Entre Lobos e Monstros escrita por Nc Earnshaw


Capítulo 15
Super-héroi pessoal




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Capítulo 14

por N.C Earnshaw

 

A VIDA DE UM GAROTO que se transformava em lobo não era fácil. Além de ter que viver uma vida dupla — digna de filmes de ação — ao qual tinha que esconder todos os detalhes excitantes, passar pela agonia da primeira transformação, e tomar como dever em uma idade tão tenra proteger uma cidade inteira de criaturas que antes ele não acreditava passarem de lendas, tinha que se apaixonar da maneira mais bizarra possível. 

Ele não concordava com a opinião de Jacob sobre o imprinting tirar suas escolhas. Na real, ninguém escolhe quem quer amar, e Embry apostava com tudo que tinha que após o sofrimento que Bella fez seu amigo passar com a rejeição, no fundo, tudo o que o outro mais desejava era que o imprinting aparecesse para salvar sua alma. 

A magia os fazia encontrar o amor verdadeiro num século em que a maioria das pessoas não acreditava no amor. E Embry se sentia, em parte, sortudo por isso. Ele tinha a oportunidade de saber reconhecer sem sombras de dúvidas a mulher que tomaria seu coração para sempre e poderia fazê-lo feliz. 

Jogar vídeo-game até tarde foi uma péssima ideia, pensou ele, revirando-se na cama ao ouvir alguém batendo em sua porta. Seus sentidos não estavam despertos o bastante para que ele conseguisse reconhecer a pessoa pelo cheiro. Sua mente inebriada desejava apenas voltar a dormir e aproveitar o colchão macio sob seu corpo, até que todos os seus problemas fossem esquecidos. 

Embry lembrou da outra noite, quando Quil chegou repentinamente em sua casa com sacolas de salgadinho, refrigerante barato e alguns bolinhos que, com certeza, havia furtado da casa de Emily. 

Sua mãe, apesar de odiar o barulho que eles faziam sempre que se reuniam, não abriu a boca para reclamar. Afinal, enquanto ele estava em casa, ela podia observá-lo, já fora dela… 

— Call! Acho melhor você levantar esse traseiro magrelo da cama antes que eu quebre sua porta. — Assim que ele reconheceu a voz de Paul, apertou os olhos com força, agarrando-se ainda mais à cama. Era pedir muito, somente algumas horas de sossego? 

— Vai embora! — resmungou sem se mexer, sabendo que com a audição de lobo, o outro poderia ouvi-lo com clareza mesmo estando do lado de fora. 

Embry ouviu Paul grunhir e voltar a bater o punho contra a madeira. O garoto pensou na reação da sua mãe se chegasse em casa e encontrasse a porta quebrada. Ela iria matá-lo sem nem sequer pensar em perguntar o que aconteceu. 

Xingando todas as gerações de sobrenome Lahote, ele jogou a coberta de lado e saiu da cama sem ligar muito para se vestir. A samba-canção que usava era suficiente para cobrir as partes constrangedoras. 

Coçando os olhos e quase tropeçando nos próprios pés, Embry abriu a porta sentindo uma raiva que não experimentava há algum tempo. Odiava ser acordado, principalmente quando estava tendo um sonho tão bom. No entanto, o sentimento evaporou quando avistou a figura do Lahote. 

Ver Paul vestido era uma raridade. Assim como todos os outros membros da matilha, não precisava das peças para aquecê-los, e já tinham se acostumado a usar a boa e velha bermuda. Pela expressão enraivecida no rosto do outro, ele percebeu que estava sendo avaliado, fazendo com que Embry escondesse um sorriso. 

— Uau. Está indo para uma festa? — Ele se encostou na parede, tentando parecer descolado. 

O Lahote revirou os olhos, e ignorou sua pergunta. 

— Wendy está te convidando para tomar café-da-manhã lá em casa. — A voz de Paul soou mais grave e entediada que o normal. Parecia que a Cullen, mais uma vez, tinha o obrigado a fazer o que não queria; ser educado era uma delas. 

