Midnight Lovers escrita por Pandora Ventrue Black


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

"I Found " - Amber Run



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É difícil envolver nossas mãos no tempo quando estamos ocupados, diferenciar os minutos, das horas e dos segundos se torna um dos trabalhos de Hércules. Era assim que Selena se sentia, havia chegado na loja de souvenires de Nykkia perto das três da tarde e seu tio, Scorpius, apareceu uma hora depois. Ao coçar os olhos e ajeitar a postura, a jovem bruxa permitiu-se encarar o relógio.

Eram exatamente dez da noite.

Entretanto, todos ali sentiam que podiam gastar mais tempo com os livros antigos e empoeirados, como se todas aquelas horas gastas não fossem o suficiente, afinal, eles pareciam ser os únicos cientes do que possivelmente estava acontecendo. Eram títulos variados, alguns autores de estimas, outros não, mas qualquer coisa que trazia mais informação sobre os Sete Líderes do Inferno.

— Chá? — A voz de Nykkia irrompe o silêncio pesado do cômodo apertado que servia de cozinha.

— Céus, mulher! — Scorpius exclama, repousando a mão no coração — Você quer me matar de susto?

— A culpa não é minha se tem um coração fraco, Crux — A Prima fala, com uma mão na cintura e a outra apontava acusativamente o indicador — Nós três precisamos de muitas xícaras de chá de camomila com o tanto de informação que absorvemos hoje.

— Não tenho um coração fraco, querida — O bruxo diz elegantemente, tentando disfarçar o susto — Há mais informações para ser absorvida. Se sua teoria estiver certa, Nykkia, estamos lidando com forças muito superiores à nossa.

— Meu tio está certo, Nykki — Selena suspira — As alterações climáticas em Salém, o Espírito que quase me matou, Reaper e o incidente com Boxer devem estar conectados com eles, não é?

— Mas isso não explicaria o fato de eu ter acesso às algumas memórias de Blair, Lena — Scorpius expira longamente, apoiando os cotovelos na mesa — Aquele trabalho que estava fazendo com a loirinha, o que descobriu?

— Nada além do que sabemos: Bridget Bishop foi traída pelas únicas pessoas que amava — A garota fala enchendo sua xícara com mais café — Eu sei que o que estou prestes a falar vai soar como loucura, mas tem alguma chance, mesmo mínima, de um poder bruxo não nascer da natureza?

— Isso é uma acusação séria, Lena — Nykkia soa séria, dura como mármore.

— Não é uma acusação, é... bem, uma ideia.

— Seria uma forma de entrelaçar tudo o que está acontecendo — Scorpius murmura — Talvez quando Bridget estivesse sendo enforcada… Ela talvez tenha feito…

— Espere um segundo vocês dois — A mulher interrompe, estava boquiaberta — Isso é impossível. Bruxas e bruxos trabalham para a Mãe Natureza, a força maior da Terra.

— Os Sete Líderes do Inferno não são desse planos, querida — Scorpius pronuncia-se, sem tirar os olhos do livro — Afirmo com grande certeza que entrar em contato com eles deve ser, no mínimo, impossível.

— Nada é impossível.

— Admiro o seu espírito, sobrinha, mas lidar com esse tipo de coisa é impensável.

— Mas não é impossível, não é? — Selena retruca, encarando seu tio com os olhos — Talvez Bridget estivesse tão machucada que sua única opção fosse entrar em contato com eles…

— Isso mancharia sua linhagem, Lena — Nykkia se prontifica, deixando o bule na mesa — Esse tipo de pacto deixa marcas…

— Bridget não teve filhos, quer dizer… Ela foi enforcada antes de dar à luz.

