Revelações Avassaladoras escrita por CM Winchester


Capítulo 7
Capitulo 6 por Charlotte Lancaster




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— Afinal o que tem na tapeçaria? - Kate perguntou quando os ânimos se acalmaram.
Sirius seguiu ate a tapeçaria com ela e todos o outros os seguiram. A tapeçaria estava velha e desbotada com algumas partes roídas pelas fadas mordentes, mas ainda assim podíamos ver o fio de ouro que montava uma arvore genealógica. No alto tinha escrito:
A Mui Antiga e Nobre Casa dos Black
"Toujours Pur"
— Você não esta aqui! - Harry falou.
— Por que ele não seguiu os padrões impostos pela família. - Kate murmurou e Sirius lançou um sorriso mínimo a ela.
— Eu costumava estar aqui. - Sirius apontou para um buraco queimado na tapeçaria. - Mas parece que Kate esta.
Do buraco ainda assim um fio de ouro saiu e tinha escrito Katherine Black.
— Que estranho. - Kate murmurou observando seu nome ali.
— E por que o seu nome esta assim? - Harry perguntou.
— Minha meiga e querida mãe me detonou depois que fugi de casa... Monstro gosta muito de resmungar esta historia.
— Você fugiu de casa?
— Quando tinha um dezesseis anos. Já estava cheio.
— Aonde você foi?
— Para a casa do seu pai. Seus avós foram muito compreensivos, meio que me adotaram como um segundo filho. É, eu acampava na casa do seu pai durante as férias escolares e quando fiz dezessete anos montei casa própria. Meu tio Alfredo me deixara um bom dinheiro, ele tambem foi removido da tapeçaria provavelmente por essa razão em todo o caso a partir dai cuidei de mim mesmo. Mas eu era sempre bem-vindo na casa dos Potter para o almoço de domingo.
— Mas.. Por que você...
— Sai de casa? - Sirius sorriu passando os dedos pelos cabelos. - Por que odiava todos eles, meus pais com a mania de sangue puro, convencidos de que ser um Black tornava a pessoa praticamente regia... Meu irmão idiota frouxo suficiente para acreditar neles, olhe ele ali. - Sirius apontou para Regulo Black que tinha uma data de falecimento junto a de nascimento. - Ele era mais novo e um filho muito melhor que eu, meus pais não cansavam de me lembrar.
— Mas ele morreu.
— Morreu. Um idiota... Juntou-se aos Comensais da Morte.
— Você esta brincando!
— Ora vamos Harry você já viu o suficiente nesta casa para saber que tipo de bruxos era a minha família?
— Eles eram... Comensais da Morte tambem?
— Não, não, mas pode acreditar eles achavam que Voldemort estava certo, eram totalmente a favor de purificar a raça bruxa, de nos livrar dos nascidos trouxas e entregar o comando aos puros sangue. E não estavam sozinhos havia muita gente antes de Voldemort mostrar a sua verdadeira cara que acreditava nele... Se acovardaram quando viram a que extremos ele estava disposto a ir para assumir o poder. Mas aposto que meus pais achavam que Regulo era o perfeito heroizinho quando se alistou logo no começo.
— Ele foi morto por um auror?
— Oh não. Ele foi morto por Voldemort. Ou por ordens de Voldemort o que é mais provável, duvido que Regulo tenha se tornado bastante importante para ser morto por Voldemort em pessoa. Pelo que descobri depois de sua morte ele acompanhou o movimento ate certo ponto então entrou em pânico com o que lhe pediam para fazer e tentou recuar. Bem ninguém simplesmente entrega um pedido de demissão a Voldemort. É um serviço para a vida toda.
— Almoço. - Molly apareceu com uma bandeja cheia de sanduiches.
Todos se afastaram menos Harry, Sirius, Kate, Steph e eu.
— Faz anos que não olho isso. Veja Fineus Nigellus meu tetravô.. O diretor menos querido que Hogwarts já teve... E Aramita Melíflua... Prima de minha mãe... Tentou aprovar a lei ministerial que tornava legal a caça aos trouxas... E a querida tia Eladora... Deu inicio a tradição familiar de decapitar os elfos domésticos quando ficavam velhos demais para carregar as bandejas de chá. É claro que sempre que a família gerava alguém razoavelmente decente ele era repudiado. Estou vendo que Tonks não esta aqui. Talvez seja por isso que Monstro não recebe ordens dela, a obrigação dele é atender a tudo que alguém da família pedir...
— Isso quer dizer que Monstro me obedece? - Kate perguntou.
— Certamente sim. Você é minha filha. Sangue puro. E esta aqui na tapeçaria.
— Interessante.
— Você e Tonks são parentes? - Harry perguntou.
— Ah claro a mãe dela Andrômeda era minha prima favorita. Não Andrômeda tambem não esta aqui olhe... -  Ele apontou para uma queimadura entre dois nomes Belatriz e Narcisa. - As irmãs de Andrômeda continuaram aqui por que fizeram casamentos belos e respeitáveis com puros sangues, mas Andrômeda casou com Ted Tonks que nasceu trouxa então... - Ele encenou detonar a tapeçaria e riu.
— Você é parente dos Malfoy. - Harry falou lançando um olhar para ele e Kate.
