Midnight Lovers escrita por Pandora Ventrue Black


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

"we fell in love in october" - girl in red



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/796562/chapter/13

Era um sonho, Selena tinha certeza disso, porém ainda sentia suas pernas tremerem e seu coração falhar. Estava presa em um cubículo apertado e sujo, um banheiro iluminado por uma luz vermelha bruxuleante, era como se estivesse trancada em um das caixas de veludo onde Celeste, sua avó, guardava suas joias.

O problema era que ela não estava em uma caixinha de bijuterias, protegida do mundo, na verdade estava encurralada, destinada a morrer em um incêndio. 

A fumaça ácida entrava em seus pulmões como fel, queimava e ardia, fazendo Selena arfar por mais ar e receber em grandes lufadas de mais fel. Suas mãos tateavam as paredes pretas do cubículo, mas não conseguia encontrar a saída. Clamou por ajuda, mas ninguém parecia ouvir. Em sua mente ela estava preocupada com Sebastian, algo dentro dela sabia que ele estava em perigo, talvez até mesmo morto, era difícil dizer.

Com certa dificuldade para se mover, ela volta a procurar a saída, tocando no máximo de coisas que podia. Murmurava um feitiço de escape, mas parecia estar sem poderes, drenada de toda a sua magia. Era inútil procurar sua liberdade quando estava presa, porém, seu irmão precisava dela e isso a dava forças para continuar.

Ela o amava mais do que gostaria de admitir e uma vida sem ele não parecia valer a pena, seria um mundo sem a alegria e a chatice dele.

Finalmente sua mão fina entrou em contato com um metal frio: uma tranca. Saiu em disparada, deixando para trás o cubículo do banheiro e indo em direção a uma pista de dança. A névoa falsa cobria o piso colorido e a fumaça do fogo servia como teto, as luzes da balada piscavam em diversas cores, que, quando atravessavam a nuvem cinza da parte de cima do local, se tornavam opacas e tristes. Uma música indie corria o ar, melancólica e mágica, uma mistura entre entoações sobrenaturais e letras melódicas.

Selena não ligava para nada daquilo, estava focada em encontrar seu irmão. Usava a conexão entre os dois para tentar achá-lo, mas falhava miseravelmente. Não havia mais nada entre os dois que poderia ser usado para que ela fosse ao seu encontro, eles haviam se separado por completo. A garota sente seu coração apertar, nunca ficara tão longe de Sebastian e isso a deixava completa e incondicionalmente perturbada.

O fogo queimava alto no palco, consumindo e destruindo o que encontrava. As labaredas eram ferozes, aumentando e diminuindo à medida que engolia os instrumentos que estavam ali. As chamas faziam o ar ficar insuportável, denso e perigoso, Selena sabia muito bem que não tinha muito tempo até desmaiar por conta da fumaça, mas precisava achá-lo.

Um baque surdo ecoa, fazendo a música parar a as luzes desligarem. O corpo de Sebastian tinha sido atirado na região em que Selena estava agachada, a poucos centímetros de distância de seu rosto. Ele estava morto, definitivamente morto, pois sua cabeça pálida exibia uma ferida larga e ensanguentada. Perfurando o seu crânio estava uma estaca de prata, com um grande e detalhado “P” na ponta.

Um urro gutural e desesperado escapou da boca de Selena, fazendo ela cambalear para trás e fechar os olhos. Não podia ver aquilo, era terrível demais. O odor férrico preenche as narinas da garota, fazendo seu corpo congelar e sua mente dissipar-se por entre os medos e a fumaça.

Sebastian estava morto, assassinado pela arma criada para vencer todo e qualquer ser sobrenatural: “A Estaca de Prata.”

