POV EDWARD

Nada naquela semana parecia dar certo, tentei de todo o jeito conseguir o nome da suposta mãe do meu filho, mas Alice se manteve irredutível.

A baixinha havia dito a ela que eu iria assumir a criança sozinho e arcar com todos os gastos para que a mulher não identificada aceitasse a proposta, mas segundo a minha irmã ela não aceitou e aquilo só me deixava mais impaciente.

No princípio, fiquei irritado por Alice tomar aquela decisão sem antes me consultar, mas ela me conhecia bem demais e sabia do meu desejo de cuidar da criança, por mais que muitas vezes eu demonstrasse certa frieza a tratar do assunto.

    Eu estava frustrado, odiava o sentimento de impotência diante dessa circunstância, ainda tinha o divórcio que desde que voltei a cidade Rebekah foge de meus advogados e até mesmo de mim para não assinar os benditos papéis. 

    Hoje era sábado e eu estava decidido a esquecer daquele problemas, ao menos por agora. Então liguei para alguém que eu sabia que não perderia a oportunidade de uma farra, Damon Salvatore.

— Fala, Cullen - Atende ele animado, ao fundo pude notar uma música eletrônica tocando.

— Hey Damon, já saiu para curtir e nem me chamou? - Brinco.

— Você nunca foi de balada, Edward! Ainda mais agora que virou um workaholic - Ele me recorda.

— Mas hoje estou precisando! Finalmente entrei com o processo de separação e estou extremamente estressado. - Falo, esfregando minhas têmporas.

— Quem pudera, com uma mulher daquela! Qualquer um estaria surtando agora. Não sei como você conseguiu aguentar todo esse tempo! Mas eu sei exatamente do que você precisa. - Ele diz e rapidamente me manda sua localização para encontra-lo onde ele estava.

Ele me convidou para encontrá-lo na 1 OAK, uma balada frequentada pela elite e celebridades de Nova Iorque, localizada no Chelsea. 

Como o transito esta tranquilo nesse horário em menos de 20 minutos eu já estou na boate, decidi procura-lo no camarote e não demorou muito para que eu o encontra-se, o mesmo estava rodeado de mulheres. 

— Who’s in the house?! Edward Cullen, my ladies - Damon levanta seu copo de whiskey em cumprimento enquanto está abraçado ao lado de várias mulheres

— Meninas, vamos dar a ele um tratamento especial hoje! Ele acabou de voltar para pista e está solteiro novamente. - Ele avisa as meninas que logo seguem seu conselho e se atiram sobre mim. 

— É um prazer, meninas! - Jogo meu charme para elas, sem precisar me esforçar muito e recebo como resposta elas se oferecendo com todo gosto sobre mim.

    Logo me acomodei ao lado de Damon em um sofá de couro que dispunha de uma mesa com whiskey e decidi me servir do mesmo.

O ambiente era refinado e um DJ famoso tocava várias músicas eletrônicas, as meninas ao redor fazem questão de dançar e se esfregar em mim ao som da música, tudo para tirar uma casquinha e como não sou bobo, aproveitei cada instante.

Mesmo quando era casado eu pulava a cerca algumas vezes e traia Rebekah, mas sempre fui bastante discreto, algo que eu não tentaria ser hoje. 

    - Edward Cullen e Damon Salvatore! - Exclamou uma voz que a princípio não reconheci, Damon e eu nos viramos para identifica-la.

Lá estava ela, Victoria Miller, uma ruiva dos cabelos encaracolados que havia cursado administração junto a mim e Damon a alguns anos atrás.

Ela usava um vestido de couro preto com uma fenda em contraste com sua pele alva , o que destacava ainda mais o seu belo corpo.

Ela sorriu sensualmente para mim quando notou meu olhar sob o seu corpo.

— Babygirl, vejo que continua maravilhosa! - Sorri em aprovação ao continuar observando suas curvas. 

— Queria poder dizer o mesmo de você, gatinho. - brincou provocadora. Ignorando totalmente as meninas que estavam me cercando e se sentou ao meu lado.

— Vic, você não deveria estar morando em Vancouver? - Indago surpreso ao lembrar que era lá que os negócios de sua família sucediam. 

— Você sabe que aquilo não era para mim. - Responde simplesmente.

