Esposa de Aluguel escrita por Regina Rhodes Merlyn, Marielle


Capítulo 6
Tudo que se quer - (Epílogo)


Notas iniciais do capítulo

Olá, a Regina está com problemas com o computador, então estou postando esse capítulo pra ela.
Boa leitura!

É isso aí flores. Meu PC morreu e como não terei condições de comprar um novo antes de Janeiro, convoquei três de minhas BFFs para me dar um help aqui e não parar quase todas as postagens (Case of chance, por ser dabble e exigir bem menos, consigo escrever diretamente no Nyah). Dividi minhas fics entre as três (porque todas tem seus compromissos e não iria prejudica-las, lógico! ), e de agora em diante serão meus anjos amigos que farão as pastagens por mim(geralmente nos finais de semana) já que essa criatura aqui sabe escrever (Não tão bem quanto no PC) pelo celular mas é incapaz de postar rsrsrsrs. Não me perguntem porquê pois realmente não sei dizer!
Só tenho a agradecer minhas três escudeiras: @Marielle, que sempre me brinda com essas capas divosas; @CiinnSmoak, minha comparsa de crime em Nêmessis; @Josiane, outra comparsa que me socorre sempre que peço em minhas fics Rheese...aliás, ambas, Ciin e Josi, são autoras também e mais do que recomendo as fics delas ( deixarei links nas que estiverem me socorrendo). Só pra constar, os atrasos que ocorrerem continuarão sendo culpa dessa autora aqui sim portanto não fiquem bravas com elas.
E por hora é só pessoal!
Um ótimo final de semana a todos
Não esqueçam seus rewiews
Bjinhos flores



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“Foi assim, como ver o mar;

A primeira vez que os meus olhos;

Se viram no seu olhar;

Não tive a intenção de me apaixonar;

Mera distração e já era momento de se gostar;

Quando eu dei por mim nem tentei fugir;

Do visgo que me prendeu dentro do seu olhar;

Quando eu mergulhei no azul do mar;

Sabia que era amor;

E vinha prá ficar….”

Todo Azul Do Mar

Guilherme Arantes

Jitters cafeteria (quarta, 17/3/2021 - 16:34 p.m)

Narrador

—O próximo - Sarah chama, retendo o ar quando o homem alto e moreno, até então de costas para o balcão, se volta para ela - Se..senhor Rhodes, como vai? - gagueja, rezando para ele não haver notado o leve tremor ao esticar a mão para pegar o ticket - Como tem passado? - pergunta, recobrando parte da calma anterior a vê-lo, lendo o pedido.

—Um expresso duplo e vou bem, obrigado - Cornélius adianta-se, exibindo o meio sorriso que tinha o poder de enervá-la desde a primeira vez que o vira - Minha netinha, como vai? - quer saber, recebendo seu pedido, postando-se lateralmente a fim de não atrapalhar a fila, deixando claro a ela que não iria afastar-se - Lizzy reclama todos os dias por a estar vendo apenas em chamadas de vídeo - conta, apoiando-se ao balcão, notando o riso envergonhado de Sarah (que não o impede continuar o “ataque”. Havia ido ali com um propósito e o cumpriria) - Quando pretendem cumprir o combinado e jantar conosco? - questiona, fazendo-a cambalear levemente, buscando apoio na máquina de café defronte a qual se encontrava.

—Eu...hã… acho que este final de semana. Talvez - ela responde sem muita convicção, concentrando-se em preparar o mocha pedido pelo cliente, xingando Connor em pensamento por não ter resolvido essa situação ainda. 

Desde o retorno a Chicago, protelavam em marcar o jantar acordado na despedida em Nova York, limitando-se manter contato com o casal Rhodes via celular, em chamadas de vídeo regulares, para não despertar a desconfiança. 

No primeiro mês fora relativamente fácil posto a gravidez de Claire (a empresária havia confirmado seu estado na semana seguinte ao retorno, causando verdadeiro furor no seio familiar) atrai atenção de todos parentes, próximos e distantes, desviando a atenção dos dois, lhes dando o tempo que desejavam para namorar e se conhecer com tranquilidade.

Passada a novidade, foram os seguidos plantões de Connor  aliado ao término do curso de Sarah (cuja festa de formatura se daria no sábado a noite) a fazê-los adiar o jantar. No entanto, para Cornélius, nada justificava o não cumprimento do acordado.

—Antes ou depois de sua formatura? - questiona o empresário, aproveitando ela ter-se aproximado para entregar o pedido.

—Que tal no domingo? - Sarah pergunta, após refletir um segundo, segurando o ticket do cliente seguinte, dirigindo-se para a máquina de café expresso.

—Pode ser - ele responde, dando de ombros, estreitando os olhos quando ela retorna ao balcão - Não está usando a aliança? - pergunta, outra voz se fazendo ouvir antes que a barista pudesse responder.

—Aliança? Qual aliança? - Daniel Charles questiona, surgindo por detrás de Cornélius - Ah, olá Cornélius. Como vai? - quer saber, estendendo a mão ao empresário, que prontamente aceita, apertando-a.