 

⇻♡⇺

 

Selena se levanta da cama de supetão, acordando de seu pesadelo e arfando a procura de ar limpo e agradável, se deparando com o vento frio da noite. Quase tropeçando em si mesma, ela acelera em direção ao quarto de seu irmão, precisava vê-lo, ter certeza que estava vivo e bem, isento da Estaca de Prata e dormindo pacificamente no quarto ao lado. No momento que abre a porta, se depara com uma cama vazia e um bilhete: “Não me procure. Estou longe e não quero ser encontrado. Com amor, Sebastian”

A garota cai de joelhos no chão, seu coração se estilhaça e, por um momento, ela se esquece o que é respirar e como deve fazê-lo.

Sebastian tinha sumido, pulado da janela naquela mesma noite. Pior ainda, havia cortado, por completo, qualquer laço que tinha com sua irmã, a conexão dos dois parecia nunca ter existido. A chuva voraz do lado de fora da casa, que inundava não só a cidade, mas também o quarto do garoto por conta da janela aberta, era resultado das emoções de Selena.

— Ele foi embora — Selena soprou no momento em que sentiu os braços de seu pai a abraçarem.

— Electra também — A voz rouca de Scorpius ecoa onisciente pelo quarto. 

Ele estava mal vestido, usando apenas a sua calça jeans preta, deixando seu abdômen marcado e severamente tatuado exposto. Estava mais pálido, frio e cansado. Quando ouviu a chuva cair, sabia muito bem que não era a natureza se manifestando e sim um dos gêmeos. Se levantou às pressas de um dos quartos e procurou por Electra, afinal, ela era a real mãe deles e a pessoa mais perto do cômodo em que estava. Mas quando abriu a porta do quarto, instantaneamente percebeu que ela tinha escapado, sumido na noite como costumava fazer quando estava caçando os Caçadores.

— Você acha…? — Seth tenta falar, mas é cortado por sua filha.

— Não estão juntos. Ele nunca ficaria perto dela — Ela respira fundo, observando a tempestade e os relâmpagos do lado de fora — Sebastian fugiu.

 

⇻♡⇺

 

Era o final de semana depois da descoberta da real mãe dos gêmeos Bishop. Electra não se encontrava mais na casa, decidiu partir assim que contou toda a verdade, afinal Sebastian mal a conseguia olhar nos olhos, seu próprio filho não era capaz de olhá-la. Ele estava furioso demais para qualquer coisa, o que, por si só, já era um desastre. Sebastian seria incapaz de ficar na mesma residência com as pessoas que mentiram para ele a vida toda, sendo assim, cortou sua conexão com sua irmã e sumiu, saiu de casa de noite, na mesma noite em que Selena sonhou com a Estaca de Prata, na mesma noite em que ela achou o bilhete em seu quarto, na mesma noite em que um dilúvio quase bíblico inundou Salém, forçando a escola a cancelar o dia letivo. 

Sebastian está desaparecido desde então, duas noites depois do sonho de sua irmã. Andrômeda estava cansada, com olheiras e noites de sono mal dormidas, seu filho estava desaparecido e ela era incapaz de rastreá-lo, mesmo usando magia. Sebastian havia desaparecido do nada e, mesmo com a ajuda da polícia de Salém, ele ainda não tinha aparecido. Seth estava em uma das buscas, ao lado de outros policiais, vagando com uma lanterna pelas florestas que rodeavam a cidade e, obviamente, sem sucesso. Selena permanecia em casa, consolando sua mãe e sua avó, afinal, ambas haviam perdido seus filhos. Scorpius, para surpresa de muitos, também havia se juntado às equipes de busca, mas tudo isso era graças a sua ex-namorada de ensino médio, Nykkia. Os dois, acompanhados de Seth, buscavam pelo menino perdido.

Perda é um sentimento avassalador, é um buraco que se abre dentro da alma das pessoas que só pode remendado de duas formas: retornando a parte perdida ou aprendendo a lidar com a falta. Há quem diga que ver alguém desaparecer perante seus olhos é pior do que vê-lo morrer, o que, de certa forma, é verdade. Pelo menos aquelas pessoas que estão em luto sabem o que perderam e como perderam, enquanto as que perderam alguém para o mundo estão alheias aos acontecimentos.

