Entre Lobos e Monstros escrita por Nc Earnshaw


Capítulo 25
Dar e receber carinho




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Capítulo 24

por N.C Earnshaw

 

— ERIN. — A voz hesitante de Embry chamando seu nome a fez virar na direção dele no mesmo instante. Ainda com a escova entre os seus cabelos e com a toalha ao redor do corpo tampando sua nudez, ela focou toda a sua atenção no garoto tímido encostado na porta de madeira. — Podemos continuar a nossa conversa? 

Ela concordou rapidamente, terminando de escovar o cabelo. As lembranças do dia anterior traziam um sorriso em seus lábios a cada vez que ela fechava os olhos, e a Landfish jurava que ainda podia sentir o gosto da boca de Embry. O “eu te amo” dito por sua voz doce ecoava sem parar em sua mente. 

A quileute viu o rosto do garoto corar ao perceber que tinha sido pego a olhando da cabeça aos pés. Ela queria mesmo saber quais eram as explicações dele, no entanto, a tentação daquele corpo musculoso foi mais forte. 

— Vou esperar na sala enquanto se veste — comentou ele, meio engasgado ao vê-la arrumando a toalha com movimentos lentos. Embry amava tanto aquela garota, e a desejava com cada parte do seu corpo. 

O lobo quis correr dali quando sentiu a parte da frente do seu short apertar, constrangido com a possibilidade de Erin olhar para baixo e ver a sua ereção se formando. Ele tinha uma certa ideia de como resolveria aquele problema em tão poucos minutos, mas bater uma com o seu imprinting no outro cômodo enquanto pensava nela, fazia com que ele se sentisse um tanto sujo. Aquela merda deveria ser ilegal em algum país. 

Ele puxou o ar com força ao ver Erin se aproximando do seu corpo. Tentou pensar em qualquer desculpa para sair dali antes que ela não concordasse em se vestir primeiro para conversar. Não aguentaria minutos tendo que contar um dos maiores segredos de sua existência ao mesmo tempo em que tinha Erin nua a poucos metros de distância. 

A diferença de altura entre eles era uma das coisas que ele mais gostava. A cabeça de Erin batia na altura do seu queixo, fazendo-o ter uma visão privilegiada do topo da cabeleira morena. 

A Landfish teve que levantar a cabeça para conseguir encarar os olhos castanhos de Embry. Tendo a experiência que possuía, sabia que ele se sentia atraído por ela naquele momento, e evitava — por enquanto —, olhar para ereção se formando em seu shorts. 

A tensão entre eles era tanta que nenhum dos dois se atreveu a falar nada, esperando que qualquer um deles tomasse a iniciativa. Embry ansiava por ganhar mais beijos como os que havia recebido no dia anterior, ao passo que uma voz racional em sua mente o dizia para não adiar mais contar a Erin sobre o fato de ser lobo ou sobre o imprinting, antes que dessem mais um passo em seu relacionamento. 

Ele se arrepiou ao sentir os lábios sugando um de seus mamilos. O quileute não entendia porque estava gostando tanto daquele ato, uma vez que achava — pelos poucos filmes pornô que conseguiu assistir —, que apenas mulheres gostavam de ser tocadas ali. Aparentemente, sua imaginação não era tão boa quanto gostaria. 

Os beijos foram descendo, deixando Embry com os olhos arregalados. Tanto pelo prazer de sentir a língua de Erin o lambendo quanto pela surpresa de estar sendo lambido por ela. 

Um grunhido assustado saiu pelos seus lábios quando sentiu o hálito em frente ao zíper de seu short. Se ela ia fazer o que ele imaginava que ela faria… Não. Aquilo não era certo. 

— Não precisa fazer isso — sussurrou, assistindo-a brincar com o botão. Não queria que ela achasse que apenas a queria por causa do sexo. Desejava ser diferente de todos os outros que passaram por sua vida e fazê-la se sentir valorizada. 