—Bem, obrigado e me referi a aliança de casamento da senhorita...melhor dizendo, de minha nora - indica Sarah, que assistia a cena com crescente temor. Connor contara-lhe que Elizabeth, Dulce e Mathilda sabiam a verdade. Não disse como, mas garantiu elas saberem. Já Cornélius...Até onde a barista tinha conhecimento, ele não sabia de nada.

—Nora? - Daniel repete, olhando-a, abismado.

—Sim. Nora - Cornélius confirma, dando atenção a barista novamente - Então, por que não está usando a aliança? Acaso vocês discutiram? Algo acontecendo que eu deva saber? - interroga, atento a cada mínima reação dela.

—Eu..eu - Sarah titubeia, sentindo o chão sob seus pés tremer, a voz grave e já familiar de Connor, vindo em seu socorro.

—Não há nada acontecendo pai e a única razão para Sarah estar sem a aliança é que a esqueceu sobre a pia, no banheiro, mais cedo - esclarece, fazendo com que os dois homens se voltassem para ele - Olá Daniel - cumprimenta, Sofia agitando-se em seus braços ao vê-los - Amor, a fila - alerta, tirando-a do transe no qual entrara, virando-se ligeiro para a jovem parada, olhando-a com ar de poucos amigos.

—Desculpa. Qual seu pedido? - pergunta, dando exagerada atenção a moça.

—Um capuccino e uma fatia de torta de limão - ordena, entregando-lhe o ticket.

—Uma fatia de torta de limão Val - Sarah pede, dedicando-se preparar o pedido da garota, tentando ignorar os três homens recolhidos a um canto, conversando de forma tranquila e serena - Como eu queria ter essa capacidade! - sopra, concentrando-se no preparo do café enquanto Connor justifica-se diante do pai (e de daniel, nas entrelinhas) depois de ele ter repetido as queixas feitas a Sarah minutos antes.

—Não foi nossa intenção protelar o jantar pai. Os últimos dois meses têm sido corridos tanto para mim quanto para Sarah e ainda tivemos de lidar com o resfriado de Sofia, caso tenha esquecido - lembra-o, deixando Sofia “migrar” para os braços do “avô”, encarando Daniel enquanto falava, o Psiquiatra lhe dirigindo um sorriso condescendente - E se bem lembro, mamãe andou surtada com a gravidez de Claire. Quase tanto quanto Will - comenta - Me desculpei com ela a pouco, quando fui levar o convite para a formatura de Sarah - revela - E por falar nisso…- leva a mão ao bolso da mochila de Sofia, retirando o envelope esverdeado de lá - Seu convite Daniel. Esqueci de entregar ontem - assume.

—Ia ser bem chato justo o padrinho ficar de fora - o Psiquiatra brinca, conseguindo um sorriso discreto.

—Sem mencionar que ela me mataria quando descobrisse - Connor diz, segurando a mão que Sofia lhe estendia.

—Eu nunca me perdoaria em ser responsável por tal fato! - devolve Daniel, dando atenção a pequena - Essa mocinha está crescendo em uma velocidade alarmante. Fico feliz que tenha tido tempo aproveitar esse período tão lindo da vida dela - comenta, afagando o rosto da menina, que lhe sorrir.

—Conhece a história de meu filho com minha nora? - Cornélius questiona, de repente.

—Uma parte. A mais importante, quero crer - o Psiquiatra responde sem pestanejar, o toque do celular do empresário evitando a pergunta que estava prestes formular.

—O que é agora Lizzy? - pergunta, impaciente.

—Poderia passar no mercado quando estiver voltando para casa? William virá para o jantar e quero preparar um prato especial para ele -​ pede.

—Como se isto fosse uma novidade! - bufa o empresário, entregando Sofia a Connor

— Claire já o fisgou Liz. Para quê tanto paparico? - questiona, fazendo ambos, Connor e Daniel espremerem os lábios, abaixando a cabeça a fim de esconder o riso.

—Justamente por isto -​ Elizabeth responde de pronto - E por nos dar mais um netinho​   ou netinha em breve! Agora pare de ser rabugento e faça o que pedi. Vou te enviar a lista do que preciso. Peça a Ramond não esquecer nada. Sei que será ele a fazer as compras - ​recomenda, completando antes que ele rebatesse - A propósito,​  Connor esteve aqui com nossa netinha. Veio trazer o convite da formatura de nossa futura nora e pediu desculpas por não terem vindo jantar ainda. Marcamos para domingo e Cornélius, acho que irão nos contar tudo! -​ comemora.

—Já não era sem tempo! - exclama ele, prosseguindo - Estou na cafeteria. Vim ver nossa nora e cobrar o jantar, por coincidência e antes de reclamar, lembre o que acaba de me pedir - alerta, não deixando falar - Já estou saindo, portanto, envie sua lista - ordena, desligando sem dar-lhe chance contestar.

—Sinto um leve odor de DR assim que chegar em casa, meu caro Cornélius - Daniel brinca, surpreendendo a Connor pela maneira informal e descontraída com que o colega e amigo tratava o pai.

—Não seria novidade, no entanto, tenho os itens da lista a meu lado - o empresário rebate, repentinamente bem humorado, erguendo o celular, voltando-se para Connor - Nos vemos domingo? 

—Sábado a noite - Connor o corrige, tendo nova surpresa ao vê-lo segurar e beijar a mão da pequena Sofia.