Era assim que Andrômeda se sentia. Parecia uma alma vagando pela casa, vestida em sua camisola comprida de algodão, fazendo o mesmo percurso, indo do quarto de Sebastian até a cozinha e da cozinha para o quarto. Seu coração estava em farrapos, quando o garoto havia voltado da memória de Electra, ele parecia outra pessoa, conturbada e aflita. Seus olhos haviam mudado de cor, detalhe que ninguém mais percebeu, senão ela. Andrômeda era a mãe dele, adotiva, mas ainda era sua mãe e uma alteração na íris do gêmeo era uma mudança tão clara quanto as trocas diárias entre a Lua e o Sol. A cor havia ido de um verde-esmeralda, como joia, para um âmbar escuro.

Naquela noite ele apenas subiu para o quarto, no qual ela estava agora sentada na cama, observando a janela. Sebastian havia se trancado, isolando-se de todos. Estava magoado, era perceptível. Parecia um fantasma, pálido e sem vida. Por um momento, ela achou que seu filho havia sido levado para o Limpo, como Reaper havia prometido, porém ele estava ali, em carne e osso, deitado em sua cama, no quarto cuja porta tinha um Sol entalhado, observando o teto e tentando processar todas as informações do dia.

A verdade era que Sebastian não estava mais ali, nem em seu quarto nem na Mansão Blackwaters, todos naquela casa sabiam disso. Selena, por outro lado, revirava as várias e várias caixas de memórias, na esperança de que terminando o trabalho que história, ela teria seu irmão de volta.

Ela estava no pátio, com uma larga xícara de café em uma mesinha de madeira escura e sentava em um balanço, segurando em suas mãos alguns álbuns de fotos, árvores genealógicas e diários. Tinha tudo o que precisava: sua família havia mesmo sido originada por Blair Bishop, que fugira da caça às bruxas de Salém com um viajante e, sim, Bridget estava grávida durante esse período. Blair havia escrito em um papel que Anthony Phips era o pai e que precisara mentir para conseguir escapar ilesa da histeria do povo, pois ela mesma tinha uma criança em seu ventre.

E lá estava toda a verdade da família Bishop: surgiu de uma mentira. O início da linhagem havia sido uma farsa, uma forma de Blair sair viva de Salém e seguir sua vida com o viajante. Agora, anos depois, os Bishop continuavam envoltos por mentiras e meias-verdades. Selena era filha de Electra, que a deixou com sua irmã, pois ela e seu pai estavam tendo um caso e Electra estava ocupada demais assassinando Caçadores para cuidar dos seus próprios filhos.

Suspirando, ela fecha os olhos. Estava muito mais cansada do que imaginava, mas terminar o trabalho escolar permitiu que ela focasse sua mente em outro lugar.

Bash?

Ela tentou, mas ninguém a ouviu.

Irmão?

A conexão havia sido cortada e, sim, ela sentia que metade de seu coração havia ido embora. Se sentia mais leve, ao mesmo tempo que o mundo pendia em seus ombros. Seu corpo pedia por uma boa noite de sono, mas sua mente trabalhava perversamente em criar cenários cruéis para o fim de Sebastian.

Sentindo o corpo estremecer, Selena alcançou o seu celular na mesinha ao seu lado, teclando o número de Alexandra sem nem pensar duas vezes.

Alô?

— Alex, sou eu — Falou, encolhendo-se na cadeira.

Oi, Lena — Sua voz é doce e preocupada — Está tudo bem?

— Sim, hum… Estou ligando para avisar que terminei o trabalho de história.

Ah! Uh, obrigada?

— De nada — Selena queria dizer algo a mais, pois Alexandra seria a única pessoa naquele momento que seria capaz de acalmar seu coração inconsolável — É, hum… Só isso — Mentiu, incapaz de falar o que realmente queria.

Lena, ei, Lena! — Alexandra chamou, sentando-se em sua cama apressadamente — Lena, está livre agora?

