Destinados escrita por SouumPanda


Capítulo 1
Acaso




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O frio cortava minha pele, não conseguia respirar ao certo porque o ar gelado que entrava queimava toda minha narina, quando entrei no restaurante me senti abraçada com o quente do ambiente, olhei em volta o espaço a procura de Zachary meu namorado nada discreto, meu coração pulsou com sua aproximação, eu jurei que hoje seria a noite que terminaria com ele. Zachary era meu namorado de ensino médio, namorar com ele foi o triunfo para meus pais, que o via como meu futuro marido já e se não tinham escolhido até os nomes dos nossos filhos, Zachary estava terminando sua especialização para trabalhar no hospital junto de meu pai e fazer isso era como um soco no meu estomago e uma forma de destruir minha família, primeira decepção foi quando contei que iria para Harvard mas cursar direito, segunda quando me afastei e decidi que não voltaria para casa ficaria aqui em New York e agora romper após quase 10 anos juntos seria o pingo para transbordar o copo. Eu analisava a camisa branca marcando seu corpo, seus músculos bem desenhados e as tatuagens sobre a palma de sua mão, como ele era confiante em falar de si mesmo, pois só falava disso, seu cabelo estupidamente bem penteado, mais hidratado que o meu, analisei forma como ele passou o polegar pelos lábios e engoli seco, bebi rapidamente a água fingindo interesse no seu assunto que na verdade não escutava o que ele falava.

— Então vou com sua irmã ficar 6 meses nessa especialização, em Los Angeles. – Ele falava em êxtase.

— Nossa será incrível e uma grande oportunidade, aposto que a Ash está radiante. – Comentei sorrindo forçadamente, não tinha a melhor relação com minha irmã, já que ela era o orgulho da família e eu a decepção a única coisa que mantinha ainda parte da família era meu relacionamento.

— Mas me diz, como está o trabalho? E sua mudança? – Ele falava e suspirei pigarreando e tirando forças para encerrar a noite logo.

— Me mudo semana que vem, estou terminando de acertar as documentações do apartamento. – Comentei pressionando os lábios. – Zach precisamos conversar. – O celular dele tocou, obvio que tocou, respirei fundo e sorri o vendo atender e se levantar afastando-se da mesa. Peguei meu celular digitando uma mensagem para meus dois melhores amigos, pedindo socorro, mas sem resposta alguma, devem ter saído e me abandonado nesse barco furado. Quando Zachary se sentou sorri e respirei fundo. – Preciso ir ao banheiro, depois podemos ir para casa? – Ele apenas consentiu e levantei e sumi pelo corredor escuro que dava para os banheiros, peguei meu celular e digitei o número da Margot, caiu na caixa postal, resolvi deixar um recado.

 “Sério Margot você garantiu que ficaria comigo nisso e não atende quando preciso de você? Se estiver com Christian vocês dois são péssimos melhores amigos, eu não consigo encerrar essa noite e preciso de um choque de realidade, o Zachary está me deixando maluca, me ajuda, retorna assim que escutar esse recado e ler as mil mensagens que deixei. ”

Eu andava de um lado para o outro furiosa como se afundar o corredor com meus passos fossem resolver minha falta de coragem.

— Seja sincera com o cara. – Uma voz grave falou saindo das sombras o banheiro masculino me fazendo pular, um homem de quase dois metros de altura, ombros largos, cabelo bem arrumado, de terno, olhos azuis que me lembrava o mar me encarava e eu franzi a testa.

— E você pensa que é quem para ficar escutando a conversa das outras pessoas? – Eu disse guardando o celular na bolsa. – Tomei postura tentando parecer mais alta, mas qualquer pessoa perto desse cara se sentiria uma smurf.

— Um cara com pena do outro cara, apenas seja sincera com ele. E se quiser mais privacidade em telefonemas, não ligue para ninguém do corredor. – Ele passou por mim com um cheiro amadeirado e com uma postura de querer ser superior, revirei os olhos apertando o passo e passando por ele dando um breve esbarrão, jurando ver um sorriso debochado em seu rosto ao me ver retornar para Zachery que me esperava pronto para irmos, coloquei o casaco e aquela montanha me encarava ao longe como se me julgasse por não conversar com Zachary e simplesmente partir dali. Uma hora esse termino iria acontecer, mas não essa noite.