Embry ouviu seu estômago roncar no instante em que seu cérebro associou Wendy e comida na mesma frase. Que Emily o perdoasse, mas a vampira estava cozinhando um pouquinho melhor que ela. Além disso, quando ia até a casa de Paul, não precisava competir com os outros por causa de bolinhos. A garota fazia tanta comida para passar o tempo, que poderia alimentar um batalhão. 

— Vou trocar de roupa — avisou ele, sentindo a animação tomar conta do seu corpo. Finalmente uma boa notícia para começar o dia! 

O limpar de garganta do outro lobo fez o Call estancar suas passadas. Ele ouviu o suspiro de Paul, e soube no mesmo instante que o outro ainda não havia dito tudo que tinha para falar. 

— Desembucha. — Eles eram amigos o bastante para deixar de lado as formalidades e não levar para o coração os xingamentos ou o completo desprezo pela etiqueta. 

O Lahote entrou na casa sem ser convidado, olhando ao redor como se estivesse pisando ali pela primeira vez — na verdade, Embry não se lembrava se era a primeira vez dele ali ou não. Apesar de serem amigos, não eram melhores amigos como Jared e ele, ou Embry e Quil. 

— É sobre a Erin. 

Logo que o nome do seu imprinting saiu pelos lábios de Paul, ex-dela Lahote, Embry sentiu vontade de vomitar. 

— O que tem a Erin? Aconteceu alguma coisa com ela? — O lobo dentro de si se desesperou com preocupação. Para Paul ir até a sua casa com aquela cara de quem chupou limão, a notícia não podia ser muito boa. As paranóias começaram a tomar conta de sua mente, e ele não parou de metralhar o quileute com perguntas. — Ela está bem? Não me diga que ela se machucou ou…

— Chega, cara! — gritou Paul, passando a mão nos cabelos curtos. Por mais que tentasse se tornar zen, não conseguia. As pessoas tinham o dom de conseguir tirá-lo do sério. — Você está quase dando um chilique! — Embry arregalou os olhos levemente para o corpo trêmulo à sua frente. O Lahote parecia prestes a se transformar. — Escuta primeiro e depois surta. Que merda! 

Acostumado com o humor volátil do outro lobo, o Call não se afetou com suas palavras. Calou-se, sinalizando para que ele continuasse. 

— A Erin foi expulsa de casa — informou. 

Embry abriu a boca para fazer mais perguntas. Seu cérebro parecia que queria explodir com a enxurrada de pensamentos, e seu coração apertava em seu peito. Seu primeiro instinto foi correr até ela para abraçá-la contra seu corpo. 

— É uma situação difícil. — Paul não se importou em interromper qualquer coisa que ele ia falar. — Ela não chegou a contar com detalhes, mas… — Ele suspirou profundamente. — Wendy encontrou ela dormindo no carro essa noite. 

A boca de Embry secou, e ele teve que se sentar no sofá para se conter. Sua imaginação criava as imagens do seu imprinting sozinho, no escuro e vulnerável. Era uma droga não ser próximo o bastante dela. 

— Não se preocupe, convidamos ela para ficar lá em casa. 

O garoto sentiu um leve ciúme ao saber disso. Entretanto, a gratidão superou qualquer sentimento tolo que surgiu. 

— Obrigado, cara. 

O Lahote deu de ombros, desconfortável com o clima emocional do momento. 

— Não foi nada. Eu te devo bastante, mas não fiz só por você. A Erin é uma garota legal. 

Ambos ficaram em silêncio por algum tempo. Paul queria deixar que Embry digerisse as informações. 

— A Wen queria convidá-la para morar lá em casa definitivamente, mas achei melhor vir até aqui conversar com você. — Ele pausou, esperando alguma reação sua, mas nenhuma veio. Embry queria ouvir tudo antes de agir. — Não acho que a Erin vá aceitar. Ela é orgulhosa, e aposto que apenas aceitou a proposta da Wendy ontem a noite porque não tinha outras opções. Além disso, apesar de termos nos resolvido, tivemos um lance um tempo atrás e…

— E você não sabe se ela ainda sente algo por você? — Embry conseguiu esconder sua mágoa muito bem. 

