Situação complicada escrita por Parcimônia


Capítulo 1
O amanhecer


Notas iniciais do capítulo

Sim, sou a pessoa que estava reclamando de não ter tempo para terminar a fanfic que está trabalhando atualmente (Colega de Quarto), mas ao mesmo tempo resolveu começar com um novo projeto, que por não ser AU vai precisar de muito mais pesquisa e dedicação...
Não me julga, parte de mim já está fazendo isso de forma muito dura!!
Espero que gostem.



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Não foi a claridade do Sol que a acordou, como normalmente acontecia, mas o som lamurioso de alguém chorando. A princípio, Temari se revirou na cama tentando abafar o barulho com o travesseiro, mas nada parecia adiantar — o ruído, mesmo que consideravelmente baixo, lhe incomodava ao ponto da inquietação.

Ainda com a mente anuviada pelo sono, não questionou de imediato de onde vinha aquilo, afinal, era bem pouco provável que Kankuro ou até mesmo Gaara, reproduzissem tal coisa. Resmungando um palavrão — que prometia uma morte dolorosa ao culpado — a Sabaku se arrastou das cobertas, preparando-se para levantar do futon. Quando, enfim, abriu os olhos e prestou atenção a volta sua mente registrou três informações:

Primeiro, aquele não era seu quarto em Suna.

Segundo, estava nua.

Terceiro — e mais importante — tinha um cara muito nu deitado de bruços na cama que há pouco compartilhava.

O grito de espanto lhe subiu à garganta, mas ela era uma ninja experiente e se recusava a agir como uma civil assustada. Fazendo um esforço monumental por controle, deslizou novamente até o futon, puxando lentamente um dos lençóis para se cobrir.

“Okay, calma Temari, respira” Repetiu as palavras como um mantra.

Aquilo só podia ser um sonho, ou talvez um genjutsu — o que podia significar que estava em apuros, pior, que os seus irmãos estavam. 

Olhou em volta novamente, agora à procura do seu companheiro de batalha. O leque grande de ferro jazia placidamente encostado a parede, e sem pensar duas vezes, a loira foi até ele — no fim, a nudez lhe incomodava menos que estar desarmada.

Outro gritinho estridente se fez presente, acompanhado de um choraminga cada vez mais sentido.

— Temari, é a sua vez! — O homem resmungou com a cara metida no travesseiro, porém, quando não obteve resposta, virou-se para encará-la — já é de manhã, eu cuido dele durante a noite, esse é o trato.

Ela conhecia aquele rosto — a Sabaku constatou, um arrepio estranho desceu por sua espinha. Ele aparentava mais idade, também ostentava uma barbicha ridícula no queixo e os cabelos soltos, mas não existia dúvidas de quem se tratava.

Talvez tenha sido sua expressão que o alarmou ou a postura defensiva, o fato é que em um momento Nara Shikamaru estava deitado com sua costumeira displicência, para no instante seguinte —  como o ninja que era — levantar de um salto e parar a sua frente, estendendo a mão para tocá-la enquanto olhava os cantos do cômodo procurando por alguma ameaça eminente.

— O que aconteceu?

— Fique longe de mim — ordenou, recuou segurando o lençol fortemente em volta do corpo.

— Ainda está com raiva? — O moreno levou a mão a parte de trás da cabeça num gesto constrangido — pensei que tivéssemos feito as pazes ontem à noite.

O movimento fez o olhar de Temari ir para todos os lugares que não deveria. Observou seus braços e bíceps fortes, o peitoral e barriga definida — com algumas cicatrizes aqui e ali — deslizando até o caminho de pelos escuros no abdômen, parando no…

— VISTA UMA ROUPA! — Guinchou, retrocedeu até encarar a parede, seu rosto fervia com o embaraço.

— O que há de errado com você? — Ele perguntou, confuso.

Ao sentir uma mão calejada em seu ombro, a Sabaku virou-se com tudo, acertando um belo soco no Nara, que o levou ao chão com um baque seco.

— Puta que pariu, mulher — ele xingou com a mão na cara —  o que foi que eu fiz?

