What makes you beautiful escrita por juuh godoy


Capítulo 2
Treze anos




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     07 de julho de 2014.

     Lily.

     -JAMES! –gritei me jogando em seus braços assim que ele saiu do carro –seu cabeçudo, como que você me abandonou aqui por duas semanas?

     -Calma, ruiva –ele riu, me abraçando fortemente e nos rodando –Eu também senti a sua falta.

     -Ah, eu tenho tanta coisa para te contar! Parece que você passou um ano na Espanha, não duas semanas, de tanta coisa que aconteceu! A Alice está namorando, acredita? –ele me soltou delicadamente.

     -Namorando? Com o Frank? –perguntou, ajudando a mãe a descer do carro.

     -Claro, com quem mais? –revirei os olhos para ele –olá, Euphemia –disse ajudando-a com a bolsa pesada que carregava.

     -Olá, Lily querida. Como vai? –ela sorriu para mim, entrando em sua casa e me levando junto, já que segurávamos a mesma bolsa.

     -Estou ótima agora que vocês voltaram! –Fleamont riu, saindo do banheiro –olá Fleamont.

     -Olá, Lily –ele me deu um abraço –Sentimos a sua falta! Você poderia ter ido conosco.

     -Ah, eu bem que queria! Mas eu tinha que passar pelo menos dois finais de semana em Londres com os meus avós. Eles não tem mais tanta disposição para vir nos visitar.

     -Oh, eu sei bem como é isso –Fleamont riu.

     Por mais que eles sejam pais de James, eles o tiveram tardiamente, com 50 anos apenas. James foi um milagre, eles tiveram três abortos antes dele e mais um depois, quando James tinha dois anos. Diferente dos meus pais, que me tiveram na faixa dos 20 anos.

     -Que isso, pai –falou James, entrando com duas malas –você está ótimo!

     -Está mesmo –concordei, pegando uma mala da mão de James, que sorriu agradecido –onde deixa?

     -Deixa aqui na frente da escada, daqui a pouco eu levo para o meu quarto –respondeu subindo para o quarto dos pais.

     -Eu levo para o seu quarto, idiota –ri baixinho, subindo em direção ao quarto que eu conhecia tão bem.

     O quarto de James tinha mudado muito nesses seis anos que nos conhecemos. O quarto que antes era verde, agora está branco. Sua cama agora virou e casal, e é enorme. Ele deixa um violão e uma guitarra pendurados, que dá um charme para o cômodo.

     Ele tem também uma escrivaninha, que no momento está vazia, mas assim que as aulas voltarem, vão ter folhas soltas, canetas espalhadas e seu notebook aberto, já que James não é nada organizado. Tem um mural de fotos de sua família, suas viagens, mas a maioria era dos nossos amigos. Eu, ele e Lene; ele e Sirius; ele, Sirius e Remus; eu, ele e Sirius; eu, Alice e ele; ele e Remus; ele e Lene; todos nós juntos; e eu e ele, principalmente.

     A foto do lado da sua cama, em cima da cabeceira, era a minha favorita: estávamos abraçados no show do Coldplay, no último verão. Exalávamos alegria!

     -Vendo essa foto de novo? –perguntou James, apoiado na porta, com um sorriso torto no rosto.

     -Ela é linda –ele riu, se aproximando. –Eu a amo, você sabe.

     -Foi um dia bom, né? –sentou na cama, na minha frente –Quem diria que nossos pais deixariam dois pré adolescentes em Londres para ir em um show, hum?

     -Não foram dois –ri –foram cinco! A Alice ficou tão chateada que não pôde ir!

     -Eu lembro, mas ei, como não estávamos na escola, ela teve que fazer novos amigos e acabou se aproximando muito de um certo Longbottom.

     -Olhando por esse lado –sentei do seu lado, apoiando a cabeça em seu ombro.

     -Eu senti a sua falta, ruiva –ele colocou a mão delicadamente em meu cabelo, fazendo cafuné, de um jeito que ele sabia que eu gostava.

     -Eu também –suspirei –principalmente quando eu estava na minha avó Violet. James, é sério, eu me recuso a ir na casa dessa mulher sem você novamente. –ele me olhou interrogativamente  –Ela só falou “oh, o James é tão atencioso”, “o James é tão divertido” –ele gargalhou. –Você ri porque não teve que ouvir isso dois dias inteiros!

     -Fazer o que se meu charme chega até nas mais idosas –bati em sua cabeça –mas eu farei todo o possível para ir com você na próxima vez.