O sorriso que Erin lançou o quebrou.

 — Não precisa ou você não quer? — Ela parou de tocá-lo, esperando uma resposta para saber se continuaria ou não, e se ergueu. — Se não quiser, podemos voltar à nossa conversa. Sem pressão. 

— Eu… — Embry perguntou-se o quão idiota estava sendo ao pensar em rejeitar o primeiro boquete de toda a sua vida. Contudo, o medo de magoar os sentimentos de Erin a longo prazo parecia mais importante que o prazer que experimentaria. — Não quero que ache que estou te usando. 

As mãos do lobo tremeram de nervosismo, e a expressão vazia no rosto de Erin não ajudava em nada para acalmar seu coração. Ele torceu para que aquele momento de tensão desanimasse seu amigo entre as calças, mas parecia que observar o rosto lindo à sua frente deixava-o ainda mais excitado. 

— Entendo o seu ponto. — Ela tocou o rosto de Embry com a palma da mão. — Mas sexo não precisa ser apenas sobre se livrar da tensão…

O quileute não conseguia tirar os olhos dela. Estava enfeitiçado por aquela mulher incrível e pelas suas palavras. 

— Quando existe sentimento entre os envolvidos… — A voz dela estava mais baixa e rouca que o normal, deixando o garoto ainda mais arrepiado. — como tenho certeza que existe entre nós dois…

Embry sorriu. 

— significa explorar o outro de todas as maneiras existentes. Dar prazer a pessoa que se está apaixonado não é sujo, Em. Ou errado. Se você se sente confortável em dar e receber carinho, está tudo bem. 

— E apesar do sexo ser importante, é apenas o complemento da relação, não o principal. Nossa conexão vai muito além disso, e vou entender se quiser ir devagar — continuou ela, tentando fazer com que Embry se sentisse seguro em se abrir com ela, assim como fazer com que ele soubesse que ficaria tudo bem entre eles quando ele não estivesse muito a fim. — Sempre temos a opção de assistirmos a um filme agarradinhos.

Aceita, idiota. Estou quase morrendo de dor aqui embaixo, gritou seu pau, desesperado pelo toque daquelas mãos e boca, tomando conta do seu cérebro e trazendo à tona imagens de Erin o sugando.

— E-Eu quero — gaguejou, sabendo que ficaria com as bolas roxas se dissesse não. O único motivo que o tinha feito querer recusar, era a possibilidade de causar um mal entendido entre ele e Erin. — Por favor. 

A Landfish levou uma das mãos até o volume em seu shorts e esfregou levemente para sentir o quão excitado Embry se encontrava. A ideia de chupá-lo a fez apertar suas coxas uma na outra para tentar aliviar a tensão que se formava no lugar entre as suas pernas, e ela sentiu sua boceta começar a ficar molhada, enviando ondas de arrepios por todo o seu corpo. 

A quileute prendeu o cabelo em um coque com o elástico que sempre usava no pulso, e beijou o abdômen sarado até se ajoelhar novamente em frente a ele, inquieta para ter Embry em sua boca.

O garoto tremia em ansiedade, temendo se desmanchar antes mesmo que Erin o tocasse. Pela experiência dos outros membros da matilha, sabia que, por ser um lobo, tinha mais estamina que um humano normal. Ele podia durar horas e se recuperar com uma rapidez espantosa, mas temia ser diferente naquele caso por ainda ser virgem de todas as maneiras existentes. 

Embry se deu conta que já tinha sido despido quando sentiu um ar característico nas suas partes íntimas. Ficar nu, após anos se transformando, não era algo que o deixava tão constrangido, afinal, tinha estado pelado vezes o suficiente na frente de toda a matilha. 

O pau de Embry a deu água na boca. Era cheio de veias e estava completamente ereto, e Erin não se demorou estimulando-o ao espalhar o pré-gozo por toda a sua extensão, porque desejava saber se o seu gosto era tão bom quanto ela imaginava. 