Na amanhã seguinte quando vi Christian e Margot vindo em minha direção eu quis matar os dois, ela se sentou na minha mesa e tomou um gole do meu café, enquanto ele debruçou sobre a repartição que separava as mesas dos associados Junior as salas da empresa.

— Serio, se eu estivesse morrendo ontem e dependesse de vocês, eu estaria fedendo já. – Eu disse baixo batucando a caneta sobre a mesa. Olhei os dois com sorrisos curiosos me olhando e joguei o peso para trás sentindo a cadeira ir e voltar.

— Como foi sentar o pé na bunda daquele gostoso do Zachary? – Christian perguntava em um suspiro. – Já posso consolar ele?

— Primeiramente não consegui terminar com ele, entrei em parafuso. Segundo. – Suspirei profundamente. – Ele e a Ashley vão para Los Angeles me dará tempo para planejar esse termino, estou focada na minha mudança agora. – Falei com pesar pelo não termino, mas animada com a mudança.

— Tá, tenho fofocas. – Margot falou se inclinando em minha direção, fofoca do escritório era especialidade dela. – Teremos um novo sócio majoritário, no nível da Bonnie. – Ela disse se tremendo e mostrando excitação em sua voz. – Sabe do gostoso do Joseph Abraham? – Eu apenas neguei nunca li notícias de fofocas, vi Margot abrir a boca em indignação, mas sabendo que ela já esperava por isso. – Ele é filho único de um cara ricaço tipo, bilionário de Chicago. Ele vai se associar aqui, querem alguém para ser associado Junior dele, já mandei meu currículo para eles tipo mil vezes. – Ela dizia tomando o resto do meu café.

— E eu mandei mil e uma. – Christian dizia e os dois ria me fazendo revirar os olhos. – Ele é muito gostoso Katlyn, você vai entender se vir o cara, mas dizem ser mulherengo, nunca está com a mesma nas baladas, nunca assume alguém mais do que duas semanas. O cara veio para New York e já é um dos mais cobiçados. – Ele falava soltando suspiros em cada frase.

— Duvido muito que eu vá me interessar por alguém tão concorrido, eu prefiro os que passam quietos, despercebidos e que não tenha concorrência. – Falei voltando para o notebook. – Mas espero que vocês consigam a promoção ficarei muito feliz, agora preciso revisar dois processos enormes se me dão licença, se vocês não trabalharem o máximo que conseguiram é uma ordem de despejo e não chegaram nem perto do José. – Eu disse sorrindo em deboche.

— É Joseph. – Margot me corrigiu descendo da minha mesa e ambos saindo.

Tinha acabado a mudança, finalmente meu próprio apartamento em Manhattan poupei tudo que podia para esse feito sem o dinheiro dos meus pais, trabalhei duro e tinha que continuar trabalhando para terminar as parcelas, mas era meu. Me afundei no sofá suspirando aliviada olhando tudo a volta a maioria já arrumado, peguei minha taça de vinho começada e o celular, nenhuma mensagem de Zachary desde nosso jantar, tornei a ligar para ele e caiu na caixa postal, eu precisava terminar esse relacionamento depreciativo, ele não acrescentava nada em minha vida a não ser um pouco da afeição dos meus pais, fora isso era depreciativo estar com alguém que nunca me escuta, não entende minhas motivações e respeitas minhas vontades. Meu coração se apertava e uma vontade esmagadora me fazia querer gritar. Quando abri a porta que dava para a varanda compartilhada com meu vizinho que ainda não conheci, senti a brisa gelada me arrepiar e a lagrima escorrer pelo meu rosto. Meu celular tocou e pulei o vendo, achando ser Zachary mas era apenas minha mãe e pensei muito em não atender, mas cedi.

— Oi mãe. – Tentei controlar a voz de choro.

— Katlyn como estão as coisas? – Sua voz era tão gelada quanto o vento que cortava meu rosto. – Já terminou a mudança?

— Sim, estou já no novo apartamento e feliz por isso. – Eu disse tentando ser durona, mas sentindo o peso de decepção no suspirar do outro lado da linha.

— Achei precipitado essa mudança para esse prédio caro, espero que consiga pagar, porque eu e seu pai não podemos te ajudar. Estamos envolvidos no ensino da sua irmã em Los Angeles. Estamos tão orgulhosos dela e do Zachary nessa especialização. – Claro tudo sobre a Ashley e o Zachary. – Ashley nos enche de orgulho, será uma excelente profissional.

