Caution! escrita por YumiFDC


Capítulo 4
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oioii!! Gostaria de deixar aqui avisado que pode ser que demore um pouco até atualizar. A ideia era terminar uns dois próximos capitulos primeiro pra já ter conteúdo pronto.
Infelizmente não aconteceu já que estou meio sem idéias mas resolvi postar mesmo assim e me apressar para terminar o próximo, já tenho uma base então acho q vai dar certo.

Yumi é praticamente minha unica personagem e nenhum personagem original de Magi me pertence, eles são da autoria de Shinobu Ohtaka. ( Vocês já devem saber disso mas acredito que seja sempre bom falar).



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Capitulo 4

Os quatro entraram na delegacia para dar de cara com rostos preocupados. Quando notaram que haviam chegado se viraram todos quase ao mesmo tempo, suas expressões suavizaram um pouco ao notarem que os semblantes dos quatro policiais pareciam tranquilos e Sharkan foi o primeiro a perguntar.

—E então? O que houve?- ele não conseguiu abandonar o tom preocupado.

—Ela está bem?- Pist o seguiu.

Ja’far assentiu- Está tudo bem, era apenas um pervertido. - ele disse como se fosse nada, antes de se virar para a sala de trás e encontrar sua mesa.

Todos suspiraram de alivio antes de assumirem uma expressão de choque. - ‘espera, pervertido?’- pensaram.

—Como?- Sharkan e Pist disseram em uníssono, enquanto Spartos e Dracon olhavam incrédulos para onde Já’far tinha entrado e logo depois voltaram o olhar para o delegado.

— Era apenas um garoto que se apaixonou por Yu porque ela o ajudou, não exatamente um pervertido. - Sinbad explicou- Embora a ideia de segui-la era bem doentia... - ele murmurou essa ultima parte, mas alto o suficiente para os outros ouvirem.

Os quatro soltaram um resmungo em concordância para demonstrar que entenderam, o delegado já estava se dirigindo ao seu escritório seguido por Hinahoho quando o telefone tocou, fazendo-os parar e Spartos se prontificou de atender imediatamente.

— Delegacia de policia, em que posso ajudar?- Ele disse numa voz suave e depois ficou durante alguns segundos apenas assentindo e soltando murmúrios de concordância, escutando com atenção enquanto a pessoa do outro lado da linha falava. Arregalou os olhos e corou, o que surpreendeu um pouco seus companheiros. – Como?... Entendo, me de o endereço, por favor. - Agora pegou um lápis para anotar em um post-it próximo, rabiscou algumas palavras e voltou sua atenção ao telefone, novamente no esquema de murmurar e assentir, mesmo que a pessoa do outro lado da linha não pudesse vê-lo.

— Certo, mandaremos alguém. - ele disse e logo desligou, se virou para Sinbad enquanto soltava um suspiro- Parece que estão fazendo muito barulho na...- Ele se enticou para olhar o post-it com o endereço- Rua N Willis, casa numero 52.

Sinbad levantou uma sobrancelha e olhou para o relógio na parede. – Mas são duas da tarde, está dentro do horário.

O ruivo corou novamente enquanto pensava no que estava prestes a dizer. – É, mas parece que são gritos, musica alta e até... Gemidos. - ele murmurou baixo a ultima parte enquanto olhava para baixo envergonhado. - A mulher que ligou disse que tem filhos e que não sabe como explicar a suas crianças o que está acontecendo e parece que ela não é a única vizinha incomodada.

Sinbad soltou uma risadinha. – Pode até ser, mas isso não é problema nosso agora. – Ele se virou em direção ao seu escritório e continuou andando.

— Aparentemente, é um bordel ilegal, numa área residencial...

Ok, isso era um problema e pegou o delegado de surpresa. Ele girou nos calcanhares para voltar o olhar para Spartos e lhe dar um suspiro pesado.

— Já’far!! – Sinbad gritou para que seu amigo ouvisse de onde estava – Pegue suas coisas, estamos indo para um bordel!

Poucos segundos se passaram e eles puderam ver quando Já’far veio correndo e parou na porta.

— Como é que é?! – O albino tinha uma expressão perplexa, olhos verdes arregalados e a boca escancarada. Ele nem teve tempo de perguntar mais nada, o delegado já havia saído porta afora, deixando-o lá ainda confuso.