     -Eu vou cobrar isso depois, Potter –ele piscou para mim, rindo. –Mas enfim, a Alice! Ela está tão apaixonada, é a coisinha mais fofa do mundo! Os dois estão, aliás. Ela teve o primeiro encontro perfeito e o primeiro beijo também. –suspirei.

     -Primeiro beijo perfeito, hum? –ele me olhou de relance –acho que agora só sobramos eu, você e o Remus de BV.

     -Só eu e você, querido –ele arregalou os olhos –O Remus perdeu o dele na festa de aniversário do Benjy Fenwick, com a Doe.

     -Doe? A Dorcas? –assenti –ué, e desde quando eles tem alguma coisa?

     -Acho que desde que ela veio passar cinco dias aqui em casa e ele veio me visitar todos os dias com a desculpa de estar cuidando de mim enquanto você estava fora –James bufou.

     -Cuidando de você? Essa é uma tarefa impossível. –dei uma cotovelada nele. –É sério, Lils, eu nunca vi alguém tão desastrado quanto você.

     -Eu não sou desastrada, eu só tropeço um pouco –ele riu –ok, de qualquer forma, ele ficou indo para casa todo dia e ela começou a ficar caidinha nele.

     -Não acredito que eu fui passado para trás pelo Remus –ele bufou, bagunçando o cabelo, naquela mania que ele tem desde pequeno –Ele é tão lerdo, tão tímido e beijou primeiro que eu!

     -Quem é o lerdo agora, Potter? –gargalhei quando ele me olhou em uma carranca –acho que é questão de honra você beijar a primeira garota que aparecer na sua frente.

     -Você é uma garota e está na minha frente, Evans. Está se oferecendo para fazer o trabalho? –arregalei os olhos e ele riu –Eu estou brincando, palhaça.

     -Bom, porque eu perdi o meu BV na festa também –ele me olhou aterrorizado.

     -O que? Com quem? –eu ri.

     -Quem é o palhaço agora, Potter? –a expressão dele suavizou –Eu estou brincando, continuo BV.

     -Lily, querida  –Euphemia me chamou na porta –sua mãe está te chamando para almoçar. Ela disse que é para você ligar o celular.

     -Celular no silencioso novamente, hum? –James provocou.

     -Droga –praguejei ao ver cinco ligações perdidas  –obrigada Euphemia, eu já estou indo.

     -Nós vamos também, querida, sua mãe nos convidou  –sorri, puxando o braço de James.

     -Vamos, estou com fome  –ele riu.

     -E quando você não está com fome, Lily Evans? –bati em sua cabeça levemente, o fazendo rir mais ainda.

     -James! –minha mãe o abraçou assim que entramos na cozinha –Bom te ver, querido. Não aguentava mais essa menina reclamando na minha cabeça que o melhor amigo dela não chegava.

     -Mãe, não fala assim que o ego dele vai aumentar  –revirei os olhos.

     -Então quer dizer que a senhorita reclamou na cabeça da sua mãe porque eu passei duas semaninhas fora? Não sabia que você era tão sensível, Evans –Fleamont bufou depois de ter cumprimentado meus pais.

     -Oh, James, eu preciso te lembrar a quantidade de vezes que eu tive que ouvir alguém reclamando porque a melhor amiga tem mania de deixar o celular no silencioso e dorme até tarde?

     -Eu estou de férias –reclamei para James –não sou obrigada a te mandar mensagem oito horas da manhã!

     -Eu senti falta até das suas reclamações, sua velha resmungona –ele bagunçou meu cabelo e eu dei uma cotovelada nele.

     -Eu sou só dois meses mais velha que você, babaca –ele riu.

     -Olá, senhor e senhora Potter –Petúnia cumprimentou, sentando na mesa da sala de jantar.

     -Olá Petúnia –responderam em uníssono.

     -Vamos, sentem –chamei-os –Mãe, precisa de ajuda?

     -Se ela precisasse, ela iria pedir para mim, porque eu consigo andar sem tropeçar e sem derrubar o macarrão no chão –disse James, e eu corei com a lembrança.

     -Isso aconteceu uma vez, James Potter –rosnei e ele gargalhou, sentando.

     -Não, querida, pode sentar –minha mãe disse, ignorando a interrupção de James. Sentei-me junto aos Potter.

     -Como foi na Espanha? –meu pai perguntou quando estávamos todos sentados nos servindo de...bom, macarrão.