— Tenho certeza disso mãe. – Minha voz era fria e sarcástica. – Mãe, tenho que terminar de arrumar o armário, nos falamos mais tarde. – Desliguei o telefone procurando forças para não jogar ele do 9º andar, debrucei sobre a grade da sacada e chorei culposamente pela minha vida pessoal ser uma verdadeira bosta quando escutei um pigarrear que fez minha taça escapar e espatifar na rua à baixo.

— Não deveria chorar, sério. – A voz grave me assustou e encarei olhando para o lado, o mesmo homem do restaurante, nos encaramos por instantes, pisquei pensando não estar vendo uma miragem, só podia ser brincadeira, ele estava parado na minha frente sem camisa, apenas com uma calça fina de malha pisquei algumas vezes e encarei cada músculo bem desenhado dele, passando a língua automaticamente pelos lábios. – Se quiser pegar, é só pedir. – Tinha um tom de deboche na sua voz que me fez revirar os olhos.

— Não seja ridículo e vá cuidar da sua vida – Falei rispidamente entrando e trancando a porta, passei a mão pelo rosto e engoli seco indo para a cama e tentando esquecer todo esse pesadelo, tudo que não precisava era compartilhar a sacada com alguém tão enxerido.

Tinha se passado quase uma semana da minha mudança, já tinha contado do meu vizinho intrometido para Margot e Christian, mas eles estavam tão absolvidos em serem promovidos que nem entenderam, apenas queriam que acabasse essa sexta-feira para irmos beber e comemorar a promoção de um deles, estava ansiosa por eles, quando uma certa agitação tomou conta de todos, os acionistas estavam passando para irem a sala de reunião e mostrando o prédio para o novo super sócio, eu apertei a pasta do processo contra meu corpo e escorei na divisória da mesa de Margot quando ele abriu um sorriso para mim, revirei os olhos incrédula, o que ele estava fazendo ali? Cruzamos o olhar por instantes que pareciam horas, ele franziu a testa tentando entender a situação tanto quanto eu, engoli seco sendo puxada para a realidade por Margot.

— Mudou de opinião ao ver Joseph? – Ela perguntou e sorria maliciosamente e revirei os olhos. – Fala verdade Kat ele é tudo que falamos e muito mais, fico imaginando como um homem daquele tamanho pode ser gostoso, pensa na cama, ele poderia me fazer de boneca.

— Acho que temos trabalho a fazer até o dia acabar. – Eu disse desconcertada e desacreditada. Quando a reunião acabou pude ouvir a uns metros de distância Christian comemorar e logo Margot gritou animada, um deles realmente tinha conseguido a proeza, fiquei aliviada em não me candidatar, odiaria trabalhar para alguém tão presunçoso quanto esse tal Joseph. Eles vieram correndo em minha direção. – Então?

— Consegui vadia. – Christian disse animado, temos que comemorar. Será uma noite por minha conta, podemos depois dormir na sua casa Kat e aproveitar o amanhecer de Manhattan. – Ele disse como se tudo estivesse planejado em sua mente.

— Claro, eu tenho que terminar uns relatórios para audiência da Bonnie Segunda-Feira de manhã, se quiserem indo encontro vocês em casa, as 20h00min? – Falei pegando vários papeis em cima da mesa.

— Tudo bem, não trabalhe demais. E não seja de novo a última a sair daqui. – Margot disse beijando meu rosto e pegando sua bolsa e saindo com Christian do escritório. Nem notei que tinha escurecido quando terminei de digitar e encaminhei o e-mail a Bonnie a sênior a qual eu ajudava no escritório, suspirei aliviada de cumprir o prazo e quando estava terminando de pegar minhas coisas um barulho e uma luz me chamou atenção. Notei que tinha alguém na nova sala que seria de Joseph então peguei minhas coisas e fui saindo.

— Porque não se candidatou a vaga? Ouvi coisas incríveis ao seu respeito. – A voz dele grave cortava o ambiente vazio, pressionei os lábios não querendo virar para olhar ele, mas fiz mesmo assim sorrindo tentando mostrar meu melhor sorriso.

