Some Kind Of Disaster escrita por Mavelle


Capítulo 39
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Oiii!!
Gente, é o último capítulo antes do epílogo... muitos sentimentos por aqui. Eu passei quase 2 anos com essa história na cabeça e tá praticamente concluída. Que loucura.
Muito obrigada a todes que acompanharam até aqui e, sem mais delongas, vamos para o último capítulo.

Beijos,
Mavelle



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— E é assim que você monta o esboço de uma campanha. - Kate disse, com um sorriso.

Tinha passado os últimos 10 minutos explicando para o bebê como fazia a programação de uma campanha qualquer. No caso, estava revisando a campanha de divulgação do primeiro livro de Penelope. O editor designado para ela tinha terminado seu trabalho em três semanas e disse que estava pronto para ser publicado quando ela quisesse, então Kate resolveu adiantar logo seu trabalho com toda a programação de como aquilo seguiria. O lançamento oficial seria em junho, porém Penelope ia anunciar no dia 12 de janeiro (quando seu blog completaria 8 anos) que estava lançando um livro e Kate já tinha planejado alguns momentos para aqueles 5 meses, como a revelação da capa e o início da pré-venda. Além disso, queria que tudo já estivesse bem delineado para que não houvessem estresses de nenhum tipo tão perto do lançamento ou do parto.

— Você gosta de ouvir a mamãe falar disso? - ela perguntou, alisando a barriga. Não recebeu nenhuma resposta, mas ela não esperava que houvesse. - Você ainda é muito pequeno pra poder me responder e eu sentir, então me desculpe, mas eu tenho que puxar minha sardinha. A Lottie odiava quando eu falava disso pra ela, mas eu só descobri depois que ela começou a reclamar e até essa altura ela já tinha tido que me aturar falando disso por mais de três meses.

Kate tinha se acostumado a conversar com o bebê o dia quase todo. Era algo que fazia parte de sua rotina quando estava grávida de Charlotte e tinha sido bem rápido de pegar de novo. Já tinha até lembrado das técnicas que usava para que não achassem que estava doida.

O que a deixava mais feliz é que não estava sozinha. Anthony também conversava com o bebê, sendo que tinha sido o primeiro a fazer isso, ainda no dia em que tinham descoberto.

— Oi, bebê. - ele disse, falando com a barriga de Kate. - Aqui é o papai. Desculpe ter te ignorado por tanto tempo, mas acabamos de descobrir que você está aí. Eu nunca soube que era possível amar alguém que não conheço e que nunca vi, mas eu te amo. Amo que você é um pedacinho meu e da sua mãe, assim como sua irmã.

Ela sorriu com a lembrança, mas logo foi trazida de volta à realidade por uma batida na porta.

— Pode entrar. - ela disse.

Anthony abriu a porta e a fechou atrás de si. No geral, Kate conseguia lê-lo muito bem, mas ele parecia atordoado demais e talvez um pouco confuso. Como ele disse que estava resignado sobre a ideia de perder o trabalho, ela achava que podia não ter tanto a ver com isso, então não tinha como saber como tinha sido.

— Oi. - ele disse, parando em frente à mesa dela.

— Oi. Como foi? - ela perguntou, mordendo o lábio inferior em seguida.

— Só um minuto. - ele arrodeou a mesa. - Ainda estamos muito distantes. Levanta, por favor.

Ela se levantou e imaginava que ele iria abraçá-la, mas ele simplesmente ocupou o lugar dela na cadeira e a puxou para o seu colo. Só depois disso foi que ele a abraçou.

— Amor, alguém pode ver. - Kate disse, apesar de estar muito bem acomodada.

— As persianas estão fechadas e a porta também, além de que ninguém entra aqui sem pedir.

— Pode parecer pouco profissional.

— Bem, essa é uma empresa familiar. Quer algo mais família do que o chefe aparecer no meio da tarde para passar a última hora do expediente com a esposa, dado que os dois já terminaram o que tinham que fazer no dia?

Ela sentiu seu coração acelerar.

— Então quer dizer que você ainda é meu chefe?

— É você que manda em mim. - ela lhe deu uma cotovelada de leve e ele riu. - Mas sim, eu fui liberado depois de um ano e continuo com o meu emprego.

— Ainda bem. - ela o beijou.

— Você está chorando? - ele perguntou, ao sentir o sal das lágrimas.

— Sim. - ela admitiu e limpou as lágrimas. - Eles ficaram segurando isso em cima da sua cabeça por tanto tempo e era tão injusto...

— Bom, não sei quão injusto eu consideraria, mas...

