Centauros escrita por KaguraWay, HarunooMalika


Capítulo 11
Bônus


Notas iniciais do capítulo

Queridos leitores, tudo bem com vocês?

Voltamos com um Bônus dessa maravilha fofa que é Centauros!


Esse Capítulo foi postado no Spirit no dia 31/12/2019.
Por conta disso a nota é sobre o Ano Novo.

Nossa parceria MalikaHarunoo , Kagura Way e Elisha_Sky
Quer Aproveitar esse momento e desejar Um Feliz e Próspero Ano Novo!!!
Estamos muito felizes que essa Fic foi bem aceita e teve ótimos comentários e seguidores fiéis em todos os capítulos durante toda postagem até o seu final.

Obrigada a todos por seguir os muitos conflitos, emoções e descobertas, talvez ter deixado algumas lágrimas também.

Fiquem agora com o que aconteceu com o
Viveram Felizes para Sempre da História de Uruha e Aoi.

Aproveitem e boa leitura!



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Centauros capítulo Bônus

Uru P.O.V 

— Shiroyama Tomoe, vem aqui agora!_ Eu estava fulminando, completamente raivoso. 

Como aquele projeto de centauro conseguia ser tão. . . Tão levada?! Desobediente! Correndo de um lado para o outro, não parava quieta e bagunçava tudo, estava toda rebeldezinha e ainda tinha a proteção de Yuu. 

Outro desnaturado é Aoi, mimando a menina, por isso que está daquele jeito! Tudo que ela fazia ele acobertava, pareciam duas crianças, não pareciam nem por um segundo pai e filha. 

— O que é!?_ Tomoe chega marchando, falando com ignorância e de braços cruzados. Seu bico aumenta ao ver o irmãozinho se protegendo entre minhas pernas equinas. 

— Primeiro, você fala direito comigo, eu te respeito e exijo respeito também._ Ela imediatamente abaixa a cabeça ainda emburrada. _ E segundo, que história é essa de você não deixar seu irmão brincar com vocês?_ Coloco minhas mãos na cintura e ela olha com raiva para o filhote que se encolhe mais ainda em mim. 

— Ele é muito pequeno, Kaa-san, não brinca direito!_ Ela resmunga. _ Ele não sabe brincar. 

— Ensina a ele._ Rolo os olhos. 

— Mas ele faz de propósito, faz só pra me irritar e chamar atenção, eu já tentei ensinar mas ele não quer!_ Olho de relance para o moreninho  mel agarrado em mim. 

— Kazuki, olha pra mim._ Falo firme. Sinceramente a raiva já passou, estou cansado, o pequeno ergue a cabeça e me olha choroso._ Isso é verdade?_ Ele automaticamente nega com a cabeça e eu vejo de soslaio Tomoe  se exaltar mas faço um gesto e ela se cala antes de começar a falar e faz bico de novo. _ A verdade, Kazuki._ Ele abaixa a cabeça e começa a chorar baixinho. 

Suspiro pesadamente e vou até umas almofadas que tem no chão perto da janela da sala em que estamos, me deito ali e faço um gesto para os dois se aproximarem. Kazuki vem dengoso e já se embola em minhas patas e se encolhe contra minha barriga equina, segurando os pelos de lá e se escondendo. Já Tomoe vem hesitante e se senta afastada, franzo a testa e a puxo mais para perto. 

Ela cede e se deita na minha frente me abraçando pelo tronco, acaricio  os cabelos pretos e curtos da menininha, que mesmo os fios sendo incrivelmente finos e lisos, se bagunçam e embolam  toda hora. 

— O que está acontecendo, uhm? E eu quero um de cada vez._ Falo ao ouvir os dois pegarem fôlego ao mesmo tempo. _ E quero a verdade também, não tentem me esconder as coisas, pequenos, eu só quero o bem de vocês, ok? Eu amo vocês._ 

— Não parece._ Arregalo os olhos e sinto meu coração falhar, meus olhos já enchem de lágrimas que eu luto para não derramar. _ Você só dá atenção pro Kazuki, tudo é Kazuki, você não vai para uma apresentação minha, por que ta com o Kazuki. Sempre que a gente briga você dá atenção pro Kazuki, e quando o papai vem me proteger você fala que ele ta me mimando demais._ A voz magoada e fraquinha me faz chorar levemente, a culpa me possuindo. 