—Sim, sim, verdade - anui Cornélius, dando atenção a Daniel Charles - Suponho nos vermos por lá também doutor Charles - diz, o médico confirmando com um gesto de cabeça - Então até lá - despede-se, voltando-se para o balcão a procura de Sarah.

—Ela foi pegar a bolsa, está de saída - Connor explica.

—Ah. Diga que deixei meu abraço - pede, girando, caminhando em direção a saída sem olhar para trás.

—Acredito que isto seja o mais próximo a uma atitude carinhosa que iremos presenciar por enquanto - Daniel comenta, risonho.

—É mais do que tive em grande parte de minha infancia e adolescencia - Connor comenta, ainda se recuperando, encarando o colega - Daniel, estou te devendo uma explicação - diz.

—Estamos - Sarah o corrige, saindo detrás do balcão, parando ao lado de Connor - Daniel, eu…

—Nenhum dos dois me deve nada. São adultos, responsáveis e donos do próprio nariz - a interrompe, erguendo a mão, cortando o protesto ensaiado por ambos - Vejam bem, pelo que Sarah me contou quando pediu conselhos para uma amiga - faz aspas no ar, rindo ao relembrar o fato-, intui o que se passava aqui, a cobrança de Cornélius, no caso, e embora não entenda a motivação, algo que posso querer em outro momento, admito, confio plenamente no julgamento de Sarah. Se ela concordou em mentir perante sua família, o motivo deve ser mais do que justo - discursa.

—Eh...mais ou menos - Connor diz, levando a mão a nuca, sem graça.

—Digamos que era um caso de auto preservação e política de boa vizinhança, por assim dizer - Sarah sugere, pegando a filha em seus braços.

—Entendo - Daniel murmura, olhando de um para outro, dando de ombros - Como disse, haverá o momento certo para me contarem essa história. Por hora, têm meu apoio e minha benção - diz, fingindo benzê-los, fazendo-os rir - Mas saibam que ficarei extremamente desapontado e magoado caso não seja convidado para o casamento. O de verdade, quando acontecer, obviamente - declara solenemente.

—Será meu padrinho - Sarah promete, deixando um beijo na bochecha do médico. -No que ficarei imensamente honrado - assegura ele, fazendo uma mesura, piscando para Sofia, que sorri de volta - Bom, vou indo. Prometi a minha caçula que a buscaria na escola e levaria um passeio no shopping. Até sábado minha cara. Nos vemos amanhã Connor - despede-se, beijando a mão que a menina lhe estendia antes de se voltar, caminhando para a saída.

—Ainda bem que chegou a tempo. Entrei em pânico quando vi seu pai na fila - Sarah confessa, atraindo atenção de Connor, que observava o colega, para si - E quando perguntou sobre a aliança então, pensei que iria desmaiar - acresce.

—Quando Claire comentou que ele estava esquisito a manhã inteira, eu meio que intui que iria aprontar algo - Connor admite, torcendo o nariz - Não perguntei nada a elas, mas tenho quase certeza de que ele sabe. Ou desconfia. Faz parte da natureza dele desconfiar de tudo e todos - comenta, fazendo careta.

—Sabe o que não entendo até hoje? - ela pergunta, respondendo a si mesma - Se Dulce, sua mãe e Mathilda sabiam sobre nós, porque não falaram nada? E como sua mãe consegue manter segredo de seu pai se, como acaba de dizer, ele não confia em ninguém? - questiona, sinalizando a ele se dirigirem a saída, voltando-se para o balcão - Até amanhã pessoal - despede-se, os colegas acenando em resposta.

—Fico te devendo, porque se não faço a menor idéia nem do porquê, nem do quando e muito menos do como elas descobriram, como vou saber o motivo de não terem nos dado uma prensa - afirma, abrindo a porta para ela, destravando o utilitário a poucos metros de distância (ele trocara o carro tão logo fora possível, mesmo mediante a alegação de Sarah de que poderia arrepender-se caso terminassem, ao que ele respondeu prontamente com um firme “Não vou porque não vamos!”, encerrando a conversa) - Quanto a mamãe manter segredo dele, não seria a primeira vez. Ela descobriu bem antes de todos minha intenção em pedir emancipação bem como meus planos de viajar para estudar Medicina no México e além de não impedir, manteve meu pai no escuro até ser tarde - revela, fazendo aspas no ar - Quase custou o casamento deles, mas no final, ele acabou perdoando, como sempre fez - completa, recebendo e acomodando Sofia na cadeirinha apropriada a sua idade, colocando a bolsa da menina e a de Sarah ao lado da menina, sobre o banco traseiro, a uma distância segura das mãozinhas curiosas (da última vez em que deixara ao alcance dela, fizera uma verdadeira bagunça nas coisas da mãe e dele também) - O mais estranho nisso tudo seria ele saber e ter demorado todo este tempo para vir te pressionar - comenta, dando a volta no automóvel a fim de assumir seu lugar ao volante.

—Às vezes seu pai me lembra o Sherk, amor - Sarah diz, tomando seu lugar no banco do carona, ele enrugando o cenho ao olhá-la enquanto colocava o cinto de segurança - Grande, com fama e cara de mau, cheio de camadas, como uma cebola, mas no fundo é uma pessoa boa - compara, dando de ombros ao vê-lo abrir a boca, surpreso - Algumas pessoas são assim e acho que sua mãe matou a charada, por isso estão juntos até hoje mesmo depois de tantos desentendimentos severos, segundo me contou - observa.

