Acostumado a deselegância dos nobres Akielons que cruzaram consigo desde sua chegada, Laurent abalou-se frente a delicadeza do escravo de estimação que colocaram para servi-lo em seus aposentos. O menino Eramus não devia ter mais que vinte anos. Era tão belo quanto doce. Uma beleza aristocrática que faria enorme sucesso em seu país.

"Seus pertences foram encontrados, Exaltado" O escravo o chamou pela alcunha designada somente ao monarca "Posso ajudá-lo com seu banho?"

Diante do ser angelical ajoelhado sobre o marroquim. O herdeiro do trono veretiano teve uma triste certeza. 

Embora fosse um escravo, Eramus nascera para ser rei.