Geisterfahrer - a Menina do Tempo escrita por seethehalo


Capítulo 6
One of Those Girls


Notas iniciais do capítulo

BÍBLIA DAS NOTAS INICIAIS COM AS EXPLICAÇÕES SOBRE O ATRASO E SOBRE A FIC
Como eu disse nas notas do capítulo antrior, estou viajando.
Avsei que não garantia que ia postar, e do celular eu twittei que precisei atrasar porque minha prima aqui tá sem internet.
Consegui entrar agora de favor (tô no escritório do tio dessa minha prima).
Me desculpem pelo atraso, eu realmente não suporto a ideia de ter que atrasar uma fic, mas eu realmente tô sem acesso aqui.
Espero que me compreendam, agora vamos ao que interessa.

Música da Avril de novo! (Porque a Avril é arroz de festa nas minhas fics xD)
Essa em particular me deu um certo trabalho, porque A MÚSICA INTEIRA tem a ver com o que se passa no capítulo, então foi uma luta escolher só um pedacinho. Depois quem quiser vai atrás da letra (e ouça também eu adorar essa música)...
Well, sem mais enrolação, o capítulo. Obrigada por lerem o gênesis xD
Enjoy (=



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Você sabe que isso é um jogo

Você sabe que isso é um jogo

Ela continua brincando com sua cabeça

Brincando com sua cabeça

One of Those Girls - Avril Lavigne

*-*-*-*-*

     - Claro – engasguei de novo quando ela respondeu. – O que foi, Bill?

     - Nada – respondi quando passou o acesso de tosse. – Só... engasguei com o suco.

     - Tá, mas e aí? Quer passar o Natal aqui com a gente ou não? – Tom perguntou, super delicado como sempre.

     Foi a vez de ela engasgar. Eu hein. Parece epidemia. Quando passou a crise, Maria respondeu:

     - Éeeerr... Acho que... – gaguejava olhando para o prato vazio – Éahn... Ah. Pode ser... Desde que não seja muito incômodo, claro.

     - Quê isso. – disse a mamis.

     - De jeito nenhum – balbuciei.

     Agora, tá, o que é que me deu pra eu ter um acesso de tosse justamente quando o Tom sugeriu que a Maria passasse o Natal aqui? O que tem de errado com isso, somos amigos! Eu hein.

     BILL OFF

     - Na semana antes do Natal sempre tem uma festa para os alunos. Você vai?

     Quem me deu essa informação e me fez essa pergunta foi o Tom. E eu respondi afirmativamente. Bom, essa festa é hoje. Aliás, daqui a pouco. Só estou esperando os gêmeos me interfonarem, vamos juntos.

     (8) [Interfone]

     - Sim? – atendi.

     - Vam’bora, Maria – Bill chamou.

     - Ok, tô descendo.

     Peguei a chave, dei tchau para D. Silvíe e Brenda e desci.

     Já no local (o mesmo ginásio em que discuti com o professor naquele fatídico 11 de agosto), estávamos os três conversando quando me deu sede.

     - Bill, Tom, vou buscar refri, já volto.

     - Aham.

     - Traz pra mim – Tom pediu.

     - Trago – respondi me retirando.

     Quando cheguei na mesa onde estavam as bebidas, Sabine se aproximou servindo-se também – e por incrível que pareça, puxando conversa.

     - Maria! Ora se não é a melhor amiga dos gemeozinhos. Tudo bem?

     - Sim, tudo. E você?

     - Estou bem. Mas ficaria melhor se você arranjasse o branquelinho pra mim.

     Olhei na direção dos dois e deduzi que “o branquelinho” era:

     - O Bill?

     - Quem mais?

     - Olha...

     - Se ele não quiser o irmão dele topa – ela interrompeu. – Eu me contento. Eles são tão gatinhos, duvido que você não tenha pegado um ainda.

     - Não, e não “peguei” nenhum dos dois – disse já ficando irritada e fazendo sinal de aspas. – Como você mesma disse, somos amigos, nada mais. E vai me desculpar, Sabine, mas o fato de eu andar com eles não significa que eu esteja oferecendo serviço de cupido – falei enquanto pegava os dois refrigerantes. – Com licença.