— Sim, que dizer, mais ou menos… — Suspirou, sentindo a brisa fria de Salém tocar sua face — Tem a patrulha mais tarde…

Pode passar na Witches & Burguer?

— Hum, sim. Claro?

Pode me encontrar às seis?

— Uhum.

Ótimo! — Sorriu, mordendo o lábio inferior — Até, baixinha!

Selena sente um sorriso tímido formar em seus lábios, porém ele sumiu tão rápido quanto apareceu. Seu irmão e sua mãe tinham sumido e ela estava sorrindo por conseguir um encontro com sua garota dos sonhos.

Parecia errado.

 

⇻♡⇺

 

Um pouco depois das seis da tarde, Selena estava na frente da hamburgueria, incerta se deveria entrar ou não. Havia alunos da Phips High conversando e se divertindo, alguns casais e poucos adultos, obviamente era um lugar para jovens.

— Lena?

— Ah! — A bruxa exclamou, dando um pulo para trás, assustada — Alex.

— Desculpa! — Pediu, levantando suas mãos quente para tocar os ombros de Selena — Não queria te assustar…

— Está tudo bem! — Disse, sorrindo envergonhada.

— Venha, vamos entrar — Apontou para a porta de vidro — A música é ruim, mas a comida é muito boa.

— Não lembro daqui… Nunca saia muito da mansão quando vinha para cá — Explicou, acompanhando Alexandra até uma mesa vazia — É aconchegante…

O que era verdade, pois o ambiente era iluminado por uma luz meio amarelada, as cadeiras roxas com as mesas de madeira escura tornavam o restaurante em algo mais descontraído e a música alegre e de melodia simples deixava tudo perfeito.

— Toquei aqui algumas vezes — Ela falou, observando o menu — A dona é gente boa.

— Que legal… — Todas as comidas ali pareciam um turbilhão de sabores e Selena estava indecisa sobre o que pedir — Eu, hum…

— Recomendo o Duplo Cheddar com bacon. É o melhor da casa.

Selena sorri, agradecida.

— Eu tenho um grande apetite, então…

A garçonete se aproxima da mesa, gentil e pronta para atender.

— O que vão pedir?

— Hum, para a minha acompanhante dois Duplo Cheddar com bacon, batata frita e milkshake de…? — Alexandra se virou para a garota linda que estava sentada a sua frente.

— Cookies — A bruxa pediu, escondendo seu sorriso com o cardápio.

— Para mim o Bacon Encantado, com anéis de cebola e refri!

— Tudo anotado, meninas! — A garçonete falou, afastando-se delas, levando consigo os cardápios.

— Agora que toda essa parte estranha de primeiro encontro já passou…

— O que? — Selena questionou, sentindo seu coração apertar.

— O que foi?

— Você disse “primeiro encontro”…

— E isso não é um primeiro encontro? — Ela sorriu, maliciosamente.

— E-Eu…

— Lena… — A voz de Alexandra é doce como mel e seu toque é gentil, com alguns calos, originados por anos praticando suas músicas na guitarra, raspavam na pele fria da mão de Selena — Olha, eu sei como deve estar sendo difícil, com seu irmão e tudo mais… Eu te convidei para espairecer um pouco. Espero não ter feito nada errado…

— Não, não! Aqui, com você, está legal… — Suspirou, sua mente não parava de lhe pregar peças — É só que com o meu irmão…

— Ele vai aparecer — Sua voz era firme, sem nem um pingo de dúvida, apertando um pouco mais a mãos de Selena — Acredito que o Sebastian tenha pelo menos metade da sua inteligência.

A bruxa ri, fechando os olhos e balançando a cabeça.

— Essa parte eu duvido…

— Aqui está, meninas — A garçonete falou, interrompendo a risada fina e relaxada de Selena e repousando os pedidos na mesa — Tudo certinho?

— Sim, muito obrigada.

Ela se vai com um sorriso no rosto, deixando as duas garotas com uma pilha de comida para ser devorada.