—Pode ser, mas se ele for essa pessoa que supôs, ele mostra essa faceta apenas a minha mãe e mais ninguém - garante o cirurgião, dando a partida - Para mim, sempre mostrou seu lado ogro, mandão e intolerante - acrescenta, ela ensaiando dizer algo, desistindo, ponderando não ser aquele o momento adequado a observação que pretendia.

Ao chegarem no apartamento dela, Connor se oferece para preparar o jantar enquanto Sarah tomava seu banho com Sofia.Haviam optado por revezar entre um e outro apartamento a fim de permitir a menina ir-se acostumando a ambos ambientes aos poucos, porém ainda não dormiam juntos. Costumavam passar as folgas em companhia um do outro, fazendo programas família, como Will costumava dizer, ou simplesmente assistindo filmes sentados sobre o tapete, rindo e brincando com a menina.

Naquela noite, Connor julgava não ser diferente, por isto, foi com grata surpresa, ao retornar do quarto de Sofia após pô-la para dormir, que recebeu o convite de Sarah para que permanecesse.

—Tem certeza? - questiona-a, sentando-se a seu lado no sofá - Porque pensei que iriamos devagar - recorda, pegando um pouco da pipoca que ela fizera.

—Se esperar três meses para dormir com o namorado não é ir devagar, nem imagino o que seria - ela contesta.

—Mas nós já dormimos juntos. Várias vezes. Inclusive depois que retornamos a Chicago - não resiste provocá-la.

—Não se faça de sonso!! Sabe a que me refiro - ela rebate, arqueando a sobrancelha, revidando - A menos que não queira - indaga, ele a olhando por um tempo indefinido antes de voltar a falar.

—Tá falando sério? Quer mesmo que eu fique? - pergunta, corrigindo-se a seguir - Melhor dizendo: quer mesmo partir para o passo seguinte? - a encara em expectativa.

—Nunca estive tão certa de querer algo em toda minha vida - responde Sarah, inclinando-se sobre ele, beijando e mordiscando a região sensível logo abaixo da orelha, provocando uma reação imediata nele, que a surpreende ao levantar-se de um salto.

—O que estamos esperando? - inquere, segurando-a pelas mãos, puxando-a para si, tomando sua boca em um beijo ávido que os deixa sem ar ao final - Amo você Sarah Reese - declara-se tão logo recuperar o fôlego, ganhando um sorriso luminoso em resposta.

—Também te amo Connor Rhodes - retribui, tomando a iniciativa de um novo beijo, deixando escapar um gritinho abafado ao sentir-se erguida do chão - Não há nada de errado com meus pés e pernas, sabia? - insinua, envolvendo-lhe o pescoço com os braços.

—Uhum, mas os meus são mais rápidos!! - exclama enquanto caminha apressado em direção ao quarto, carregando-a em seus braços, a gargalhada de Sarah permanecendo no ar ainda algum tempo após terem se retirado.

 *** Formatura (sábado, 20/3/21 - 19:23 p.m) ***​

O assobio de admiração faz Sarah se voltar para a porta do quarto, deparando-se com Connor em um elegante terno xadrez azul escuro, camisa branca e sapato social.

—Estou bem? - ela pergunta, girando no próprio eixo, exibindo o vestido anos sessenta estilo pin up, o cinto vermelho marcando a cintura, combinando com o sapato de salto, o broche no formato de lápis (símbolo do curso que finalizara) preso em uma alça, a pulseira presenteada por Elizabeth e o colar que herdara da avó (por coincidência tendo uma pérola como pingente) e a maquiagem caprichada, compondo seu visual.

Quando as garotas decidiram por uma festa temática onde os formandos usariam trajes dos anos sessenta, não tinha ficado animada. Mas Claire a fizera mudar de idéia ao convencê-la confeccionar um vestido para a ocasião ao invés de comprar, Sofia ganhando um modelo similar ao da mãe, animara-se. 

—Está maravilhosa!! - elogia ele, aproximando-se - O vestido ficou perfeito - diz, envolvendo-lhe a cintura - Mas confesso estar louco para tirá-lo de seu corpo - sussurra, beijando o pescoço, sugando a pele delicada, fazendo-a gemer. -Connor, não faz assim ou vamos nos atrasar - ralha sem muita convicção, estremecendo ao sentir os lábios quentes percorrendo toda extensão de seu colo, detendo-se no decote, emitindo um novo gemido rouco ao mesmo tempo em que crava as unhas nos ombros dele por sob o terno, perdendo-se momentaneamente no mar de sensações provocadas, o bufar irritado quebrando o clima.

—Ah, fala sério!! Deem um tempo!! - Claire resmunga, tapando os olhos de Sofia, que trazia no colo - Eu e Will nos perguntando se teria acontecido alguma coisa e vocês se pegando! Façam-me o favor!! - reclama, batendo o pé acintosamente, cessando somente quando o casal se separa - Connor, sai daqui. Deixa a Sarah terminar de se arrumar senão nos atrasamos - alerta, estapeando o irmão com a mão livre.