Paul assentiu com hesitação. 

— Também não quero soar egoísta. E vou aceitar ela de braços abertos se não arranjarmos outra solução. Mas a presença da Erin lá em casa dificulta um pouco minha vida conjugal… Se é que você me entende. A Wendy não quer tre-... fazer amor... — As últimas duas palavras foram ditas entredentes. — com uma pessoa no quarto ao lado ouvindo tudo. 

— Acha que ela aceitaria morar aqui? — A insegurança que ele tanto tentava superar apareceu de vez. — Somos um pouco próximos. Consertei o carro dela essa semana e conversamos algumas vezes…

Os olhos do Lahote brilharam em compreensão, e Embry se sentiu acolhido. Sendo um lobo que possuía um imprinting, compreendia pelo que ele estava passando. 

— Se você for convincente? Acredito que sim. A Erin não tem para onde ir, e aposto que ela prefere estar em qualquer outro lugar, do que morando na mesma casa que eu — garantiu Paul, cruzando os braços ao se sentar na poltrona ao lado da TV. 

A semelhança com a antiga poltrona do seu pai era desconcertante. Não fosse pelo estofado inteiro e limpo, ele acharia que Tyffany Call teria roubado aquele lixo de onde tinha jogado fora. 

— Acha que sua mãe vai concordar? — Aquilo parecia impossível até para Paul; que nem possuía muita intimidade com a mulher. 

— Vou convencê-la — afirmou o lobo com determinação. — Talvez eu tenha que prometer algumas coisas que não irei cumprir por muito tempo, mas assim que Erin estiver aqui, a mamãe vai se apaixonar por ela. 

— Não mais que o filho — troçou o Lahote, jogando uma almofada verde no rosto de Embry.

Não era a primeira vez que Embry visitava Tyffany no trabalho. No entanto, fazia algum tempo desde a sua última ida até o local. Sua vida tinha mudado drasticamente após a transformação. Para a sua infelicidade, a proximidade que tinha com a sua mãe se desfez assim que ele começou a agir de uma maneira que a desagradava. 

O prédio cinza não parecia ser tão imenso quanto quando ele era pequeno e ia até o trabalho com a mãe. Os seis andares com janelas enormes de vidros sujos antes deixavam-no boquiaberto, imaginando se ali não era algum tipo de fortaleza criada para proteger a humanidade de super-vilões. 

Embry não negava que tinha uma imaginação fértil na infância. 

A rua era movimentada — algo nunca visto em Forks, muito menos em La Push — deixando-o meio atordoado com o barulho dos carros passando, pessoas gritando, enquanto outras caminhavam apressadas como se fossem tirar alguém da forca.

Ele encarou a lanchonete da esquina com expectativa. Eles faziam a melhor torta de frango que o lobo já teve o prazer de comer, e se tinha dado uma viagem até ali, não custava nada provar novamente algo que gostava. 

Para sua sorte, Jared havia emprestado sua caminhonete para que ele fosse até sua mãe. Como não conversava tanto com ela, não sabia os dias que ela trabalhava até mais tarde e ficava para dormir na casa de uma amiga — ao qual Embry nunca foi apresentado. Sua ansiedade em conseguir a permissão da mulher para que seu imprinting morasse em sua casa deixou-o num estado acelerado. Suas mãos suavam, a garganta fechava e seu coração batia com tanta força, que ele achava que rasgaria sua pele e voaria para longe do seu peito. 

Não tinha porquê Tyffany ceder aos seus pedidos — ele sabia muito bem. Estava sendo um péssimo filho por muito tempo. Indo mal na escola, envolvendo-se em coisas “ilícitas”, e fugindo de casa de madrugada mesmo quando era posto de castigo. 

Não era o orgulho da sua mãe há muito tempo, mas tentaria convencê-la. Erin precisava dele. Seu imprinting, a pessoa que ele mais amava no mundo todo, estava precisando dele. Não apenas da casa, mas também da sua presença.

