Puro igual Branco e Corrompido que nem Preto escrita por blacksnow


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Mantenham em mente, que os próprios criadores de funumasea disseram que Sillhoute se parece inocente(se faz de ignorante) de coisas ruins, mas ela ainda sabe de tudo ao seu redor, então ela sabe de algumas coisas.



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Se tinha algo que Sillhoute não esperava que acontecesse hoje, quando decidiu ir a floresta cheia de macieiras era achar um menino demonio ferido, não qualquer demonio ela sentiu vindo dele uma grande força, comparável a de seu pai, um Diabo mas era como se essa força fosse mesclada com outra do mesmo tipo mas não igual em termos de atributos, tinha algo estranho com o garoto, sem dizer que ele era alguém de fora e isso poderia ser ruim, mesmo que seus pais tentassem deixar ela no escuro em relação aos seres de fora, ela não era idiota ela sabia o que podia acontecer, qualquer um que tivesse deixado ele lá podia vir buscá-lo e isso poderia ser ruim para sua família e seu povo, mas antes que pudesse sair de lá e contar aos seus pais o que acontecia, ela viu um hematoma por debaixo da blusa, ela parou e observou o garoto, embora ele estivesse vestido de bom jeito, um pequeno e infantil terno para ele, ela não pode deixar de notar o modo de como sua perna parecia torcida, sem dizer que os mesmos hematomas que ele tinha por debaixo da blusa, estavam em suas pernas, o gramado e a árvore ao seu redor davam um clima calmo a ele, mas o menino parecia desconfortável e com dor, resmungando e choramingando de dor de vez em quando, ela então parou de pensar sobre como ele era suspeito ou como isso era perigoso, ela apenas quis parar com sua dor, deixar sua situação melhor, tirar o sofrimento que ele estava passando agora.