—Já estou pronta Claire - Sarah avisa, afastando-se do cirurgião com relutância - Só vou pegar minha bolsa e pôr um pouco mais de perfume e poderemos ir - diz, caminhando em direção a cômoda.

Os trio deixa o aposento, Sofia insistindo em andar entre Connor e Sarah, eles a segurando pela mão. Na sala, unem-se a Will, que os aguardava confortavelmente sentado no sofá, bebendo uma cerveja.

—Acho que pedi para não beber - Claire ralha, estapeando-o ao passar por ele. -Essa será a única meu amor - promete o ruivo, descartando a garrafa vazia, seguindo-os para fora do apartamento.

Na garagem, dividem-se em dois carros, seguindo ao local aonde a festa acontecia. Lá chegando, reúnem-se a Daniel Charles, Elizabeth e Cornélius Rhodes, que os esperavam a entrada, o grupo ocupando a mesa reservada a Sarah e seus convidados, ganhando a companhia de seus colegas de trabalho algum tempo depois.

—Me atrevo dizer que minha nora é a mulher mais bonita do salão - Elizabeth elogia, observando-a deslizar pelo salão com os colegas de formatura, posando para fotos, cumprimentando professores, amigos e familiares destes, sorrindo e acenando sempre que olhava em direção a mesa.

—Ela é, não é? - questiona o cirurgião, a ninguém em especial, olhando-a, fascinado enquanto segura a mão de Sofia, permitindo liberdade restrita a menina.

—E você nem está apaixonado, não é mesmo maninho? - Claire brinca, percebendo, tarde demais, a gafe que cometeu - Quer dizer, é claro que está ou não a teria pedido em casamento - emenda ligero, dirigindo um olhar de súplica ao namorado, que prontamente vem em seu auxílio.

—Com certeza honey.O que não impede ele continuar se apaixonando novamente a cada dia, como acontece comigo em relação a você! - declara o ruivo.

—Ouwnn!! Fofo! Beijinho – pede,  fazendo biquinho.

— Claire,  por favor , me poupe! – Cornélius bufa, torcendo o nariz.

— Estão apaixonados meu amor. Você certamente lembra como é!  - Elizabeth provoca,  cutucando o marido.

— Certamente  - ele responde  - Assim como lembro de você não ser exatamente adepta a demonstrações públicas de carinho  - acrescenta,  a esposa fazendo uma careta de desagrado.

— Definitivamente eu devo ter sido adotada  - Claire os provoca,  causando risos em quase todos à mesa.

Após um tempo impreciso,  Sarah retornar à mesa, sentando-se ao lado de Connor,  aproveitando para descalçar os sapatos, respirando aliviada ao ter os pés liberados.

Durante o restante da noite,  a jovem opta por permanecer sentada a maior parte do tempo, levantando apenas para dançar com Connor duas vezes, Sofia os acompanhando na segunda vez.

A noite teria sido perfeita não fosse, a certa altura, já embriagado, um dos ex colegas de Sarah ter resolvido se declara a ela de pé sobre uma mesa em alto e bom som, causando constrangimento e mau estar nos presentes.

Chegam em casa  (o apartamento dela, no caso) bem depois das quatro da manhã, o que os faz dormir até o meio da tarde de domingo,  Sarah despertando antes que Connor por conta do choro de Sofia.

Após alimentar e  pôr a filha para dormir novamente Sarah toma banho, troca de roupa e vai para a cozinha preparar a refeição para eles. Já havia praticamente finalizado quando Connor surge, cabelo em desalinho,  rosto “amassado “ , bocejando.

—Bom dia amor  - deseja, beijando a bochecha dela, sentando-se.

—Boa tarde,  na verdade – ela o corrige, sorridente  - Com fome? – pergunta.

— Uhum. Faminto! – ele exclama, propositalmente duplo sentido à frase.

— Uma delas pode matar agora  - ela diz, oferecendo uma garfada da macarronada que acabara de preparar  - A outra terá de esperar porque pretendo organizar a casa antes de irmos jantar com seus pais  - lembra,  ele fazendo careta.

— Se pudesse não iria. As coisas estão tão boas do jeitinho que estão que tenho até medo estragar – argumenta,  levantando,  dando a volta no balcão, ficando ao lado dela

— De jeito nenhum. Hoje esclarecemos tudo com eles. Com seu pai, na verdade – corrige-se ligeiro,escapando do abraço dele  - Falo sério Connor! Namoro só depois que voltarmos  - reitera,  mantendo-o distante.

—Ok, concordo. Mas sob protesto!  - frisa o cirurgião,  fazendo-a rir.

—Acho que posso viver  com isso!  - brinca ela,  servindo uma porção de macarronada para ele e depois para si.

Tomam a refeição em confortável e cúmplice silêncio Connor encaregando-se da arrumação e limpeza da cozinha enquanto Sarah começa uma pequena faxina pela sala de estar. Em pouco tempo terminam a limpeza dedicando-se se prepararem para o jantar na residência da família de Connor.

Pontualmente às dezenove horas estão às portas da casa dos pais de Connor,  ambos ansiosos, lutando para manter a calma.

