Sinais escrita por Sirena


Capítulo 16
Cães e Psicológos


Notas iniciais do capítulo

Obrigada heywtl, Mayra B, Isah Doll, Mabel Falls, Minnie e fran_silva pelos comentários ♥
Obrigada a Mabel Falls por favoritar ♥



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Ícaro

Gelei ainda na garagem.

Alexia estava falando com a vizinha em frente ao portão.

O Dobermann estava com elas.

E ele estava me olhando.

Voltei para dentro correndo.

Meu Deus, eu só queria comprar leite condensado pra fazer brigadeiro!

Eu só queria uma porcaria de brigadeiro.

Inferno.

Já na sala me joguei no sofá irritado. Por que eu tinha que ficar assim só com um cachorro que ficou me olhando? Por que eu tinha que ser tão idiota e me prestar a um papel tão ridículo?

Senti um beliscão no tornozelo e me sentei, tentando afastar esses pensamentos.

“Você comprou o leite condensado?” — minha mãe perguntou.

Hesitei.

Merda.

“Tava fechado.”

Ela uniu as sobrancelhas não parecendo acreditar. Encolhi os ombros sem jeito. Ela sabia que era mentira. Era muito cedo para já estar fechado. Minha mãe me olhou um instante antes de sair e eu sabia que iria tentar ver se estava fechado mesmo. A padaria era no fim da rua, dava para ver do portão... E quando chegasse na garagem, ela veria o cachorro e saberia o que realmente aconteceu.

Fui correndo me trancar no quarto. Não queria nem ver quando ela voltasse sabendo o porquê de eu ter voltado para dentro.

Me deitei na minha cama, apertando meu travesseiro entre os braços e respirando fundo sentindo meus pulmões apertarem. Era loucura, pensei, era loucura surtar por apenas isso... Mas, minha casa devia ser um lugar seguro, a calçada também devia. E me assustava pensar que não era.

Fechei os olhos e meus abraços se arrepiaram enquanto eu seguia me lembrando daquele dia.

Tinha sido uma volta de escola normal como todas.

Eu tinha treze anos e o Fabiano quinze.

Lembro que não parava de olhar para ele enquanto conversávamos e de como ele escondeu nossas mãos dadas com a mochila. Conversar com uma mão só não era muito fácil, mas valia a pena. Eu gostava de como ele segurava minha mão apertando meus dedos contra sua palma de maneira afetuosa.

Lembro da sensação das grades frias do portão durante o beijo que foi tão rápido que mal dava para recordar.

Lembro da cara vermelha furiosa do vizinho gritando quando nos afastamos e de como me atrapalhei com a chave enquanto tentava abrir o portão, assustado demais porque nunca tinha me acontecido algo assim.

Lembro dos cachorros e do Dobermann pulando em cima de mim.

Lembro que levantei um braço para proteger o rosto e que tudo apagou um instante.

Lembro que quando recobrei a consciência, Alexia estava me puxando para dentro e ameaçando o cachorro com a vassoura velha e que nunca vou entender como ela conseguiu afastar dois Dobermanns furiosos apenas com um pedaço velho de madeira.

Lembro da adrenalina passando enquanto minha irmã trancava o portão e eu começava a tomar consciência da dor que estava sentindo no braço... De como chorei quando vi o machucado.

Também lembro perfeitamente todas às vezes que aquele velho filho da puta atiçou os cães para cima de mim. E todas às vezes depois que os cães foram colocados na rua que eu corri para dentro com eles atrás de mim e como eu caia no chão da garagem tremendo tentando entender como conseguia fugir de cães daquele tipo e agradecia a evolução humana pela maravilha da adrenalina.

Eu olhava da esquina antes de entrar na rua de casa, para ver se eles estavam ali. Eu ficava ansioso aqui dentro, louco para sair, mas apavorado com a ideia. Eu ficava ansioso lá fora, contente por estar momentaneamente livre, mas apavorado em saber que teria de voltar em alguma hora.

