Forever Unchanging escrita por Kamui Nishimura


Capítulo 31
Thirty One - Aquele que traz a luz


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais postei, perdão pela demora

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/795410/chapter/31

— Ainda não respondeste o que és... – Akira tomou a palavra.

— criaturas não deveriam questionar tanto seu criador...  – sorriu,

Akira e Yutaka recuaram um pouco com aquela informação. Indigo também voltou alguns passos, se lembrava de Kouyou falando do criador dos sugadores, era como se fosse uma divindade, e aquilo o deixou ainda mais curioso.

 – Oh estão com medo? Acostumaram-se com esse sentimento vindo do meu doce Kouyou? – voltou o olhar para Kouyou, que ainda o olhava sem reação por tal revelação.

Ruki ergueu as mãos, e limpou as lágrimas do rosto do mais alto.

— A primeira vez que o vi de perto, esses olhos castanhos brilhantes estavam também repleto de lágrimas... Estava nos braços de tua mãe... tão frágil e indefeso.

— Do que estás a falar? – Kouyou resmungou, ainda mantendo Yuu firme em seus braços, ouvindo sua respiração diminuir drasticamente.

— Não posso contar-lhe toda a história agora... preciso fazer algo pelo seu companheiro... – avisou apontando para Yuu,

— Não quero! Não deixarei fazer com que Yuu sofra como sofri todo este tempo de minha existência. Seja lá o que tenha em mente e queira fazer.... – Kouyou disse num tom choroso.

— Não sabes o que está pedindo... se ele morrer sofrerá ainda mais... eu sei por que sou o seu criador... o conheço milimetricamente, Kouyou. – Esbravejou.

— Se ele pode salvar o Yuu... permita-o, Kouyou.... – Yutaka disse, ainda assombrado com a revelação do visitante. Kouyou olhou para o mestre por alguns segundos, não queria acreditar que Yutaka havia dado ouvidos à palavra do estranho.

— Não! – Kouyou insistiu. – Não quero que ele sofra, ele pediu para mim... dói dizer, mas ele pediu que eu não fizesse nada... que não o transformasse em vampiro, e provavelmente não iria querer ser como nós! Não vou deixar levá-lo!

— Ele pediu a você, e não a mim... – disse Ruki. – Não quero ver outra das minhas criaturinhas morrer assim.

Ruki puxou Yuu dos braços de Kouyou e desapareceu com ele.

— Não!  - Kouyou se levantou desesperado. – Não! Devolva o corpo dele! Devolva! – gritou para o nada.

Akira aproximou-se e tentou abraça-lo, como fazia quando ele era apenas um filhote, e tinha uma crise de choro. Kouyou recusou o abraço e continuou andando de um lado ao outro, como se assim, conseguisse o mais novo de volta.

Índigo entrou totalmente no quarto, evitando a claridade indo até o outro, e segurando-lhe a mão.

— Kou... Yuu vai voltar... – sussurrou, vendo os olhos castanhos voltarem-se em sua direção.

— Não quero que ele sofra... não quero imaginar ele sendo igual á mim... sentindo toda essa dor por toda eternidade... – já estava sem voz, e permitiu-se ser abraçado por Índigo,  e sentindo ainda mais a diferença de quando isto era feito por Yuu.

Aquele abraço era frio, triste, apenas um ato de cruzar os braços em torno de outro.

Com Yuu ele sentia-se invencível, sentia todo o calor e amor do menor. E começava a sentir falta disso, mesmo que fosse há alguns minutos que estava sem ele.

— Ele voltará, e não vai sofrer por que tem você. – Índigo se afastou, colocando as mãos em seu rosto.  – Não é mesmo, irmãozinho? – tentou sorrir, mais Kouyou continuou o olhando de forma desesperada, com o rosto vermelho e cheio de lágrimas.

— Então... Segundo Lúcifer... És realmente... Um humano? – Yutaka finalmente tomou a palavra. – Eu... pensava que isto fosse apenas bobagem minha...

— Eu não acredito naquela criatura ridícula que veio nos espionar! Eu nunca fui um humano, por que lembraria de alguma coisa! – disse revoltado, voltando a sentar-se na cama, sentindo o cheiro ferroso do sangue que havia em toda a mansão.