Então ele correu para alcançar Sinbad que já esperava por ele ao lado da viatura, dizendo coisas como “o que está pensando?!” e “se tentar alguma gracinha eu conto para Yumi, sem pensar duas vezes!”. Sinbad só fez rir da reação do amigo e rolar os olhos enquanto entrava no carro.

~~Quebra de tempo~~

 Depois de explicar a Já’far o porque de eles irem a um bordel, o que o albino acreditou meio relutantemente, Sinbad dirigiu até o endereço e ao chegarem, encontraram com a senhora raivosa que ligou mais cedo.

Ela apontou para uma casa não muito grande que parecia tranquila, tanto que os dois policiais estranharam, segundo a mulher parecia que estava acontecendo uma verdadeira orgia lá dentro, mas agora estava bem silencioso e isso os fez acreditar que talvez ela tenda a exagerar um pouco.

Mesmo assim foram até lá, bateram na porta algumas vezes e quando ninguém veio atendê-los, simplesmente entraram, nota-se que a porta não estava nem ao menos trancada.

Eles chamaram por alguém e depois de alguns segundos, uma mulher ruiva, muito bonita por sinal e vestida de um jeito que Já’far julgou como vulgar, veio até eles e sem nem dar chance de explicações, os puxou para o porão de onde ela havia saído antes.

Ao chegarem lá em baixo, se assustaram com o que viram. Tinha muita gente, fazendo todo tipo de coisa, tipo, mesmo... E o porão pelo visto não era tão pequeno quanto parecia.

 A ruiva se virou para eles novamente e perguntou o que eles queriam, os dois homens se entreolharam e pensaram o mesmo – ‘Vamos disfarçar e dar um jeito de chamar reforços para levar essa gente daqui, mas sem se darem conta do que estamos fazendo.’

— Já’far, você fica aqui, eu vou lá em cima que está mais tranquilo... - Ele se virou para ruiva e lhe deu seu sorriso de galã. – Vou chamar uns amigos que ficariam interessados. – E por fim deu uma piscadinha que atraiu toda atenção da mulher, mas antes de se virar e subir as escadas, ele percebeu o olhar irritado do albino que lhe dizia claramente – ‘ Por que EU tenho que ficar aqui, idiota?!’

Sinbad inclinou um pouco a cabeça e lançou uma pequena e rápida sequencia de olhares que dizia – ‘Porque um de nós tem que ficar para não suspeitarem de nada, isso é ilegal, lembra? E eu sou comprometido, se Yu sequer sonhar q coloquei os pés aqui dentro serei um homem morto.’- Sim, eles conversam por olhares, esse é o nível da amizade deles.

Já’far revirou os olhos enquanto via o delegado subir as escadas e a moça o puxava para o meio daquela zona toda.

Meia hora depois, várias viaturas estavam em frente a casa e quando os policiais entraram, já anunciando o que estava acontecendo, o albino saiu praticamente correndo do porão na primeira oportunidade. Ele encontrou com Sinbad e Hinahoho conversando do lado de fora da casa e foi até eles.

Os dois homens se viraram para seu companheiro que estava chegando e taparam suas bocas tentando não rir. Já’far parecia muito envergonhado, estava vermelho como uma pimenta, suas roupas estavam abarrotadas e Hinahoho podia jurar que tinha uma marca de batom no colarinho da blusa social branca.

Ele bufou e olhou irritado para o delegado. – Saia da minha frente, ou eu te mato.

— Porque isso Já’far? Diga-me o que ouve. - Sinbad não podia perder a oportunidade e Hinahoho estava com mais dificuldade ainda para não rir.

— Calado... – O alvo disse com a cabeça baixa e a franja escondendo seus olhos. O delegado abriu a boca para fazer mais alguma provocação, mas foi cortado. – Eu disse calado!! – Dessa vez ele levantou a cabeça e lançou um olhar mortal para Sinbad, antes de marchar para a viatura e os outros dois homens desataram a rir.

Agora eles estavam a caminho da delegacia com a mesma ruiva presa atrás, aparentemente ela era a “cabeça” daquele esquema e seria presa por prostituição e tráfico de drogas.

