Intangível escrita por Mel Bronte


Capítulo 25
Pedras no túmulo


Notas iniciais do capítulo

Palavra do dia: rabulice. "palavras que nada provam ou concluem"



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Miriam colocou um dos pingentes na mão de Benjamin. O outro, junto à magen David dela.

“Estaria desrespeitando meu irmão se aceitasse ambos.” 

Não cabia rabulice. Sequer houve oportunidade: um garoto de três anos interrompeu-lhe.

“Sebastian, cumprimente-os.”

O garoto fungou, abrigando-se atrás de outra mulher, que ainda segurava o arco do violino. 

Ao vê-la, Benjamin pensou que fosse golpeá-lo: era uma das razões pelas quais Margareth insistia na ideia de casamento. Não discutiram. 

Partiram rumo ao cemitério. Depositaram pedras sobre o túmulo de Sebastian. 

Para Benjamin, o mundo tomava contornos de uma despedida nunca vivida. 

"Não chore, Benji", Sebastian provocou.


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Notas finais do capítulo

Olá, minha gente!

Algumas notas:
1. Magen David nada mais é do que a estrela de Davi.

2. O costume judaico de colocar pedras sobre os túmulos tem seu próprio (e profundo) significado. Em síntese, é um gesto para demonstrar que o morto é lembrado, que as memórias estão preservadas - as pedras, afinal, são muito mais duráveis do que quaisquer velas ou flores.
Considerando que o Benjamin tinha lá seus problemas de memória e o medo do Sebastian de ser esquecido, bem... Tirem suas conclusões sobre o que virá.

3. Nem preciso explicar o nome do sobrinho do Sebastian, preciso?
Acho que é isso por hoje.

Até mais!



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