— Não é verdade!_ Olho para o bolinho frágil que se mexe e vem em minha defesa. _ Kaa-san só fica comigo por que você não gosta de mim._ 

— Você que não gosta de mim, e você gosta mais do Kazuki por que ele é parecido com você e é porte médio._ Ela já se exalta e se vira para o irmão e pra mim. 

— É mentira, isso tudo que vocês falaram até agora chega a ser absurdo de tanta mentira. _ Falo com a voz firme e os dois me olham. _ Eu te amo Tomoe, te amo muito, sinto por não poder ir na sua apresentação mas seu irmão estava de cama, lembra? Estava cuidando dele. E sobre vocês não se gostarem é mentira também, sei que se amam, são irmãos e sempre foram muito colados um com o outro._ Olho para os dois e ficamos em silêncio por um tempo.

— Tomoe não gosta de mim por que você fica perto de mim._ Kazuki me olha magoado e eu me surpreendo de novo. _ Se você não ficasse perto de mim Tomoe ia gostar de mim. _ Olho para o pequeno e depois para a mais velha tentando encontrar algum olhar ou indício de que estavam mentindo. 

Mas não achei. Só então entendi o que acontecia entre eles e suspirei, me culpando por ser burro e lerdo. Droga, eu sou um imbecil. 

— Prestem atenção, os dois._ Coloco uma mão nas costas do menor e uma mão na cabeça da maior. _ Eu amo os dois do mesmo tanto, entendem? Fico perto de você Zuki-kun, por que você é muito fraquinho, e fica muito doente com facilidade. Mas isso não significa que eu não queira ficar perto de você também Tomoe, e outra, seu pai te acoberta quando você faz coisa errada e isso é sim errado, não é implicância minha. _ Olho para os dois para ver se eles me entendem. _ E vocês dois devem se unir, ok? Você podia me ajudar a cuidar do Kazuki quando ele fica doente, e você tem que parar de implicar com sua irmã._ 

— Mas eu não implico com ela!_ O pequeno tenta se defender e eu só suspiro. 

— Implica sim que eu já vi, Kazuki. _ Abraço os dois ao mesmo tempo. _ Eu amo vocês, entenderam? Mais do que tudo na minha vida, não briguem, ok? Vou me esforçar mais com você Tomoe._ Beijo a testa dos dois.

— Também te amo._ Murmura baixinho a moreninha. 

— Também te amo Kaa-san, um montão._ O pequeno literalmente se joga em cima de mim e da irmã. 

— Te amo muito muito, meus bebês._ Murmuro nesse abraço triplo. 

— Até mais do que ama meu Otoo-san?_ Pergunta Kazuki sapeca. 

— Mais._ Ouço as risadinhas e sorrio junto. 

— Se o Otoo-san brigar com a gente você briga com ele?_ Tomoe me olha com os olhos brilhando. 

— Brigo._ Afirmo e os dois riem mais. 

Quando os dois vão embora eu suspiro cansado e passo as mãos no meu cabelo para tentar amenizar a dor de cabeça. Assim que Kazuki nasceu a parteira disse que tinha algo de errado com ele, ele era frágil demais, todo miudinho e muito pequeno, pensávamos que ia melhorar mas não. 

Quando ele completou um ano ficou de cama pela primeira vez, qualquer coisa o fazia fraquejar, qualquer vento mais forte e ele ficava doente, literalmente qualquer coisa era uma ameaça para a saúde frágil dele. Não demorou muito e nós descobrimos que ele tinha uma doença que fazia a saúde dele ser frágil, ele não tinha imunidade nenhuma.

Minha mãe disse que seu irmão tinha essa doença, mas como ela ainda não era rainha na época, era somente uma camponesa e seus pais não tinham dinheiro, o irmão dela ficou muito doente, e sem um médico adequado ele morreu antes dos 10 anos de idade. E descobrir que meu filhote tinha essa mesma doença me fez entrar em desespero, mesmo com Yuu tentando me acalmar eu tinha ficado desolado. 

E com o passar dos anos, a cada gripe que ele pegava, sempre que caía no chão e o ferimento infeccionava. . . Acabei super protegendo ele, e Yuu me fez enxergar isso quando me fez ver que eu quase não deixava o menino ao menos sair do quarto dele. 