— Estou trabalhando como modelo em uma agência daqui. - Informa e pega minha bebida, ingerindo de uma vez o resto que continha em meu copo.

— Claro que está. Você sempre se entediou fácil - Recordo sorridente.

— E você sempre soube me entreter tão bem - Disse docemente em meu ouvido dissimulando uma inocência, com aquela resposta que de inocente tinha nada.

— Mas e você, Damon? Continua apaixonado por aquilo que não pode ter? - Ela se dirige a Damon e sua tendência em querer tudo que está fora de seu alcance.

— Sinto dizer que certos hábitos não morrem, Rebekah - Ele diz e eu resolvo caçoa-lo.

— Ele resolveu cismar com minha madrasta dessa vez, Beka. Você deveria ter visto a cara de cachorrinho abandonado logo em que ele a conheceu. - Não contenho meu sorrido ao dizer aquilo.

— Aaaaah, isso porque você não se olhou no espelho naquela mesma noite ao encontrar certos olhos castanhos ou pensa que me esqueci? - Pergunta para mim, me deixando desconfortável em lembrar dela agora.

Resolvo ignora-lo para o meu próprio bem, antes que ele deixa-se Rebekah curiosa sobre esse assunto. Mas não preciso de muito, já que ela parece se distrair com algo na pista de dança.

— Quem é aquela garota? - Pergunta apontando para uma loira que dançava em nossa frente, uma das meninas que se esfregavam em mim antes de Victoria se aproximar.

Dei de ombros em resposta, pois não me recordo o nome da mesma. Victoria sorriu maliciosa ao observar dançando.

— Já volto, gatinho - Pisca para mim antes de seguir em direção da pista de dança e começar a dançar ao lado da loira. 

    Aquela cena era erótica e envolvente, a habilidade de Victoria em seduzir sua presa antes de atacar me levou aos mais extremos pensamentos devassos.

Diante disso, pela primeira vez naquela noite olhei com devida atenção para a loira, ela não chegava aos pés da voluptuosa Victoria que além de seu corpo, tinha uma atitude determinada e felina que a deixava ainda mais lasciva, mas ela não era de se jogar fora.

Elas dançaram por alguns minutos, rapidamente a loira começou a se soltar mais e retribuir as carícias que lhe eram dadas pela ruiva.

Victoria cochichou em seu ouvido algo que a fez sorrir e as duas se viraram em minha direção sorrindo, me convidando a acompanhá-las na dança. 

    Despejei o resto da bebida em meu copo e fui satisfeito ao encontro delas, que em resposta sorriram animadas ao me ver se aproximar delas. Eu podia sentir o efeito da bebida me entorpecendo e as minhas preocupações se dissipando conforme eu ingeria mais bebida alcoólica.

♫ Now listen to me, baby (uh, uh, oh, oh)

Before I love and leave you (uh, uh, oh, oh)

They call me heart breaker (uh, uh, oh, oh)

I don't wanna deceive you (uh, uh, oh, oh, oh) ♫

Dancei junto a elas, segurando o quadril da loira que rebolava sensualmente junto a Victoria sentindo a tensão sexual que pairava sobre nós. E como eu conhecia Victoria sabia que ela estava testando até onde a loira aguentaria e imploraria por ela, ou melhor, por nós. 

♫ If you fall for me

I'm not easy to please

I might tear you apart

Told you from the start, baby from the start ♫

Afim de entrar no jogo de Victoria, puxei a loira para mais perto do meu corpo e acariciei sua nuca, lhe causando arrepios por onde minhas mãos passavam.

Victoria sorria exuberante, aprovando a sutil provocação que eu concedia a garota enquanto eu depositava leves beijos na trilha invisível criada em seu corpo por mim.

♫ I'm only gonna break break your, break break your heart

I'm only gonna break break your, break break your heart

I'm only gonna break break your, break break your heart

I'm only gonna break break your, break break your heart ♫

A loira se inclinou em direção a Victoria que já exibia um sorriso vitorioso em seu rosto, elas se beijavam selvagemente e faziam questão de cada uma reivindicar minha presença naquela brincadeira.

Depois de uma hora na boate, optamos por ir a minha suíte no The Plaza, assim poderíamos ter privacidade para curtimos.

