When The Worlds Collide escrita por Goth-Lady


Capítulo 2
Capítulo 2




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=Tingsi=

Estava chegando aquela época do ano em que a merda acontecia. Sempre quando era época de Halloween na Terra, em Eldarya alguma merda acontecia. Na verdade, só no natal que não tinha merda e como Eldarya parece estar emparelhada com a cidade onde fiz faculdade, eram tipo, uns três eventos no mesmo ano. Um novo mapa se abria e meus mascotes iam explorar.

Às vezes eu me arrependo de ter voltado para cá, muito. Toda hora essa porra de mundo está em perigo, o QG está em perigo, não tenho um minuto de paz nesse caralho!

— Tingsi, está tudo bem? – Perguntou Leiftan.

— Ah, claro, só estamos na época em que os fantasmas saem dos túmulos, mascotes tenebrosos resolvem aprontar por aí, feiticeiras tentam dominar o mundo e o Raum uiva para a lua que nem um maluco!

— Está certo que essa época te estressa, mas este ano, você está mais estressada que o normal.

— É claro que estou! Halloween era o meu feriado preferido na Terra! Tinha os fantasmas, mas não me atrapalhavam. Agora, todo Halloween tem uma nova merda para resolver, como se o QG não estivesse sempre em perigo.

Respirei fundo e demorei a soltar o ar.

— Nessa época, na Terra, eu estaria vestindo a Darja com uma fantasia e a levaria para pedir doces pela vizinhança, quem sabe para alguma festa infantil.

— O que é fantasia?

— É quando a gente se veste de algo que não é. Lembra quando o Ezarel se vestiu de vampiro e deixou o Nevra doido? Podemos dizer que ele se fantasiou de vampiro.

— Entendi, mas por que iriam pegar doces?

— Alguns lugares da Terra têm esse costume, na cidade em que eu estudava tinha. Eu só queria que minhas filhas tivessem uma vida normal, sabe? Andar de bicicleta, pedir doces no Halloween, enfeitar a árvore de natal, ir para a escola, tudo isso sem me preocupar se algum maluco chegar do nada e atacar o QG.

Eu odiava essa parte. Depois que eu engravidei da Darja, eu tive mais certeza ainda de querer deixar esse mundo. Não mais por mim, mas pela minha filha. Eldarya é ótimo para criar uma criança, isso se você vive em uma vila do século retrasado, pois Eldarya não tem porra nenhuma para fazer.

Ah, mas é ar livre, as crianças podem correr, ter contato com a natureza, fazer amigos, usar uma espada. Cara, você já parou para pensar qual é o lazer em Eldarya? É ler, treinar, praticar alquimia, forja, brincar com mascotes, ir à praia, sentar em algum lugar e não fazer nada. Se chove, pode dar adeus a metade dessas coisas. Imagina uma criança entediada em um dia de chuva aqui.

Fora que aqui não tem farmácia ou mercadinho e criança é foda. Se Darja cai e bate com a cabeça e Ewelein está em uma missão na puta que pariu, eu estou fodida porque os assistentes dela não sabem lidar nem com um resfriado. E vacina também, esquece, tanto que uma das primeiras coisas que fiz quando voltei para a Terra foi levar Darja para tomar vacina para poliomielite.

Eu sei que deve estar se perguntando como eu parei nessa. Já deve ter ouvido falar na história da idiota que entrou em um círculo de cogumelos e parou em um mundo mágico cheio de treta. Só que essa garota, no caso eu, acabou se apaixonando por três pessoas. Se acha isso ruim, eu nem comecei.

Primeiro tem o Valkyon, que é tipo o meu chefe, mas como resistir àquele dragão de cabelos brancos, olhos amarelados e aqueles músculos? O segundo é o Leiftan, esse cara loiro com mechas pretas e olhos verde marca texto que está aqui comigo. Ah, e ele é o traidor da guarda que fez um monte de merda e parou na prisão, mas isso é outra história. E por fim tem a Huang Jia, a irmã da Huang Hua e da Huang Chu, sendo que eu queria pegar a Hua. Basicamente eu estou pegando o meu chefe, um traidor ex-presidiário e a irmã da mulher que eu queria pegar.