— Era injusto sim e eu sei que você sabe disso no fundo. Além disso, todo mundo conseguia ver o quanto você tinha mudado, mas ainda assim arrastaram isso por meses e meses e...

Ele começou a rir e a beijou.

— Eu amo o quanto você acredita que era injusto e quão disposta você está para mostrar isso para todo mundo.

— Você nunca disse nada, então a maior parte das pessoas achava que você acreditava que merecia. Muita gente achava que você não estava questionando a decisão do conselho.

— É sério?

— Você estava tentando tanto fazer parecer que não tinha nada acontecendo que achavam isso. Então eu tive que mostrar para todo mundo quão injusto isso tudo era.

— Obrigado por isso. Eu te amo.

— Também te amo.

Ele a beijou e os dois simplesmente ficaram em silêncio por um momento. E então Kate percebeu algo.

— As coisas que fizeram com que nos uníssemos no início não existem mais. - ela disse, bem devagar. - A Lottie está bem e a investigação acabou.

— Eu sei. - Anthony respondeu. - E nós nunca falamos o que faríamos quando isso acontecesse.

— O que você quer dizer?

— Eu quero dizer que acho que sei a resposta porque você já deu a entender isso, mas preciso que você confirme. - ele disse, uma de suas mãos repousando na coxa dela enquanto o polegar fazia movimentos de vai e vem. - Katharine Grace Sheffield Bridgerton, você quer continuar casada comigo?

Ela sabia que a resposta simples àquela pergunta seria um sim bastante sonoro, mas queria que ficasse bem claro que tinha muitas razões para isso, não apenas a família que tinham construído. Não só porque “fazia sentido” eles continuarem casados. Nunca seria só isso.

— Sabe, logo que começamos com isso, a Eddie sugeriu que nos casássemos e eu, tentando desviar do assunto, disse que eu não era só eu. Eu era eu e a Lottie, e tinha que levar ela em consideração em qualquer decisão que tomasse. Seguindo essa mesma lógica, hoje, teoricamente, eu sou eu, a Lottie e o bebê, mas eu sou você também. Eu sempre tento ver se ou como você vai ser afetado pelas minhas decisões, não porque eu acho que devesse fazer isso, mas simplesmente porque eu te amo e isso se torna natural.

— Eu sou você também. - Anthony disse, a voz embargada com a emoção, fazendo com que os olhos dela se enchessem de lágrimas.

— Ai, que inferno de hormônios. - Kate disse, e ele riu baixinho e simplesmente afastou as lágrimas do rosto dela. - O que eu quero dizer com tudo isso é que, mesmo que não tivéssemos nossos filhos, eu ainda ia querer continuar com você porque eu te amo.

— Eu também. Aquele está longe de ser meu melhor momento, mas eu não me arrependo.

— Não me arrependo de você ter pedido e não me arrependo de ter aceitado. Inclusive, hoje é o aniversário de um ano de quando você pediu pra casar comigo.

— E 364 dias que você aceitou.

— Ficou contando os dias? - ela perguntou ironicamente.

— Eu poderia muito bem ter contado as horas. Foi o melhor e o pior ano da minha vida ao mesmo tempo e eu sou grato por ter você comigo em cada momento.

Kate sorriu. O ano tinha sido uma montanha-russa emocional, mas eles tinham enfrentado os altos e baixos juntos.

— Depois de tudo o que passamos esse ano, acho que não tinha como não sairmos unidos.

— Umhum. - ele concordou e a abraçou forte. - E eu tenho o que eu espero ser a última notícia chocante do ano.

— Ai, meu Deus. Não se eu tenho emocional para mais dessas.

— Não é algo necessariamente ruim. - ele respirou fundo uma vez, tentando descobrir como contar aquilo para ela. Como se essa não tivesse sido minha única preocupação pelos últimos 30 minutos, ele pensou. Se eu não consegui pensar em algo nesse tempo, não vai ser nos próximos 2 segundos que vou descobrir. - Eu estava conversando com a Mary e descobri algo sobre ela.

Kate respirou fundo e o olhou nos olhos.

— Ela é minha mãe biológica, não é?

— É. Como você sabia? Quer dizer, você suspeitava?

— Não conscientemente, eu acho. Eu me perguntava quais as razões dela para me passar as ações dela e quando você ficou todo sério de repente e disse que tinha algo para contar sobre ela... - ela deu de ombros. - Acho que meu cérebro ligou os pontos.

— E o que você acha dessa informação?

— Eu não acho que muda nada. Ela não queria ser uma parte da minha vida e acho que isso não mudou.

— Ela disse exatamente isso.

