Destinados escrita por SouumPanda


Capítulo 14
Meu Escocês




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Minhas próximas semanas na Escócia com Tomás foram estranhas, ele estava totalmente estranho, tomávamos café, mas mal se falávamos. Não fui mais para Edimburgo, me reclusando em Glasgow e logo estaríamos indo para Itália, Cameron havia sumido como ele tinha falado, tendo contato apenas com Tomás sobre o hotel, estava imersa em meus pensamentos quando o pigarrar de Tomás interrompeu os mesmos.

— Não fique brava comigo, foram ordens. – Ele dizia sorrindo como se isso quebrasse qualquer clima ruim, me fazendo o encarar e revirar os olhos.

— Não estou brava com você Tomás, estou chateada com a forma que acha que pode se intrometer na minha vida, sou sua irmã e mais velha por dizer. – Suspirei deixando o guardanapo sobre a mesa. – Não importa o que pensa ou ache, mas ainda tenho minha vida e isso é importante para mim, não quero que pensem que tenham autoridade sobre minha vida, porque por vocês eu estaria me casando com Joseph. – Nos encarávamos e percebi que ele se encolhia. – Precisei ficar distante dele para perceber que não era isso que eu queria.

— Você não entende e não posso falar aqui. – Ele dizia olhando em volta.

— Realmente não entendo mesmo, você vive como se tivesse autonomia, mas acho que está pior que eu nesse lance louco casamenteiro da família, porque se não tivessem me achado você teria que casar com alguém e sabe o que acho, que você tenta me controlar tentando manter controle da própria vida, porque logo terá que terminar seu namoro como fiz com o meu. – Ele estava paralisado, com o pensamento distante, nos encarávamos, era possível ver a veia do meu pescoço e cabeça saltar, estava exaltada quando Isla entrou acompanhada de Cameron que me fez se sentir perdida. – Cameron. – Nos olhamos quando ele sorriu e logo se virou para Tomás.

— Pediu para que eu viesse? – Ele disse calmamente e vi Tomás consentir e apontar para a cadeira o vendo sentar diante de mim, era estranho, meu coração estava em arritmia, minhas mãos suadas, minha garganta seca vendo Cameron diante de mim. Naquele momento notei como sentia falta de sua companhia, da sua leveza, de ser eu perto dele, das suas caricias e da sensação em estar com ele, foi breve, mas foi maravilhoso. – Então, como pode ver a Martina fez um excelente trabalho no hotel.

— Sim, vi toda analise, você tem feito um trabalho impecável pelo hotel. – Tomás era cordial e educado. – Meus pais querem oficializar você como gerente, já que fez isso impecavelmente. – Tomás falava enquanto meu olhar não saia de Cameron que tentava, mas impossivel manter seu olhar longe.

— Eu agradeço a oportunidade, mas acho que está na hora de eu procurar outra coisa. – Franzi a testa olhando Cameron que me encarava, assim como Tomás estava perdido. – Não quero que sua família ache que tem poder de decidir algo sobre minha vida Tomás, somos parentes distantes e sabe disso melhor que eu.

— Achei que fosse a oportunidade da sua vida. – Tomás estava incompreendido da situação, assim como eu, mas Cameron sorria para mim e deu um longo suspiro.

— E foi, para direcionar minha vida, mas nessas últimas semanas, sinto que não é isso que é para mim, foi o caminho não o destino, não é algo para vida. – O olhar de Cameron em mim me trazia um leve desconforto e um riso no rosto, engoli seco e logo molhei meus lábios com café.

— Porque você quer fazer isso Cameron? Eu não entendo. – Tomás se mostrava perdido sabendo que nossa estadia seria estendida até encontrar novo gerente.

— Porque conheci a Martina. – Ele dizia me encarando e senti o café entrar pelas vias nasais e arder e começar a tossir engasgada e ao mesmo tempo embasbacada com o que ouvi. – Eu sei Tomás que vocês têm esse negócio de casamento arranjado, coisa mais medieval impossível, mas se quer algo mágico mesmo, foi tudo que senti estando perto dela e vocês aceitam isso ou não. – Cameron tinha firmeza em sua voz doçura em seu olhar.

— Cameron. – Falei procurando ar, minha boca estava seca, ele não podia se demitir de um trabalho da vida por mim, não queria isso, sabia o quanto ele amava aquele hotel. – Você não precisa se demitir por mim, sério.