— Então… Selena, me diga mais sobre você.

— Ah, hum… — Lena sente suas bochechas aquecerem, o olhar da loira sobre ela a deixava envergonhada — O que quer saber?

— O que gosta de fazer? Seu lugar preferido?

— Bem, eu… Gosto de ler e passar um tempo com a minha família… Somos muito próximos — “Não, na verdade é que eu preciso treinar meus poderes para não receber o meu Chamado como uma completa idiota!”, pensou — Gostava da minha outra casa… Não que eu não goste da Mansão Blackwaters, mas ela não é exatamente nossa.

— Não gosta de Salém, é isso?

— Hum… Sim e não — Alex sorri, comendo algumas de suas batatas e esperando Selena elaborar sua resposta — Minha família, ou melhor, o nome da minha família surgiu aqui, mas, bem, não estamos mais em 1692, não é?

— Quer dizer que é uma bruxa no mundo moderno? — A loira atiçou, fazendo a garota arregalar os olhos e praticamente se engasgar com o milkshake — Hey, calma, baixinha! Estava só brincando!

— Alex! — Grunhiu, respirando fundo, tentando se recompor e falhando miseravelmente.

— Bruxas não existem, tolinha — Sorriu, passando a ela um guardanapo roxo.

— É, não existem — Repetiu, corando violentamente — No que estava pensando?

— Era uma brincadeira… — Disse, encolhendo-se na cadeira.

Selena suspira, arrependendo-se amargamente de ter aberto a boca.

— Se serve de algum consolo… Minha família também não tem um nome muito bom — Murmurou — Meu pai é conhecido por fazer transações, hum, digamos que ilegais… Ninguém faz tanto dinheiro assim sendo dono de alguns supermercados.

— Eu… sinto muito.

— Não deveria — Severa e fria, cortante como gelo — Meu pai que quis se enfiar nesse tipo de negócio…

— E sua mãe?

— Ah! — Uma risada de escárnio escapou de seus lábios — Ela quer dinheiro, não importa como.

Selena se emudece, analisando a loira. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo desleixado, usava uma camisa de manga comprida cinza e jeans escuros, uma bota de salto médio marrom. “Uma versão masculina do meu tio”, pensou, sentindo o coração apertar “Ah, Bash… Onde você está?”

— Você está fazendo aquilo de novo — Alexandra disse, voltando seu olhar para a comida.

— O que? — Indagou, pigarreando logo em seguida, tentando afastar a imagem de seu irmão morto de sua mente.

— Sumindo em seus pensamentos… 

— Desculpa, eu só… Ando pensando em meu irmão.

— Hum… Estou vendo que um encontro na hamburgueria não foi uma boa ideia.

— Não, Alex, está sendo legal — Lena tenta sorrir, mas algo estranho toma conta de seus rosto, lágrimas — Eu só estou preocupada… 

— Vamos sair daqui e nos juntas às buscas — Alex afirmou, levantando-se e vestindo sua jaqueta de couro — Vem!

A loira erguia sua mão para Selena, que ainda tinha dificuldade para absorver as informações. A bruxa, enxugando as lágrimas rebeldes que caiam, segura com força a mão da garota à sua frente e, juntas, partem pela cidade.

— Vamos achar o idiota de seu irmão! — Ela falava com tanta certeza que fazia Lena estremecer.

Alexandra… Seu nome combinava perfeitamente com seu caráter.

Por um momento, Selena desejou que aquela noite nunca acabasse. Algo em Alexandra, fazia a menina se sentir bem, como se ela fosse o verão depois de anos presa num inverno congelante, ou um amanhecer depois de uma eternidade na escuridão. Era uma chama que Selena havia encontrado naquela cidade cheia de mistérios e superstições.

Seu coração partia em milhares de pedaços, Alexandra nunca poderia saber que Selena era uma bruxa. Ela teria que mentir, continuar um legado de meias-verdades da família que se iniciou em 1692 e estava longe de chegar ao fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Midnight Lovers" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.