É um caso de amor, ódio e deuses gregos escrita por darthfangirl


Capítulo 2
2




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—ROMANA?

James só teve noção de que sua indignação tinha sido expressada em voz alta quando Sirius e Remus o acotovelaram e Quíron o encarou, a repressão clara em seu rosto. Lily não o olhou e ele não tinha certeza se aquilo o fazia ficar ainda mais irritado ou se ele só não ligava nem um pouco.

Eles tinham chegado no Acampamento há menos de vinte minutos e James já se arrependia de todas as decisões que tinha tomado no dia (ele nunca pensou que poderia se arrepender do seu sorvete de creme mas aparentemente até isso Lily Evans tinha bagunçado). Remus e Sirius, seu meio-irmão e outro melhor amigo, tinham vindo correndo recebê-los- e desatado a contar mil e uma coisas sobre o lugar para entreter a ruiva, que apesar de silenciosa parecia contente. James também estava, ele admitia. Bem, até Quíron, que os recebera na varanda da Casa Grande, mencionar que ela era uma semideusa romana. 

Veja bem, o histórico com os semideuses gregos era complicado. Os outros tinham seu próprio acampamento, na Costa Oeste dos Estados Unidos (ela tinha mesmo dito que vinha da Califórnia e James quis se bater por não ter percebido antes. Ele encarou o braço dela coberto pela manga comprida, tentando imaginar a tatuagem do SPQR que provavelmente estava ali). Uns dois anos antes de James nascer tinha acontecido uma grande guerra, e os Acampamentos Júpiter e Meio-Sangue tinham lutado lado a lado. A relação melhorara desde então- e James sabia que os campistas se visitavam constantemente e muitos como ele acabavam indo para a faculdade do acampamento romano. Mesmo assim, ele tinha uma certa rixa pessoal com eles. No seu primeiro ano como campista James pregara uma peça genial em um grupo que tinha vindo para uma reunião com Quíron. E apesar da pegadinha nem sequer ser humilhante ou ofensiva, ele aprendeu rápido que os romanos não tinham nem um pouco de senso de humor. James teve que cuidar dos estábulos por um mês como castigo e ele decidira então que os semideuses do outro lado eram insuportáveis. E a ideia de que ele mesmo tinha trazido uma deles para o Acampamento Meio-Sangue… James não superaria isso tão cedo.

—...Dorcas Meadowes vai vir para te mostrar o vídeo de orientação e te levar para conhecer seus irmãos depois que nós-

—Irmãos? Ela nem é grega, como ela vai ter irmãos aqui? -James interrompeu Quíron mais uma vez, e o centauro fechou os olhos, respirando fundo antes de se virar para ele (James tinha certeza de que levaria uma bronca por não ser mais educado depois).

—Lily é um pouco dos dois, James. Grega e romana. A geração de vocês nasceu numa época complicada. Os deuses estavam muito divididos entre suas duas personalidades, e bem… às vezes elas se misturavam até demais. Lily é filha de Trívia, assim como é filha de Hécate. Ela cresceu no Acampamento Júpiter, sim, mas isso não apaga a parte dela que é grega.

Dorcas, uma das filhas de Deméter e a dupla de James no treino de arco-e-flecha, escolheu justo esse momento para aparecer. Ela deu um abraço em Sirius e Remus e bagunçou seu cabelo, se virando para cumprimentar Lily. James aproveitou para deixar de prestar atenção de novo, murmurando reclamações para si mesmo e ignorando os olhares de advertência dos amigos. Quando ele voltou a ouvir o que Quíron estava dizendo, no entanto, ele desejou que algum monstro aparecesse e o engolisse. Ou melhor, engolisse a garota ruiva. 

—Estou feliz que você tenha decidido ficar, Lily.

Eles estavam sorrindo? James estava alucinando, ele tinha certeza. Ele não podia ser o único que via o quanto uma semideusa romana, por mais meio-grega que fosse, não encaixaria ali- e pior, reclamaria de todas suas pegadinhas. Pelos deuses, ela poderia descobrir sobre o estoque de refrigerante que ele contrabandeara de fora do Acampamento com toda a magia dela e James não queria nem pensar que podia correr esse risco. Mas então Dorcas estendeu uma camiseta laranja do Acampamento para Lily e ele não conseguiu mais ficar quieto.

—Ela vai ficar???

—JAMES! -Sirius e Remus exclamaram ao mesmo tempo, e ele se sentiu encolher um pouco. James tinha noção de que estava sendo extremamente infantil (e, quando pela primeira vez desde que eles tinham chegado Lily o olhou, ele já sentia o remorso o corroer por dentro. Mas bem, ele era um pouco cabeça dura. O estrago já estava feito, certo?), mas ele não conseguira evitar. Quíron o encarava em silêncio, os olhos milênios mais velhos o estudando com algo que James não conseguiu identificar.

