Vampiros escrita por Ana Cullen


Capítulo 1
Capítulo 1. Depois da meia noite.




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Bem vindos a Forks  uma pequena cidade de quatro mil habitantes onde nada acontece ,quer dizer tirando o fato que todos estarem se divertindo em um baile de escola. Com vestidos e danças aprovados pelo comitê de mães defensoras dos bons costumes. Todos menos eu .
Ter um irmão gêmeo que paga de valentão e tem um pequeno grupo de seguidores que se auto intitulam gangue é sinônimo de status solteira para sempre e saídas supervisionadas .
Mal sabia meu pai que Mike, meu irmão adorava testar a potência de sua nova moto no pier ,ponto de encontro dos amantes da velocidade ondes as apostas clandestinas eram feitas abertamente.
—Bella ,quero que segure firme precisamos fazer esses intercambistas comerem poeira.
Mike nunca fugia a um desafio ,precisava provar que era o vencedor, homens!
—Será que vamos conseguir chegar ao baile inteiros? Ir com o próprio irmão já é o cúmulo do desespero ,mais chegar descabelada e com o vestido amarrotado ninguém merece.
—Não se preocupe vou bater em qualquer um que rir de você.
Me acomodei desajeitadamente na moto .Algumas vezes ,mentira ,em todos os momentos me perguntava se era adotada.
Como esperado o vento bagunçou meus cabelos pós salão, Mike se negou a ir devagar e não demorou muito até que o xerife Sanders ligasse suas luzes indicando perseguição .Meu irmão riu alto acelerando cada vez mais ,até que entrou no sítio dos irmãos Cullen nossos vizinhos. Sinal que estávamos próximos de casa. Próximo do nosso pai que nos deixaria de castigo a vida inteira se soubesse o  que estávamos fazendo.
—Você ficou maluco? Gritei irritada ,ele havia acabado com meu visual, minha chances de ser rainha e de arrumar um namorado .
—Calma!
—Seu idiota !Chorei como uma criança ,minhas mãos coçavam para não grudar no seu pescoço e esgana-lo lentamente.
—Ainda podemos chegar a tempo ,vamos apenas tirar estas folhas do seu cabelo e do vestido ...
—Eu quero ir para casa.
—Se é o que você quer!-Bufou chateado- Atravesse a cerca e tome cuidado para não acordar o papai e se possível espere aqui até que eu despiste o xerife Sanders.
Mike, o infame me deixou sozinha na escuridão ,no meio do nada em território inimigo, tudo bem estou sendo exagerada apesar dos avisos de proibido ultrapassar ,os vizinhos não eram tecnicamente inimigos.
Quantos minutos deveria esperar? Caminhei lentamente para a cerca com meu salto agulha ameaçando prender a todo buraco no caminho, isso foi antes de descobrir que não conseguiria passar por debaixo dela com meu vestido de festa azul celeste que me custou um ano da minha escassa mesada.
Tirei meus delicados sapatos e meu celular da minha pequena bolsa dourada que encontrei na caixa de roupas da mamãe ,aquela que ainda não foi doada para caridade depois que a ela se foi devido um câncer.
A pouca luz do celular não me ajudou em nada ,porque o sítio do vizinho parecia uma floresta? Comecei a me sentir como a Maria do João e Maria só que sem a parte dos miolos de pão. Decidi dar mais alguns passos antes de pedir socorro para meu pai e ficar de castigo até os oitenta anos.
—Que está fazendo aqui?-Perguntou Edward Cullen nervoso. O  que ele estava fazendo nessa escuridão sem camisa e sujo de algo que parecia sangue? O que era muito estranho. Aliás Edward e seus dois irmãos eram muito estranhos .Para começar com Jasper, o irmão mais velho que era praticamente recluso em seu sítio ,o segundo irmão estava no último ano e não conversava com ninguém além de Edward.
Edward e eu estudávamos na mesma sala de química e matemática, não preciso dizer que sou fracasso nas duas matérias, por outro lado Edward parecia ser bom em tudo ,as meninas se derretiam por onde passava e mesmo no escuro conseguia ser mais bonito do que eu achava que fosse. Seus cabelos dourados combinavam com seus olhos incrivelmente verdes, sem esquecer a pele extremamente branca, os lábios perfeitos e os ombros largos .Edward era muito alto ,assim como os irmãos.
—Então vai me responder ou não? Insistiu o rapaz me trazendo para a realidade.
—Vocês estão fazendo alguma festa de halloween fora de época? E isso no seu corpo era para parecer sangue? Perguntei refletindo a luz do celular no seu corpo tonificado .
—Estas são as minhas terras e não tenho que te dar explicações. -Falou agarrando o meu braço -Quero que volte para o seu sítio.
—Acha que quero invadir suas terras ?Só para te ver ?Desculpa mais você não é meu tipo, caipira.
Edward era tão confiante que pareceu não acreditar em minhas palavras.
—Apenas me mostre a saída .
Soltei seu braço ,mas não antes de tirar um foto de Edward para colocar no mural da escola.
—O que fez? Perguntou quando esmagou meu celular com a mão.
Aquilo me fez ficar em estado choque .Como alguém esmaga um celular com as próprias mãos ?E como explicaria para o meu pai o fato?
—Me desculpe, eu não queria fazer isso.
—Acho que vou procurar a saída sozinha.
Me virei antes que o idiota dissesse mais alguma palavra. Como meu dia passou de ruim para catástrofe total?
—Prometo te comprar um celular novo.
Bonito e babaca vai entender! Pensei quando segurei vestido e comecei a correr.
—Está indo para o lado errado.
Não me importaria se o chão se abrisse desde que ele não estivesse me seguindo.
—Eu falei que está indo para o lado errado -Insistiu o rapaz que apareceu na minha frente ,seus olhos estavam totalmente vermelhos.
—Seus olhos -Gaguejei.
Um barulho me fizeram ficar alerta .Parecia que seríamos atacados a qualquer momento.
—Quer saber esqueça ,vamos para a minha casa.
—Eu não vou para sua casa -Neguei com a cabeça.
—Tarde demais eles já estão aqui .
—Quem? Perguntei assustada .
—Por favor, quero que venha para minha casa.
Toda mulher tem um radar de perigo e o meu estava estava explodindo. Não sei por que mas acabei concordando.
—Edward -Falou um homem saindo detrás das árvores seguido de vários homens.

Edward virou meu corpo e me abraçou tão rápido ,certamente não queria que eu soubesse da sua festinha particular.

—Vejo que está acompanhado .Disse o homem -Pode compartilha-la?
Compartilhar? Esse cara tinha sérios problemas.
—Não.
—Mais temos regras.
—Já disse não.
—Mas nosso segredo ...
—Me perdoe. Sussurrou antes de me morder profundamente no pescoço.
Gritei de dor, tentei afastá-lo, mas ele era forte. A dor era tanta que acabei desmaiando em seus braços.
No outro dia acordei com primeiros raios do sol em meu rosto ,tentei me cobrir, mas quando passei a mão nos lençóis acabei descobrindo que não estava em casa .
Uma vida inteira passou pela minha cabeça e quando uma mão afagou meus cabelos, percebi que estava dormindo no colo de alguém. Abri os olhos assustada e tudo que consegui falar foi seu nome.

—Edward.

 


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Notas finais do capítulo

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