O som que ele fez assim que seus lábios tocaram a glande quase a fez enlouquecer. Estava excitada apenas de vê-lo com a respiração descompassada. 

Embry jogou a cabeça para trás assim que sentiu seu pau entrar naquele lugar quente e molhado, não tirando os olhos nem sequer por um segundo da cena diante de si. Ele gemeu baixinho e segurou Erin pelos cabelos para buscar algum controle, sua mente estava nublada e com pensamentos desconexos, e ele não soube como não chegou a desmaiar ao sentir os movimentos de vai-e-vem iniciando. 

Erin engoliu o máximo possível de Embry, instigando suas bolas com uma das mãos e movendo a outra onde não conseguia enfiar em sua garganta. 

Seus olhos lacrimejaram logo que ele impulsionou seus quadris pela primeira vez, fazendo-a gemer baixinho. E ela não se afastou nem por um segundo, puxando o máximo de ar que podia pelo nariz, ou quando tirava o pau da boca para chupar a cabeça rosada. 

Ele a ajudou nos movimentos, ditando o próprio ritmo. Os gemidos roucos de Embry ficariam gravados em sua mente pelo resto de sua vida, e ela mal via a hora de fazê-lo gemer de novo. Mas nesta outra vez, enquanto sentava sem parar nele até suas pernas adormecerem.  

Erin gemia junto com ele ao sentir seu cabelo sendo puxado. Ela sabia, pelo tremor de seu corpo, que ele não duraria muito mais daquilo. Quando o ápice veio, a Landfish quase sentiu como se fosse seu próprio orgasmo. Ela engoliu cada gota da semente dele, aproveitando o gosto salgado. E o beijou profundamente logo que conseguiu se colocar de pé. 

— As lendas são reais — disse Embry sem rodeios, determinado a não adiar nem por mais um segundo. Erin merecia saber a verdade, especialmente agora que tinham dado aquele passo imenso no relacionamento. — Sei que parece loucura. A maioria das pessoas da nossa idade acha que as lendas que os mais velhos contam são apenas isso… lendas. Garanto que não são. — Ele deu uma risada seca e cruzou as mãos após apoiar os cotovelos nas próprias coxas. — Você lembra sobre a parte que dizia que nós, quileutes, descendemos…

— Lobos? — interrompeu Erin com os olhos arregalados. Se outra pessoa estivesse lhe falando algo daquele tipo, ela ignoraria no mesmo instante e mandaria tomar naquele lugar. No entanto, pela postura de Embry e diante de todo o mistério sobre os seus sumiços, viu-se tentada a ouvir tudo que ele tinha para dizer. — Como na história de Ephraim Black e os frios? 

Embry assentiu, franzindo o cenho. Ela lembrar da lenda apenas facilitava seu lado, entretanto, o quileute se viu, mesmo assim, sem saber por onde continuar a falar. 

— E você não é único — continuou a Landfish, dando-se conta do quão estressado ele parecia. — O Paul… 

— Se transformou antes de mim. Sam, Jared e ele foram os primeiros. 

— Como? — Ela tinha diversas perguntas para fazer, mas aquela foi a única palavra que ela conseguiu articular. Para alguém que não tinha crescido com todas aquelas lendas e toda a magia que circulava La Push, seria difícil de acreditar naquilo imediatamente. Contudo, para Erin, que desde pequena adorava ouvir as histórias de sua tribo, teve como primeiro instinto pensar no quanto aquilo faria sentido se fosse mesmo verdade. 

— É igual para todo mundo. — Ele não demorou a responder, sentindo alívio ao ver que Erin estava levando aquele assunto a sério. Não sabia o que faria se ela risse da sua cara ou se o socasse após chamá-lo de maluco. — Nosso corpo cresce rápido demais, e acabamos ganhando músculos que nem em sonhos teríamos sem morar em uma academia ou usar algum tipo de droga. 