— Porque não acho que seria apta no momento ao cargo, gosto de trabalhar para Bonnie. – Sorri torto e vi um riso presunçoso brotar em seu lábio.

— Achei que tinha ficado intimidada comigo, por sempre conseguir te pegar em momentos vulneráveis. – Não tinha notado que aos poucos ele foi se aproximando e a ponto de me ver revirar os olhos. – Deixa eu me apresentar oficialmente Joseph.

— Oi Joseph, sou Katlyn sua vizinha que está de saída. – Eu disse apontando para o elevador e ele sorriu torto.

— Também estou indo naquela direção e até a mesma que a sua casa, então posso te acompanhar? – Ele disse apontando para o elevador e apenas balancei a cabeça concordando enquanto entramos no elevador. – Mas então Katlyn...

— Preciso dizer que não sou uma de suas fãs, então só vamos descer e ir embora tenho um compromisso e já estou atrasada. – Eu disse enquanto descíamos e ele apenas me olhava rindo o que me fazia sentir ainda mais raiva o vendo sorrir daquele jeito para mim, quando as portas se abriram, automaticamente uma de suas mãos se dirigiu para o meio das minhas costas, pegando quase ela toda e engoli seco congelando ele franziu a testa e logo arqueou uma de suas sobrancelhas, seu toque parecia ter descido uma descarga elétrica em mim fazendo todo meu corpo arrepiar. – Pode ir, acho que esqueci algo no escritório. – Eu disse o vendo me olhar curioso e saindo o elevador, nos encaramos e a porta se fechou.

Meu coração parecia ter sido eletrocutado, gotas de suor se formou em meu rosto, fiquei mais 10 minutos no elevador evitando toda minha fobia para não cruzar com aquele cara novamente, não entendia porque senti isso, parecia que até meu estomago tinha sido revidado, quando a porta tornou se abrir, o saguão estava vazio, então segui para casa atrasada para me encontrar com Margot e Christian. Tomei um breve banho enquanto as mensagens não paravam de chegar, sai correndo em direção a 1 OAK acabando encontrando eles ainda na fila.

— Achei que ia dar os canos em nós de novo. – Christian disse animado. – Mas estou feliz que veio.

— Jamais perderia a chance de comemorar sua promoção, estou muito feliz por você. – Dei um abraço e um beijo em seu rosto. Nos envolvemos em um abraço triplo e logo estávamos dentro da balada exclusiva, não fazia ideia de como ele tinha conseguido as entradas, mas estava me sentindo até desarrumada para estar ali. – Christian, esse lugar é UAU.

— Eu não aguentei quando ele disse que a comemoração seria aqui, sabe quem frequenta aqui? – Margot disse com uma voz de cachorra nos cio. – Joseph Abraham e seus amigos. – Ela falava sua voz com certo rosnado e eu revirei os olhos, precisava contar que ele era meu vizinho, mas eles ficariam loucos e invadiriam a privacidade do rapaz que não conseguia dizer, pressionei os lábios.

— Não sei o que veem nesse cara. – Falei gritando enquanto caminhávamos em direção ao bar pedindo uma cerveja e dando um breve gole.

— Ele é gostoso, bilionário, solteiro e melhor chefe que dá os ingressos da melhor boate da cidade. – Christian disse animado virando um shot e arregalei os olhos, ambos estavam extasiados pela promoção, pelo local e pela oportunidade, tudo que eu queria era ficar quieta no bar e beber, rolei o dedo pelas redes sociais e Ashley postou uma foto com Zachary em algum bar de Los Angeles, revirei os olhos desligando o mesmo e pedi uma dose whisky virando a mesma e sentindo queimar na garganta e o amadeirado do carvalho preencher meu hálito. Passei os olhos pelo salão procurando meus amigos que dançavam e bebiam como se não houvesse amanhã, respirei fundo pedindo mais uma dose quando corri os olhos para os andares superiores que ficavam as áreas vips e lá estava ele, como se me encarasse no meio da multidão, alguns caras vinham próximo puxando papo e eu apenas estava fadada de tanto dizer não.

— Você viu que nosso novo melhor chefe está aqui? Ele não tira os olhos de mim. – Margot falava alterada. – E se eu transar com ele não teria problema, teria?