— Porque? Você não quer ficar comigo? – Ele questionou intrigado e apenas o encarei procurando resposta, era ótimo estar com ele, mas não por uma vida toda.

— Só estou dizendo que não precisa se demitir, eu não tenho nada a ver com eles, com hotéis, com todo trabalho da família. – Suspirei olhando Tomás que mal respirava. – E principalmente com casamentos arranjados, sou totalmente contra. – Sorrimos um para o outro. – Mas aqui, eu e você. É ótimo, mas logo vou para Itália. – Pressionei os lábios e ele sorriu cordialmente, mas com olhar triste. – Você sempre soube que aqui não era meu destino final, compreenda isso por favor, quero aproveitar sua companhia, mas não coloque expectativa em cima disso.

— Podemos conversar em particular sobre isso? – Ele falava com o rosto vermelho e eu apenas concordei saindo da mesa acompanhada dele e indo ao escritório. Assim que passei pelo mesmo podia ver Cameron fechar as portas e trancar a mesma, me virei o olhando com um olhar apreensivo.

— O que queria falar que não fosse dito na frente de Tomás? – Questionei o vendo se aproximar, com seu jeans desbotado, uma camiseta gola polo e aquele cheiro de perfume com talco.

— Tomás tem magoas de mim, ele jamais permitiria que ficássemos nem que seja por diversão, não por eu trabalhar para vocês. – Ele falava, me peguei pensando em cada palavra dita. – Quando éramos mais jovens, Tomás era. – Ele fez uma pausa para falar, como se procurasse um limite em suas palavras. – Apaixonado por mim. Por mais que tenhamos superado isso, ele ainda assim tem seus ressentimentos por não ser correspondido.

— Isso não é único motivo. – Falei indignada que toda carranca de Tomás seja por isso. – Ele superou, ele namora Christian.

— É que, Tomás é lindo, vocês dois são. – Ele tinha cautela em sua voz. – Mas foi esquisito e depois comecei a trabalhar no hotel, ele queria usar isso contra mim, acho que ele saber de qualquer coisa sobre mim é doloroso, éramos melhores amigos, ele tentou dar uma investida meio bruta, já me agarrando após uma noite de bebedeira e tudo mudou. – Nos olhávamos, não sabia o que pensar, Tomás era mais recatado que Christian, ele não parecia ser do tipo que fazia essas coisas, mas também não posso julgar nenhum dos dois, isso também não era motivo para ele querer me afastar de Cameron, seja isso ou na amizade.

— Lamento que tenha acabado tudo com tanto ressentimento. – Falei pressionando os lábios, nos olhávamos em silencio Cameron mantinha seu olhar no chão e seu semblante triste. – Cameron. – Ele me olhou brevemente. – De toda vista e momentos que a Escócia me proporcionou, você foi a mais bonita. – Ele abriu um sorriso ao me escutar que iluminava qualquer lugar, aquecia meu coração, ele se aproximou com poucos passos, passando sua mão pela minha nuca e me beijando ardentemente. Meu corpo queimava, seu cheiro estava me embriagando, sua língua dançava em minha boca, uma energia percorria entre nós, seu corpo abraça o meu com suas mãos explorando cada parte de mim, podia escutar os objetos sobre a mesa caírem no chão quando fui pressionada contra a mesma, os beijos de Cameron percorriam cada parte do meu corpo, ajudei a tirar minha calça, já estava sentada na mesa, quando seu rosto mergulhou no meio das minhas pernas e sua boca me devorou como se eu fosse um osso de frango a ser chupado. – Cameron. – Minha voz era baixa e ofegante, sua língua sabia onde ir, o que fazer, ele me devorava, me provava, meus dedos entre seus cabelos empurrava o mesmo contra mim o querendo mais ali, meu corpo dançava sobre a mesa, quando seus movimentos pararam e logo escutei o zíper de seu jeans ser aberto e seu pau preencher, um gemido rouco preencheu o ambiente, Cameron era feroz, suas mãos me apertavam enquanto sua boca me beijava e seu pau me fodia, Deus eu não podia deixar ele aqui, meu corpo não queria, eu gostava dele, mais do que queria admitir, então precisava aproveitar ele inteiramente enquanto podia.