Fechei os olhos sentindo as lágrimas quererem cair enquanto eu revisitava todas aquelas memórias, um enjoo subindo minha garganta.

Não, não, não.

Eu estava a dois passos de surtar e sabia disso.

Precisava guardar aquelas lembranças de novo, não podia ficar pensando nelas... Mas, elas continuavam vindo e vindo, como um filme sem fim, como se estivessem no repeat e eu não conseguia parar de me lembrar e meu coração disparava e... E era como algum tipo de tortura. Como se estivesse me torturando com meus próprios pensamentos.

Apertei mais o travesseiro.

Terrível. Os meses de medo agonizante em que eu não conseguia ir a lugar nenhum, em que andava pela casa sem rumo igual um fantasma e tremia a cada sombra que aparecia, como se aqueles cães fossem invadir minha casa para virem atrás de mim... Minha respiração estava pesada e arrastada enquanto as lembranças vinham fazendo meu pescoço apertar mais e mais. Os meses depois, enquanto eu tentava voltar a sair e me deparava com tudo que tinha mudado...

Senti meu celular vibrar no bolso, me tirando de meus pensamentos e limpei o rosto, me sentando na cama ainda abraçando o travesseiro enquanto desbloqueava o aparelho.

[Mathias]
Ei vida
A gnt vai pra onde amanhã?

 

Hesitei.

[Ícaro]
Não sei
Eu quero não sair
Que tal vc vir aqui de novo?

 

[Mathias]
Ok 
Posso dormir ae esse fim de semana?

 

[Ícaro]
Pode eu acho
Você tá bem?

[Mathias]
Claro
Por que não estaria?
E vc?

Tive vontade de chamá-lo de mentiroso, mas resisti. Mordi os lábios, vendo minhas mãos tremerem e suspirei.

 

[Ícaro]
To com medo

 

[Mathias]
Pq???
Aconteceu alguma coisa?

 

[Ícaro]
Lembra cachorro que falei?
Ele tava na frente de casa
Eu voltei correndo pra dentro
Minha mãe viu
To com medo de ela falar pro meu pai
Eles vão ficar MUITO preocupado

 

[Mathias]
Entendi
Mas vc tá bem?

 

[Ícaro]
To
Só meio
Sabe
Perdido

 

[Mathias]
Entendi

 

[Ícaro]
Me distrai
Por favor

 

[Mathias]
Sabia que tem mais de 43 quintilhões de combinações possíveis num cubo mágico?

 

[Ícaro]
Que?

[Mathias]
Como contaram isso eu n sei
Mas é isso
Quintilhões
Eu nem sei direito o que é isso

[Ícaro]
Quem fez essa recontagem???

[Mathias]
Alguém com muito
Muito tempo livre

 

[Ícaro]
Como vc tá?

 

Ele me mandou um emoji revirando os olhos.

Suspirei.

[Ícaro]
Amorr

 

[Mathias]
Eu to bem
As férias estão chegando
E eu finalmente vou ter paz
Só tenho que sobreviver ao mês de provas
E tirar uma boa nota para n perder o desconto

 

[Ícaro]
E se eu te ajudar a estudar quando vc vier amanhã?

 

[Mathias]
Pode ser

 

[Ícaro]
Vc é o animo em pessoa

 

[Mathias]
Kkkk desculpa
Eu vou gostar da ajuda
Obrigadooo ♥

 

[Ícaro]
Por nadaaaa ♥ ♥ ♥

 

Apoiei o queixo na mão olhando a tela do celular apagar sem ter ideia do que mais escrever a seguir. Fechei os olhos, encostando a cabeça na parede e pensando um pouco.

O celular vibrou na minha mão e eu suspirei, desbloqueando.

Era minha mãe pedindo para eu destrancar a porta.

Coloquei o aparelho de lado e abracei meus joelhos, encarando a porta fechada do meu quarto, sentindo meus olhos arderem.