—A janta ainda vai demorar. James, traga algo para Lily comer, sim?

Ele estava esperando algo muito mais duro e a confusão o prendeu na varanda por mais alguns segundos, até que, ainda meio incerto, ele acenasse com a cabeça e saísse em direção ao refeitório. Sirius e Remus trocaram um olhar e, depois de sussurrar um “desculpa” para a ruiva, foram atrás dele.





Quando James voltou, agora sozinho, as duas garotas estavam sentadas na escada da varanda, sozinhas. A loira apontava para tudo que elas conseguiam ver dali, explicando animada sobre o Acampamento, e Lily olhava em volta interessada, com um pequeno sorriso no rosto apesar de ainda estar claramente nervosa. Dorcas o viu primeiro, e sinalizou para que ele se sentasse com elas, mas James negou com a cabeça.

—Ruiva. -ele chamou a atenção de Lily, jogando uma das maçãs que ele trazia em mãos para ela, que sorriu. Seja mais educado, James, ele pensou, a bronca de Remus ainda clara em sua mente.

—Obrigada.

—Era o único que tinha na cozinha agora -o garoto deu de ombros, dando uma mordida na sua própria fruta como para provar seu ponto.

Dorcas abriu um sorriso de canto, cutucando Lily para que a garota se virasse para ela.

—Você sabia que na Grécia Antiga jogar uma maçã para alguém era como um pedido de casamento?

Lily franziu a testa, encarando a fruta como se não tivesse certeza de que deveria continuar mastigando.

—Vocês levam isso a sério aqui?

—Não. -a loira deu risada, piscando- Mas é ótimo para envergonhar os outros quando eles esquecem e cometem esse deslize. 

James revirou os olhos, cruzando os braços e andando para longe da Casa Grande, emburrado novamente.

—Eu não disse? -Dorcas voltou a rir, e Lily se uniu a ela. Ela sentia que ia adorar aquele lugar.

 

—----

 

James passou a semana seguinte observando Lily Evans de longe- e fazendo planos. Ele aprendera que ela não deixava seus comentários implicantes passarem batido. Sua língua era afiada, e parecia reservada quase que exclusivamente para ele (ela parecia fazer amizade facilmente com qualquer outro campista e James não sabia o que pensar disso). E bem, ela ainda lhe devia um sorvete de creme. Mais ou menos. Então James decidira fazer o que ele fazia de melhor: pregar uma peça. Sirius e Remus tinham se recusado a ajudar, algo sobre Lily ser legal demais e James estar sendo idiota, mas isso só fizera com que ele se dedicasse ainda mais. Era um plano extremamente elaborado e a prova de falhas, envolvendo larvas, uma aljava vazia, um despertador e estalinhos. Provavelmente seu melhor trabalho do ano: e ele estava orgulhoso.

Exceto que ele aparentemente tinha julgado Lily Evans extremamente mal. Porque quando ele voltou para o chalé de Hermes, cinco minutos antes do seu plano chegar ao seu ápice e a garota ser atingida, ele descobriu que tinha dado um tiro no próprio pé. De alguma forma sua pegadinha tinha sido transferida para sua cama- e não só isso, ela tinha sido melhorada (uma explosão de pó de giz azul, como ele nunca tinha pensado nisso?). E ele caíra como um patinho. As larvas agora rodeavam o chalé 11, causando uma comoção. E no meio delas, apoiada na porta aberta, Lily o encarava com um sorriso maroto assustadoramente parecido com o que ele fazia quando sucedia, as mãos um pouco manchadas de azul apoiadas na cintura. James passou os próximos dez minutos num silêncio atônito, a boca meio aberta e os olhos arregalados. Não foi até os dois estarem sozinhos na cozinha (“sem caça à bandeira e a louça é de vocês dois, Liliana e Jaime, para aprenderem a não bagunçar meu acampamento” o Sr. D dissera) que ele disse algo. Ou melhor, que ele caiu na gargalhada. Lily voltou a sorrir, jogando uma esponja para ele e começando a encher a pia enquanto ele tentava respirar direito de novo.

—Aquilo foi… surpreendentemente bom Evans. Você têm um senso de humor.

—Você não deveria julgar tanto quem você não conhece, Potter. -o sorriso dela agora era mais agridoce, e James se perguntou se tinha dito algo de errado.

Eles ficaram em silêncio por um tempo, até que a curiosidade dele falou mais alto.

—Por que você saiu de lá? Do Acampamento Júpiter, eu digo. Por que vir para cá?