— As famílias de sangue puro são todas entrelaçadas. Se alguém deixar seus filhos e filhas casarem apenas com puros sangues a escolha fica muito reduzida. Sobram muito poucos. Molly e eu somos primos por casamento e Arthur parece que é um primo em segundo grau. Mas não adianta procura-los aqui, se um dia houve família de traidores do próprio sangue foram os Weasley.
— Lestrange? - Harry leu o nome do marido de Belatriz, Rodolfo Lestrange.
— Estão em Azkaban. - Sirius falou. - Belatriz e o marido foram junto com Bartô  Crouch Junior e o irmão de Rodolfo, Rabastan tambem.
— Você nunca disse que ela era sua prima...
— Faz diferença se é minha prima? No que diz respeito nenhum deles é minha família. E ela menos de todos. Não a vejo desde que tinha a sua idade, a não ser que se conte a visão de relance quando chegou em Azkaban. Você acha que tenho orgulho de ter uma parenta como ela?
— Desculpe eu não quis... Fiquei surpreso foi só...
— Não faz mal, não precisa se desculpar. - Sirius colocou as mãos nos bolsos enquanto olhava em volta. - Não gosto de ter voltado. Nunca pensei que voltaria a ficar preso nessa casa.
— Sei como é. - Kate resmungou caminhando ate os outros para pegar um sanduiche.
Steph e eu a seguimos. Fred enfiou um sanduiche na cara de Steph que deu um tapa na sua mão.
Estava na cara que Fred tinha uma queda por Steph, mas ela não se importava em prestar atenção.
Afinal ela gostava de Vitor, mas não engolia o orgulho e o aceitava em sua vida.
Enquanto limpávamos Monstro entrava sorrateiro tentando contrabandear algo, Sirius e Kate sempre o expulsavam. Ele obedecia a Kate o que a deixou bem animada.
Hermione se controlou para não falar nada em todas as vezes, ela estava vermelha. Mas no fundo sabia que ficar calada era o melhor para evitar um olho roxo ou um dente quebrado por que Steph bateria nela.
Não era só os elfos que incomodavam era Vitor e Hermione na mesma casa por um mês. Como sempre ele fazia a burrice de não enviar uma carta a ela já que não tinha coragem de ir pessoalmente.
Sirius tirou a mão de Monstro de um anel de ouro com o Brasão dos Black. O elfo se debulhou em lagrimas e saiu xingando Sirius de todos os nomes possíveis.
— Pertenceu ao meu pai. - Sirius explicou quando Kate pegou o anel para olhar. - Monstro não era tão dedicado a ele quanto a minha mãe, mas ainda assim eu o apanhei chorando agarrado a uma calça velha do meu pai na semana passada. - Kate riu. - Você quer o anel?
— É legal, mas não. Não é uma coisa que você gosta. Então não quero usa-lo. Não tenho orgulho de pertencer a essa família. Tenho orgulho de ser sua filha. - Sirius sorriu. - Você é uma ótima pessoa, pai.
Ele jogou o anel dentro do saco.
— Posso perguntar uma coisa? - Falei e ele me encarou. - Monstro falou que isso eram tesouros. - Sirius assentiu. - O que fara com eles?
— Vou jogar fora. Por quê?
— Posso dar uma ideia?- Ele assentiu. - Podemos doar isso. Se for valioso pode ajudar outras pessoas.
— Você é igual a sua mãe. Ela sempre queria ajudar os outros. Tentou enfiar roupas novas em Remo goela abaixo.
— Mas ele não aceitou. Eu sei dessa historia. - Falei sorrindo. - Orgulhoso! - Sirius riu.
— Ele sempre foi assim, desde quando éramos crianças. Foi difícil fazermos amizade enquanto Tiago e eu viramos amigos desde que nos conhecemos.
— Ele sempre acha que sua condição lupina é perigosa. Bobagem.
— Era o que sempre dizíamos a ele quando descobrimos. Dumbledore tambem dizia isso.
— Mas a sociedade é complicada. Eles cometem o preconceito antes de saber como funciona as coisas, antes de conhecer as pessoas. Existe isso no mundo trouxa e existe isso no mundo bruxo. Nada muda. É triste por que isso acaba com o ego de uma pessoa, viver menosprezada é horrível.
— Charlotte isso é uma coisa que vai sempre ter. As pessoas tem uma mente muito fechada. Gostam da comodidade das coisas. Não querem que elas mudem.
— Sim. E... Bom você vai pensar na minha ideia? - Ele sorriu.
— Já pensei. E gostei. - Sorri e o abracei.
Ele ficou surpreso depois me afastei sentindo meu rosto ficar vermelho.
Mais tarde Kate conheceu sua avó no quadro. Ela gritou varias coisas para nós nos chamando de mestiças, bastardas e traidoras do sangue. Kate gargalhou.
Assustador era as cabeça de elfos penduradas na parede.
— Acho que Hermione tem razão. - Steph comentou olhando as cabeças de elfos. - Só pode estar louco para querer ter sua cabeça ali. - Kate riu empurrando Steph que sorriu.
Nós voltamos a subir as escadas e ficar com um quarto só para nós já que éramos três. Só quando me deitei na cama foi que lembrei de Cedrico. Meu coração se apertou em pensar que ele poderia estar ali tambem.
Seus pais faziam parte da Ordem pelo que ouvi uma vez mamãe contar.


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