Escondi o rosto nos joelhos, apertando as mãos e respirei fundo várias vezes, tentava me convencer a levantar da cama e sair do quarto mas, no fundo eu sabia que iria ficar exatamente onde estava.

Enquanto pudesse.

***

 Acordei sem mal conseguir mexer o pescoço e sentindo dor nas costas. Cair no sono sentado sem nem um travesseiro para apoiar as costas na parede foi realmente uma péssima ideia.

Tateei o colchão ainda de olhos fechados até encontrar meu celular e suspirei respirando fundo antes de finalmente abrir os olhos e olhar as horas.

23h54

Tinham várias notificações de mensagens, tanto dos meus pais quanto da minha irmã, do Davi, do Mathias... Suspirei olhando-as, mas sem abrir porque realmente não estava com a menor vontade de responder. Eram várias mensagens pedindo para eu abrir a porta, perguntando se eu estava bem e tantas outras variações disso. Tinha também uma do Ian, mandando uma foto de sua maquiagem de vampiro. Estava bonito, mas não respondi.

O pai do Ian sempre questionava suas maquiagens artísticas. "Você não devia parar de se maquiar?" Ao que o Ian respondia sempre "se garotos cis podem usar maquiagem sem serem questionados, eu também posso." Acho que o pai dele acabava concordando com o argumento.

De qualquer forma, a mensagem do Rodrigo era diferente.

 

[Rodrigo]
Numa escala de 1 a 10
Qual a chance de vc faltar a escola segunda?

 

Franzi a testa enquanto pensava sobre.

Tinha quase certeza que minha mãe devia ter contado a Alexia o que aconteceu e, quando não respondi às mensagens de nenhuma das duas, Alexia devia ter contado ao Davi que devia ter contado a Sabrina que devia ter contado ao Rodrigo, porque é assim que a fofoca funciona. E como o Rodrigo tem um jeito extremamente paternal com todos os amigos, ele devia ter achado melhor me mandar mensagem.

Infelizmente, o Rodrigo também era fofoqueiro então eu tinha certeza que todos os meus outros amigos da escola já deviam estar com a certeza de que eu surtaria e ficaria sem sair de casa, e isso era humilhante.

Mas, de qualquer forma, eu gostei de como ele perguntou. Nada de “o que aconteceu?” ou “tá tudo bem?” só um “vai pra escola segunda?”. Parecia uma pergunta tão desmotivada que dava até para acreditar que ele não sabia o pequeno susto/surto que tive.

E eu preferia acreditar que ele não sabia.

[Ícaro]
Não sei
6 talvez

 

A mensagem dele já tinha sido enviada há algumas horas, então não esperei que respondesse, apenas coloquei o celular de lado e me levantei me espreguiçando.

Eu estava descalço e o chão estava gelado. Senti minhas pernas tremerem enquanto me aproximava da porta. Respirei fundo enquanto girava a chave e engoli em seco saindo do quarto.

A luz da cozinha estava acesa.

Fechei os olhos me amaldiçoando. Eu tinha esperança que meus pais já estivessem dormindo a essa hora...  Suspirei, andando para lá.

Para minha surpresa, não eram meus pais que estavam na cozinha.

Alexia estava sentada no balcão da pia, uma xícara na mão.

“O que é?” – perguntei e ela colocou a xícara de lado para poder responder:

“Leite quente com chocolate derretido.”

“Parece bom.”

Minha irmã sorriu me estendendo a xícara permitindo que eu desse um gole.

Estava bom mesmo.

Tinha gosto de chocolate Alpino.

Devolvi a xícara, sorrindo. Alexia estava usando seu pijama da Docinho das Meninas Superpoderosas, eu estaria usando um pijama dos Meninos Desordeiros se tivéssemos achado um pijama desses, mas, como o resultado dessa busca foi infrutífero, Alexia comprou um pijama da Docinho e eu um da Lindinha.

“Fiz uma xícara de chá pra você. Só falta esquentar.” – ela apontou para a xícara no balcão da cozinha. – “É de camomila.”

