminho, meu amigo. - declarou Brad, rindo. Ele saiu da cozinha com um copo de whisky nas mão, entregando-o para Freddie. Carly rolou os olhos.

— Lamento, mas Brad tem razão. Vou buscar os benditos morangos. - sorriu doce para o amigo.

— Então, Sam está bem? - perguntou Brad, sorrindo.

— Sim, se tirar o fato dela se estressar com facilidade, comer por trinta pessoas, chorar por absolutamente tudo, igual quando ela olhou para o pote de mel e começou a chorar dizendo que as pobres abelhas não mereciam ser roubadas.

— Mas as abelhas...

— Isso não é nada, pois ontem mesmo ela tentou me acertar com a frigideira, e saiu dizendo que eu a chamei de gorda.

— E chamou? - disse Brad, rindo do desespero do amigo.

— É claro que não, eu apenas disse que a nossa barriguinha estava linda e crescendo bem. - disse Freddie, frustrado. Brad evitou gargalhar.

— Honestamente, eu lhe desejo sorte amigo.

—  E aqui está você saindo em uma tempestade para buscar morangos para Sam, é fofo. - disse Carly, entregando  para ele uma sacola grande. 

— Obrigado. - disse com um sorriso grato.

— Quando precisar. Ah, mande um beijo pra Sam e minha afilhada. - disse Carly. Freddie sorriu, ele pegou uma capa emprestada para voltar que Carly ofereceu. Neste momento, ele se arrependia por não usar o carro.

Sam estava na cozinha comendo um pedaço de presunto, ele sorriu ao vê-la. O moletom azul realçava os olhos dela, desde quando ficou grávida ela só usava o seu velho moletom, e Freddie a achava mais linda que nunca.

— Tenho seus morangos!

As órbitas azuis se arregalaram em surpresa. Sam desceu do banco para capturar a sacola que Freddie estendia.

— Você saiu só para buscar morangos para mim? - disse Sam, os olhos transbordando em lágrimas.

— Eu disse que faria tudo por você e nossa bebê. - disse Freddie, acariciando a bochecha dela.

— Como sabe que será uma menina? Será uma surpresa, lembra?

— Eu sinto que é... Apenas.

— Eu te amo! - ela disse deixando um beijo nos lábios dele. - Muito! - ela sorriu. Freddie a abraçou com toda delicadeza.

— Eu também te amo, baby! Agora o que acha de assistirmos algo enquanto você saboreia seus morangos?

— Perfeito! Você tem que se secar ou vai pegar um resfriado...não posso ficar viúva agora.

— Eu sou saudável, tá legal. Não vou morrer com um resfriado. - disse Freddie.

— Você não sabe. - disse subindo as escadas com a sacola e um pote de recheio. Freddie rolou os olhos divertido. 




 


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