— Como ele é o chefe, ele que dita as regras, não é? – Falei tentando parecer de bom humor e sorrindo, recebendo um beijo babado no rosto de Margot que após beber um gole da minha bebida sumiu no meio da multidão. Respirei fundo olhando para o relógio e pisquei já sentindo o sono chegar, quando um cara chegou querendo me beijar sem ao menos perguntar se era isso que eu queria.

— Eu tenho namorado babaca. – Falava o empurrando e sentindo o bafo dele em meu rosto.

— Cadê ele então gostosa? Deixar uma delícia dessa aqui sozinha é pedir para ser traído. – Senti uma de suas mãos deslizar para meu peito e sentei o tapa em seu rosto. – Você é louca vadia? – Ele disse alterado levantando a mão para retrucar e sendo parado no ar por Joseph, pisquei algumas vezes pensando como ele chegou ali tão rápido. – O que é isso cara?

— Ela disse que não. – Ele falou com a voz grave me fazendo engolir seco. – E ela também disse que tem namorado, então apenas vá embora. – O cara nem quis discutir apenas revirei os olhos, sabendo que deveria ser grata, mas não podendo de ver como isso foi escroto.

— Que ridículo, eu falei a mesma coisa que você. E ele respeita o que você fala e não respeita o que eu falo. – Virei minha bebida notando que Joseph me analisava. – Isso é patético e triste.

— Não posso discordar de você. – Ele disse abrindo um sorriso amigável e respirei fundo tentando desfazer a imagem que implantei dele em minha cabeça. – Me deixe te levar lá em cima comigo, será mais seguro. – Olhei em volta procurando Margot ou Christian e nem sinal, apenas confirmei sentindo novamente a descarga elétrica quando novamente a grande mão dele deslizou pelas minhas costas para me direcionar.

Era um lugar com muitos sofás e bebidas a vontade, ao contrário do que pensei ele não estava com os amigos, franzi a testa olhando as pessoas abaixo de nós.

— Porque está sendo legal comigo? Onde estão seus amigos? – Questionei o vendo sentar ao meu lado e esbarrar nossos joelhos causando calafrios pelo meu corpo.

— Primeiramente, dentro de todas as pessoas ali embaixo você disse que não era minha fã, segundo eles estão em outra área. – Ele disse em bom humor e eu tentei sorrir em gratidão, estava sentindo o ar rarefeito e o cheiro forte amadeirado de perfume importado invadir minhas narinas, estava com a garganta seca, então pressionei os lábios em busca de algo para molha-los.

— Então você decidiu que deveria tentar ficar comigo e provar que estou errada. – Falei sarcasticamente sentindo a bebida falar por mim mais do que qualquer coisa.

— Está funcionando? – Ele disse rindo e vendo meu olhar de desprezo. Ele então se curvou aproximando seus lábios do meu ouvido. – Estou brincando Katlyn. – Nos encaramos e ficamos em silencio que parecia uma eternidade, em minha mente era como se uma balada dos anos 80 invadisse o local, meu corpo estava rígido, como se estivesse em alerta, em minha mente Love Bites tocava como alerta de perigo, quando a respiração de Joseph em meu pescoço me fez pular. - Quer uma carona para casa? – Sua voz saiu como um sussurro e ele estava tão próximo, seu hálito quente me fez engolir seco e quando dei por mim, puxei ele pelo cabelo em um beijo intenso que foi altamente correspondido. As grandes mãos dele deslizavam pelo meu corpo, meu coração parecia que ia saltar pela boca, ele beijava tão bem, que sabia que deveria parar, mas não quis. Num movimento ele me deitou debruçando todo seu corpo sobre o meu, nos olhamos por instantes, como se ele quisesse saber se devesse parar, mas quando elevei as pernas no seu quadril senti seu volume crescer e ele sabia o que deveria fazer, então parou se olhamos e sorri torto, ele me olhava como se tentasse me ler, seus longos dedos acariciavam meu rosto, nossa respiração estava densa, seu volume apertava entre minhas pernas e abri um riso constrangedor.

— O que foi? – Minha voz saiu como um sussurro e ele sorriu torto.

— Vem, quero te levar para casa, quero foder você. – Ele passou a mão na minha me puxando para a saída e assim eu fui no automático seguindo aquele homem que tudo que sabia que era meu vizinho e o que ouvi sobre ele, mas estava pronta para fazer a coisa mais louca da minha vida.

 

 


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