Embry entrou na recepção procurando sua mãe com os olhos. A cabeleireira lisa e negra, assim como a pele mais escura comparada aos outros funcionários, fazia com que fosse mais fácil encontrá-la. 

Ele foi até uma das recepcionistas estranhando a situação. Tinha ouvido a mãe dizer que tinha sido promovida, entretanto, não imaginava que ela tivesse subido tanto de cargo que tinha ido para os andares de cima. 

Os olhares que recebeu das pessoas por quem passava, deixavam-no ainda mais constrangido. Apesar de tentar se acostumar com eles, assim como todos os outros membros do bando, ele não conseguia se adaptar. Ele entendia que um garoto de pele avermelhada, mais alto que a maioria e com músculos proeminentes, chamava bastante atenção. No entanto, por ser tímido, odiava aquilo. Por que eles não podiam focar no que estavam fazendo e deixá-lo em paz?Aquele era um dos motivos pelo qual evitava sair de La Push. Sentia-se sempre indesejado e extremamente deslocado. 

— Com licença — chamou, tomando cuidado para não se aproximar muito da bancada. 

A mulher loira do outro lado o encarava boquiaberta. Tinha aproximadamente a idade da sua mãe, os cabelos curtos na altura dos ombros e a pele coberta com uma maquiagem pesada, mas que o Call achava ser até bonita. A roupa fechada era elegante, típica de trabalhos em escritórios, no entanto, Embry preferia vestes mais simples. Como uma bermuda e uma camiseta, por exemplo. 

— Eu gostaria de falar com Tyffany Call. — O lobo tentou ao máximo não gaguejar. Com o olhar que a recepcionista o encarava, parecia que ela iria devorá-lo se ele demonstrasse fragilidade. Ao perceber que ela continuaria em silêncio, ele limpou a garganta, tentando arrancar alguma resposta ou reação. 

— Posso saber quem você é? — Ela colocou a mão sobre o telefone, e inclinou seu corpo levemente para frente, como se estivesse aguardando que a maior fofoca da sua existência fosse sair pelos lábios dele. 

— Embry Call. — O quileute fez questão de dar destaque ao seu sobrenome. — O filho dela. 

A mulher murchou como um balão, e adquiriu uma postura mais profissional, endireitando-se na cadeira. 

Suspeito…

— Vou contatar a senhora Call num instante. Você pode esperar sentado naquele sofá ali. — Ela apontou para um sofá preto de couro no canto esquerdo a uns cinco ou seis metros dali. Era em frente aos elevadores, então daria para ver sua mãe assim que ela saísse pelas portas de metal. 

Embry assentiu, e se afastou em passos calmos até o móvel. Para sua sorte, apenas ele ocupava o estofado. Seria muito constrangedor sentar ao lado de um estranho. 

Ele esperou um pouco mais de meia-hora, e já estava impaciente. Logo que pensou em sair dali e convidar Erin para morar com ele — mesmo passando por cima da autoridade de sua mãe, Tyffany saiu do elevador e procurou ele com os olhos. 

O barulho dos saltos batendo sobre o piso fizeram a sua ansiedade voltar. Se a sua mãe dissesse não, ele não saberia o que fazer. Queria Erin protegida e ao seu lado. 

— Embry? Aconteceu alguma coisa? — A expressão preocupada no rosto de Tyffany se aprofundou ao ver o sorriso nervoso no rosto do quileute. 

— Oi, mãe — cumprimentou, erguendo-se lentamente. — Podemos conversar? É importante. 

Embry achou estranho ver sua mãe caracterizada para o trabalho. Em sua mente, Tyffany Call era uma mulher simples, que gostava de pescar no tempo livre e fofocar com as amigas. Aquela mulher bem-vestida, com uma postura perfeita e o rosto perfeitamente maquiado, não parecia sua mãe. 

Ela passou o braço ao redor da cintura do filho e o puxou na direção da saída.

— Vou fazer uma pausa. Podemos comer algo na lanchonete aqui perto. 