     Voltei ao canto onde estava com os dois e mal eu me encostei na parede Bill perguntou:

     - Você conversando com Sabine Putz? O que deu?

     - Sabine Putz? Jura mesmo que esse é o sobrenome dela? – perguntei com vontade de rir.

     - É... Algum problema?

     - Hahahahaha! Você não entenderia. Mas enfim. Por que o espanto? Que eu me lembre, foi ela quem me olhou torto quando eu cheguei. Não tinha nada contra ela, até agora.

     - Ela é gostosa, eu pegava – disse Tom saindo de perto, sei lá o que foi fazer.

     - Até agora? Não tô entendendo – Bill disse.

     Suspirei e expliquei debochada:

     - Ela veio puxar conversa porque queria que eu “te arranjasse”.

     - Tá brincando?! Não ficaria com ela nem que me pagassem. Quer dizer, ela é bonita, tal, mas faz mais o tipo do Tom. Tipo, “oi, beijou, te amo, tchau”.

     - Ela ainda disse que se você não quisesse o Tom servia. Como se ele fosse resto. Me segurei pra não erguer o dedinho obsceno na cara dela.

     - Pois devia ter erguido! – ele disse ficando bravo, seguindo de algumas coisas que não ouvi por estar vendo Tom sair do ginásio e 5 segundos depois Sabine ir trás - ... você não acha?

     - Hm? Desculpa, Bill, não prestei atenção. Vamos mudar de assunto?

     - Boa ideia – ele suspirou. – Vai lá pra casa quando?

     - Amanhã de tarde, quando a D. Silvíe for pro aeroporto.

     - Pra onde ela vai mesmo, França?

     - É; ela é alemã mas o pai dela é francês. Como a mãe faleceu dois anos atrás, ela passa o Natal com o pai agora.

     Ah, União Europeia! O povo carimba passaporte pra ir pra outro país como se fosse pra outro estado.

     Conversamos uns dez minutos e Tom voltou, ofegando.

     - Quê que foi?? – Bill perguntou.

     - Ela me subestimou... Mas eu mostrei pra ela...

     - Ela...? – fez gesto de estar esperando uma continuação.

     - Sabine.

     - Tu ficou com a Sabine, é? – Bill indagou incrédulo.

     - Aham.

     - Que beleza, mais uma operação tapa buraco bem sucedida! – entrei na conversa dizendo sarcasticamente.

     Tom fez cara de ponto de interrogação.

     - Sabe o que ela queria comigo quando eu fui buscar o refrigerante, Tom?

     Ele negou com a cabeça.

     - Vou te contar exatamente o que ela me disse: “estou bem, mas ficaria melhor se você arranjasse o branquelinho pra mim. Se ele não quiser o irmão dele topa. Eu me contento” – imitei a voz dela – Traduzindo, ela queria que eu agitasse o Bill pra ela; mas se ele não quisesse serviria você. Como eu me neguei a “ajudar”, parece que ela já caiu em cima, né? E você foi a perfeita operação tapa buraco dela.

     - Eu só não entendi a parte do buraco.

     - Assim, Bill, se tem um buraco na rua, é preciso tapar, certo? No caso, o “buraco” seria o fato de você não querer ficar com ela e o Tom foi lá e ficou, pra “tapar o buraco”. Entendeu? E a ironia, é porque “Operação Tapa Buraco” é um programa do governo brasileiro que conserta e pavimenta as depressões e falhas no asfalto das rodovias.

     - Ah, tá.

     - Falando de uma forma mais “local”, diria que o Tom foi um prêmio de consolação pra ela. Agora vamos parar de falar disso que ele já deve estar se sentindo a última das criaturas. – abracei-o afagando os dreads desarrumados e disse: - Desculpa por esse papo, mas não acho que você seja prêmio de consolação.

     Tom ficou triste como uma criança que quebrou o brinquedo. Mas depois disse:

     - Ela achou que eu não fosse muita coisa, mas eu mostrei quem é que manda. Daqui a pouco ela vai correr atrás de mim.

     - E eu espero que você a mande plantar batata – disse Bill. – Se te subestimou não te merece, onde é que tá o seu orgulho?