 

Meus dedos percorriam o peito nu de Cameron que olhava o teto mórbido pelo momento. Estávamos no chão do escritório, ouvia sua respiração ofegante, sentia seu coração bater rapidamente, sorria em silencio o vendo ali, seus traços, ele era lindo. Nos olhamos e sorriamos quando seus lábios selaram ao meu, logo batidas na porta preencheu o local, em um pulo levantamos colocando nossas roupas. Cameron abriu a mesma enquanto ajeitava o cabelo atrás dele, Isla nos olhava e Tomás ao longe nos julgava com seu olhar.

— Senhorita, tem um telefonema para você, posso transferir para cá? – Ela olhou os objetos no chão e sorri sem graça confirmando com a cabeça.

— Claro Isla, pode sim. – Sorri e Cameron me olhou sorrindo. – Se falamos mais tarde. – Ele apenas consentiu e saiu fechando a porta e logo o telefone tocou e atendi o mesmo tentando normalizar a respiração. – Martina ...

— Sabe quantas pessoas falei até chegar a você? – A voz de Margot me fez rir. – Porque não responde seus amigos? Fez novos e esqueceu de mim?

— Estava ocupada demais sentando em um belo escocês. – Saiu como um sussurro para que ninguém me escutasse e ela deu uma gargalhada do outro lado. – Estou com saudade de você, do Chris. – Suspirei. – Pede para ele vir buscar o chato do namorado dele, Tomás anda insuportável.

— Ele não te contou? – Margot parou de rir, meu corpo tremeu, o que poderia ter acontecido? – Eles romperam, assim como você, seu irmãozinho também foi prometido, lógico que ninguém imaginaria que ele gostaria da fruta que a gente gosta. – Ela falava cautelosa. – Mas, parece que os pais da menina em questão estão furiosos e nisso Luigi tem sido rigoroso com Tomás, principalmente em relacionamentos, dizendo que ele não tem que amar a garota, mas em respeito à família, deve fazer o que tem que ser feito. – A voz dela sumiu, então compreendi todo rancor dele, toda estranheza, não queria saber disso por Margot, o que me entristeceu ainda mais.

— Eu tenho a leve noção do que ele sente. – Minha voz falha procurava algo a falar. – Margot, depois eu te ligo, preciso conversar com meu irmão. – Pude ouvir um sorriso do outro lado.

— Claro, sinto sua falta. – Ela dizia saudosa. – Volta logo, New York não é a mesma sem você. – Então ela desligou, quando sai do escritório após ajeitar tudo que bagunçamos Tomás se servia de alguma bebida e encostei em seu ombro e o abracei sem dizer nada, ele se colocou a chorar, como se ele esperasse que eu fizesse isso a muito tempo, ficamos abraçados por um tempo sentia as lágrimas dele molhar minha blusa.

— Eu sinto tanto por você. – Eu falava acariciando suas costas, quando se afastamos e peguei em sua mão o levando para o sofá. – Eu lamento achar que tudo era sobre mim, isso é sobre você, sobre você tomar o controle da sua vida Tomás. – Ele secava as lágrimas com um riso tímido.

— Você acha que não tentei? – Ele suspirava me olhando. – Me pediram para vir para a Escócia esfriar a cabeça que ia esquecer o Christian, mas eu amo aquele cara. – Ele falava saudoso e com o pensamento longe, como se visualizasse Christian e um sorriso apareceu entre as lágrimas. – E te ver com Cameron me fez lembrar da rejeição dele, lógico que superei, mas fiquei com ciúmes e inveja de você ficar com ele e eu não. – Demos risada em meio ao caos e revirei os olhos em bom humor.

— Christian é inesquecível, mas você é um rapaz inteligente, acho que não tem que passar por isso, principalmente casar com uma mulher que não ama. – Estava indignada. – Tenho certeza que se fizesse, ela seria a garota mais sortuda do mundo, mas sabemos quem você ama. Amor é construção isso eu concordo, mas, e a sinergia? Toda ansiedade, sensação por trás disso. – Sua cabeça concordava, apenas vinha Cameron em minha cabeça ao falar sobre e me peguei indignada com meus pensamentos. – Vamos para Itália e vou enfrentar seus pais por você, se precisar eu te amparo, mas não quero sua infelicidade e sendo seus pais eles não deveriam querer. – Nos abraçamos por instantes e quando o olhei sorri sem graça. – Antes, preciso fazer uma coisa, mas prepare tudo que vamos amanhã mesmo. – Me levantei o vendo sorrir em alívio, era o mínimo que deveria fazer por ele, meu peito ia explodir, peguei as chaves do carro e dirigi em direção de Edimburgo.