     -Ah, foi ótimo –suspirou Euphemia –Os museus são lindos, todos os pontos turísticos são de tirar o fôlego.

     -Eu imagino –falou mamãe, suspirando.

     A conversa continuou até o final do almoço, com uma Petúnia quieta (ela sempre ficava assim quando os Potter vinham), um James enchendo a minha paciência e comigo dando cotoveladas no idiota que eu chamo de melhor amigo.

     -Você comprou um livro novo –disse James, mexendo nas minhas coisas.

     Os pais de James voltaram para casa, alegando que tinham malas para desfazer, Petúnia foi se encontrar com uns amigos, meus pais foram assistir televisão e eu e James viemos para o meu quarto. No momento ele está mexendo nas minhas coisas, novamente.

     -Que livro? –perguntei, sentando na cama em que até então estava deitada –Que livro, James?

     -Esse aqui –ele disse com um caderno na mão, concentrado em alguma página.

     Olhei para o tal livro e vi que era o meu caderno de música, que eu escondia toda vez que ele vinha para cá na minha gaveta de calcinhas e sutiãs, o único lugar do quarto que James não tocava. Era um caderno em que eu anotava todos os meus pensamentos, anseios, tudo...era extremamente pessoal, quase como um diário, só que de poesia.

     Como eu estava muito ansiosa para James chegar, acabei me esquecendo de esconder. Burra, burra, burra.

     Arregalei os olhos, prendi a respiração e fui correndo em sua direção, pulando em suas costas jogando-nos no chão e tirando o caderno das mãos dele.

     -Não toca nisso –rosnei, saindo de cima dele e sentando na cama.

     -Lily, o que é isso? –ele perguntou quando se recuperou do susto e sentou no chão –Não é novo, parece que você está escrevendo nisso há anos. Como eu nunca soube que a minha melhor amiga escreve músicas?

     -Eu não escrevo músicas, James –revirei os olhos –É tipo um diário. Eu escrevo nele desde o ano passado, e você não sabia porque eu escondia.

     -Eu li uma página –sentou ao meu lado –acho que a última que você escreveu alguma coisa. E a letra é realmente muito boa. Você tem talento, ruiva –bufei –Eu não minto para você, Lily-flower, e você sabe disso. A música é boa!

     -Ótimo, é agora que eu me escondo o resto da vida –coloquei a mão que não segurava o caderno com firmeza no rosto –Não era para ninguém descobrir.

     -Eu sei –ele murmurou, passando o braço pelo meu ombro, me aconchegando em seu peito, que agora não era mais magrelo, e sim era forte e mais definido, graças aos esportes –Desculpe ter lido. Eu não sabia o que era e muito menos que você ficaria chateada.

     Agora me diz como ficar chateada com um idiota desses?

     -Tá tudo bem, James –sorri levemente em seu abraço –Você gostou mesmo?

     -Lily, é incrível –senti sinceridade em sua voz e aumentei o sorriso –você é tão talentosa, ruiva. Posso ler tudo? Por favor?

     Refleti por um instante...e bom, ele já tinha lido a maior parte, né? Não ia fazer mal ler mais um pouquinho.

     -Pode, desde que você jure juradinho e de dedinho que não vai falar para ninguém sobre isso. –ele sorriu, estendendo o mindinho.

     -Eu juro juradinho e de dedinho, princesa –eu ri, dando uma cotovelada nele –O que? Não gostou do novo apelido? –neguei entregando o caderno para ele.

     -Eu passo duas semanas fora, volto morrendo de saudade e com um apelido carinhoso e é assim que eu sou recebido? –bufei.

     -Larga de ser dramático, Potter –ele riu, abrindo o caderno.

     -Espera um segundo –ele disse quando terminou de ler, saindo correndo porta a fora.

     Ele voltou dois minutos depois com o violão na mão e sorrindo abertamente.

     -Sério isso, James? –revirei os olhos.

     -Vai para o teclado –mandou, sorrindo.

     E como sempre, eu não consegui dizer não...

     -Me segue, ruiva –eu sorri, fazendo o que ele pedia.

If you ever find yourself stuck in the middle of the sea

I'll sail the world to find you

If you ever find yourself lost in the dark and you can't see

I'll be the light to guide you

Find out what we're made of

When we are called to help our friends in need

 

      Sorri levemente ao ouvir a sua voz. Ela era afinada, quentinha, aconchegante, ela era lar. Ele sorriu para mim, me pedindo para acompanhá-lo com o olhar. Revirei os olhos e cantei junto.

