Orgulhosos escrita por Bear91


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Bom, aí vai mais um c;



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Aquela já era quinta porta que ela abria e tudo que havia encontrado era apenas mais um quarto vazio. Mai estava começando a acreditar que a ideia de explorar a mansão, talvez não tivesse sido uma das melhores.

Já fazia pouco mais de duas semanas que Mai estava naquela casa. Agora ela já havia se acostumado com a ideia de ficar ali, mesmo que insatisfeita. No final das contas, a garota percebeu que não tinha outra escolha a não ser ficar ali. Ainda mais com as ameaças de Kaiba, não restava outra opção além de aguardar pacientemente a sua recuperação naquele lugar. E a verdade era que, se ela realmente fosse ser sincera consigo, não era exatamente uma tortura estar ali.

Apesar do ponto negativo daquela ser a mansão de Seto Kaiba, ela não conseguia pensar em outros motivos para não continuar ali. Afinal, o quarto em que estava instalada era mais que confortável e ainda havia uma empregada encarregada de ajudá-la com as dificuldades do seu estado atual. E aquela casa tinha todo o luxo que ela sempre apreciara, mas que abrira mão ao fugir da casa de seus pais.

Às vezes ela sentia falta da casa na qual crescera, apesar de todos os momentos tristes que passara nela, de alguma forma ainda pensava nela como um lar. Mas tentou afastar esses pensamentos ao fechar a porta a sua frente, não querendo se recordar da amarga infância.

Mai seguiu caminhando pelos corredores da mansão com certa dificuldade, se apoiando nas muletas.

“Que patética”, pensou ela, ao deparar-se com o seu reflexo em um espelho na parede. Mai se sentiu lamentável ao ver a própria aparência.

Ela se perguntava onde havia a ido parar a impetuosa e atraente duelista que costumava ser e o porquê de no lugar dela estar aquela figura pálida, que mais parecia uma garotinha frágil e debilitada. E no fundo, ela sabia bem qual era a resposta para aquela pergunta, Mai tinha plena consciência de que sua vida havia começado a desmoronar quando tivera início seu duelo contra Marik Ishtar.

Após o fim da Batalha da Cidade, ela nunca mais foi a mesma. Toda a confiança que tinha em si mesma havia desaparecido completamente. O fantasma de Marik parecia estar constantemente lhe lembrando de sua fraqueza, de quão solitária era e em pouco tempo aqueles sentimentos consumiram a sua sanidade. Sem que percebesse, Mai acabou se envolvendo em um mundo obscuro, trocando os torneios oficiais por torneios ilegais, onde inúmeras vezes além da vitória também estavam em jogo as vidas dos duelistas. E em muitas dessas partidas ilícitas, Mai desejou fervorosamente perder. Porque naquela altura as suas vitórias não lhe davam mais nenhuma alegria, pelo contrário, a cada duelo vencido ela sentia crescer dentro de si o vazio.

Mai se sentia suja ao recordar daquela época e de tudo que veio em seguida. O fato de ter traído os únicos amigos que já tivera e machucado inúmeras pessoas inocentes lhe era insuportável. Ela havia se tornado indigna, como duelista e principalmente como pessoa.

Mal conseguia olhar para o próprio reflexo sem sentir nojo de si mesma.

E quando sentiu algumas lágrimas molhando seu rosto, percebendo a melancolia tomar conta de si, a garota decidiu continuar a explorar a casa. Ansiando por encontrar uma distração que lhe ajudasse a esquecer, mesmo que momentaneamente toda aquela angústia que sentia.

Depois de alguns passos ela encontrou mais uma porta e a abriu com poucas esperanças de encontrar algo diferente das anteriores, porém se surpreendeu ao encontrar algo que não era apenas mais um quarto vazio.

Era um cômodo muito mais amplo que os anteriores, com várias prateleiras que continham inúmeros livros. Estava mais que claro que aquela era a biblioteca da casa.

Ela não era exatamente alguém apaixonada por leitura. A sua educação havia sido muito severa, sendo constantemente obrigada a dedicar todo o seu tempo livre a leitura de livros, que na verdade ela não queria ler, como consequência acabou criando certa aversão pela atividade. Ainda assim ela decidiu que uma biblioteca era melhor que os quartos vazios, então seguiu adentrando o lugar deixando-se distrair pela quantidade de livros, tanto que lhe passou despercebido o fato de haver mais alguém no cômodo.

— O que você está fazendo aqui?