“Obrigado, Alexia.”— forcei um sorriso enquanto colocava a xícara no micro-ondas e me sentava ao lado da minha irmã no balcão de pedra. – “A mãe e o pai foram dormir?”

“Foram. Mas, eles estavam preocupados. Mamãe viu o cachorro.” – tentei manter minha expressão impassível ciente de que minha irmã estaria analisando minha reação a menção daquele Dobermann. – “É um cachorro do bem Ícaro. Ele é treinado e muito manso.”

“Não. Ele me olha e vê minha alma.” – estremeci. – “E sabe o que ele vê na minha alma? Ele vê um brinquedo de morder.”

Alexia deu risada revirando os olhos antes de descer do balcão e ir abrir o micro-ondas, pegando minha xícara de chá e me entregando. Suspirei dando um gole no líquido quente.

“Você e o Mathias vão para onde amanhã?”

“A gente não vai sair, ele vai vir aqui em casa.” – respondi hesitante. - Não me olha assim! A gente vai estudar, as provas dele tão chegando e ele tá preocupado. Achei que ia ser uma boa forma de ajudá-lo a se acalmar.”

Alexia fez uma cara de “vou fingir que acredito” e eu dei mais um gole no meu chá enquanto ela voltava a se sentar do meu lado, pegando sua xícara de leite e chocolate.

Ficamos em silêncio um longo instante e eu fiquei balançando as pernas, me sentindo ansioso mesmo com o chá calmante. Deitei o rosto no ombro da minha irmã mesmo com o pescoço doendo, sentindo meu coração acelerar sem razão. Alexia passou um dos braços em volta dos meus ombros, me segurando perto. Ficar perto da Alexia me passava uma sensação de calmaria única, como se por um instante tudo estivesse certo no mundo. Meus pais diziam que quando éramos bebês só conseguíamos dormir no mesmo berço, de acordo minha tia isso era porque tínhamos "dividido a mesma cama por nove meses". Acho que é meio por isso que eu sempre me sinto melhor perto dela.

Terminei o chá e coloquei a xícara ao lado da pia enquanto me levantava, sem saber bem o que fazer. Eu tinha dormido muito, não ia conseguir cair no sono tão cedo.

“Eu não gosto de cachorro.” — comentei, sem mais ideia do que dizer ou fazer.

Alexia franziu os lábios, me olhando daquele jeito que só ela conseguia antes de dar o último gole em sua xícara e colocá-la na pia, vindo para o meu lado.

“Vamos tentar de novo, tá?”

Eu não tinha certeza do que ela estava falando, mas concordei e deixei minha irmã me puxar para o quarto dela.

Me sentei na cama enquanto Alexia pegava o laptop e vinha para o meu lado. Ela ajeitou a coberta envolta dos nossos ombros e se encostou em mim enquanto o Google abria no navegador.

Suspirei percebendo o que ela queria fazer e não me surpreendi com o que digitou na barra de pesquisas:

Psicólogos fluentes em Libras

Abrimos as listas de sites e eu me sentia cada vez com mais vontade de sair do quarto dela, enquanto lia os endereços. Sempre outros estados e quando em São Paulo, sempre em outras cidades.

“Como não tem UM atendimento inclusivo na capital?” — perguntei, irritado. Meu Deus, se essa era a situação na capital, eu realmente me sentia mal pelos surdos de cidades pequenas.

“Paciência, irmãozinho. Paciência.” — Alexia disse e me deu um peteleco na testa sem tirar os olhos da tela enquanto descia a lista. – “São Paulo.”

“É no Centro.” — observei, franzindo a testa. – “Ainda é longe.”

Alexia suspirou concordando, mas anotou o endereço e o contato numa nota do computador mesmo assim. Finalmente encontramos um site que tinha uma lista enorme com direito a diversos filtros, coisa que os sites anteriores não tinham.

“Ok. Em São Paulo.” – Alexia marcou – “Atendimento em Libras. Homem ou mulher?”

“Tanto faz.”