— Sim. Minha mãe continua sendo Mary: a minha Mary. E como vocês chegaram nesse assunto? Ela espontaneamente virou para você e disse “oi, eu sou a mãe biológica da sua esposa”?

Ele pareceu meio culpado.

— Eu meio que deixei escapar por acidente que você está grávida, desculpe. Eu sei que tínhamos combinado que não íamos contar pra ninguém antes do Natal, mas algo me disse para dizer.

Kate respirou fundo.

— Tudo bem. Acho que está na hora de todo mundo saber.

— Acha mesmo? E o que estávamos planejando para o natal?

— Ainda podemos fazer a surpresa dando o presente para a sua mãe, mas eu não quero mais esperar.

— Ok. Posso finalmente tirar as fotos do ultrassom da pasta com senha do telefone, então?

— Pode. - ela sorriu. - Agora vamos para o outro lado da mesa porque não podemos ligar para a sua mãe enquanto eu estou sentada no seu colo.

— Ok, ok.

— E eu vou dar dicas pra Eddie ficar surtando enquanto a gente liga para a sua mãe.

Kate se levantou e pegou o telefone, voltando a se sentar quando Anthony saiu da cadeira. Logo abriu a conversa com a irmã e lembrou do primeiro jeito em que tinha pensado em contar.

"Kate: Eddieeeee

Edwina: Euuuuu

Edwina: Fala

Kate: Primeiramente, você vem domingo, né?

Edwina: Sim

Edwina: Vou chegar com a Frannie de novo porque de alguma forma consegui escolher um voo que de Dublin faz uma escala em Edimburgo, então tenho minha companheirinha de viagem de novo

Kate: AAAAAAAAA QUE INCRÍVEL

Edwina: NÉ

Edwina: É tipo quase 3 vezes mais tempo de viagem, considerando o tempo que o avião passa no aeroporto, mas eu tenho companhia numa parte da viagem e a passagem é ainda mais barata

Kate: Muito mais benefício que malefício, então

Edwina: Agora me diz o que você queria me contar

Kate: Lembra o dia que a Lottie foi liberada?

Edwina: Melhor dia desse ano de merda, claro que sim

Kate: Pois é, você fez duas inferências na conversa e, ainda não sabíamos, mas as duas estavam certas e já tinham acontecido na época

Edwina: HAN?

Edwina: Katharine do que você tá falando?

Kate: Senta e relê a conversa

Kate: Volto daqui a pouco"

Ela bloqueou o telefone e olhou para Anthony, que tinha acabado de fazer a ligação para a mãe. Ele simplesmente ligou o viva voz do telefone.

— Oi, mãe.

— Oi, Anthony. - ela disse.

— Está em casa?

— Sim. - Violet estranhou. - Hyacinth e Gregory foram liberados mais cedo da escola hoje, então estou em casa e vou ficar. Está tudo bem? - ela pareceu apreensiva.

— Mais do que bem. É só que eu tenho duas notícias para dar, e acho que é melhor que você esteja em casa para isso.

— O que é?

— Bom, primeiramente, eles concluíram a investigação e não acharam nada contra mim. Então eu posso manter meu cargo.

— Ainda bem!

— Ainda bem mesmo. - Kate disse e trocou um olhar com Anthony, que simplesmente assentiu com um sorriso. - Eu ganho bem, mas pra sustentar nós quatro e o Newton seria difícil.

— Vocês quatro? - Violet questionou. Não estava entendendo. Eles tinham adicionado Edwina na conta?

— Sim. - Anthony confirmou. - Kate, eu, Lottie e o bebê.

— Claro que o bebê no momento está vivendo às custas dos meus nutrientes, mas daqui a sete meses vamos precisar de fraldas e roupinhas e toda a parafernália de que eu me livrei porque achava que não ia passar por isso de novo, muito menos tão cedo.

Violet estava muito quieta.

— Mãe? - Anthony chamou.

— É sério? - ela perguntou, claramente emocionada.

— É sim. - Kate respondeu, já se emocionando também. - Seu segundo neto nasce em julho.

— Isso é incrível! - Violet disse. - Essa é definitivamente a melhor notícia pra encerrar esse ano.

— Não estávamos pensando em ter outro filho agora, mas foi uma surpresa maravilhosa. - Anthony disse.

— Estou tão feliz por vocês! Parabéns!

— Obrigada. - Kate disse. - Foi uma surpresa gigante no início, mas acho que agora já deu pra nos acostumarmos com a ideia.

— Já começou a pensar em reformar a casa?

— Vamos mudar de assunto, por favor? - Anthony pediu.

Violet começou a rir.

— Vou interpretar como um sim.