No lugar de responder, Temari foi em direção ao leque. Entretanto, prevendo suas ações, Shikamaru engatinhou rapidamente até alcançar o objeto também.

— Não, não — ele negou quando puxou a arma, impedindo que ela pegasse apropriadamente — que droga está fazendo?

— Que espécie de genjutsu é esse? — Ela rebateu a pergunta, furiosa — se não acabar com essa palhaçada agora, vai se arrepender.

— Você não está fazendo o menor sentido, Temari — segurou o leque com mais firmeza ao mesmo tempo que desviava de um chute dela — pare com isso!

Com uma mão a Sabaku puxou a arma — com a destreza de alguém que já havia repetido aquela coreografia diversas vezes — e desferiu outro golpe contra ele, mirando no rosto. Para seu azar, como um bom estrategista, o Nara se afastou puxando o lençol que a cobria. 

Fazendo uma escolha desesperada, a loira deixou o leque para agarrar o pano. Em um movimento limpo, Shikamaru trouxe ela para o chão, deitando em cima do corpo curvilíneo com todo o seu peso.

Temari tentou dar uma joelhada entre as pernas ele, mas o moreno já esperava por aquilo:

— Aprendo com os meus erros — sorriu com cinismo, se posicionando de modo que as pernas dela ficassem abertas, uma de cada lado dele.

Longe de ser vencida, a Sabaku enlaçou a cintura de Shikamaru, preparando-se para pegar impulso e inverter a posição. O lençol escorregou, deixando suas coxas nuas.

— Temari… — o Nara gemeu.

E por mais inexperiente que fosse, a loira sabia que aquele não era um gemido de dor, muito pelo contrário.

— Seu maldito pervertido! — Cuspiu indignada.

— Com você? Sempre — e a beijou.

Foi o completo ultraje — garantiu para si mesma — que a impediu de agir imediatamente. No entanto, não tinha desculpas para o calor que tomou conta do seu corpo quando os lábios dele — aparentemente familiarizados com os seus — aprofundaram o beijo de uma forma faminta.

Apesar de ser o primeiro beijo da sua vida, a loira correspondeu quase que instintivamente. 

Como bom preguiçoso que era, Shikamaru não se apressou, mas foi metódico em tirar dela tudo que queria — mordeu, lambeu, explorou e fez seu corpo estremecer, com toda paciência do mundo.

Os pensamentos de Temari sumiram de sua mente, dando lugar às reações carnais: o coração acelerado, a dorzinha persistente entre as pernas, a sensibilidade na pele, que só desejava ser tocada.

O Nara soltou suas mãos — que até então estavam presas entre os dois — para passar a própria pelo corpo dela, marcando a pele nua. Gemeu quando ela voltou a suspirar, completamente entregue.

E então tudo mudou.

Temari sentiu a ereção dele empurrando contra uma parte muito específica do seu corpo — separado apenas pelo lençol fino — e entrou em pânico.

Deu uma mordida tão forte na sua boca que sentiu o gosto ferroso de sangue.

Soltando palavrões que deixariam um marinheiro da Kirigakure ruborizado, Shikamaru se afastou.

— Qual a porra do seu problema? — Limpou o sangue.

— Não pode fazer isso! — Devolveu.

— Porque não, você é minha esposa.

— O QUÊ?

— Droga, vou ver o Shikadai — disse ao invés de esclarecer sua afirmação tão contundente — vamos conversar sobre isso — com essa sentença, vestiu uma calça rapidamente e deixou o quarto. 

Só aí Temari percebeu o choro desesperado de um bebê reverberando por toda a casa.


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Notas finais do capítulo

Não sei quando o próximo capitulo vai sair, mas não vou desistir da fanfic nas próximas semanas (tenho algumas ideias das cenas que vem a seguir), então aquiete seu coração...
Ps: Se você acompanha “Colega de Quarto” e está se perguntando “Mulher, cadê a atualização? ”, TENHA CALMA, pois até segunda-feira vem e a treta do último capitulo terá um desfecho...



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