Eu tenho um relacionamento poliamoroso com três pessoas, em Eldarya não tem camisinha e nem TV, então engravidei da Darja. Um bom tempo depois, descobri que meu pai é um maluco que vive na lua e acabamos indo para lá, mas essa história é para outro dia. Bem, eu engravidei do meu segundo filho, o Leiftan engravidou a Jia também e o maluco do meu pai me deu a chance de ir para a Terra. Foi o dia mais feliz da minha vida, mas a Jia me fez voltar para Eldarya porque o universo me odeia e fez o Oráculo me escolher pra salvar essa merda. E aí o Leiftan foi preso. Ah e eu nem meti os deuses nisso. Se um dia eu descobrir um feitiço de voltar no tempo, eu juro que queimo aquele círculo de cogumelos.

— Mamãe!

— Oi Darja, o que você quer, princesa?

Peguei a menina de pele bronzeada, cabelos brancos e olhos amarelos no colo. Ela saiu a cara do Valkyon, nem precisa de DNA.

— Tem uma moça lá fora brigando com o outro papai, o tio Nev e o tio Ez.

— Puta merda! Vai atrás da Lonia ou da Ykhar e manda vir aqui cuidar da Darja. E Darja, não saia do quarto.

— Ta bom.

Peguei meu martelo e fui correndo para fora do QG. Lá fora, uma feiticeira de cabelos vermelhos e cacheados tocava o terror com Greifmares e uns amaldiçoados também. Tinha uma súcubo de cabelo roxo voando e lutando contra os demais membros da guarda. Eram Cornélia e Akire. Bissexualidade é uma merda.

Você vai ser cancelada por isso.

— Foda-se, Bai Hu. Eu já tenho problemas demais para lidar.

— Ninguém mandou vir brigar de saia ou com essa roupa.

— Valeu por me dar mais um motivo para enterrar esse martelo nas caras delas.

— Afinal, por que está vestida dessa forma para a briga?

— Porque eu esperava um feriado normal que talvez fosse convencer meus namorados a ir para a lua e depois para a Terra e me encher de doce?!

Me juntei à luta. Mandei Raum, meu Blackdog, cuidar dos Greifmares enquanto eu fui ajudar Valkyon com os amaldiçoados. Cheguei descendo a marreta, dando uns chutes e umas voadoras até alcançar meu outro namorado.

— Como essa merda foi acontecer?!

— Tingsi, você não deveria estar aqui.

— Eu sei, mas essa caralha só se resolve comigo junto. Cadê a Jia?

Apenas olhei para o lado, ela estava com Nevra, ambos lutando contra os amaldiçoados. Leiftan surgiu logo depois. Vi os meus mascotes se juntarem também. Durante a batalha, Cornélia usou uma magia maluca lá na bola dela, mas eu consegui tacar uma faca não sei como. Tudo que sentimos foi um vento forte e depois um clarão.

Quando meus olhos se acostumaram àquilo tudo, percebi que não estávamos mais em El. Nem em Eldarya, pois havia tantos prédios que era impossível ser qualquer lugar de Eldarya. Só podia estar na Terra.

— Mamãe!

— Darja?! – Eu a peguei no colo. – Eu não te falei para ficar no quarto?! O que faz aqui?! Leiftan!

— Ela deve ter escapado de novo. – Suspirei de alívio ao ver que ele não estava muito longe.

— Igualzinha à mãe. – Disse Valkyon vindo em nossa direção com Ezarel, Nevra, Jia, Chrome e Karenn. Além deles, Raum, Gronk, meu Grookhan, e Dala, minha Dalafa Noturna, tinham vindo também.

— Onde é que nós estamos? – Perguntou Chrome.

— Na Terra.

Todos me olharam com os olhos arregalados. Olhei ao redor para identificar o que estava acontecendo. Estávamos no parque e parecia que tinha uma festa de Halloween. Não demorou muito para se transformar em um pandemônio graças à Cornélia, que lançou um feitiço nas pessoas. Algumas viraram frutas gigantes, outras viraram fantasmas ou monstros. As pessoas começaram a correr e os amaldiçoados apareceram.

— Só ataquem os amaldiçoados, deixem as pessoas fora disso!

— Que pessoas?

— Eu explico depois. Kareen, pegue a Darja.

Entreguei minha filha para a vampira e me joguei na luta. Akire usou seu poder para manipular os caras que estavam com a gente e fazê-los nos atacar, no caso eu, Karenn e Jia. Eu só não esperava que ela gritasse de dor e os rapazes caíssem de joelhos. Quando fui ver, uma flecha prateada tinha atravessado seu peito. Surgiu uma espécie de caçadora, que não perdeu tempo em arrancar a cabeça da súcubo com sua lâmina. O projeto de Wayne tinha a pele negra retinta e cabelo verde. Não pude ver a cor dos olhos por causa dos óculos escuros.

