Minha Âncora escrita por CM Winchester


Capítulo 13
Capitulo 12




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Sexta-feria cheguei da escola e corri para o meu quarto. Tomei um banho demorado. Mel tinha voltado para casa hoje já que seus pais chegaram de viagem de manhã.
Passei pelo closet tentando decidir qual roupa usar. Optei por um vestido branco sem mangas, meia calça cinza, jaqueta de couro cinza e calcei meu ankle boots.
Estava observando meu reflexo no espelho quando a companhia tocou. Corri ate as escadas a tempo de ver uma governanta abrir a porta.
— Er... Oi. - Isaac falou.
— Entre, Senhor Lahey. - Deu espaço para ele entrar.
Foi nesse momento que ele me viu descendo as escadas e sorriu.
— Oi. - Falei me aproximando para beijar seus lábios.
— Eu não sabia se devia trazer flores.
— Minha mãe é alérgica a flores. Quando a primavera começa sua alergia piora. - Assentiu depois lançou um olhar para a Governanta. - Ela quer o seu casaco depois vai nos levar ate a sala onde meus pais estão e anuncia-lo.
— Ok. - Tirou o casaco e entregou a ela depois me encarou. - Bizarro! Achei que isso fosse coisa de filme. - Sorri.
— Você se acostuma com o tempo. - Seguimos a governanta ate sala.
— O senhor Lahey acabou de chegar. - Entramos na sala e meus pais levantaram.
— É um prazer conhece-lo Isaac. - Minha mãe o abraçou.
Vi surpresa em seus olhos e escondi um sorriso.
— Você é bem alto rapaz. - Sorriu se afastando.
— Isaac essa é a Sonya e meu pai Tim. - Apresentei.
Meu pai se aproximou e apertou a mão de Isaac.
— Aperto de mão firme. - Elogiou me fazendo revirar os olhos.
Isaac não sabia o que responder então somente assentiu.
— Sente-se. - Mamãe falou. - Isaac, você aceita beber algo antes do jantar?
— Não, obrigado.
— Vinho, espumante? - Meu pai pressionou. - Temos cerveja se quiser.
— Não, eu não bebo. Obrigado.
— Você não bebe bebida de álcool? - Minha mãe perguntou surpresa. - É o primeiro que conheço.
— Eu já bebi quando era mais novo, mas... Larguei faz uns anos.
— Era um vicio? - Papai perguntou.
— Não! - Isaac balançou a cabeça. - Nunca fui de beber muito. Era coisa de adolescente, perdeu a graça. - Deu de ombros.
— Ok. Grace esta dispensada. - A governanta assentiu e se afastou.
Nos sentamos nos sofás enquanto conversavam. Na verdade meu pai interrogava Isaac. Era desesperador e constrangedor. Isaac se manteve calmo enquanto contava sobre a sua vida.
— Jogava lacrosse então. - Papai comentou. - Pretende fazer isso?
— Já estou com os papeis para ele se inscrever na faculdade. - Falei animada e Isaac me encarou surpreso.
Fingi que não vi isso.
— Qual faculdade?
— A mesma minha é claro. Tem cursos ótimos. Talvez conseguimos algumas aulas juntos. - Encarei Isaac sorrindo.
— Já sabe o que vai cursar Isaac? - Mamãe perguntou.
— Pensei em engenharia civil. Mas ainda não me decidi. Chris pretende retornar aos Estados Unidos em breve.
— E você voltará junto? - Papai perguntou.
— Não. - Isaac me encarou. - Acredito que meu lugar seja aqui na França. A gente se encaixa onde nosso coração está! - Encarou meu pai. - Por isso mudei meus planos. Ficarei morando sozinho e vou para a faculdade.
Senti tanto orgulho dele que sorri largamente o encarando.
— Com licença. - Grace voltou. - O jantar esta pronto.
— Ótimo. - Mamãe levantou e seguimos para a mesa de jantar.
Pelo menos tinham feito uma comida simples, nos sentamos e peguei um guardanapo o colocando em cima das pernas, Isaac seguiu meu movimento.
— Você não é muito acostumado com isso. - Papai comentou.
— Não. Como vocês já sabem minha familia era... De classe social baixa por assim dizer. Aprendi a trabalhar desde novo afinal nada vem de graça para gente como eu. - Retrucou.
Meu coração se apertou. O jantar não seria tão bem quanto esperava. Toquei seu braço discretamente.