— Interpretação correta. - Kate disse, com um sorriso. - Já cogitei umas 10 reformas diferentes, mas ainda não nos decidimos.

— Boa sorte, querida.

— Obrigada. As ideias estão em pausa agora. Depois de duas semanas em que eu dava ideias toda vez que olhava para o quarto de hóspedes, decidimos esperar até saber o sexo.

— Decidimos ou você foi convencida? - Anthony provocou.

— Um pouco dos dois. - ela cedeu. - A Lottie já estava estranhando que eu passava no quarto e ficava olhando para as paredes.

— Como ela está com a notícia de que vai ter um irmão mais novo? - Violet perguntou.

— Ainda não contamos. - Anthony disse. - Vamos fazer isso hoje.

— Mas ela pareceu bem animada quando comentamos da possibilidade. - Kate completou.

— Ela vai ser uma excelente irmã mais velha, tenho certeza. - Violet falou.

— Também achamos isso.

— E precisamos ir agora. - Anthony disse. Teriam de ir mesmo, se quisessem contar aos irmãos antes de ir buscar Lottie na escola.

— Tudo bem. - ela respondeu. - Até domingo.

— Até. - os dois disseram e Anthony desligou a ligação.

— Isso foi tão legal. - Kate disse, com um sorriso gigante se espalhando pelo rosto. - Eu só tinha a Eddie pra contar da outra vez. Não que eu achasse que vocês não fossem querer saber, mas...

— Era diferente, eu sei. - ele a abraçou. - Quer contar para o resto da família?

— Sim, mas eu preciso contar logo pra Eddie. Ela deve estar surtando um pouquinho no momento.

— Dividir e conquistar, então? Eu conto pros meus irmãos e você conta pra sua?

— Pode ser, mas me diz como foi. Eu amo ver as reações deles.

Kate pegou o telefone e viu que tinham várias mensagens da irmã.

"Edwina: Ok, inferência 1 - Você tinha acabado de descobrir quem era o doador de esperma (se estiver lendo isso, eu te amo, cunhadinho, mas velhos hábitos são difíceis de largar)

Edwina: Realmente era o Anthony e isso já era um fato na época (sempre foi, né), mas não sabíamos

Edwina: O que foi a inferência 2?

Edwina: CALMA

Edwina: EU ACHEI QUE VOCÊ TAVA GRÁVIDA

Edwina: KATE?

Edwina: EU VOU SER TIA DE NOVO E DESSA VEZ NÃO É FIC?

Kate: SIM

Kate: Você desconfiou quando nem eu sabia e nem dava pra saber

Kate: Fiquei chocada quando percebi

Edwina: AOSJSJSBDJWJ

Edwina: MEU DEUSSSSSSS

Edwina: E vamos de ser a tia favorita de novooo

Edwina: Eita porra, eu vou ter competição pesada dessa vez

Edwina: Me lasquei porque moro longe e sou professora e os outros tios são herdeiros

Edwina: BEBÊ SAIBA QUE A TIA EDDIE É POBRE MAS TE AMA MAIS QUE O RESTO

Kate: KKKKKKKKKKK DOIDA

Kate: Nós te amamos também"

Enquanto Kate conversava com Edwina, Anthony aproveitou para contar a novidade para os seus próprios irmãos, mas viu algumas mensagens antes que pudesse falar qualquer coisa que fosse.

"Hyacinth: Mamãe atendeu uma chamada do Anthony, começou a chorar e quando eu perguntei o que era ela só disse “estou muito feliz pelo seu irmão”

Hyacinth: Da última vez que algo parecido aconteceu, a Kate e a Lottie entraram pra família

Hyacinth: (já deviam estar desde sempre, mas detalhes)

Gregory: Rasga aí Anthony

Gregory: Ela não quer dizer o que é

Daphne: Algo a compartilhar, Anthony?

Eloise: Alá a sonsa, sabe o que é em primeira mão e não vai dizer

Eloise: Eu já sei porque fofoca viaja rápido aqui, só não imaginei que mamãe fosse chorar por isso

Colin: Eu nunca sei das fofocas da empresa, me incluam

Anthony: Daph e Elô, tem certeza que vocês sabem?

Daphne: UÉ

Daphne: Você não ligou pra contar pra mamãe que a investigação não deu em nada?

Gregory: AAAAAA QUE BOM

Benedict: AINDA BEM

Hyacinth: AINDA BEMMM

Francesca: MEU DEUS ISSO É MUITO BOM, mas Eloise tá certa, mamãe não ia chorar por isso (eu acho)

Anthony: Bom, eu falei isso também

Anthony: Mas ela tava chorando porque acabamos de contar para ela que vamos ter outro filho"

O tempo pareceu congelar e, quando as respostas vieram, não era bem a reação que ele estava esperando.