— Tingsi? – Ela levantou os óculos para me olhar. – É você?

— Ivyna? Ivyna E. Kwalski, da faculdade?!

— E você esperava outra pessoa?

— AAAAAAHHHHH!

Eu simplesmente gritei e abracei ela. Eu não era amiga dela, mas eu conheci ela e a irmã dela em um rolê da universidade e assim como eu e meus amigas, elas e umas outras garotas cansamos de salvar minas em baladas e coisas do tipo. Eu as encontrava em tudo quanto era rolê, mas pelo tempo em que estou fora, ou elas estão no último ano ou já terminaram essa porra.

— É tão bom encontrar um rosto conhecido!

— Quem são eles?

— Longa história. Eu preciso descer a marreta naquelas coisas ali, se importa?

Apontei para os amaldiçoados, mas aí eu vi que tinha um grupo lutando contra eles. Inclusive tinha umas duas garotas jogando magia contra a Cornélia. Ela não esperava por isso e eu muito menos.

— Mas que porra...?!

— Longa história.

Eu só vi a Ivyna se jogar no meio da luta. Olhei para a cara dos meus companheiros Eldaryanos e eles estavam mais perdidos do que cego no tiroteio. Acabei me jogando na luta também. Aos poucos o pessoal me acompanhou.

— Que porra é essa?! – Perguntou o demônio mais lindo que eu já vi.

— Tingsi?

— Aleit! Nossa, você está de Kitsune!

— Eu sou a Ahri Florescer Espiritual. Talvez seja por isso que isso aqui apareceu.

Ela mostrou um orbe, só que ele saiu da mão dela e quase nos matou. Florescer Espiritual? Quanto tempo eu fiquei em Eldarya?! O número de amaldiçoados parece que aumentou e Cornélia sumiu. Fora os dois grupos, não havia mais ninguém no parque.

— Ai, porra! – Exclamou a garota do vestido verde.

— Procuraremos a feiticeira mais tarde. – Escutei a mulher steampunk dizer e caramba, ela era alta! – Temos problemas maiores para lidar.

— É melhor irmos para casa, assim, poderemos nos agrupar melhor e bolar um plano. – Disse o general.

— E quem é esse povo? – Tornou a perguntar a garota de verde.

— Teremos tempo para conversar lá. – Aly tomou a palavra. – Temos que ir agora.

— E também porque minha amada virou um peixe. – Disse o fantasma da ópera segurando um balde com uma carpa azul.

— Podem ir, Skar e eu alcançamos vocês depois.

— Nem vem, a gente quer ajudar! – Disse Nevra contrariado.

— E como podemos confiar em vocês? – Perguntou Valkyon.

— Gente, essa não é hora! – Gritei. – Onde estão os carros?

Com algum custo, saímos do parque, tirando a garota de cabelo vermelho e a vestido verde. Ordenei que Karenn, Chrome e Jia entrassem em um dos carros e levassem Darja com eles. Raum, Gronk e Dala tiveram que subir na caçamba da picape da Ivyna para poderem ir. Nevra não gostou da ideia de deixar a irmã sozinha com estranhos, então decidiu irç. Ezarel acabou indo com ele.

Eu fiquei com Valkyon e Leiftan para ajudar as duas garotas. Lutamos contra o exército para alcançá-las e tentar alguma coisa. Tudo isso para as duas filhas da puta pegarem uns cristais e usá-los como uma bomba atômica e varrer os amaldiçoados do parque! Isso sem destruir uma única árvore! Ficamos os três com cara de tacho.

— Como fizeram isso? – Perguntou Leiftan.

— É melhor nos unirmos aos outros. – Disse a de cabelo vermelho.

— Skar, eu acho que temos problemas maiores agora.

Alguns tinha saído para a cidade. Puta merda! Essa caralha não acaba?!

— Nossos cristais estão inativos. – Tornou a dizer a tal da Skar.

— Fale por você, o meu recarrega só com a vontade que estou de matar aquela puta.

— Somos duas! – Exclamei.