— Isso é verdade, nada vem de graça. E quando vem temos que trabalhar para manter. - Papai respondeu fazendo Isaac assentir.
O jantar foi servido e nós comemos em silencio. Na verdade todos comeram. Estava tão nervosa que a comida não tinha gosto por isso mal consegui comer. Tinha um gosto amargo na minha boca. Um nervosismo que nunca senti.
Quando finalmente o jantar acabou veio a sobremesa. Continuamos comendo em silencio. Esperei Isaac terminar e levantei.
— Vem conhecer a casa. - Toquei seu braço o chamando.
Seguimos pelas escadas em caracol ate o corredor dos quartos. Avancei sem ao menos tocar em alguma porta ate finalmente chegar ao meu quarto. Abri a porta e entrei puxando ele para dentro.
— Desculpe por isso. - Falei encostando seu corpo contra a porta.
— Tudo bem, eu já esperava isso. E meio que já me acostumei. Passei a minha vida sendo menosprezado pelo meu pai. - Deu de ombros me encarando nos olhos. - Não se preocupe. - Beijou meus lábios. - Então é aqui que você dorme.
— E lá que eu me escondo. - Apontei para a porta do sótão que estava aberto com a escada pronta.
Subimos e ele ficou impressionado com o que viu.
— Bem legal. - Olhou em volta ate encontrar o mural de fotos. - Você gosta mesmo de fotografar.
— Sim, são as únicas lembranças que vamos levar para sempre. - Olhei em seus olhos que estavam confusos. - Nós vivemos de momentos. Momentos bons, ruins. Tudo passa. E conforme o tempo vai passando você esquece do que viveu. Por isso as fotos. Estão aqui para me fazer lembrar coisas boas.
— Nunca te vi tirando essas fotos. - Apontou para suas fotos antes da gente conversar.
— Sempre tive uma quedinha por você. - Murmurei abraçando seu corpo contra o meu.
— E ali estão os desenhos? - Apontou para a mesa onde tinha varias folhas com desenhos.
— Sim. Desde que comecei a sonhar com você.
— Sabe o por que disso? - Observou os desenhos.
— Não. - Cocei a sobrancelha. - Somente comecei a sonhar. E continuei sonhando ate... Nosso encontro quando assumimos algo.
Ficamos mais um tempo conversamos ate que resolvemos descer, Isaac se despediu dos meus pais e foi embora. Ficamos na sala nos encarando.
— Precisava trata-lo daquela forma? - Perguntei ao meu pai.
— Por Deus! Você consegue algo muito melhor! Espero que ele não ponha mais os pés aqui e que você termine esse namoro! Ele é um garoto sem futuro!
— Ele vai fazer a faculdade!
— Ele não tem dinheiro e duvido que tenha notas para passar.
— Não vou terminar com ele!
— Vai terminar com ele, sim! Do contrario deixarei você de castigo.
Levantei furiosa.
— E se eu disser que não me importo com isso, vai me expulsar de casa? Me tirar do testamento como fez com Nate?
— Vocês dois só me decepcionam. São uma vergonha!
— Olha aqui. - Apontei meu dedo para ele sentindo minha pele muda de cor e as luzes começarem a piscar. - Eu respeitei cada decisão de vocês. Deixei minhas escolhas de lado para viver a vida que você sonhou. Mas agora chega! Não tente controlar meu relacionamento com Isaac.
— Você só esta querendo uma aventura. Esta querendo algo diferente.
— É tão difícil acreditar que eu gosto dele?
— Você não sabe o que é isso, Natalie!
— Acabo de descobrir o que é isso, eu amo Isaac. - Agarrei meu celular e segui para a porta.
— Onde você vai?
— Passar o final de semana na casa do Isaac. Caso queira me expulsar de casa, me avisa por que vou levar minhas roupas. - Virei para ele. - Nunca mais você vai controlar a minha vida. Sou maior de idade e faço o que eu quiser. E fico com quem eu quiser.
O motorista me levou ate a casa da Mel. Desci e ela me entregou uma mochila com algumas roupas que estavam na casa dela depois caminhei ate a casa do Isaac.
Bati na porta e esperei ate ele abrir.
— Natalie? O que esta fazendo aqui?
— Quero você, Isaac.


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