Ela colocou as mãos na cabeça do menino, reunindo seus poderes igual seus pais tinham ensinado, eles não gostavam muito do fato de ela aprender coisas perigosas, mas achavam que era melhor do que ela ficar indefesa caso algo acontecesse, mesmo que eles preferissem que isso acontecesse por cima do cadáver deles primeiro, ela agora estava tentando tirar a dor dos ferimentos do menino, mas tinha que desligar o sentido de dor dele para começar, ela teria que entrar em sua cabeça e fazer isso, tirando a dor física e mental por algum tempo, como ele estava fraco, foi fácil para ela entrar em sua mente e a primeira coisa que ela sentiu foi uma enorme dor, uma vontade de proteger alguém e arrependimento, quanto mais ela se aprofundava na mente do menino mais se surpreendia, a mente dele era como uma moeda com dois lados, em um ele estava arrependido de algo e com medo, no outro ele tinha raiva de suas fraquezas e igual ela tinha visto antes, ele tinha o forte desejo de proteger alguém, ela apenas continuou preocupada pela situação do menino, ela podia ver os danos que estavam sendo causados em sua mente, ele parecia um espelho quebrado, com cacos espalhados por todos os cantos, cada um deles sendo sua inocência e coisas boas tiradas de alguma forma, ela não se atreveu a tocar nos cacos do menino, tinha medo de que iria se cortar com eles, que as memórias do menino e as situações vivenciadas por ele iriam fazer ela recuar com sua decisão de entregar ele aos seus pais, mas ela não podia deixar de se perguntar, quem fez isso com ele? Por que? Tudo que ela podia ver era uma pessoa com boas intenções, mas que tinha sido corrompida pelos outros, como ele tinha chegado a esse ponto? Ela continuou se perguntando, pois ela sentia a dor do menino, ela sentia isso aumentar cada vez mais que se aprofundava em sua mente, tentando desligar tudo aquilo, livrar ele de tudo, mas a dor dele era demais era muito para os outros, ela podia dizer isso como uma intuição, como se algo nela dissese que esse garoto sofreu e sentiu coisas que ninguém deveria sentir, ela não estava em seu máximo por causa de seu corpo e mente altamente resistentes, mas qualquer um a esse ponto estaria perturbado pelas ondas de dor que a mente dele compartilhava, ela então continuou mesmo com elas vindo, uma mais poderosa que a outra, sempre combinadas com um novo sentimento, magoa, raiva, impotência, eram muitos sentimentos negativos que aquele menino carregava consigo, ela então chegou na parte mais funda de sua mente, um lugar preto e dourado, ela não conseguiu deixar de admirar o interior do menino, muitas vezes a parte mais profunda da mente de alguém definia a pessoa da maneira mais verdadeira, o dele passava o sentimento de calor e conforto, como uma chama no meio de uma eterna escuridão, ela sentia amor e carinho quando olhava para as cores douradas, depois sentia determinação quando olhava para as cores pretas, mas antes que pudesse continuar a admirar as cores ao seu redor, ela sentiu uma nova onda de dor do menino, maior que todas as outras, dessa vez com diversos sentimentos junto dela, ela quase perdeu a concentração dessa vez, mas conseguiu recuperar ela antes que sua influência na mente do menino se perdesse de vez, ela então se abaixou e tocou o que deveria ser o "chão" das cores a sua volta, chegando ao núcleo da mente do menino, ela achou seus sentidos e se aventurou neles, como se estivesse lendo um livro ela passou página por página da mente dele até chegar a que queria, quando chegou ao sentido físico e mental da dor, ela envolveu ele com seus poderes, gentilmente e lentamente, ela foi desativando seus sentidos, quando acabou ela se certificou de fazer com que sua influência durasse por um dia, tempo suficiente para que ela pudesse curar o menino, depois disso seu poder iria sumir de seu interior, não se podia interferir com a mente de alguém permanentemente, foi algo que sua mãe tinha dito a ela em sua aula, em seu nível ela apenas podia interferir por um determinado tempo, ela iria conseguir se aperfeiçoar com o tempo para aumentar o tempo, mas isso era o máximo que podia dar ao garoto agora, ela então saiu da mente do garoto, como se estivesse subindo depois de mergulhar em águas profundas, ela perdeu o fôlego e respirou fundo, se acalmando ela ainda tinha que curar o menino, o primeiro passo já estava feito, com sua dor desligada ela podia curar ele da maneira mais rápida, mas que era a mais dolorosa, ela não queria piorar sua situação, então o melhor foi recorrer a esses métodos, ela então fez a mesma coisa de antes, reuniu seus poderes e envolveu o corpo dele, rastreando ferimentos e curando, ela continuou assim até que todo o corpo dele estivesse curado, ela então olhou para o rosto do menino novamente, vendo como ele dormia tranquilamente e com um sorriso no rosto, talvez seu sonho tivesse mudado ela pensou, a dor mental tinha ido embora mas a felicidade não, ela continuou olhando para ele feliz por ele não estar mais sofrendo, ela se viu adorando a forma de como ele parecia melhor, mesmo que o garoto fosse um estranho, ele não parecia perigoso, os sentimentos que ela viu nele, o desejo de proteger alguém e sua determinação, não pareciam de alguém ruim ou malvado, sem dizer que considerando as péssimas condições que ele estava, ela tinha a opinião que tinham feito mais mal para ele do que bem, sem dizer que o sorriso que ele tinha agora, era com certeza um dos mais lindos que ela já tinha visto, como alguém ruim poderia ter um sorriso desses?

Ela então finalmente se decide, ela iria salvar esse menino, ela não sabia de onde ele era ou quem era, mas ela sabia que ele não merecia o sofrimento que passava, ela queria dar ele um lugar seguro para ficar, mesmo que fosse por um curto tempo, ela então pega ele em seus braços, como o príncipe pegava a princesa, ela colocou seus braços em suas costas e pernas, ela começa a ir mais fundo na floresta, para um lugar que só ela conhecia, enquanto ela andava ela não conseguiu deixar de lembrar dos ferimentos no corpo do menino, onde cada um deles estava, marcando ele como tinta em uma folha branca, ela não iria dizer para ele ou para qualquer um o que tinha visto nele, o que ele tinha passado ela iria esconder de todos, até mesmo dele, se queria dar a ele um lugar seguro ela devia fazer ele esquecer de tudo e todos se queria curar ele, ela devia proteger ele da melhor forma possível.

Enquanto andava, ela olhou para o rosto do menino, que dormia pacificamente em seus braços, uma vontade de proteger seu bem estar, proteger a felicidade dele foi formada dentro dela por mais estranho que seja, mesmo que eles tivessem acabado de se conhecer, ela queria proteger ele, para tirar ele de dentro desse torre de sofrimento que ele vivia, ela não conseguiu de deixar de pensar na forma de como um príncipe protegia a princesa, a diferença é que ela não poderia dar abrigo e proteção para sempre e embora isso a incomodasse, ela sabia que ele tinha alguém importante para quem voltar.


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