"Eloise: HA

Benedict: MENTIRA

Eloise: EU DISSEEEEEEE BC

Colin: NÃO ACREDITO QUE A ELOISE TAVA CERTA

Colin: Ela tava dizendo isso desde o fim de semana que eu levei a Penny em casa a primeira vez

Anthony: Desculpa (?)

Colin: DESCULPA O CACETE A GENTE TÁ FELIZ

Colin: Mas é que eu ainda não acredito que a Eloise tava certa

Benedict: Exatamente

Benedict: Estamos felizes mas A ELO TAVA CERTA

Daphne: AVE MARIA MAS DEMOROU VIU?

Daphne: ERA PRA GENTE JÁ ESTAR SEGURANDO NENÉM AGORA

Francesca: MEU DEUS QUE MARAVILHOSOOOOO

Francesca: PARABÉNS ANTHONYY

Hyacinth: FINALMENTE

Hyacinth: DEPOIS DE UM ANO PEDINDO NOSSO ÚNICO PEDIDO FOI ATENDIDO

Gregory: PARABÉNSSSSSSS

Anthony: Obrigado, gente!

Anthony: E Daphne faz 8 meses que eu casei

Anthony: Nem se tivesse sido na lua de mel

Eloise: Meus amores, eu SEMPRE estou certa, aprendam

Eloise: E tô muito feliz por vocês, viu?

Daphne: E vocês dois eram santos antes de casar né?

Benedict: Daphne olha a baixaria, tem criança aqui

Hyacinth: Como se eu não soubesse de onde vem os bebês e que dá pra ter antes de casar

Benedict: Você é um bebê, Hyacinth

Hyacinth: Eu tenho 13 anos

Hyacinth: Você que é velho

Colin: Eu fui contar pra Penny e ela já sabia (???)

Anthony: Ela tava com a Kate no dia que ela foi fazer o exame, aí ela sabe desde o início

Daphne: Que absurdo!

Colin: Eu não acredito que ela não me contou

Eloise: Desde o início é igual a quando mesmo, hein?

Anthony: Desde a semana antes de ela ter ido almoçar lá na mamãe

Anthony: Inclusive, COMO você sabia?

Eloise: Você tava mais grudado nela que o normal

Eloise: E tava parecendo mais cuidadoso, sei lá

Eloise: E continua, apesar de ser menos exagerado do que antes 

Eloise: Alguma coisa tinha mudado e eu achei que fosse isso"

Depois disso, a conversa continuou, mas Anthony não viu. Tinham saído para ir buscar Charlotte e finalmente contariam para ela. Achavam que a reação seria positiva, mas ela podia ter mudado de ideia ou algo do tipo.

Esperaram para abordar o assunto depois que chegaram em casa. Então se sentaram no sofá com ela entre os dois. Tinham pedido pizza e a televisão estava ligada num dos desenhos de Charlotte, mas ela estava desinteressada.

Mesmo assim, esperaram que desse um intervalo para poder conversar com ela. Anthony mutou a televisão e Kate começou a falar.

— Lottie - ela chamou e a filha se virou para ela -, você tinha perguntado se podia ter um irmãozinho, certo?

Os olhos de Charlotte brilharam.

— Sim! Já posso ter?

— Bom, lembra que a gente disse que antes de você ter ele ou ela teria que passar um tempo na barriga da mamãe? - Anthony perguntou e ela assentiu.

— Seu irmãozinho ou irmãzinha já está comigo. - Kate disse.

Ela abriu a boca, um suspiro de surpresa escapando dos lábios.

— Quando que eu posso conhecer? - Lottie perguntou, animada.

— Provavelmente em julho. - Kate respondeu.

Ela parou para pensar um pouco.

— Tá longe, né?

— Um pouquinho, mas vai passar rápido, tenho certeza.

— E como que ele vai parecer?

— Ainda não dá pra saber, mas eu acho que vai parecer com você. - Anthony respondeu.

— Por que?

— Porque você é a misturinha de nós dois, assim como seu irmão ou irmã vai ser, então acho que ele ou ela vai parecer com você.

— Eu concordo. - Kate disse, com um sorriso. - Nossa misturinha.

Naquele momento, tudo estava bem e, por alguma razão que não conseguia bem entender, ela tinha certeza de que tudo continuaria assim.

Não imutável, não perfeito, mas feliz. Ela era feliz ao lado daquelas duas pessoas (que em breve se tornariam três) e lutaria para que as coisas continuassem assim indefinidamente.


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