Surpreendida pela pergunta, Mai se virou, encontrando Seto sentado em uma luxuosa poltrona. Ele tinha um livro em suas mãos e sua expressão deixava claro que o homem não estava nem um pouco satisfeito com a sua presença ali.

O primeiro pensamento de Mai ao vê-lo foi o de sair dali, não queria ter que lidar com ele novamente. Contudo, ao se lembrar do último encontro que tiveram, decidiu que não poderia desperdiçar aquela oportunidade de incomodá-lo.

Ela procurou por um lugar confortável para se sentar, antes de responder à pergunta de Seto, logo encontrou um belo divã próximo a ele.

— Eu estou procurando algo interessante para fazer, já me cansei de ficar o tempo todo naquele quarto. — respondeu ela, num tom de voz despreocupado enquanto se sentava no móvel, fingindo não perceber a irritação de Seto.

— Você não vê que está me incomodando? Vá procurar por algo interessante em outro lugar! — exigiu ele, com a voz tão fria quanto o olhar.

— Ótimo! — ela sorriu satisfeita. — É você quem está me obrigando a continuar aqui, então trate de aguentar as consequências, docinho. — declarou ela num tom ácido, lançando lhe uma piscadela.

Kaiba não disse nada em resposta a ela e apenas a fitou com desprezo, perturbado com a resposta que recebera.

Ele tinha conhecimento que Mai era o tipo de pessoa que costumava ser petulante, porém ele esperava que após o tratamento que havia lhe dado no último encontro dos dois, a loira fosse pensar duas vezes antes de incomodá-lo.

— Que surpreendente você ter tempo de sobra para leitura, eu sempre imaginei que você gastasse todo o seu tempo perseguindo o Yugi. — disse ela, numa tentativa de irritá-lo.

Para a insatisfação de Mai ele apenas a ignorou, mantendo sua atenção na leitura.

— O que você está lendo? — questionou ela, direcionando o olhar para o livro nas mãos de Seto, numa segunda tentativa de conseguir uma resposta.

— Isso não é da sua conta. — ele respondeu sem nem ao menos erguer os olhos para ela.

— “Assim Falou Zaratustra” de Nietzsche. — disse ela, ao conseguir enxergar o título do livro, que estava gravado na capa. — Então é isso que você usa para alimentar o seu complexo de superioridade? Essa porcaria realmente combina com você. — ela comentou, deixando escapar uma risada.

Desta vez ela conseguiu a atenção de Seto, que fechou o livro que tinha em mãos e se virou para encará-la. Encontrando a loira sorrindo de modo despreocupado, parecendo estar satisfeita por conseguir finalmente sua atenção.

Seto continuou a encará-la por alguns segundos, perplexo com o quão inconveniente Mai poderia ser. Em seguida a analisou com o olhar, notando que sua aparência parecia mais saudável que da última vez que a viu. Involuntariamente ele reparou na peça incomum que ela trajava, um vestido lilás de renda com um corte delicado, completamente oposto as curtas e justas peças de couro que ela costumava usar.

— A empregada até que tem bom gosto... Com essas roupas você quase consegue aparentar ser alguém decente. Só assim para você deixar de parecer uma stripper barata, não é? — ele ironizou.

O sorriso de Mai se desfez, mas antes que ela pudesse pensar em uma resposta à altura para dar a Seto ele ergueu-se da poltrona que ocupava e seguiu em direção a saída.

Ele pretendia ir para o seu escritório, afinal estava claro que seria impossível conseguir se concentrar na sua leitura com Mai lhe atormentando.

— Já se cansou da leitura? — ela se apressou a perguntar, antes que Seto deixasse o cômodo.

— Não, eu não meu cansei. No entanto, não é possível continuar a ler com alguém desagradável como você tagarelando sem parar ao meu redor. — ele respondeu em tom irritado, já quase alcançando a porta.

— Está assim tão incomodado com a minha presença? Não sabe aproveitar a sorte que tem, deveria ficar feliz por ter uma bela companhia como eu ao seu lado. — disse ela, soando entediada. — Você é realmente é um homem incomum, Kaiba.

— Por favor, Valentine. Não me confunda com os idiotas com os quais você costuma flertar, eu jamais me interessaria por uma perdedora como você. — ele retrucou asperamente.

— Claro, sei bem que não. Eu e provavelmente toda Dominó sabemos que apenas o Yugi faz o seu tipo.

Seto parou, se virando para encará-la novamente, perplexo com absurdo que ouvira.

— O que você quis insinuar com isso?

— Exatamente o que pareceu, mas a sua orientação sexual não vem ao caso agora, porque eu tenho algo mais importante para tratar com você. — ela falou suavemente, sentindo-se contente por conseguir provocá-lo.