Para alívio do casal,  o jantar transcorre com tranquilidade,  a conversa girando em torno da gravidez de Claire, dos planos de Sarah relativos à sua carreira, o dia a dia de Connor e Will no hospital. Somente quando estão terminando a sobremesa o assunto “casamento fake” vem a tona.

—Então,  em algum momento pretendiam nos contar a verdade ou esperavam que eu o fizesse?  - Cornélius questiona-os com sua habitual falta de tato, deixando a todos surpresos,  um silêncio incômodo racaindo sobre eles por um breve período.

—O que dizia noutro dia sobre, no fundo,   meu pai ser uma pessoa boa meu amor? – Connor interroga, igualmente sem nenhum tato,  olhando-a.

—Se eu não o fosse,  os teria exposto perante todos durante as festas  - rebate o empresário calmamente.

—Não teria não porque detesta escândalos papai – Claire adianta-se, franzido o cenho  - Espera,  desde quando e como descobriram? Mattie quem contou?  Ou foi a Dulce? – quer saber.

— Como elas souberam eu não faço idéia,  mas nós  ouvimos você e William conversando na biblioteca – Elizabeth esclarece.

—Bem que desconfiei ter ouvido alguém por perto  - Will diz,  estalando a língua.

—E você achando que tinha sido algo que fizemos errado!  - Connor comenta, olhando diretamente para Sarah.

—Na verdade,  era exatamente sobre isso que falávamos  - Will relata  - Claire e eu estávamos preocupados por você estar se deixando enredar cada vez mais por Cordy e Kathy – conta.

—Então,  já sabia a verdade quando foi a nosso quarto me pesentear a pulseira?  - Sarah pergunta, surpresa ao escuta-lá confirmar.

—Sim. Sendo honesta,  agi de forma manipuladora naquela ocasião – confessa a mãe de Connor  - Eu quis fazer vocês sentirem culpa pela mentira, muito embora estivesse desconfiada de estarem se apaixonando confessa,  sorridente  - Sem mencionar que nós já havíamos nos apaixonado por nossa pseudo netinha – acrescenta,  olhando a menina,  que brincava sobre o tapete da sala alheia a tudo a sua volta – Mas não funcionou.

— Funcionou sim  - Sarah garante  - Só não contamos naquela noite mesmo para não estragar a ceia de Natal, mas fiz Connor prometer que o faríamos no dia seguinte e isto só não aconteceu porque sempre que procurávamos uma oportunidade, algo surgia para impedir – revela a barista.

—E depois eu adoeci – lembra cirurgião – Só para constar, também me senti culpado depois de sua visita mãe. Porém, serviu também  para me fazer tomar coragem e me declarar para Sarah. Naquela noite decidimos que nos daríamos uma chance após voltar a Chicago e, em parte, foi por isto que protelamos este jantar. Só queríamos vir falar com vocês quando tivéssemos nos entendido de vez. Claro que a gravidez de Claire aliada a nossa rotina corrida também deram sua contribuição para isso – afirma ele, segurando a mão de Sarah entre as suas  - Nossa relação pode ter começado de uma forma pouco convencional e maluca,  mas agora ela é real.  Eu amo Sarah e ela me ama. Estamos indo devagar,  nos conhecendo a cada dia um pouco mais e dentro em breve,  espero,  nosso casamento vai se tornar real. Vou  adotar Sofia e dar a ela meu sobrenome. Já é minha filha de coração e logo será minha filha de fato  - avisa.

— E pretendem nos dar mais netinhos, certo?  - Elizabeth pergunta,  animada.

—Em um futuro não muito próximo sim. Temos tempo ainda  - Connor diz,  dsorrindo.

—E quero me dedicar ao escritório que montei com duas colegas e dar tempo a Sofia se adaptar – justifica Sarah.

—Entendo… e quanto ao pai dela?  O verdadeiro?  - Cornélius pergunta  - Alguma possibilidade de ele aparecer de repente?

—Não, nenhuma e mesmo que aparecesse não tem direito algum em tentar reivindicar o que quer que seja. Por ele eu teria abortado no dia seguinte ao resultado do exame – conta a barista, fazendo um rápido resumo da conturbada relação que tivera com o pai biológico de sua filha, incluindo os problemas causados por tal, como o rompimento com a mãe.

—E quanto a seu pai?  - quer saber o empresário.

—Ele nos abandonou quando eu tinha pouco mais de seis anos. Nunca deu notícias ou ligou para saber como estávamos – revela, suspirando  - No fundo, entendi ter sido este o medo de minha mãe. Não queria que eu passasse pelo mesmo  - conclui.

—Certas coisas é preciso permitir aos filhos vivenciarem para que tenham suas próprias experiências, aprendam e cresçam com elas  - Elizabeth surpreende ao dizer  - Quando descobri o que Connor pretendia fazer,  pensei e até me preparei para impedi-lo , mas ,por uma dessas coincidências que somente a vida explica,  ele e o pai tiveram uma discussão feia àquela noite. A pior até então. Foi quando percebi que deveria deixar meu filho partir , mesmo pondo em risco meu casamento,  se quisesse dar a eles uma chance de se entenderem algum dia – revela,  entristecendo por um breve momento – Ainda estão em processo de entendimento até hoje  - observa com um sorriso divertido  - mas estou certa ter agido corretamente na época – declara.