 

You can count on me like one, two, three

I'll be there

And I know when I need it

I can count on you like four, three, two

You'll be there

'Cause that's what friends are suppose to do

Oh, yeah

 

If you tossing and you turning and you just can't fall asleep

I'll sing a song beside you

And if you ever forget how much you really mean to me

Everyday I will remind you

Oh

Find out what we're made of

When we are called to help our friends in need

 

     Tendo escrito a música, eu tenho certeza que esse trecho não existe. Ou não existia. James lançou-me uma piscadela e voltou para o refrão, me pedindo com o olhar para acompanhá-lo.

 

You can count on me like one, two, three

I'll be there

And I know when I need it

I can count on you like four, three, two

You'll be there

'Cause that's what friends are suppose to do

Oh, yeah

 

(Ooh, ooh, ooh, uh, uh)

(Ooh, ooh, ooh, uh, uh)

(Yeah, yeah)

 

You’ll always have my shoulder when you cry

I’ll never let go, never say good-bye

 

   Ele veio de novo com mais dois trechos inéditos, e eu não consegui segurar o riso.

 

You can count on me like one, two, three

I'll be there

And I know when I need it

I can count on you like four, three, two

You'll be there

'Cause that's what friends are suppose to do

Oh, yeah

(Ooh, ooh, ooh, uh, uh)

You can count on me cause I can on you.

 

      -Isso realmente ficou fantástico –James disse, colocando o violão de lado, batendo na cama, pedindo silenciosamente para eu sentar ao seu lado.

     -James, eu...-parei quando ele me lançou um olhar raivoso.

     -Se você for se menosprezar, Lily Evans, é melhor você parar por aí. –bufei –Eu estou falando sério –ele entrelaçou nossos dedos –Ficou lindo!

     -É, acho que com a melodia ficou legal...

     -Ficou maravilhoso porque você é maravilhosa, e tem um melhor amigo maravilhoso que te dá inspiração para escrever músicas lindas. –revirei os olhos.

     -A música é para Lene –ele me olhou como quem não acredita –é verdade.

     -Quem você quer enganar, ruiva? –riu, pegando o caderno e anotando os versos que ele acrescentou.

     -Isso foi bem espontâneo –apontei para os trechos.

     -Fazer o que, eu estava cantando para a minha melhor amiga –corei –diferente dela, que ignorou completamente a minha existência e criou uma música de amizade para outra pessoa.

     -Como você é dramático, James Potter –ele riu.

     Ele me olhou nos olhos e por um instante, não consegui respirar. Me vi perdida nele, e no seu olhar. O que estava acontecendo, eu não sabia. Era uma sensação tão diferente, tão nova, tão gostosa.

     Me vi chegando mais perto e o vi se inclinando em minha direção. Me vi fechando os olhos e prendendo a respiração. Senti seus lábios roçarem nos meus...

     -Honey you are a rock...upon witch I stand—não, isso não foi James Potter cantando uma música romântica para mim.

     Isso foi o som do celular de James tocando, nos fazendo pular e nos afastar envergonhados. O que acabou de acontecer?

     -Oi, Sirius –James atendeu, levantando da cama e indo para o outro lado do quarto –Sim, eu já cheguei.

     -Põe no viva voz –falei, resolvendo ignorar as sensações estranhas no meu peito.

     -Você está no viva voz, então não fale nada muito idiota –Sirius soltou a sua risada alta.

     -Oi, Lily. Eu estava aqui, na minha casa, colocando ração para um certo cachorro que ficou comigo quando o dono dele resolveu ir para a Espanha, quando os pais desse meu suposto amigo vieram buscar Snuffles. Sabe, eu fiquei realmente chateado, porque além do idiota desse meu amigo não ter vindo buscar o cachorro dele que eu cuidei por duas semanas de graça, ele não me avisou que tinha chegado!

     —Desculpe –disse James, revirando os olhos –e obrigado por cuidar de Snuffles.

     -Six –chamei, pegando o celular de James –não seja tão dramático. Eu sei que você sentiu falta dele, e tudo mais, mas...

     -Mocinha, você sentiu falta dele tanto quanto eu. A diferença é que os seus sentimentos foram correspondidos, já que James resolveu te avisar que chegou e passar o resto do dia com você enquanto eu fui deixado de lado como uma segunda opção.

     -Larga de ser idiota, Sirius –falei, revirando os olhos –Oh, eu o deixo com um lacinho na cabeça de presente na sua porta em meia hora, ok?