— Então vá direto ao ponto e diga logo, Valentine.

— É que acontece que já aguentei por tempo demais os seus insultos infundados. Está certo que, por mais babaca seja, eu devo ser grata a você por ter me salvado, contudo não irei mais aturar calada essas ofensas. — explicou, assumindo uma expressão séria.

Seto deu uma risada sarcástica.

— Infundados? Me perdoe, mas na última vez que eu chequei você ainda era uma perdedora de quinta categoria. Alguém que perde para Joey Wheeler nem ao menos merece ser chamada de duelista. — ele acrescentou com um toque de ironia.

— Você não tem direito de falar assim do Joey, ele pode não ser tão forte quanto você, mas certamente é uma pessoa muito melhor.

— Se ele é uma pessoa tão boa, então por que você o traiu? Se eu bem lembro não era você mesma quem tentou matá-lo há apenas algumas semanas atrás? — ele questionou erguendo as sobrancelhas.

Mai não conseguiu pensar em uma resposta decente, afinal ele não havia dito nenhuma mentira e logo se sentiu novamente amargurada com a culpa por trair os seus amigos.

— Você tem razão, eu realmente sou uma traidora. — ela admitiu com amargor. — Mas isso não te dá o direito de me chamar de perdedora, isso é injusto, afinal de contas você nunca me venceu em uma batalha. Por isso eu proponho um duelo, assim nós poderemos saber quem realmente merece ser chamado de perdedor.

— Eu? Duelar contra você? — ele esboçou um sorriso desdenhoso. — Não acredito que isso seja necessário, é mais que óbvio quem seria o vencedor. Duelar contra alguém como você seria meramente perda de tempo, só estou interessado em jogar contra oponentes fortes.

— Bom, se você está assim tão confiante por que nós não duelamos? O Mokuba disse que você está com o meu deck, basta trazê-lo e nós descobriremos quem é o verdadeiro vencedor.

— Realmente pensa que pode me vencer em um duelo, Valentine? Você é realmente ingênua, garota... — disse dando uma risada e depois se virando em direção a saída.

— Vai mesmo fugir do meu desafio? Onde está o seu orgulho de duelista? Vamos, se você é tão bom quanto diz por que não aceita o duelo? Ou talvez você esteja com medo de ser derrotado por mim...

Seto virou-se para encará-la novamente.

— Medo de você? — ele riu com escárnio. — Tudo bem, Valentine. Isso será uma perda de tempo, mas se você insiste tanto. De qualquer forma, não levará muito tempo para esmagar você e seus monstros medíocres.

**********

Passados alguns minutos, Seto retornou com os baralhos de ambos.

— Aqui está, Valentine. — disse ele, entregando o baralho a Mai.

Ela sorriu, genuinamente feliz por ter de volta as suas cartas.

— Minhas queridas Harpias, eu me senti tão sozinha sem vocês!

Kaiba revirou os olhos em desaprovação, ainda se sentindo frustrado por ter que duelar contra ela.

— Agora buscarei os discos de duelo. — ele afirmou, se preparando para sair novamente dali.

— Não precisa disso, nós temos essa mesa. — disse ela apontando para a pequena mesa que havia entre os dois.

— Está bem, vamos acabar logo com isso. — concordou, mesmo contrariado.

Ele sentiu que duelar daquela maneira tão antiquada era inaceitável, mas estava tão ansioso para pôr um fim naquele duelo que apenas resolveu aceitar. O importante era colocar aquela garota no seu devido lugar, para que nunca mais ela ousasse lhe importunar novamente.

Seto se sentou de frente para Mai, depositando seu baralho na mesa que estava entre eles, que serviria de campo para o duelo.

Ambos sacaram cinco cartas e iniciaram o duelo.

— Eu começo! — afirmou Seto, analisando a sua mão. — Eu invoco o Vorse Raider em modo de ataque! Então colocarei uma carta virada para baixo e encerro meu turno!

— Minha vez! — disse ela, sacando uma carta. — Primeiro eu invoco a Cyber Harpie Lady em modo de ataque, em seguida eu ativo a carta mágica Elegant Egotist, que me permite invocar especialmente a Harpie Lady Sisters. E agora Kaiba, você finalmente irá conhecer o poder das minhas lindas Harpias. Eu ataco o seu Vorse Raider com Harpie Lady Sisters.

— Não tão rápido, Valentine. — disse ele, revelando a carta virada. — Eu ativo a armadilha Negate Attack, que nega o ataque do seu monstro e encerra a sua Fase de Batalha.