 

Entrei no hotel com todos me cumprimentando e fui em direção ao escritório de Cameron que estava lá pegando suas coisas, nem parecia que fazia minutos que estávamos juntos ele me olhou em indignação quando me aproximei o beijando calorosamente, ele deixou sua caixa cair puxando meu corpo para o dele correspondendo e paramos o beijo sorrindo um para o outro.

— Martina. – Ele disse encostando nossa testa e o olhava com meu coração saltando do peito. – O que foi?

— Amanhã estou indo para a Itália. – Ele franziu a testa me encarando e se afastou de mim. – Não, por favor me escuta. – Ele fixou seu olhar em mim, senti minha garganta seca. – Entre tantas coisas que aconteceram em minha vida, pessoas, momentos, vir para cá, te conhecer, estar com você Cameron, foi a melhor coisa. Eu sinto coisas de estar perto de você que não consigo descrever, mas nunca senti isso por ninguém, não sei se é a leveza da sua presença, provavelmente. Mas nunca estive com alguém capaz de encaixar tudo em mim, do beijo, ao corpo, as mãos. – Ele me olhava com os olhos lacrimejados e suspirei. – Sei que pode ser algo breve, mas é a melhor coisa que aconteceu comigo nesses últimos meses, principalmente após o caos com Joseph. E sei que vou te pedir demais, mas vem comigo para a Itália, depois para New York temos hotéis lá também e você é excelente em tudo que faz. – Se fez o silencio, seu olhar de questionamento para mim me fazia sentir um leve calafrio na espinha, estava arrependida em dizer isso tudo, não deveria, ele estava pensativo, ia ser doloroso demais ser rejeitada, mas entenderia. – Então ... – Ele segurou meu rosto com suas mãos e abriu um sorriso selando nossos lábios.

— Nada me deixaria mais feliz, recomeçar com você. – Ele me beijava apaixonadamente, e pela primeira vez em meses sentia meu corpo flutuar pelo paraíso. Todo mundo falaria que foi precipitado, todo mundo sem entender o que sentia poderá dizer que é o medo da solidão após dois términos recente, mas Cameron tinha a luz que eu precisava, não tinha nenhuma bagagem, nenhum compromisso, ele estava ali inteiro para mim e eu queria estar inteira para ele.

 

 

Quando pousamos em Florença Cameron apertava minha mão com medo do avião o olhei rindo, Tomás estava mais conformado, prometi que falaria a sensação de ficar com Cameron, claro que assim fiz e ele disse que realizaria a fantasia através das minhas experiências. Quando ele soltou minha mão já branca de tento que ele apertava, saímos em direção a casa de Tomás e dos meus pais, estava um silencio constrangedor no carro, era como se fossemos para a guerra, o que para a família, realmente seria. Após a breve recepção, subimos para os quartos, puxei Cameron para o meu antes de se instalar em outro lugar, ele deu risada do atrevimento, era insano, mais minhas mãos não conseguiam ficar longe dele por tanto tempo, assim como os beijos deles eram calmantes para minha alta, após ficarmos algumas horas na cama, resolvemos descer e socializar com todos.

 

— Martina, Cameron, se junte a nós. – Gianne me abraçou saudosa. – Senti tanto sua falta. – Ela me beijava, apertando como seu tivesse dois anos. – Olha você Cameron, está crescido. – Ela arqueava a sobrancelha rindo para nós dois.

— Bambina, sentimos sua falta. – Luigi me abraçava enquanto questionava com o olhar a presença de Cameron. – Como está a Escócia? – Ele se virou para Cameron que sorriu.

— Linda como sempre. – Cameron estava mais confortável que eu, obviamente ele os conhece melhor que eu, então para mim seria mais fácil falar o que deveria ser dito, sentamos no sofá e logo nos serviram taças de vinho.

— Como falei com mamá. – Molhei a boca seca em tocar no assunto. – Temos assunto a ser discutido, sobre algumas questões que Tomás e eu relutamos em aceitar. – Gianne sentou próxima a Luigi que me olhava curioso. – Tomás assim como eu, não irá se casar. – Falei brevemente e vi o semblante de ambos mudar.

— Querida, isso é maior que nós. – Gianne tentava dizer com classe, mas tinha irritação em sua voz.

