Eu o conheci no colégio, ensino médio, e desde então fiquei grudada com ele. Acompanhei toda sua trajetória, sua evolução, seus aprendizados, sem nunca sair do lado dele. Fui notar que estava apaixonada no final do último ano do ensino médio, quando ele convidou Debra para ir ao baile e não eu, mas como ele poderia? 

O tempo foi passando e eu tentei esquecer do que eu costumava chamar de “paixonite platônica” e eu teria conseguido, se fosse só isso mesmo. Continuei junto a ele na faculdade, vendo ele saindo com várias garotas, tentando encontrar aquela que o transbordasse. E eu ajudava na procura, o que mais eu poderia fazer?

Só que os dias foram passando, e esses dias viraram meses, que viraram anos e ele nunca achou aquela que estava destinada a ele. Eu via sua tristeza por isso, ele se sentia sozinho e isso me machucava, mas eu estava ali para ele, sempre para ele, como eu deveria estar.

Ele só não tinha como saber disso, já que cupidos não podem ser vistos por seus clientes.