— Que pena! — exclamou ela desapontada. — Já que eu não posso atacar, então irei apenas colocar uma carta virada para baixo e acabar o meu turno.

— É a minha vez, sacar! — Seto deu um sorriso ao ver a carta que havia sacado. — É, Valentine... Parece que esse duelo não durará muito, mas ao menos você terá a honra de ser destruída pelo meu servo mais magnânimo. Agora eu ativo a carta mágica Soul Exchange, que me permite usar um dos monstros do meu oponente como tributo, então eu sacrifico a sua Harpie Lady Sisters e meu Vorse Raider para invocar o Blue-Eyes White Dragon em modo de ataque. Para a sua sorte, graças ao efeito da Soul Exchange eu não posso atacar nesse turno.

— Não fique confiante demais, esse duelo ainda não acabou. Não pense que me intimidarei por causa desse seu dragãozinho, esse monstro é tão entediante quanto você.

— Você pode dizer o que quiser sobre a minha carta ou sobre mim, mas nada mudará o fato de que você será derrotada. — disse impaciente.

— É minha vez! — disse ela, sacando uma carta e fez uma careta ao perceber que não era nada que a ajudaria. — Eu invoco a Dunames Dark Witch em modo de defesa e passo a minha Cyber Harpie Lady também para modo de defesa e encerro o meu turno.

— Só isso? Que patética!

— É a sua vez, porque você não para de me insultar e faz logo a sua maldita jogada. — ela praguejou em tom irritado.

— Está ficando nervosa, Valentine? Deve ter finalmente percebido que foi um grande equívoco me desafiar, mas mesmo que se arrependa agora você não pode mais escapar da humilhante derrota.

Mai apenas lhe encarou cheia de fúria, ansiosa para fazer com que ele engolisse aquelas palavras.

— Minha vez! — disse ele sacando uma nova carta. — Eu invoco Peten The Dark Clown em modo de ataque, então vou ativar a minha carta que estava setada, Enemy Controller. Graças ao efeito da minha mágica, ao custo de tributar um dos meus monstros eu posso tomar o controle de um dos seus monstros até o final desse turno, então eu sacrifico Peten The Dark Clown para que a Cyber Harpie Lady venha para meu campo. Mas não pense que é só isso.

— O que?

— Eu ativo a habilidade especial do meu monstro, quando Peten é enviado ao cemitério eu posso bani-lo e então invocar uma cópia dele do meu baralho ou mão. — disse Seto, invocando um novo Peten no campo. — Agora eu passo a Cyber Harpie Lady para modo de ataque e finalmente darei início ao seu fim. Primeiro, Cyber Harpie Lady acabe com Dunames, em seguida atacarei diretamente com o Peten e Blue-Eyes. E encerro o meu turno.

Mai perdeu 3500 pontos de vida com os ataques de Kaiba, ficando em uma situação delicada com apenas 500 pontos de vida restantes.

— É minha vez! — disse ela sacando uma carta.

— Por que você não desiste de uma vez e me poupa de desperdiçar mais do meu precioso tempo? Já está mais que claro que você não tem nenhuma chance de me vencer, admita de uma vez a derrota.

— Não, isso ainda não acabou. Eu ainda tenho a minha Harpia que acabou de voltar para o meu campo e mesmo que seja pouco, ainda me restam pontos de vida. Eu mudarei a Cyber Harpie Lady para modo de defesa e em seguida invoco a Amazoness Swords Woman em modo de ataque, coloco uma carta virada para baixo e termino meu turno.

— Um monstro fraco como esse em modo de ataque? Se acredita que eu cairei nessa armadilha tão óbvia, está enganada. Eu não permitirei que você ative essa carta que deixou virada. — disse dando uma risada enquanto sacava uma nova carta. — Minha vez! Eu ativo a carta mágica Heayy Storm, que destruirá todas as mágicas e armadilhas que estão em campo, então eu sacrifico o Peten para invocar o Thunder Dragon em modo de ataque. Esse é o momento de finalmente acabar com você, Thunder Dragon ataque a Cyber Harpie Lady. Agora, vá Blue-Eyes ataque a Amazoness Swords Woman e dê um fim a esse duelo. — disse ele, destruindo todos os monstros de Mai, satisfeito por ter a certeza de que havia vencido.

— Você está enganado, Kaiba. — disse ela sorrindo. — Esse duelo não acabou ainda.

— Não diga bobagens, garota. O seu monstro foi destruído e você tinha apenas 500 pontos de vida restantes, não haveria como você sobreviver ao dano que de 1500 que foi causado.