“Preferência de abordagem?”

“Eu nem sei o que é isso.” – bufei.

Alexia concordou e apertou no botão de busca.

Mordi os lábios observando a tela de espera antes da lista de psicólogos disponíveis aparecer. Minha irmã franziu os lábios e começou a abrir diversas abas com os perfis que apareceram.

“Dá pra dizer que você tem estresse pós-traumático ou é só ansiedade mesmo?” — ela franziu os lábios lendo o perfil da primeira da lista.

“Próxima.”

“Por quê?”

“Não fui com a cara dela. Próxima.”

Alexia me olhou torto antes de fechar a aba, revelando a seguinte.

“Essa parece legal.”

“Não.”

“Ícaro, não tem muitas opções, você não pode fazer charme.“

“É longe e ela se formou tem pouco tempo. Olha ali.” – apontei para a parte que indicava a formação acadêmica.

“Tá. Esse também não. Ele atende em Campinas. Muito longe.” – ela suspirou, fechando a aba e passando para o próximo. Fechei as mãos para resistir ao impulso de dizer que aquele nem se atendesse perto. Tinha a foto dele no site e ele era bonito demais, não ia dar certo. A beleza dele ia afetar a minha concentração totalmente.

“Essa!” – Alexia pareceu animada com a opção que surgiu. – “A-G-O-R-A-F-O-B-I-A é tipo... Medo de sair de casa. Parece promissor.”

Olhei torto e tirei o computador do colo da Alexia para poder ler melhor.

“Não.”

“Porquê?”

Dei de ombros fechando a aba e ela bufou tirando o laptop do meu colo e me olhando com raiva enquanto eu via: aquela tinha sido a última opção que tinha disponível no site. Merda.

“Ícaro, não é como se você tivesse uma lista enorme de escolhas disponíveis! E você não pode julgar por um resumo rápido num site. Isso não é o Tinder!”

“Por isso mesmo que eu tenho que levar o resumo mais a sério ainda! É alguém que vai me ajudar a tratar da minha cabeça, Alexia! Não é o mesmo que marcar encontro com um desconhecido num aplicativo!”

Minha irmã balançou a cabeça, voltando a abrir algumas das abas anteriormente fechadas.

“Essa.” – declarou por fim me mostrando o primeiro perfil que havia aberto. – “Ela se formou já tem tempo e atende perto. E você não pode mais opinar porque nem você sabe o que quer. Vou falar com a mamãe pra agendar uma sessão e você vai! E se não gostar da abordagem dela, a gente tenta outro. Mas, você vai tentar primeiro, entendeu?”

“Mas...”

“Não. Não quero ver uma reclamação.” – fechou o laptop com força e puxou meu rosto para que a olhasse nos olhos. – “Já é difícil achar psicólogo que saiba Libras, você não vai ficar de charme com os poucos que deu pra encontrar, entendeu? Já é difícil o fato de você não querer tentar!

“Eu quero tentar!”

“Pois não parece!” — ela me olhou rigidamente. – “Vai passar com essa e fim de conversa.”

Suspirei frustrado enquanto minha irmã desligava o laptop e se levantava para guardá-lo. Não me mexi enquanto pensava no que ela tinha dito um instante e puxava os fios soltos da coberta.

Lexi voltou a se sentar do meu lado e tocou meu ombro, mas não disse nada quando ergui os olhos para ela. Apenas ficou me observando.

Me encolhi no lugar sentindo meu rosto ficar quente. Ela parecia brava e eu odiava quando Alexia ficava brava comigo.

“Posso dormir com você essa noite?” – perguntei hesitante após um longo instante.

Alexia soltou um pequeno suspiro e assentiu dando um sorrisinho e passando para trás de mim. Sorri me deitando enquanto ela passava um dos braços sobre minha cintura. Mesmo não sentindo sono, fechei os olhos, torcendo para conseguir dormir.


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Notas finais do capítulo

Eu amo a Alexia do fundo do meu coração, é isso



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