 A moça não parava de falar, primeiro ficou dando em cima de Sinbad e ele logo a cortou, dizendo que não estava interessado mas ela continuou insistindo, então disse logo que era comprometido.

Ela deve ter pensando que a namorada de um policial devia de ser uma pessoa perigosa para ela também, e no caso de Yumi ela estava meio que certa, então parou com os avanços e seu foco mudou para Ja'far, para total desespero do mesmo.

A mulher não parava de se insinuar e bombardeá-lo de perguntas, essas que Ja'far respondia o mais friamente possível.

Coisas como - Qual seu nome? - Ela questionou em uma voz fina que só irritou mais ainda o albino.

— Não lhe interessa. - Ele respondeu friamente.

Sinbad viu a mulher franzir o cenho e acabou dando um meio sorriso. - 'Pelo visto não está acostumada a ser rejeitada. '- ele pensou.

Mas ela insistiu – Qual a sua idade? Você parece bem novo. E o que faz?

O albino revirou os olhos – Estou te levando em uma viatura, o que você acha?

A ruiva fez beicinho, reconhecendo que fez uma pergunta idiota. Ficou alguns segundos pensando e finalmente soltou:

— Por acaso você é gay?

Já’far arregalou os olhos e Sinbad engasgou com a risada, tentando não fazê-la sair. Ele realmente não era gay mas resolveu que não ia responder, talvez ela tomasse isso como um sim e parasse de incomodar.

E foi exatamente o que aconteceu – Hump, que desperdício... – Ela murmurou baixo mas foi o bastante para eles ouvirem, o albino revirou os olhos pela enésima vez no dia e o delegado se permitiu rir baixo.

— Você me paga, Sinbad. – ele murmurou e isso fez o delegado rir mais alto.

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Depois do incidente com o stalker, o resto do dia de Yumi foi bem tranquilo. Exceto no final da tarde, quando ela já estava pronta para ir embora e um residente a abordou no estacionamento, dizendo desesperado que aquele paciente da condição complicada estava vomitando sangue.

Ela foi obrigada a fazer uma cirurgia de emergência porque, aparentemente, ele tentou levantar e isso rompeu alguma coisa lá dentro, causando uma hemorragia severa.

Isso aconteceu por volta das 5 da tarde, a cirurgia foi um sucesso e ela teve que ficar para esperar o paciente acordar e lhe dar um sermão, só teve tempo de mandar uma mensagem a Sinbad avisando que chegaria mais tarde, então agora eram mais ou menos 8 da noite e Yumi finalmente estava voltando para casa depois de um dia cansativo.

Enquanto colocava o capacete, sentiu aquela sensação de novo, estar sendo observada. Pensou – ‘ Que diabos?!...’- e olhou em volta procurando a fonte do problema mas estava escuro e não encontrou nada, isso a aliviou um pouco mas também a incomodou.

— Quem está ai?!- ela gritou e como esperado, não obteve resposta. Revirou os olhos para si mesma e suspirou – ‘ Que droga Yumi, vai ficar paranoica agora, é? – Pensou, então apenas subiu na moto e saiu estacionamento afora.

 Mesmo depois de percorrer metade do caminho e ainda em movimento ela continuava com a sensação, chegou a lhe dar raiva.

E foi quando parou quarto semáforo que percebeu. -‘Aquela Land Rover preta, não estava no estacionamento do hospital também?’

O carro estava a poucos metros dela e não foi a primeira vez que ela a viu, lembrou que um pouco depois de sair do estacionamento, ela o notou e até admirou mas agora tinha algo errado...

Ela ficou uns segundos refletindo qual a chance de ser seguida duas vezes no mesmo dia e nem prestou atenção no tempo, só voltou a si quando escutou as buzinas dos carros impacientes atrás dela e então acelerou.

Decidiu testar, ao invés do caminho normal, pegou uma rua oposta e a Land Rover virou também, depois mais uma esquina, o mesmo aconteceu, e de novo e de novo.

Yumi já estava começando a ter medo, no começo pensou que fosse aquele garoto de novo mas ele parecia mesmo arrependido e prometeu ficar longe, sabia que se fizesse o contrario teria problemas, então ela o descartou e mais uma vez sem conhecimento de quem a seguia ela se viu em desespero.