—Eu não era bem vinda. -ela suspirou ao perceber que ele ainda a encarava, como que pedindo para ela explicar- É um bom lugar, não me entenda mal. Foi minha casa por muitos anos. Mas o novo pretor… bom. Ele não gosta que eu seja meio grega. É idiota, pelos deuses, mas ele acha que é motivo suficiente para fazer da minha vida impossível. E tudo tem limite. Eu sempre quis vir para cá, me sentir conectada com esse meu lado e de certa forma foi o impulso que eu precisava. Troquei correspondência com Quíron por algumas semanas e…

James se sentia um grande babaca. Ele tinha sido o primeiro campista grego que ela conhecera e de cara ido contra tudo que ele tanto amava sobre o Acampamento Meio-Sangue. Ele pensou em como Sirius tinha acolhido ele no chalé e em como eles e Marlene cuidaram de Dorcas e Remus quando eles chegaram. Pensou em Mary, Frank e Alice, que se desdobravam como conselheiros de chalé para garantir que nenhum campista se sentisse sozinho. Quíron e o Sr. D que, cada um do seu jeito, faziam o Acampamento se manter funcional e unido. Pensou em Dona Euphemia, que o levava ao cinema nos fins de semana e não tinha se distanciado de sua criação em nenhum momento, mesmo não o vendo todos os dias. Sua mãe era a pessoa mais forte que ele conhecia, cuidando dele sozinha até Fleamont, seu padrasto (e que era muito mais pai que Hermes, apesar do deus nunca ter deixado ele na mão), aparecer e completar a família deles. James não queria nem pensar no que eles diriam se vissem como ele tinha se comportado. Por fim ele pensou em Lily, lavando a louça ao seu lado sem reclamar, que tinha brigado para ser ela mesma, atravessado o país sozinha, ganhado a amizade do Acampamento Meio-Sangue todo e feito ele cair numa pegadinha que ele mesmo bolara. James estaria contente em um dia ser metade do corajosa que ela era (e, talvez, era hora de admitir que Remus estava certo: ele precisava rever algumas de suas atitudes).

—Desculpa. Eu normalmente não sou assim, eu prometo. Eu agi como uma criança mimada e não é nem um pouco justo então… é. Eu sinto muito mesmo. É pra você se sentir confortável aqui e eu não sabia que podia estar estragando isso -ele queria conseguir dizer algo mais mas era honesto, e quando ela acenou com a cabeça, a sombra de um sorriso brincando no seu rosto, ele sabia que ela entendia. James não admitiria isso tão cedo, mas conseguia se imaginar sendo um grande amigo de Lily.

—Remus e Sirius me contaram que você já se meteu em encrenca tentando pregar uma peça em semideuses romanos antes. 

Ele sorriu, aliviado que o clima entre eles era mais leve agora.

—Eu fiquei de castigo por dias, quase me custou o posto de criador das melhores pegadinhas do Acampamento. E isso, Evans, você vai aprender que é algo impensável.

Ela deu risada.

—Ah não se preocupe Potter. Ele não vai ser seu por muito tempo. 

E vendo o brilho nos olhos dela, James soube que ela o estava desafiando. E bem, ele adorava um desafio.

 

—----

 

Quatro anos depois

 

Não demorou muito para a disputa Potter x Evans ganhar força. Apesar de que agora eles levavam o respeito mútuo que tinham ganhado um do outro muito a sério (nada mais de comentários estúpidos feitos com a intenção de machucar, James especialmente se certificava disso), o cabo de guerra que fora selado aquele dia na cozinha cresceu com eles. O Acampamento não passava um dia sem James e Lily se perseguindo em meio a xingamentos, algo deles explodindo, treinos sabotados ou no mínimo uma aposta. James gostava de dizer que ela era a primeira competidora que ele encontrava que estava quase a sua altura (Lily sabia do que ele estava falando, claro, porém gostava de responder que na verdade ela tinha sido a mais alta até o penúltimo verão, quando James espichara). 

Inclusive era esse o rumo que sua última briga tomara, e o motivo deles terem sido expulsos (pela terceira vez no semestre) da reunião dos conselheiros de chalés na Casa Grande. Eles tinham discordado de algo que agora já nem lembravam mais o que era, e como quase sempre acontecia com os dois, eles logo estavam de pé, insultos e provocações sendo lançados em voz alta. Faíscas saíam (literalmente) dos olhos verdes de Lily e a mão de James estava perigosamente perto da sua adaga. E é claro que Sirius tinha piorado a situação ao sussurrar (num volume definitivamente não baixo) para Remus que aquilo era tudo tensão sexual. Quando Quíron decidiu que eles provavelmente estavam muito perto de parar na enfermaria, ele concordou com a ideia de Lily e os mandou voltar aos seus afazeres, garantindo que ele e os outros tomariam conta do resto (James imaginava tudo que o centauro já não teria aguentado como diretor de atividades do Acampamento, porque a paciência que ele tinha era invejável). Lily, parecendo extremamente satisfeita com sua vitória e relaxada como se não tivesse estado a ponto de pular no pescoço de James há menos de dois minutos, se despediu dos outros campistas- e James a seguiu, resignado. 

