Naquela noite, a porta foi arranhada outra vez e eu vi novamente a forma. E na outra noite. E na seguinte também.

Bufei irritada com o barulho e farta daquela forma. Sob a luz do abajur, abri a porta, contudo, não havia nenhum felino ali. Conferi todas as direções e pensei ver uma cauda que não era preta escondendo-se atrás de um móvel.

“Impossível”, refleti. Minha falta de sestro só aumentava.

Acendi a lâmpada do quarto e aproximei-me do vidro escuro. Engoli em seco e coloquei a mão no peito.

Quem quer que fosse, não sabia que eu o via.