Saímos pela cidade combatendo os amaldiçoados. Descemos o cacete neles para proteger os civis. Ao que parece, a de vestido verde também era uma feiticeira e não precisava daquele cristal, pelo menos era o que a fantasia dela deveria ser. Espera, isso quer dizer que Cornélia transformou todo mundo no parque nas fantasias que estavam usando? Ainda bem que estou vestida como uma Lunare.

No meio do caminho, nós encontramos uma mulher vestida inteiramente de preto cercada das criaturas. Ela não gritava nem nada, só olhava para eles. O estranho era que sua pele era azul, o cabelo azul com pontas roxas e os olhos bem roxos, mas também podia ser só maquiagem e lentes de contato. A mulher fez as criaturas levitarem e rodarem em um anel mais ou menos na altura de um prédio de 6 andares antes de espatifá-las no chão.

— Caralho! – Dissemos eu e a garota de verde ao mesmo tempo.

— Quem são vocês? – Perguntou ela.

— A gente só está tentando limpar a cidade desses merdas e encontrar aquela puta que os trouxe para cá.

— Parece que estamos no mesmo barco.

— De qualquer forma, é melhor retornarmos à mansão. – Disse Skar. – Como Kentin pontuou, precisamos de um plano.

— Talvez eu possa ajudar. – Disse a mulher de pele azul. – Não é por nada, mas sinto que isso agora é problema meu.

— Está carro?

— Sim.

— Então bora.

— Enlouqueceu?! – Disse Valkyon. – Nós mal a conhecemos.

— Ele tem razão. – Dessa vez foi Leiftan. – Como vamos saber se ela é de confiança?

— Tem uma porra de uma bruxa solta pela cidade e a gente não tem tempo de discutir.

— E se ela estiver trabalhando com a Cornélia?

— Quem é essa?

— Alguém ainda se chama Cornélia nesse século? – Perguntou a mulher de preto.

Acabamos por entrar no carro da tal mulher. A garota de nome Skar foi no banco da frente para explicar onde ficava a tal mansão.

=Nillarya=

Era para ser um feriado tranquilo. Tinha saído com umas amigas de Ninetown para uma cidade litorânea. Iríamos curtir horrores nos bares e nas festinhas. Vesti um vestido preto e peguei uma rosa vermelha. Estava uma perfeita rainha vampira. Essa viagem não podia ter dado mais errado.

Estava em uma boate bebendo com as amigas e uns caras que conhecemos, tirando selfies e dando autógrafos quando as coisas ficaram estranhas. As pessoas estavam se transformando nas fantasias que elas vestiam, o que gerou pânico e tumulto. Consegui sair da boate com uma velocidade anormal. O pânico tinha se alastrado pelas ruas.

Iria achar a origem dos acontecimentos, porém vi uns seres estranhos correndo atrás dos cidadãos. Respirei fundo e usei minha telecinese neles. Fiquei feliz ao saber que ainda era parte alienígena. Acontece que tinha mais deles, então bolei um plano e atraí todos eles para o mesmo local.

Um pequeno grupo surgiu dizendo que estava tentando limpar a cidade dessas coisas. Devo admitir, os homens daquele grupo eram realmente gostosos e tinham cara de quem fodiam bem. No final das contas, acabei com eles dentro do meu carro indo para uma mansão que eu nem conhecia.

— Eu não te conheço? – Disse a garota de cabelos pretos e vestido verde.

— Talvez. Pode ser dos meus vários empregos. Já esteve em Ninetown.

— Ninetown, a cidade das princesas? – A garota de cabelo verde-água e roupas estranhas estava perplexa. – Espere, você é uma princesa de Ninetown?!

— Basicamente.

— Qual é a sua fantasia?

— Rainha vampira.

— De pele azul?

— Minha pele é natural.

— VOCÊ É A NILLARYA! – As duas garotas no banco de trás gritaram alto demais. – Aquela alien lá! Você é alien mesmo, né?!

— Tem certeza que vocês duas não são irmãs? – Perguntou o homem de cabelos brancos.

— Seu pai foi comprar cigarro?

— Se fosse, minha mãe teria arrancado o couro dele.

— Você tem mãe?!

— Não nos apresentamos devidamente. – A garota do meu lado interrompeu aquela conversa. – Chamo-me RoxySkarlet, mas todos me conhecem como Skarlet.

— Vocês já sabem que meu nome é Nillarya.

— Mileena.

— Tingsi e esses são meus namorados, Valkyon e Leiftan.