— Hoje, tenho de concordar  - Cornélius acente, empertigando-se – Quais são seus planos doravante?  Pretendem casar de fato ou apenas continuar morando juntos? – quer saber.

—Casar – Connor e Sarah respondem ao mesmo tempo, rindo, ele apertando a mão que segurava – Não temos uma data definida ainda,  mas acredito que deva ser antes do Natal – ele completa,  ela acenando afirmativamente.

—Bom  - limita-se dizer o empresário,  pensativo.

—Quem sabe casam juntos!?!? – empolga-se Elizabeth, apontando de um casal para outro.

—É uma idéia – Will anui  - Claire e eu planejamos casar depois que o bebê nascer…

— Umas boas semanas depois porque não quero aparecer em meu casamento toda inchada!! – o interrompe a empresária.

—Estaria linda do mesmo jeito!  - elogia o médico, lhe dando um selinho.

—Pode ser. Vamos dar tempo ao tempo – Connor sugere.

Após mais alguns minutos de conversa, intercalada com interrupções animadas de Sofia a cada nova descoberta que fazia pela sala,  dão a noite por encerrada,  ambos casais se comprometendo repetir o encontro ao menos uma vez por mês.

—Nossa, parece que tirei um peso de minhas costas!  -Sarah comenta no carro à caminho de casa.

—Sinto o mesmo  - Connor admite – Mesmo meu pai não estando furioso como pensei estaria, foi muito bom esclarecermos os fatos com ele. Com ambos na verdade  - completa.

—Uhum  - ela anui,  refletindo em quando teria a chance fazer o mesmo com sua mãe.

—Próximo passo: uma visita à minha futura sogra – Connor declara, deixando -a boquiaberta  - Não pensou que iríamos casar sem que eu tenha a oportunidade de conquista-la, pensou?  - brinca, ficando sério logo em seguida  - Ligue para suas irmãs e veja com elas a melhor ocasião para uma visita. Quero fazer tudo certinho como manda o figurino, amor.  Com pedido,  aliança e tudo o mais – avisa.

—Quem diria que por detrás dessa modernidade toda existe um homem antiquado?  - o provoca, acariciando a lateral da cabeça dele,  pondo uma mecha imaginária por trás da orelha – A cada dia me surpreende mais,  meu amor-  declara, inclinando-se para deixar um beijo delicado no pescoço dele.

—Fazer o quê se sou um amante à moda antiga,do tipo que ainda manda flores!! … - cantarola, aproveitando o semáforo fechado para olha-la – Apesar do velho tênis e da calça desabitada, ainda chamo de querida a namorada…- prossegue,  lhe dando um beijo casto,  aumentando o tom de voz ao mesmo tempo em que acelera após o sinal abrir, atraindo atenção alguns motoristas mais próximos -  ..Ainda chamo de querida… A minha namorada…. A namorada…A minha namorada…

***Quatro meses depois  (residência Jackelyn Reese) ***

—Nervosa?  - Connor pergunta, encarando-a, Sofia cochilando em seus braços.

—Muito!  - Sarah admite, apertando as mãos com força a fim de aliviar a tensão,  olhando a fachada do prédio onde a mãe residia atualmente.

Haviam aproveitado uma folga em suas agendas corridas para fazerem a tão aguardada visita a mãe dela,  aproveitando também para visitar Dulce e Mathilda  (as senhoras fizeram questão que ficassem hospedados em casa,  revelando, no jantar de boas vindas,  terem descoberto o casamento fake já nos primeiros dias,  confirmando com a mãe de Connor na manhã da véspera do Natal, sem, no entanto, revelar como o tinham feito.  “Coisade avós experientes “ , disseram com sorrisos travessos, dando o assunto por encerrado) e agora, vinte e quatro horas depois terem desembarcado na cidade,  se preparavam para a tão aguardada visita

—Vai dar tudo certo amor  - Connor encoraja-a, fingindo uma calma que não sentia.  A verdade é que estava tão ansioso quanto ela – Estou aqui com você e para você – diz, oferecendo a mão que ela prontamente aceita,  apertando firme.

Adentram o edifício de mãos dadas, soltando-as somente quando Sarah é puxado para um inesperado abraço tão logo Jackie Reese abre a porta do luxuoso apartamento para eles.

—Há quanto tenho esperava e desejava fazer isso!  - declara,  emocionada, afastando-se minimamente a fim de ver o rosto vermelho e úmido da filha – Me perdoe ter sido tão turrona Sarah.  Deveria ter te procurado muito antes.  Eu…eu…na verdade temia não saber o que dizer ou pior  enfiar os pés pelas mãos e brigar com você de novo  - amdite.

— Também temia o mesmo – Sarah confessa, puxando o ar com força  - Mas, como ouvi de alguém bastante sábia para a pouca idade,  às vezes é preciso se permitir vivenciar as escolhas que fazemos e suas consequências. Talvez,  se tivesse me procurado antes realmente teríamos brigado  - reconhece.