—Até depois, Jim. -Lily se virou para ele quando eles chegaram do lado de fora da Casa Grande, com aquele sorrisinho debochado e irritante que James particularmente odiava.

—É James, Lisa

Ela levantou o dedo do meio para ele, começando a se afastar.

—Tanto faz, Jacob.

Os apelidos, é claro, também eram do mais comum. O Sr D nunca acertava os nomes dos campistas e ele e Lily tinham aprendido que podiam perfeitamente usar isso para irritar um ao outro. Remus e Marlene estavam organizando uma lista com todas as variações que eles já tinham inventado- e também uma tabela com os resultados das competições que eles faziam quando treinavam juntos (Lily tinha conseguido a dianteira depois de ganhar na escalada da parede de lava duas vezes consecutivas e James tinha certeza de que ela encantava algumas das pedras para atingirem ele- mas ele se recuperaria com a canoagem da semana que vem). Lene e Dorcas gostavam de apostar sobre eles com Sirius e Remus, o que, de alguma forma, era engraçado e servia de incentivo para que Lily e ele continuassem em pé de guerra.

Mas- e eles negariam isso até a morte- os dois também conseguiam funcionar muito bem juntos. Sim, eles passavam a maior parte do tempo discutindo e seus comentários direcionados ao outro eram sempre sarcásticos, mas, cada vez mais frequentemente, eles passavam a tarde com o mesmo grupo de amigos e relaxavam de verdade. Ou, em outros momentos, eles se juntavam para pregar uma peça especialmente trabalhosa em alguém (e não tinha quem conseguisse detê-los). Agora, quase quatro anos depois do fatídico dia em que James perdera seu sorvete de creme e levara Lily até o Acampamento, eles podiam admitir, para si mesmos e de vez em quando (muito de vez em quando) um para o outro, que eles se importavam um com o outro. “Grandes amigos”, James pensara uma vez. Se grandes amigos passavam a maior parte do tempo competindo e buscando maneiras de mandar o outro para a enfermaria com ferimentos leves se fosse necessário para ganhar o caça à bandeira, claro, por que não. E bem, tinham os pequenos cuidados sutis em meio disso. Era um bolinho que aparecia misteriosamente do lado da cama quando um deles perdia o horário do café da manhã, bandagens novas deixadas na gaveta para remendar um machucado que ainda não tinha sido cuidado pelos filhos de Apolo, a aljava favorita de James sendo magicamente consertada depois de uma missão difícil, o salgadinho favorito de Lily contrabandeado para dentro do Acampamento no seu aniversário. Coisas que eram agradecidas quase sempre silenciosamente e seguidas de uma pegadinha (eles tinham um jeito estranho de agradecer, James concluiu).

Mas funcionava, e foi por isso que uma semana depois ele tinha encurralado Lily na saída da arena de combate e fizera uma tentativa de flertar com ela.

—Potter o que, pelos deuses, você está fazendo? -a confusão era genuína, apesar do tremor que ela tinha sentido a ouvir a voz grossa dele tão perto do seu ouvido. 

Ele começou a responder mas ficou claro que Lily não estava mais ouvindo quando ele passou seu braço por trás da cintura dela. James deu um sorriso de canto, seu objetivo alcançado, e se afastou rapidamente.

—Nada. Até mais Evans!

E com isso ele saiu correndo. Lily não ficou congelada por muito mais tempo no entanto, porque ele tinha acabado de passar pela saída quando ouviu ela gritar:

—POTTER! ME DEVOLVE MINHA CARTEIRA SEU-

James sorriu ainda mais, apressando o passo numa tentativa de ganhar ainda mais vantagem- porque ele sabia que ela estava correndo atrás dele e era bem capaz dele acabar o dia empurrado no lago.

Dois dias depois ele descobriu que Lily encantara seu arco para que todas as flechas virassem fios de macarrão quando lançadas- e James se recusou a falar com ela pelo resto da semana.


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Notas finais do capítulo

Olá! Esse capítulo saiu MUITO maior do que o planejado! Eu sentei para escrever e quando vi já eram 5h da manhã e ele tinha mais de 2k palavras- e nem terminado estava. Mas é assim que a inspiração funciona, eu acho. Ah e sim, temos um grande salto temporal ali no final, espero que isso não incomode vocês muito. Espero que tenham gostado e só falta mais um capítulo- então até lá!



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