Mãe e filho caminharam em silêncio até o final da rua, entraram no lugar minúsculo, mas aconchegante. E escolheram uma mesa que os desse certa privacidade. 

— O que quer comer? — perguntou, olhando o cardápio fixamente. 

Após fazerem os pedidos, Embry tossiu para atrair a atenção de sua mãe para si. A mulher tinha se perdido na própria mente enquanto assistia através da janela, os carros passando.

— Tem essa garota. — Era um péssimo início, entretanto, ele tinha conseguido que Tyffany olhasse para o seu rosto. — Ela é incrível, gentil e muito esforçada. 

— Está querendo me contar que arranjou uma namorada, querido? — A mãe abriu um sorriso largo. Talvez a esperança de que essa nova garota colocasse seu filho na linha tivesse ativado essa felicidade.

— O quê? Não! — Ainda não, pensou. Contudo, achou melhor guardar aquela informação para si. — Ela é uma amiga — mentiu. — E é muito importante pra mim. 

Embry observou como as mãos trêmulas da sua mãe agarraram o cardápio. 

— Não vai me dizer que você engravidou essa garota, Embry Call? — inquiriu com um fio de voz. 

O rosto do garoto queimou de vergonha, e ele teve que engolir em seco antes de negar qualquer ideia absurda que estivesse passando pela cabeça de sua mãe. 

— Mãe! Eu não engravidei ninguém! — Sua voz alterada fez algumas cabeças se erguerem na direção deles. — Não engravidei ninguém — sussurrou, achando que cairia duro de vergonha antes mesmo de comer. — Ela é uma amiga, e está precisando de ajuda. A senhora deve conhecer a senhora Landfish...

Os olhos de Tyffany brilharam em reconhecimento. 

— E o babaca do Carter. — Os ombros dela relaxaram ao saber que não seria avó nem tão cedo. — É a filha dela? 

Embry assentiu. 

— Eles expulsaram ela de casa ontem a noite. 

O semblante de sua mãe ficou horrorizado. 

Pobre garota. Infelizmente, a Kayla sempre escolheu seus companheiros na frente de qualquer um. Ela tem uma carência emocional que parece apenas ser suprida quando tem um babaca em sua vida. Foi assim com o cara-pálida pai dessa Erin, e é assim com Carter. 

— Conheceu o pai da Erin? — A pergunta saiu pelos seus lábios antes que ele pudesse se controlar. Não poderia mudar de assunto, mas queria saber o quanto pudesse sobre o seu imprinting. 

— Não. A garotinha já tinha dois anos quando cheguei em La Push grávida de você. — Ela deu de ombros. — São apenas fofocas. 

Embry somente assentiu. 

— Ela não tem para onde ir…

— E você quer oferecer nossa casa pra ela? — cortou a senhora Call. — Acha mesmo que vou deixar você sozinho com uma garota na nossa casa? Embry, você quase não frequenta a escola. Parou de me obedecer faz tempo e foge de casa quando acha que não estou vendo. Veio mesmo aqui me pedir uma coisa dessas? 

O garoto sabia que ela o acusaria de todas aquelas coisas se fosse procurá-la. Como já estava preparado, não hesitou em argumentar. 

— Ela… Eu gosto dela, mãe. — Dizer que amava Erin com cada respirar e cada batida do seu coração espantaria a mulher que o havia colocado no mundo. — Nós não temos esse tipo de relacionamento. Ela nem me desse jeito. A Erin precisa da minha ajuda, e eu não consigo dar as costas. Prometo que se a senhora permitir que ela fique lá em casa, vou dar o meu máximo para ir à escola, não sair tanto de madrugada e vou obedecer todas as suas regras. Nada de agarração. A Erin vai ficar com o meu quarto. Posso dormir no seu quando estiver na casa da sua amiga, e quando a senhora estiver lá…

— Tudo bem! — Ele quis abraçá-la, sabendo que ela tinha cedido. — Pode convidá-la pra ficar lá em casa. Mas saiba bem, Embry Call, que se você sair só um pouquinho da linha, acabo com a sua festa em dois tempos. 


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