— É uma boa teoria, Lena — Scorpius se levanta, estava mais cansado do que imaginara — De três coisas eu estou convicto. Primeiro, bruxas e bruxos não têm esse tipo de domínio sobre o clima — Ele toma um gole demorado do chá preparado por Nykkia. Ela sabia que esse era o seu preferido: frutas vermelhas e adoçado com mel — Segundo, lobisomens não perdem a consciência, como a pequena Jamilla perdeu…

A sala é preenchida por um silêncio ensurdecedor, era como se o mundo estivesse se fechando. As paredes da casa de Nykkia, que antigamente era a moradia da família Bishop, estavam cobertas de segredo, como se os três bruxos ali fossem revolucionários, conspiradores procurados pelo governo. O chão rangia com as teorias e as porcelanas usadas estavam marcadas com as falas ditas, como um ferro quente marca a pele virgem de alguém.

— Terceiro, só temos um jeito de descobrir — Ele se cala, observando a janela — O Ritual da Lua…

— Podemos fazer aqui? Agora? — Selena o interrompe, levantando-se com tanta rapidez, que derrubou a cadeira atrás de si.

— Não! — Nykkia exclama, encarando Selena e depois voltando o olhar para o bruxo — Scorpius, onde está com a cabeça?

— Ela está no lugar certo, obrigado, presa ao meu pescoço — Ele sorri maliciosamente, piscando um de seus olhos para Nykkia — Será feito hoje, apesar de não ser a última lua cheia do ano, não podemos perder mais tempo. Combinado?

— Mas… Não temos Electra — A jovem fala, tentando controlar os tremores em sua voz — Nem meu irmão…

— Vamos ter que resolver entre nós três — O bruxo toca a pele exposta de seu punho — Infelizmente acho que nem Maddie nem o fadinha vão ficar felizes com o que vamos fazer, então, peço a vocês duas, especialmente você, Nykkia, que mantenham segredo.

— Scorpius, não posso… Andrômeda é minha melhor amiga.

— Faça isso por mim, querida… Sei que não fui o melhor partido, mas se sentiu algo por mim — Ele para, encarando a mulher de cabelos negros e pele brilhosa — Mantenha isso em segredo, por favor.

— Você sabe que nunca fui capaz de resistir você quando pedia educadamente as coisas — A Prima tenta conter o sorriso, mas falha miseravelmente — Acho que vamos encontrar tudo o que precisamos no porão, onde Órion armazenava tudo do mundo bruxo — Ela se vira para Selena, segurando as mãos finas da bruxa entre as suas — E você, Selena? Tem certeza disso?

— Quanto mais rápido descobrirmos o que diabos está acontecendo com essa maldita cidade, mais rápido teremos como encontrar Bash — Selena suspira, voltando o seu olhar para o seu tio — E ele é o mais importante.

Os mais velhos assentem. Todos naquele cômodo pensavam a mesma coisa: Se estivessem realmente prestes a enfrentar os Sete Líderes do Inferno, eles precisavam que todos os bruxos da família Bishop estivessem juntos.

 

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Não demorou muito para que os três alcançassem o porão. Era um lugar frio, mais gélido agora por conta das chuvas incessantes, e, para surpresa dos dois Bishop presentes, estava limpo e organizado, como se nunca tivesse sido fechado ou como se a casa não tivesse passado anos sem ser aberta desde a morte de Órion até a compra pela nova proprietária, Nykkia.

— Está do jeito que… — Scorpius se cala, colocando sua mão em sua boca e, em seguida, guiando-a até os olhos, enxugando as lágrimas que corriam discretamente — Não mudou nada, exceto a sua limpeza impecável, Nykkia.

— Culpada — Ela sorri, envergonhada — Estava bem suja quando comprei o imóvel, não suportava ver as coisas de Órion assim… Limpo regularmente, mas não uso nada, por respeito a sua família, Scorpius.

O bruxo sorri, tocando a face da mulher com carinho. Ela tinha sido a primeira e única pessoa que Scorpius realmente amou.

— Meu pai diria que estaria sendo desrespeitado se não usasse as coisas dele.