Precisavam livrar-se daquela bagunça, antes que viessem mais humanos atrás deles.

— Você não sabia nem seu nome Kouyou... Pode ser possível aquele serzinho estar falando a verdade. – disse Akira, sentando-se ao seu lado, bagunçando seu cabelo.

— Não vamos nos prender as palavras de Lúcifer... Vamos... Organizar a mansão... – disse Yutaka. – É a única coisa que podemos fazer. Akira.... Venha ajudar-me, deixe que Índigo faça companhia para Kouyou. – Yutaka saiu do quarto, e Akira, obedeceu, levantando-se rapidamente.

— Kou... Não quero vê-lo chorando mais... – disse o garoto, e Kouyou mais uma vez o encarou, vendo os olhos castanhos esverdeados do mais novo, mais brilhantes do que costumavam ser.

— Não posso parar de chorar... Não posso...

— Eu queria poder fazer algo por ti... Mas não posso.. Só nos resta esperar que o tal Lúcifer retorne com Yuu...

— Se ele não o trouxer? – Kouyou disse tentando diminuir o choro.

Não se importava se assim demonstrava que era apenas um ser sentimental, e suscetível aos outros. Precisava deixar sair toda aquela angustia, medo e dor que havia em si.

Índigo o abraçou novamente, mesmo que não sentisse nada daquilo, sabia que Kouyou sentia, até demais.

Ficaram em silencio por longos minutos, ouvindo apenas a movimentação de Akira e Yutaka, que provavelmente jogavam os corpos no porão, para então pensarem em como se livrariam de tudo aquilo.

[...]

Kouyou adormeceu. Não fazia isso há muito tempo, e parecia que realmente precisava daquilo. Mesmo que sua preocupação com Yuu não esvaísse dessa forma. Precisava manter-se bem para ajuda-lo na volta.

Se ele retornasse.  Já que não havia sinal de que Lúcifer retornaria com ele. Ou com seu corpo.

A noite avançava, e Índigo sentira-se mais confortável, ao ver o sol indo embora, não precisaria ficar evitando as janelas;

E nem sinal de que os humanos do vilarejo se atreveriam a retornar ali. Mesmo assim Yutaka estava em alerta. E Akira, mesmo com a energia voltando a se esvair, esforçava-se para ajudar na vigilância.

Já haviam limpado grande parte da destruição da mansão, ou melhor, escondido os corpos no porão. O cheiro de sangue ainda estava forte, e se quisessem disfarçar algo, deveriam pensar rápido.

— Akira.. Sei que já estás sem energias. – disse Yutaka. – Mas precisamos pensar em uma forma de não atrair mais humanos para cá... precisamos encontrar outro esconderijo.

— Não podemos sair sem direção. Se não encontrarmos abrigo antes do amanhecer, provavelmente Índigo correrá riscos, e mesmo que eu queira me livrar dele, Kouyou não o deixaria.

— Os outros humanos vão procurar esses. Não estamos seguros permanecendo aqui; - disse Yutaka;

— Esperemos Lúcifer retornar com Yuu... Assim Kouyou decidirá. – disse cansado. 

— Será... que é verdade o que disse sobre ser o criador?  - Yutaka sentou-se ao lado de Akira que o encarou longamente.

— Se for.... Yuu voltará vivo.  – Akira respondeu em tom baixo. – Se ele voltar como se nada tivesse ocorrido, Lúcifer provará que tem um grande poder... Agora... ser o nosso criador, só se ele soubesse de coisas que não contamos ao Yuu.

Yutaka assentiu, voltando os olhos para a porta principal. Encarando as cortinas chamuscadas (e outras partes completamente queimadas).

A mansão realmente fora destruída. E não poderiam mais permanecer ali, não com a segurança que tinham anteriormente.

Estavam sem rumo.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nome do capitulo em referencia ao nome de Lúcifer/Ruki XD
Alias, confiam nele?
Peço desculpas pelo erro anterior de postar dois capitulos em um, não me atentei que tinha selecionado todo o texto.
Bom, por hoje é só, nos vemos amanhã ♥
beijinhos



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Forever Unchanging" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.