Tentei ser mais liberal, mas mesmo assim, ele tinha uma dama de companhia com conhecimentos básicos sobre medicina. Eu simplesmente não poderia arriscar perder meu filho. Nesse meio tempo, não era como se eu tivesse esquecido de Tomoe, mas ela estava sempre tão saudável e feliz andando pelo castelo que achei que ela não precisasse tanto assim de mim.

Ela fazia luta, aula de etiqueta e mais aulas de música e várias outras coisas, sempre cheia de coisas para fazer me dando tanto orgulho. Eu não sabia que estava negligenciando minha menina, eu não queria que ela se sentisse excluída. 

— Kou?_ Abaixo a cabeça ao escutar passos na minha direção, me escondendo entre meus fios loiros. _ Kouyou, tá tudo bem?_ Aoi se deita na minha frente e massageia meus ombros, uma mão desce para minha cintura e a outra vira meu rosto para si. _ Por que está chorando, meu anjo?_ Ele fala preocupado e eu abaixo a cabeça de novo.

Ele coloca meu cabelo para trás da orelha e me abraça pela cintura, apoio minhas mãos em seus ombros e deito a cabeça embaixo da sua, sentindo-o apoiar o queixo na minha cabeça. 

— O que houve, meu amor?_ Murmura fazendo carinho na minha lombar. 

— Eu sou a pior mãe do mundo._ Murmuro e falar isso em voz alta me faz chorar mais. 

— O que!? Não, Kou, quem te disse isso? É mentira meu amor, você é ótimo, é o melhor._ Ele me aperta mais contra seu corpo e eu me agarro na pele quente dele. 

— Tomoe achava que eu. . . que eu não gostava dela. . ._ Falo fraquinho entre o choro. _ Eu amo minha filha Yuu._ 

— Eu sei, eu sei que ama._ Ele me conforta e faz mais carinho. 

— Eu negligenciei minha filha._ Choramingo.

— Kou, você estava preocupado com Kazuki, não é desculpa eu sei, mas você estava esgotado de tanto cuidar dele. _ Ele beija minha cabeça e eu o olho. _ E você não estava negligenciando ela, ela só não via, mas eu vi Kou, você ia dar boa noite pra ela todo dia, mesmo que ela já estivesse dormindo, você ficou até tarde planejando o aniversário dela mesmo que tivéssemos uma equipe inteira aqui pra isso. Eu vi Kou, você acompanhar toda a apresentação de longe, lá da janela do quarto do Kazuki. _ 

— Mas eu não fui. . . E eu mal fiquei no aniversário dela também._ 

— Se você der toda sua atenção a Tomoe, vai negligenciar Kazuki, você só tem que aprender a balancear a sua atenção. Mas não negligenciou nenhum dos dois até agora Kou._ Ele me dá um selinho e eu me acalmo.

— Certeza?_ Murmuro.

— Sim. . . Eu tive uma conversa com meu pai, achava que estava ocupado demais com os assuntos do reino e esquecendo da família, eu pensava que estava te deixando carregar sozinho o peso da doença do Kazuki e ainda tinha a Tomoe. Quando você brigava comigo que eu estava mimando ela eu não enxergava isso, pra mim eu só estava passando um tempo com minha filha.  . . Mas aí eu vi, ela fazia algo errado e nem sentia culpa, por que sabia que eu ia acobertar. . . _ Ele me abraça mais apertado. _ Eu vou mudar, vou mudar Kouyou, junto com você, ta bem?_

— Yuu, mas é claro que você não estava me deixando sozinho, eu sei que sendo um príncipe você tem muitas responsabilidades. Eu sempre tive seu apoio, e Tomoe te admira muito. . . _ Ele sorri pra mim de leve. 

— Vê, por isso vamos mudar juntos. Você vê coisas que eu não vejo, e eu vejo coisas que você não vê. _ Sorriso de leve e ele me beija de novo, levemente. _ Te amo, e você é a melhor mãe que existe, eu sou muito feliz em saber que quando não estou cuidando deles, você está._ Sorrio  para ele e o abraço.

— Ah, meu amor. . ._ Suspiro me sentindo mais leve. _ Também te amo muito._

 

 


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Notas finais do capítulo

Esperamos que vocês continuem
conosco lendo as outras Fics.

Uma parceria de MalikaHarunoo , Kagura Way e Elisha_Sky



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