Erin teve que segurar o riso. Ela tinha que admitir que tinha acreditado por um longo tempo que aqueles garotos estavam metidos com drogas, uma vez que não entrava em sua cabeça como alguns moleques franzinos tinham ganhado o corpo do super-homem em algumas poucas semanas. 

— E começamos a sentir raiva de coisas pequenas; como quando o Quil comeu a última batatinha do pacote ou quando a minha mãe entrou no meu quarto sem bater. 

— Dói? — Sua pergunta não passou de um sussurro, mas Embry pareceu ouvir com clareza. Seu peito apertou ao vê-lo assentir. 

— As primeiras transformações são difíceis. Nosso corpo não está adaptado e a febre nos deixa delirantes. — Ele guardou para si o quanto doía sentir seus ossos se moldando pela primeira vez. — Mas assim que se pega a prática, não passa de um leve puxão no umbigo. Alguns de nós sempre teve muita facilidade em se transformar. Jacob, por exemplo, é um natural.

— E os frios? — perguntou Erin com hesitação. Ela lembrava dos Cullens serem mencionados nas lendas, então se Wendy era uma Cullen e uma vampira, como ela e Paul estavam juntos? — Também existem? 

Embry achou que conseguiria adiar o momento que explicaria sobre os vampiros. Falar sobre a sua transformação era difícil o bastante, mas contar para o seu imprinting que as criaturas sanguinárias eram reais, apenas tornava tudo mais sombrio. 

— Nos transformamos por causa deles. Todas as vezes que um vampiro se aproxima das nossas terras, um quileute se transforma para proteger a tribo. 

— Os Cullens, eles… — Erin não conseguia associar como uma criatura tão gentil como Wendy conseguiria machucar pessoas. 

— São diferentes — explicou Embry rapidamente, não querendo que a Landfish perdesse a boa opinião que tinha sobre os Cullens. — Eles se alimentam de sangue de animais…

O Call respondeu a todas as perguntas sem reclamar, uma vez que entendia o quanto tudo aquilo poderia ser confuso. Cada dúvida tirada era como se um peso sumisse de suas costas. 

Ele contou tudo desde a sua primeira transformação, sobre o ataque dos recém-criados meses antes e a última briga com os Cullens. Explicou como Wendy era bondosa e citou rapidamente o que Jacob fizera a ela, não se aprofundando tanto em um assunto que não lhe cabia. Passou minutos esperando Erin xingar Jacob ao ouvir sobre o quão estupido ele tinha sido ao se intrometer em um triângulo amoroso idiota. E riu da sua expressão chocada ao saber dos poderes dos vampiros. 

— Estou surpreso em saber que acreditou tão rápido em mim. — Ele sorriu para o corpo aninhado ao seu. Durante a conversa, tinham se aproximado um do outro sem que se dessem conta, ambos não aguentando a distância entre suas peles. 

— Você não seria tão louco de inventar tudo isso — zombou Erin, mordendo o pescoço dele levemente e sorrindo ao vê-lo se arrepiar. — E por mais maluca que seja essa história, faz ainda mais sentido do que você participar de uma gangue. 

— Hã? Por que diz isso? — Embry se fez de desentendido, franzindo as sobrancelhas. — Consigo ser muito malvado quando quero. 

A Landfish gargalhou da expressão estranha que ele fazia, e negou várias vezes com a cabeça. 

— Não acha que sou mal? — Ele a empurrou para se deitar no sofá sem usar muito de sua força e acariciou a coxa grossa da quileute com a ponta dos dedos, subindo lentamente até chegar em sua barriga. 

Erin continuou a negar. 

— Você é um coelhinho fofinho, Embry. Nunca vai conseguir ser mal. 

O sorriso que ele a lançou deu-lhe calafrios. E ela nunca mais se atreveu a chamá-lo de coelhinho. 


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