— A presença dele aqui é tão forte que… — Nykkia estava se perdendo cada vez mais nos olhos esmeraldas de seu ex-namorado — Parece que ele está aqui. Não queria irritá-lo, Scorpius, pois — Os lábios da mulher formam um sorriso sincero e acanhado — Não praticamos a mesma magia.

— A única diferença entre vocês dois — Scorpius brinca, acariciando com polegar a bochecha quente da mais baixa — Vai conseguir performar o Ritual da Lua?

— Não sou alheia à magia natural, Crux. Não me insulte.

Scorpius reprimiu uma risada e olhou para cima, movimento crítico que fez a bruxa vacilar. Ele sabia que era bonito, sob o ângulo certo, irresistível, e, para alegria que alguns e infelicidade de outros, o Bishop sabia usá-los. Muito semelhante a Sebastian, mesmo tendo se conhecido há poucos dias, mas mais maduro, misterioso. Scorpius era um garanhão, Sebastian, ainda por ser muito novo, não se passava de um potro.

“É o fim do mundo”, pensou “Dane-se as moralidades”.

— Selena, querida sobrinha… — Sua voz sai rouca, era como se todas as células de seu corpo precisassem do calor de Nykkia — Há uma porta à sua direita, é a dispensa. Pegue tudo que tiver o símbolo de uma lua cheia e véu, como de noiva.

— Mas…

— Só faça isso, querida — Ele prossegue, ainda de costas para garota — Por favor.

Selena o faz, deixando os dois sozinhos. Em uma fração de segundo, Scorpius agiu, selando os lábios da bruxa em um beijo ardente e sedento. A última vez que tinha a beijado ele tinha dezessete anos e tinha sido aceito como pupilo de um tatuador famoso de Nova York e Nykkia, como sempre, estava ocupada demais com as faculdades. Por conta de seu histórico exemplar e intelecto, havia sido aceita em todas as universidades da Ivy League. O caminho dos dois divergiu e, por muito tempo, ficou assim.

“Eu poderia beijá-la por dias”, Scorpius pensou unindo todas as forças de seu corpo para afastar-se dela.

— Assim que tudo estiver resolvido, você, minha querida, está me devendo um encontro — Ele sorri, maliciosamente, recompondo-se enquanto observava a expressão perplexa e alegre na face de Nykkia.

— Da última vez que me chamou para sair eu tive que esperar duas horas e, quando fui tirar satisfação com você, a Celeste me disse que tinha ido embora — Ela fala se afastando do bruxo, seu coração apertou de leve, aquele dia tinha sido devastador — Não sei se devo confiar em você.

— Eu sinto muito — Scorpius deixa escapar, segurando os braços da mulher que amava — Mas era necessário, para sua segurança…

— Sua mãe me explicou tudo, mas queria que, ao menos, tivesse me avisado.

— Você iria atrás de mim.

— Óbvio…

— Não foi uma pergunta — O bruxo sorri, soltando por completo a sua fonte de calor e amor — Precisava me afastar de todos vocês até conseguir controlar o meu poder e…

— Achei dez potes com as figuras que me pediu, tio — A voz de Selena emana pelo cômodo, interrompendo Scorpius, fazendo-o endurecer — O que vamos fazer agora?

— Deixe tudo na mesa, sobrinha. Tenho que fazer uma mistura com isso antes de começar de fato o ritual — Ele explica, indo até a larga mesa de experimentos de seu pai.

Estava cheia de coisa ao mesmo tempo que tinha o espaço exato que Scorpius precisava para fazer a poção. Era a famosa desorganização organizada de Órion. Qualquer pessoa que entrasse no porão encontraria prateleiras entulhadas de livros e potes com ervas, pequenas mesinhas com taças e cuias para a realização de poções, dois caldeirões de estanho velhos para feitiços mais elaborados e uma mesa larga de madeira de pinheiro com béqueres e medidores. Tudo o que um alquimista bruxo precisava.

— Estou meio enferrujado… Faz muitos anos desde que mexo com alquimia bruxa, mas acho que ainda me lembro de todos os truques.