Foi uma longa noite , havia me esquecido como Victoria era um vendaval na cama e a loira, que mais tarde eu descobrirá que se chamava Caroline, também não ficava para trás. 

— Droga! - Exclamei exaspero ao notar o relógio em cima do meu criado mudo.

Como alegria não dura muito, acordei com uma bela de uma ressaca e perdi o horário do trabalho.

Muitos me consideram workaholic, pelo meu extremo empenho em me manter sempre focado no trabalho, desde que Esme morrerá nunca faltei um dia sequer , mesmo quando alguma enfermidade me atingia. 

Me arrumei às pressas, as garotas me acompanham, Victoria era como eu que não queria amarras ou qualquer compromisso, o que me livrava de qualquer explicação que eu tivesse que dar a elas, já que Caroline seguiu seu exemplo e se retirou , sem maiores dores de cabeça.

Após tomar um café preto sem açúcar e tomar um remédio para melhorar da minha ressaca pelo dia anterior.

Tenho que adiar algumas reuniões naquele dia para que pudesse dar continuidade na minha agenda que se acumulará.

Até que sou surpreendido por uma Rebekah furiosa adentrando em meu escritório.

— EDWARD ANTHONY MASEN CULLEN, COMO VOCÊ TEVE A AUDÁCIA DE ME TRAIR? NÃO PENSE QUE NÃO VI AQUELAS PERUAS SAINDO DE SUA SUÍTE PELA MANHÃ - Ela grita, me atirando uma revista de fofoca em minha mesa

Um dos destaques dela era “Edward Cullen curtindo a noite de Nova Iorque com várias modelos na badalada 1 OAK” 

— Alguém resolveu dar as caras, afinal. Pensei que estivesse fugindo de mim - Sorri sarcástico

— Estou vendo que teremos que fazer isso do jeito difícil, não é mesmo, meu bem? - Chamo-a pelo apelido "carinhoso" que eu tanto odeio.

— EU JÁ TE DISSE QUE NÃO VOU TE DAR DIVÓRCIO NENHUM! - Ela se mantinha gritando como uma maluca, mas mantenho minha expressão sem me abalar com o showzinho que ela esta dando.

— Tudo bem, para sua sorte estou bem humorado - Gargalhei quando ela me lançou um olhar incrédulo com minha declaração.

— Podemos fazer um contrato e eu te dou uma quantia relevante para que você não me dê mais dor de cabeça com nossa separação - Ela pareceu vacilar um pouco com a minha oferta.

— Mas Edward eu te amo, meu bem e eu sei que você também. Eu te perdoo, pelo que você fez , é só… - Ela argumentou fracamente, eu podia sentir que ela iria ceder.

— Me perdoar? Rebekah, você acha que eu não sei das suas traições com o Matt? Não sou bobo, sei muito mais do que você pensa - Interrompi-a secamente a sua falha tentativa de me dissuadir de minha decisão e pela sua reação, pude ver que ela não esperava por aquela revelação. 

— Como você consegue acreditar em algo tão sem cabimento? - Seu teatro era sem fim, reviro os olhos em resposta.

— Não vou perder meu tempo, tenho trabalho a fazer. - Gesticulo para que ela se retira-se

— Quando eu tiver tempo resolvemos as minúcias de nosso contrato - Suspiro cansado.

Rebekah vendo que não conseguiria nada, obedeceu ao meu pedido e assim me mantive em minhas atividades. 

Até receber uma mensagem de Damon surtando, pois havia ficado com uma mulher chamada Katherine ontem a noite e que segundo ele, se assemelhava com minha madrasta, Elena.

Tive que rir com aquilo, obviamente, ele estava bêbado demais para conseguir diferenciar qualquer morena da Elena. Elena não tinha irmã gêmea ou qualquer irmão para ter uma mera semelhança com ela.

Mas meu riso cessa quando ele me manda uma foto dele e ela ontem a noite, a mulher que se dizia chamar Katherine tinha exatamente a mesma aparência que a minha madrasta, se caso não for a minha madrasta naquela fotografia.

Naquele momento entendi que ela era muito mais do que aparentava ser e eu teria que descobrir o que diabos aquilo significaria.