     Tom riu e voltou a ser o festeiro animado habitual.

     Dali a 5 minutos avistei as meninas - Anne, Hana e Monica – chegando e fui falar com elas. Depois de ser informado de que Isabel e Gabi viajaram, estava contando o episódio de momentos antes quando percebi que eram cinco pessoas na roda, e não quatro. A quinta pessoa estava à minha esquerda, era o Bill. Parei de falar e olhei pra ele como se tivesse visto um fantasma.

     - Oi – ele disse.

     - Bill... tá fazendo o quê aqui?

     - Eu tô conversando.

     - Sei. Mas você já tá por dentro da “fofoquinha” aqui.

     - Sim. Mas é que da maioria dos assuntos que vocês falam, eu entendo. Esmalte e maquiagem...

     - A gente não tá falando de esmalte, nem de maquiagem.

     - Tá bom.

     Fez-se silêncio durante quinze segundos.

     - Bill! – voltei a chamar a atenção.

     - Que foi?

     - Por favor!

     Ele fez cara de ponto de interrogação.

     - Dá licença!

     - Quer que eu saia daqui? – ele perguntou.

     Balancei a cabeça afirmativamente.

     - Tá bom. Até mais então. – ele se virou e foi saindo.

     - Nossa, que jeito que você trata ele. – Hana comentou.

     - Eu só pedi pra ele dar licença. Sou amiga dele, não siamesa.

     Continuei contando a “fofoquinha”, e fomos as quatro até a mesa de doces enquanto eu contava minha opinião sobre o fato.

     - Desse jeito que você fala parece que tem ciúme do Bill – Anne disse.

     - Ciúme? Do Bill? – repeti.

     - Era por isso que queria que ele saísse de perto?

     - Por que eu teria ciúme do Bill? Eu não tenho nada com ele. Só disse isso porque não sou grega nem me chamo Eros pra ficar pagando o cupido. Se ele quisesse ficar com a Sabine, que ficasse, e eu com isso? Mas ele disse que não quer, é problema dele, não tô nem aí. Ciúme! De onde tirou essa ideia?

     - Maria... Não Olha agora, mas... – Anne disse pausadamente.

     Me virei e vi o Bill ali com cara de cachorrinho perdido.

     - Então você não tem nada comigo? Tá se lichando pra mim, né. Onde eu tava com a cabeça quando concordei com aquela ideia estúpida do Tom de chamar você pra passar o Natal e o Ano Novo com a gente? Você não tá nem aí. Olha, eu realmente achei que você fosse minha amiga, mas não é bem isso o que eu tô vendo. Você só anda com a gente pra fazer pose. Não é? Pois eu tenho uma novidade pra você. Não precisa mais fingir. Já tô indo embora. I wish you a Merry Christmas.

     Bill recitou aquele ridículo discurso e saiu andando. Peraí! Não era nada disso! Me virei para Anne e disse:

     - O que eu faço agora? Ele deve estar me achando uma hipócrita. Você tinha que vir com aquele papo de ciúme?

     Saí andando para o lado oposto ao que Bill foi. Mas que grande merda que eu fui fazer. Com que cara eu olho por Bill agora?

     POV BILL

     Eu não podia acreditar no que tinha ouvido. Por que ela disse aquilo tudo? Eu achava que o desprezo pela parte dos outros era ruim, mas hipocrisia é pior do que isso. Não quis acreditar nas palavras dela, mas o modo como tinha me excluído da conversa me obrigava.

     Minha vista começou a ficar embaçada e eu saí do salão para espairecer.

     Me sentei na grama tentando tirar aquela cena da minha cabeça. Em vão.

     Encolhi os joelhos junto ao corpo e abaixei a cabeça.

     - Bill? – ouvi alguém chamar. – O que tá fazendo aí?


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Notas finais do capítulo

Pois é... Espero qu tenham gostado ae..
Olha, só volto pra São Paulo segundo a minha mãe, dia 28. Então não sei se eu vou conseguir postar na terça que vem. Anyway, pra compensar, quando voltar eu vou postar uma tri-shot.
Au revoir