Ela percebeu que o caminho agora era familiar, e decidiu fazer mais um teste. Estavam agora na quadra da delegacia, ela deu a volta e passou uma vez por lá e vendo que seja lá quem for não desistiu, entrou de vez em pânico.

Deu a volta novamente, dessa vez parando na delegacia, descendo rapidamente da moto e correndo até a entrada. Tropeçou logo em frente a porta e quando se apoiou na mesma, ela acabou abrindo e Yumi quase caiu, mas conseguiu restabelecer o equilíbrio bem a tempo.

Sharkan que estava na recepção abriu um amplo sorriso ao ver a alva entrando, pelo visto estava alheio ao desespero dela. – Hey, mestra! – eles faziam aulas de kendo juntos e Yumi estava sempre o ajudando, então ele adotou esse apelido a ela. – O que faz aqui a essa hora? Sinbad já foi a um bom tempo e... – Ele franziu o cenho quando percebeu que tinha algo errado, ela nem ao menos olhou para ele, estava encarando a porta fechada de vidro fosco.

Ele se levantou e foi até ela devagar, ao chegar perto levou uma mão em seu ombro direito e chamou mais uma vez. – Mestra?... – ela deu um pulo e soltou um gritinho de surpresa, se virando rapidamente, pronta para atacar quem quer que seja mas quando levantou o rosto e viu Sharkan, soltou um suspiro aliviado.

— Ah, Shark. Meu Deus garoto, que susto. – Ela deu uma risadinha antes que o moreno pudesse perguntar.

— Está tudo bem? Parece assustada...- ele levantou uma sobrancelha e lhe deu um olhar preocupado – Tem algo a ver com o que aconteceu hoje cedo?

Ela fez uma expressão surpresa antes de levantar as mão na altura dos ombros e balançar a cabeça freneticamente, negando, não queria preocupar ninguém mais do que já fez por hoje.

— Nahh, está tudo bem. Aquilo hoje cedo foi só um sustinho, desculpe por isso. -  Ela se permitiu dar um sorriso verdadeiro, seguido por uma risada que não foi tão espontânea assim.

Mas o moreno nem percebeu e sua expressão alegre retornou – Tudo bem, mas o que foi aquilo exatamente? – ele perguntou com certa diversão em sua voz.

Sharkan voltou a se sentar em frente ao computador e Yumi o seguiu, sentando numa cadeira próxima para contar a historia desde o começo. Eles conversaram por um tempo e quando perceberam já eram 10 horas, então se despediram e Yumi partiu.

Ao pisar fora da delegacia, não pode deixar de se sentir insegura. Ficou alguns segundos olhando do começo ao fim da rua, esperando que a Land Rover preta aparecesse a qualquer momento mas não aconteceu, então ela foi até a moto e acelerou.

A sensação não estava mais lá, em nenhum momento.

Chegou ao apartamento e aparentemente Sinbad cansou de esperar e foi dormir, já que não estava em lugar nenhum. Ela comeu algo, tomou um banho rápido e foi até o quarto, como esperado, o homem estava lá, estirado em um sono profundo, ocupando praticamente toda a cama. Seus cabelos estavam espalhados pelo colchão e ela tinha uma boa visão de seu torço nu.

Ficou uns segundos lá o admirando e pensando o quanto ele era bonito antes de se deitar ao lado dele, dessa vez virada para ele, com a cabeça em seu peito e um braço abraçando sua cintura.

Por mais que hoje de manhã estivesse com raiva, não conseguia quando se lembrava do sufoco que passou a poucas horas atrás e como se sentia segura aqui, ao lado dele. Então apenas fechou os olhos e deixou o cansaço lhe dominar.

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Notas finais do capítulo

Olá de novo. Esse capitulo foi meio diferente do q estou acostumada, tentei adicionar um pouco de humor mas não sei se deu certo kk.
Eu também não sei praticamente nada sobre essa parada de bordeis e nem se alguém é julgado por ser prostituta, mas se não me engano gerenciar algo assim é ilegal, não?
Em fim, de qualquer maneira, peço desculpas por qualquer erro e espero que tenham gostado.
Até a próxima, bjss!



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