— Você já fez algum outro Ritual da Lua, tio?

— Não — Sua voz sai fria, severa e cortante.

— Isso me deixa muito tranquila...

— Órion, o pai de Scorpius e seu avô, Lena, estava estudando esse ritual antes de, bem, ser morto pelos Caçadores — Nykkia explica virando-se para uma bancada com pia e um fogão elétrico pequeno — Esses dois passavam muito tempo juntos... — Ela sorri apontando para o bruxo, que estava concentrado em sua missão de medir as quantidades de erva — Órion queria entrar em contato com Bridget Bishop. Entender como tudo aconteceu.

— Meu pai amava a história da minha linhagem mais do que a minha mãe — Scorpius se pronuncia, levantando os olhos para Selena — Digamos que ele era um fanático.

— Órion era um estudioso, Scorpius — A bruxa mais velha fala, entregando uma xícara de chá para Selena e deixando um copo de água fria na mesa em que o homem estava — Amava a história de Salém mais do que qualquer outra pessoa no mundo.

— Queria ter conhecido ele — Selena comentou, sentando-se.

— Ele sempre quis ter netos — Nykkia continua — Netas, na verdade. Ele era tão devoto às filhas e à mulher…

— Electra era a preferida — Scorpius sorriu — “Uma força da natureza”, era o que ele dizia. Eu e a Maddie éramos, bem… Ele gostava da gente, é claro, mas não éramos como Electra. Não nos metíamos em confusão, sempre obedecendo a nossa mãe — Ele suspirou, pensativo — Acho que meu pai gostava de um desafio.

Selena sente um sorriso tímido se formar em seu rosto. Também gostava de Electra, apesar dela ser impulsiva e presunçosa na maior parte do tempo, mas via nela uma mulher altiva. Ela é como o fogo e Selena a admirava por conta disso.

— Como funciona o Ritual da Lua? — Selena indaga, tentando se esquecer da revelação que ainda a partiu o coração.

— Precisamos que o Espírito aceite a nossa presença — Scorpius diz, amassando os ingredientes — Normalmente eles negam, mas acho que o Mundo Espiritual está notando as mudanças…

— E se não aceitarem?

— Bem…

— Ficaremos presos no Limbo — Nykkia murmurou, encarando a xícara.

A garota engoliu em seco.

— Não sabemos o que acontece quando eles nos negam a passagem — O bruxo fala, fuzilando Nykkia com o olhar.

— Ninguém nunca sobreviveu para contar.

— Isso não é verdade, Nykkia. Pare de assustar a minha sobrinha, ela está quase ficando azul — Scorpius se vira para Selena, seus olhos são serenos e calmos como a água de um poço — Respire, Lena. Nada de ruim vai acontecer, minha querida.

E foi nesse momento que a bruxa percebeu que estava segurando a respiração. Ela sabia que era um ritual complicado, mas não sabia as consequências. A possibilidade de ficar presa no limpo era um lado negativo muito arriscado para se apostar e, se fosse verdade, caso desse algo errado, Selena estaria condenada a uma eternidade de vazio e sofrimento, uma realidade que forçou Electra a contar a verdade.

— Parabéns, Nykkia, assustou a criança!

— Estou apenas mostrando as possibilidades à Lena!

— Não são possibilidades! São teorias!

— Mas pode acontecer!

— E pode não acontecer!

Selena suspirou, estava com medo, não tinha como tentar negar. Se Sebastian estivesse ao seu lado, ela tentaria ser mais corajosa, pois odiava vê-lo preocupado. Mas ele não estava ali, tinha sumido, fugido. Ela não precisava vestir a máscara de irmã inabalável, pois não tinha a pessoa que precisava enganar.

Bash?

Ela tentou, mas não tinha ninguém para ouvi-la.

Irmão, se tiver aí, saiba que estou fazendo isso por você.

Seu coração aperta, voltando seu olhar para o tio, que massageava as têmporas com as mãos.