— A minha Amazoness Swords Woman realmente foi destruída, mas eu não perdi o duelo. Graças ao efeito da Amazoness é o meu oponente quem leva qualquer dano de batalha que a envolva, então quem sofreu 1500 de dano foi você, Kaiba.

— Um truque tão baixo como esse… maldita! Mas não importa, porque isso não será o suficiente para te salvar da derrota. Eu vou apenas colocar uma carta virada para baixo e terminar o meu turno.

— Minha vez, sacar! Eu ativo a carta mágica Pot of Greed, que me permite sacar duas cartas. — Mai sorriu ao ver as duas cartas que havia sacado, sentindo-se novamente animada. — Agora está na hora do contra-ataque, é melhor você se preparar para ser derrotado! — afirmou confiante. — Eu ativo a carta mágica Monster Reborn, que me permite invocar especialmente um monstro do cemitério para o campo, e trago de volta a Cyber Harpie Lady. Então eu ativo a carta mágica Elegant Egotist que me permite invocar especialmente Harpie Lady Sisters para o campo.

— Revelar armadilha, Shadow Spell! Essa armadilha tornará o seu monstro inutilizável, além de perder 700 pontos de ataque, a Harpie Lady Sisters não poderá atacar ou mudar a sua posição de batalha.

— Não faz diferença, afinal eu não planejava te atacar. — afirmou de modo despreocupado.

— Acabe logo a sua vez, para que eu possa dar um fim a esse jogo. Já perdi tempo demais com esse duelo. — ele resmungou com impaciência.

— Eu detesto te desapontar, Kaiba. No entanto, não haverá outro turno, porque esse duelo junto com essa sua arrogância, acabam aqui!

— Você fala demais, Valentine. Nós dois sabemos muito bem que você não tem capacidade o suficiente para me vencer, agora ande logo com a sua patética e última jogada.

— Já que você insiste. — disse ela sorrindo e com um olhar confiante. — Eu ativo a carta mágica Harpie Lady Phoenix Formation!! Quando essa carta é ativada eu posso destruir monstros do meu oponente igual o número de Harpias que eu controlo, ou seja, como eu tenho duas Harpias posso destruir dois dos seus monstros. Pode dar adeus seus dois dragões.

— Impossível! Meu Blue-Eyes...

— E isso não é tudo. Além de destruir os monstros, a Harpie Lady Phoenix Formation também causa danos ao oponente igual a soma do ataque dos monstros que foram destruídos. Então faça as contas, querido.

— O quê? Não pode ser, isso quer dizer 4600 pontos de dano. Isso significa que eu... — ele não foi capaz de pronunciar aquela palavra, não conseguia acreditar que aquilo realmente havia acontecido.

— Que você perdeu! É isso mesmo, Kaiba.

Seto estava em choque com o resultado do duelo.

— Eu não acredito. Como posso ter sido derrotado por alguém como você, isso é ridículo. — ele disse com amargor, se sentido detestável.

— É a realidade, Kaiba. Agora nós sabemos quem de nós dois é o verdadeiro perdedor. E sabe por que você perdeu? — a pergunta de Mai fez com que Seto levantasse o olhar para Mai, fazendo com que Mai visse toda a fúria que continham os olhos de Seto, mas ela não se sentiu intimidada e apenas continuou a falar. — Foi porque não me respeitou como oponente. Em nenhum momento levou a sério a nossa batalha, desde o primeiro instante desse duelo você já tinha a certeza de que venceria. E como resultado eu consegui te derrotar facilmente. Você age como se fosse um duelista forte e invencível, mas esse nosso duelo só mostrou que você é apenas alguém mimado e arrogante. Espero que depois desse duelo você aprenda a me respeitar como duelista.

Seto a encarava com o olhar cheio de ódio, mas permaneceu em silêncio. Ele se sentia humilhado, mas sabia que ela estava certa. Dessa vez ele havia realmente sido o perdedor e qualquer coisa que dissesse apenas tornaria aquela derrota ainda mais vergonhosa.

Ele sentia uma vontade absurda de fazer com que Mai desaparecesse, mas lutou com todas as forças para não se deixar levar por sentimentos irracionais.

Num movimento brusco ele juntou rapidamente seu baralho e saiu da biblioteca, sem dizer uma palavra sequer e batendo a porta com força ao sair.

Mai ficou sozinha na biblioteca, ainda com as suas últimas cartas em mãos, mais do que satisfeita com o resultado daquele duelo. Sem nem imaginar que aquele duelo desencadearia grandes mudanças em sua vida.


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