     -Credo –resmungou James, pegando o celular da minha mão –Cachorro, vai parar de drama ou eu vou ter que te ignorar o resto do dia? –Sirius gargalhou.

     -Liga para o resto do povo e a gente se vê na Florean Fortescue em meia hora—ele respondeu, ainda rindo.

     -Tchau, Six –falei antes de James desligar –Eu ligo para Lene e você para o Remus –ele assentiu.

     -Lily, espera –ele disse quando eu me virei para pegar meu celular na escrivaninha –sobre o que aconteceu, ou o que quase aconteceu, que seja, eu...desculpe.

     -Não é culpa sua, Jay –sorri –eu também participei do que quase aconteceu. –ele limpou a garganta, corando.

     -Eu sei que isso vai parecer estranho, mas eu...-ele limpou a garganta novamente –eu pensei se você poderia ser meu primeiro beijo, e eu o seu –arregalei os olhos –não, calma. Isso não significa que estejamos apaixonados um pelo outro nem nada assim, é só que eu quero que seja com alguém especial, por mais brega que isso seja –riu fraquinho –e não tem alguém mais especial no mundo que você, Lils –minha vez de corar.

     -James, eu não sei se isso é uma boa ideia. Você é o meu melhor amigo, e eu te amo assim, e definitivamente não quero te perder e perder seis anos de amizade por um beijo. –ele suspirou, passando a mão no cabelo, arrepiando-os mais ainda.

     -Você não vai me perder, ruiva. Nunca. Juro juradinho e de dedinho –sorri –Mas somos os únicos que ainda não perderam o BV no nosso grupo e é melhor já termos uma ideia do que fazer quando nos apaixonarmos por alguém, né? –eu ri.

     -Eu definitivamente não quero que meu futuro namorado ache que eu beije mal –fiz uma careta.

     -Viu? –ele sorriu, se aproximando e me enlaçando pela cintura, fazendo com que meu coração parasse de bater e voltasse com toda a força –Isso é um ‘sim’?

     -James, você tem certeza? Eu não quero que as coisas fiquem estranhas...

     -Eu não vou deixar as coisas mudarem, ruiva. Você vai? –ele me olhou com intensidade.

     -Não, mas...-suspirei –você também é a pessoa mais especial do mundo, James –ele sorriu.

     -Agora é um ‘sim’? –mordi o lábio inferior, pensativa.

     -É um ‘sim’ –sorri, prendendo a respiração quando ele se aproximou.

     Ele chegou mais perto, tirou uma mão da minha cintura para colocar uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Eu suspirei, me aproximando também, colocando as duas mãos em seu cabelo macio, o qual eu amava passar a mão.

     Ele roçou seus lábios nos meus e eu os colei, suspirando com a sensação. Meu coração batia tão forte que eu achava que era capaz de James ouví-lo.

     Sua língua entrou em contato com a minha e foi a vez dele suspirar com a sensação. Estávamos em uma dança lenta. Eu não saberia dizer quanto tempo havia se passado...poderia ter sido um minuto, uma hora, um ano que eu nem notaria.

     Nos afastamos calmamente, sorrindo um paro o outro e eu o puxei para perto novamente, dessa vez para abraçá-lo. Ele me levantou, nos girando pelo quarto, enquanto eu ria descontroladamente.

     -Você até que é uma boa beijoqueira, Evans –ele provocou, quando nos separamos.

     -E você não é de todo ruim –ele riu. –Agora vamos, temos que ligar para todo mundo antes que o Sirius nos mate.

     -Cachorro dramático –praguejou. –Alguém vai saber do que aconteceu aqui? –ele apontou para nós dois.

     -Não –ele assentiu –quem sabe a gente conta daqui 10 anos –ele riu –mas a gente pode soltar, daqui uns meses, claro, para não desconfiarem de nada, que não somos mais BV’s. É só não contar com quem e como foi.

      -Concordo –ele sorriu para mim.

     Limpamos a garganta e voltamos para a tarefa de ligar para nossos amigos.

     Meu Deus, eu beijei James Potter! E gostei!


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Notas finais do capítulo

Agora sim o primeiro capítulo oficial! Avisei para vocês que ia ter música, né? Essa história aqui vai ser recheada delas! Nenhuma será minha porque –infelizmente –sou um desastre nessa área, mas vamos fingir que foram esses personagens que escreveram!
A desse capítulo é “Count on me”, do Bruno Mars! Eu amo, e vocês?
Gostaram da história?
Vejo vocês novamente na sexta!
Beijos!



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