— Maior que nós? Por acaso vivemos em 1500? Acho que não. – Suspirei - Por acaso temos alguma coisa com a máfia? ESPERO que não. –  A minha voz era de dura e autoritária. – Ninguém é obrigado a se casar com ninguém, Tomás ama Christian, e se ele quiser um dia se casar é com ele, e vocês como os pais deveriam querer o que faz os filhos felizes. – Estava trêmula perante o olhar deles, Cameron apertou meu joelho levemente em apoio. – Se não for assim, não tem porque ficarmos aqui, além de me perder, vão perder o filho que sempre esteve com vocês. Ser família é apoiar suas decisões, opiniões e sentimentos, não é o sangue que os une, é o amor. – Todos me olhavam, Gianne já chorava, Luigi estava vermelho não conseguia saber se era de raiva ou emoção, meu coração estava acelerado, tomei um grande gole do vinho sentindo minha garganta seca.

— Claro que amamos vocês, apoiamos e queremos que sejam felizes. – Gianne dizia carinhosamente. – É tradição, algo tão antigo que já vínhamos sempre com esse pensamento e emoção sabendo do casamento, mas podemos criar a nossa própria, somos seus pais e amamos vocês, não queremos vocês longe de nós. – Ela se aproximou abaixando em minha frente. – Seu irmão e você merece o mundo, principalmente se apaixonar, amar loucamente. Eu e Luigi fomos o arranjo que deu certo, mas vocês merecem controlar a vida, o próprio destino e estamos aqui para apoiar de todas as formas. – Ela me abraçou carinhosamente e logo puxou Tomás para o abraço, ambos choravam e meu peito se encheu de amor pelo momento, mesmo vendo sobre os ombros de Gianne que Luigi estava ainda perplexo, mas sorriu para mim concordando como as coisas deveriam ser.

 

 

Ia fazer um mês que estávamos na Itália, ter Cameron comigo tornou todo momento mágico, assim com toda paisagem de Florença, voltávamos de um piquenique feito entre as parreiras da vinícola que continha na propriedade, nunca me senti mais realizada, mas logo tínhamos que voltar a realidade e ir para New York. Eu tinha que aprender a ficar horas longe desse homem que ao chegar perto podíamos fazer sexo até no teto, que parecia que para ele isso era possível. Sai do banho e o vi sentado sem camisa da cama, me olhando secar o cabelo, parei brevemente, sorri para ele, quando senti uma leve dor de cabeça, tudo girar e a dor da cabeça bater sobre o chão.

 

 

— Você está bem? – Acordei na cama, vestida e com todos me olhando, Cameron tentava me fazer focar em sua voz quando abri os olhos mesmo com a vista embaçada. – Martina?

— Estou bem. – Falei me apoiando sobre o cotovelo e me ajeitando na cama. – O que aconteceu, bebi muito vinho? – Falei olhando em volta e vendo o médico aos pés da cama.

— Se puderem me dar licença, vou falar com a paciente e examinar. – O médico abriu a porta para que todos saíssem. – Você pode ficar. – Ele fechou no mesmo instante que Cameron ia passar e veio em minha direção. – Então senhorita Martina, como se sente nesse momento?

— Tirando a do de cabeça por desmaiar e bater no chão, bem. – Suspirei tentando lembrar o que aconteceu.

— Tem desmaio com frequência? – Neguei a sua pergunta e ele anotou em seu bloco. – Dores na cabeça? Sono excessivo? – Ele questionou me encarando e neguei e ele novamente anotou. Se aproximou aferindo a temperatura e a pressão, logo escutando meus batimentos e checando respiração. – HM, aparentemente, tudo normal. – Ele se virou pegando algo em sua maleta e tirando uma caixa já conhecida da mesma. – Por encargo de consciência, poderia? – Ele me entregou e olhei Cameron que estava assustado, pressionei os lábios e olhei a caixa em minha mão. – Por favor senhorita. – Ele dizia com seu sotaque e com pressa. Me levantei indo para o banheiro bufando, assim que encostei a porta meu corpo começou a tremer, me sentei mal conseguia sustentar o peso do meu corpo pelo tremor, parecia que o mundo estava nas minhas costas, me coloquei a pensar em alguma coisa que me desse vontade em urinar no palito, quando fiz, segurei firme o teste com as mãos trêmulas e lá estava me colocando na mesma posição de antes ao ver o resultado.

— MEU DEUS. – Foi o grito que dei que fez Cameron arrebentar a porta, olhando para mim com o olhar assustado e ansioso, o teste na mão e abrir o sorriso, meu olhar de choque era inevitável, eu estava grávida, com meu namorado na minha frente, sem saber se ele realmente era o pai.


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