— Ta de sacanagem!

— Mileena. – Repreendeu a ruiva.

— Eu não aguento aturar o Castiel, como você atura dois?!

— Três, eu também namoro uma garota.

— Tu é foda, hein garota.

— Faz bem. – Falei. – Se eu pudesse, teria um harém, mas não consigo parar em um cara só.

Fomos conversando sobre relacionamentos até chegarmos à mansão. O lugar era enorme. Ao entramos, tinha mais gente na sala, muitos animais e criaturas estranhas, além de uma mesa cheia de sobremesas, bebidas e doces. De duas coisas eu tinha certeza: o ambiente estava arrumado para uma festa e só tinha homem gostoso naquela casa.

— Mamãe! – Disse uma criança com uma fantasia improvisada de unicórnio e a boca cheia de chocolate. – Eu sou o tio Kero!

— Você está com a boca cheia de chocolate! Onde arrumou essa fantasia?

— Tínhamos alguns adereços e panos jogados por aí, então acabamos improvisando algo. – Disse uma garota de cabelo branco fantasiada de marionete.

— Tingsi, eu juro que tentei impedir. – Disse uma garota de pele escura, cabelo e olhos castanhos usando um quimono vermelho.

— Tudo bem, Jia. Halloween é isso mesmo, se fantasiar e se encher de doces.

— Podia ter dito logo, pois assim teríamos vindo à Terra mais cedo. – Disse um garoto de cabelo azul fantasiado de elfo.

— De que planeta você é? – Perguntei.

— Planeta?

— Caralho, Sharena, você voltou! – Mileena exclamou do nada.

— Graças ao cristal da Ivy. – Disse a garota de cabelo azul e olhos violetas com uma toalha nos ombros.

— Ele trouxe todos nós de volta ao normal. – Disse homem que era sem dúvida o mais velho dali.

— Vocês derrotaram a bruxa? – Perguntou o cara fantasiado de policial. – E quem é essa?

— Nillarya Starguardian.

— Aquela Nillarya? – Perguntou a jovem loira de fantasia de anjo. – Minha nossa, eu sou a sua fã!

— Foco, pessoal, a gente tem que resolver essa porra.

— E depois podemos começar a festa. – Disse a outra loira vestida de gênio.

— O que estamos esperando? – Falei. – Tudo pelo bem da festa!

Começamos nos apresentando enquanto comíamos algumas balas. Conversamos um pouco sobre quem éramos para nos situarmos um pouco. As donas da mansão tinham encontrados uns cristais mágicos que faziam todo tipo de loucura. Cada cristal tinha um atributo que o deixava mais forte. Pelo que entendi, graças ao preto, que tinha o poder como atributo, é que puderam voltar ao normal. Não estanhei, pois nunca fui normal e se eu, que sou de outro planeta, ando livremente por aqui, porque vou julgar alguém que diz que magia existe?

Por falar em magia, Ivyna, a dona dele, nos deu uma demonstração nos fazendo voltar ao que éramos. Fiquei aliviada porque estava com muita sede e agora a sede sumiu. Segundo elas, apenas Mileena e Skarlet levaram seus cristais naquela noite, as outras deixaram em casa.

O outro grupo vinha de Eldarya, uma terra fantástica e problemática que foi criada para se refugiarem dos humanos. Segundo a Tingsi, Eldarya e a Terra não eram muito diferentes no quesito sociedade, embora os outros tentassem dizer o contrário. A garota é geniosa, mas também se eu acabasse em um lugar estranho e insistissem em me trancar em uma cela, eu teria mandado o lugar pelos ares. Literalmente falando.

Contei a eles sobre mim. Acabei na Terra quando criança e fui adotada por um casal de Ninetown. Quando fiz 18 anos, eu me joguei no mundo, arrumei centenas de empregos, tive milhares de namorados, viajei para lugares super questionáveis, virei um ícone da moda. A única parte complicada foi ter que explicar ao povo de Eldarya que eu não era desse sistema solar. Para se ter noção, o pessoal ainda pensava que a Terra era plana. Galileu nem tinha nascido quando esse povo se exilou.

Voltando ao foco antes que todo mundo atacasse as sobremesas e o mundo lá fora caísse no caos, nós começamos a discutir um plano para deter a tal Cornélia. Só assim poderíamos começar a festa. Infelizmente todos os rapazes estavam comprometidos. Fazer o que.


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