—De fato – Jackie concorda,tocando o rosto dela carinhosamente  - E vejo que a maternidade te trouxe mais calma e serenidade. Não vejo mais a adolescente teimosa, briguenta e birrenta que me enfrentou e desafiou tantas vezes.  Em seu lugar vejo uma mulher linda e madura – elogia, notando a presença de Connor ao escutar o resmungo baixo de Sofia  - E esse deve ser o responsável pelo brilho em seus olhos  - diz, inclinado a cabeça minimamente  - E essa fofura é minha netinha?  - pergunta, não esperando resposta  - Mas que falta de educação a minha!  Entrem – convida, pondo-se de lado para lhes dar passagem,  fechando a porta após o terem feito  - Ponha-na no sofá – sugere,  Connor acomodando a menina cuidadosamente – É tão linda!!! – admira, agachando-se junto ao sofá, levando a mão ao cabelo da menina, afagando carinhosamente – Suas irmãs não mentiram:  ela é sua cara nessa idade!  - exclama,  erguendo o olhar,  pondo-se de pé, estendendo a mão  - Jackelyn Megan Reese  - apresenta-se.

—Connor Rhodes  - ele faz o mesmo, retribuindo o cumprimento  - É um prazer conhece-la – diz,  sincero.

—Igualmente  - Jackie retribui  - Vamos sentar  - convida, indicando o sófa de dois lugares colado ao maior, sentando-se perto da neta,  tendo cuidado para não acorda-la – Então, quais são suas intenções com minha filha?  - interroga, séria, deixando ambos tensos de imediato  - Eu sempre quis dizer isso, mas nenhuma de minhas filhas me permitiu. Desvantagens em ter criado três mulheres fortes, independentes e decididas - comenta, bem humorada, quebrando a tensão.

Dali por diante, a conversa flui com certa leveza,  levando embora todas as preocupações que Sarah guardava no coração.

Eles estendem a visita até o final da tarde, almoçando com a advogada, indo embora quando a noite caia, marcando com Jackie um almoço no dia seguinte em casa de Dulce e Mathilda para ela conhecer uma parte da família de Connor, o casal retornando para Chicago três dias depois.

No final de semana seguinte foi a vez de Jackie ir a Chicago,  acompanhada pelas outras filhas, netos e genro,  conhecer os pais e de Connor em, apesar de um pequeno estranhamento inicial  (surpreendentemente entre as matriarcas), no geral o encontro é considerado um sucesso,  as famílias estreitando os laços na medida em que o nascimento do filho de Claire e Will se aproximava.

Na primeira semana de Setembro, Nicholas Halstead Rhodes nasce, perfeito, em todos os sentidos, como o pai orgulhoso declarava,  com seus cabelos ruivos e sorriso arrebatador conquistando a todos.

Em meados de Outubro, após Claire estar completamente restabelecida  (mais precisa com gente do que com uma gorda vaca leiteira,  como se auto definia), o casamento duplo acontece, ambos casais adiando a lua de mel para as festividades de final de ano que aconteceriam,pelo segundo ano seguido,  no sobrado da família Rhodes em Nova York, aonde permanecem até meados de Janeiro do ano seguinte

***Dois anos depois-  residência Rhodes em Chicago (um domingo de primavera) ***

—Amor, pode ficar de olho nos gêmeos enquanto termino de me arrumar?  - Sarah pede, olhando em volta  - Onde está Sofia?  -quer saber.

— Desceu para brincar com Nick no jardim e antes que brigue comigo,  Will está supervisionando os dois  - avisa Connor, pegando a pequena Cecily em seus braços, seu irmão gêmeo,  Conrad reclamando de uma imediato  - Calma aí garotão!  Seu pai só tem dois braços  - defende -se, recendo ajuda da esposa.

—Antes que me esqueça,  grande coisa Will estar supervisionando os dois! – exclama a designer, o grito de Claire seguido pelo praguejar alto entrando através da janela aberta  - Não falei!  - diz, beijando ambos os filhos antes de girar e caminhar para o banheiro.

—Hey, e o meu beijo?  - Connor protesta, ganhando uma piscadela e um beijo soprando dela antes que sumisse de seu campo de visão,  o som da água corrente inundando o recinto, fazendo-o suspirar  - Inveja dessa água!! – exclama,  rindo ante os resmungos dos bebês  - Não que eu não goste de dividir a mãe de vocês, mas entendam,  andam manipulado muito o tempo dela. Temos de chegar em um acordo justo antes que seu pai comece a subir pelas paredes!  - brinca, maravilhado ao vê -los sorrir,  caminhando até a janela a fim de ver o que se passava no jardim divertindo-se ao visuaIizar a irmã correndo atrás do sobrinho, de Sofia e de Will sob os olhares austeros e divertidos de seus pais e demais parentes que haviam vindo para o batizado , perdendo-se em lembranças,refletindo que jamais pensou que seria tão feliz e que aquilo, aquele cena tão simples e banal, a rotina diária com Sarah e os filhos, a amizade e companheirismo que desfrutavam todos os dias  era tudo o que , no fundo sempre desejou – Porque no fundo,por mais que digamos o contrário,  ser feliz é tudo o que se quer!

“….Vem comigo, meu amado amigo;

      Sou teu barco nesse mar de amor;

     Sou a vela que te leva longe ;

   Da tristeza;

  Eu sei, eu vou;

 E onde estiver estou”

Tudo Que Se Quer

Emílio Santiago

Trecho da música cantada por Connor e Sarah nos votos do casamento


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Me deixem saber. Bjinhos



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