— Nykkia, já está tudo pronto, então, por favor, pare de aterrorizar a minha sobrinha.

— Eu…

— Vamos começar? — Selena pergunta, interrompendo a outra bruxa na tentativa de evitar uma nova discussão.

O homem assente.

— Deite no meio do círculo, Lena — Ele pede, levantando-se — Fique com as mãos levantadas para cima, vamos precisar de seu sangue.

Selena cerra os lábios em uma fina linha. Respirando fundo ela pensou que estaria fazendo isso para achar seu irmão, afinal, era isso que mais importava. A jovem bruxa deitou-se no meio do círculo com símbolos desenhados nas pontas, ela podia ter certeza que todos ao seu redor podiam ouvir o seu coração bater contra o seu peito. Era como um aviso; “não faça isso”, seu coração alertava, mas Selena não queria ouvir.

— Lena, querida, beba isso — Nykkia fala, tocando de leve a cabeça de Selena, fazendo-a sentar-se — Engula tudo de uma vez.

— Certo — A jovem se pronuncia tomando o cálice escuro em suas mãos.

O líquido preenche sua boca como uma explosão, fazendo a parte interna arder, descendo como fogo pela garganta. Tinha um gosto amargo e doce ao mesmo tempo, como se estivesse tomando um suco feito com loucura. Tossir parecia ser a única saída para tentar esquecer o sabor.

— Coloquei vodka, para descer mais fácil… Acho que não ajudou — Scorpius comenta, brincalhão, engolindo a sua parte da bebida com facilidade — Fel alcoólico…

— Scorpius! — Nykkia exclama, atirando para longe a taça que havia entregado à Selena — Ela é menor!

— Ah, o que há? — Ele sorri, passando as mãos pelos cabelos cor de fogo — Precisamos relaxar se vamos falar com Espíritos.

— Mas…

— Não será uma jornada fácil, Nykkia. A vodka é o de menos…

— Meu tio está certo, Nykki — Selena diz, respirando fundo, voltando a se deitar no chão frio — Precisamos começar…

— Como quiser, querida — A voz da bruxa mais velha soa cansada, como se tivesse desistido de lutar, o que era verdade.

De agora em diante eles só podiam seguir juntos. O futuro era incerto, perigoso, como andar por montanhas enevoadas, perdendo-se cada vez mais na imensidão de si mesmo a cada passo dado. Selena sentia que aprofundava-se em seus medos e temores, afinal, estaria caminhando por vias desconhecidas e etéreas, distante do plano humano o qual ela estava muito bem-acostumada.

Mudança.

— Feche os olhos, Lena — Scorpius alerta, sério — Não os abra em hipótese alguma, senão será arrastada pelas almas-perdidas até o Limbo.

— Parece fácil — Ela brinca, apertando as pálpebras.

Ficar presa no Limbo soava como um pesadelo sem fim.

Vazio e amplitude, medo e apatia, terror e inércia.

— Isso não é uma brincadeira, Selena.

— Eu sei, Nykki — A jovem retruca, cerrando as mãos em punhos bem apertados — Prontos?

— Acha que estou? — Seu tio perguntou, sentando-se do lado de fora do círculo encantado.

— Sim…

Scorpius sorriu. Apesar de a resposta parecer incerta, duvidosa e temerosa, agradecia do fundo de seu coração pela fé que sua sobrinha tinha nele. O bruxo se via em Selena, jovem, ansioso e esperando uma resposta por tudo o que estava acontecendo e, acima de tudo, rezavam para que tudo desse certo.

— Falaremos, eu e Nykkia, algumas sentenças estranhas. Não se assuste, faz parte do feitiço — Ele continua — Permaneça de olhos fechados e vai saber quando abrir.

— Mas e se eu errar a hora?

— Tente não errar, sobrinha. Não temos uma segunda chance — Selena assente, ainda de olhos fechados, atenta a voz serena de seu tio — Você consegue, querida. É uma Bishop.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado S2



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